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Karma, Muhūrta, Praśna e Regras Gerais



Em continuidade aos estudos da Obra Praśna Mārga, Harihara elucida uma importante questão que é a causa da dúvida até mesmo de muitos Astrólogos, ao afirmar que o Planeta é como o indicador de que estamos colhendo os frutos de nossas ações Kármicas passadas (de anteriores nascimentos) e presentes (do nascimento atual) e não o causador em si. Mas então por que recorremos ao Graha (planeta) para apaziguar seu olhar maléfico? Trataremos desse assunto em outra ocasião, hoje eu quero falar da colocação dos Planetas ao nascimento (Jātaka) que funcionam como o indicador de nossos Karmas, e também dos Planetas em um Praśna, indicador de nossos Karmas tanto atuais quanto passados.

É possível, em muitos Śāstras, estudar a teoria da Transmigração da Alma (Samsara) e sua passagem pelos diversos Lokas, bem como as suas posteriores formas nos plano físico como nascendo na forma de vegetais, insetos, aves e outros animais como consequência de suas ações passadas. Existem, de fato, muitas excelentes Escrituras que tratam sobre a teoria do Karma (ação/reação) e muitos outros livros de autoridades no assunto que falam com propriedade, mas aqui eu deixo um pequeno trecho da narrativa entre o Senhor Kṛṣṇa e Arjuna, contido na Bhagavad Gītā, Capítulo IV, pérolas 16-18:

“Até mesmo os inteligentes ficam confusos em determinar o que é ação e o que é inação. Agora, passarei a explicar-te o que é ação, e conhecendo isto te libertarás de todo o infortúnio. É dificílimo entender as complexidades da ação. Portanto, deve-se saber apropriadamente o que é ação, o que é ação proibida e o que é inação. Quem vê inação na ação, e ação na inação, é inteligente entre os homens, e está na posição transcendental, embora ocupado em todas as espécies de atividades.”

O estudo da Bhagavad Gitā é importante para o Astrólogo não somente para que ele compreenda a natureza da ação (Karma) tão confrontada o tempo inteiro durante as análises astrológicas e muito bem esclarecida nesta Escritura, mas também para o seu próprio crescimento espiritual que se dará conforme ele adentra em tais estudos Transcendentais.

Então, no Capítulo 1 desta obra, Harihara prossegue seus ensinamentos nos Stanzas seguintes:

Regras do Horóscopo e da Horária

33. Um homem nasce neste mundo pra desfrutar ou sofrer a consequência de suas ações de nascimentos passados. Uma parte deste (Karma) ele colhe no paraíso ou no inferno[1], mas para o restante ele toma um novo nascimento.
34. Existem dois tipos de Karma[2], ou seja, Sanchita e Prarabdha Karma. Os efeitos de Sanchita serão esgotados no paraíso ou no inferno. O resultado do Prarabdha Karma será diminuído somente pela experiência deles.
35. A alma toma um novo nascimento para colher os frutos de vidas passadas. Este ciclo de nascimentos continua até que ela realize Mokṣa.
36-37. Assim como uma lâmpada ilumina os objetos no escuro, a Astrologia revela[3] para nós os efeitos de nossos Karmas passados, bons e maus. Todos os planetas indicam claramente se nós estamos desfrutando ou sofrendo agora como um resultado de nossas ações em nascimentos anteriores.

A importância do Muhūrta

38. O que é feito em um momento auspicioso resulta em felicidade[4]. O que é feito em um momento não auspicioso, gera o mal. Embora nossas ações passadas, os resultados são obrigatoriamente experimentados em família.
39. O equilíbrio do bom ou mau Karma que trazemos dos nascimentos anteriores é chamado de Prarabdha, e é ele a base da leitura do que é chamado de Jātaka[5] ou Astrologia.

A importância do Praśna e o Karma atuante

40. O sofrimento das consequências dos Karmas passados, do nascimento à morte, é que pode ser conhecido a partir do Jātaka. Então, qual a utilidade do Praśna? [6]
41. O Praśna nos revela se um homem colhe os frutos de suas ações de seu nascimento passado ou se os frutos de suas ações deste seu nascimento presente. Aqui uma questão surge.
42. Como se pode distinguir se é o resultado de nossos Karmas passados ou presentes que está produzindo seus resultados agora?
43. Se o horóscopo tem um padrão planetário benéfico, e a Carta Praśna um padrão maléfico, então, deve-se entender que o nativo está experimentando os frutos de maus Karmas feitos neste nascimento. E, se ao contrário, o nativo está experimentando os efeitos de bom Karma feito neste nascimento.
44. Se os padrões planetários no horóscopo, bem como na Carta Praśna forem semelhantes, então um Astrólogo inteligente deve predizer que o nativo está experimentando os frutos de seu Karma passado somente[7].

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1 – Aqui Harihara faz referência aos Lokas pelo qual a alma permanece após a morte física, onde então ela esgota parte de suas sementes Karmicas de acordo com o que ela semeou. A outra parte é somente esgotada por meio da experiência no mundo da forma, como no Śloka seguinte é declarado.
2 – Harira fala somente em dois tipos de Karma, para efeitos das análises astrológicas neste contexto, o Sanchita e o Prarabdha. Sanchita Karma é a soma dos Karmas passados, de todas as ações boas e más. Uma parte é colhida (esgotada) antes da reencarnação enquanto a outra, chamada Prarabdha Karma só pode ser esgotada durante a vida terrena. Em “All About Hinduism”, Sw. Śivānanda fala sobre os tipos de Karma: “Prarabdha Karma é a parte responsável pelo corpo atual. Aquela parte de Sanchita Karma que influencia a vida humana na presente encarnação é chamada de Prarabdha, ou seja, o que está maduro, pronto para ser colhido, não pode ser mudado ou evitado.” B.V. Raman, em seu trabalho “Astrology and Modern Thought”, fala exaustivamente sobre a teoria do Karma.
3. Isso quer dizer que a Astrologia somente indica os resultados do Karma passado. Os planetas são somente indicadores de coisas que acontecem e eles não causam os eventos. A mesma ideia é expressada por muitos dos escritores clássicos. Esta definição deve possibilitar a nós apreciar o verdadeiro sentido e alcance da Astrologia, bem como sua relação com a teoria do Karma.
4. Aqui é dada a importância do Sistema Muhūrta para a escolha de um momento auspicioso que tenha por objetivo o início de algo e uma longa duração, como o casamento, uma empresa, negócios etc.
5. Jātaka – literalmente nascimento; mas neste contexto significando a análise astrológica pelo momento do nascimento, em diferenciação das demais predições, Anuais, Horárias, Muhūrta etc.
6. Nos Stanzas seguintes Harihara aborda a importância do Sistema Praśna dentro da Astrologia preditiva, explicando como diferenciar se o que se está vivendo no momento são frutos de Karmas passados ou se de presentes.
7. Karma, literalmente ação. O Karma Bhāva, Casa 10, é também chamado de Meio do Céu, claramente significando aquelas ações tomadas em vida que nos levarão o nos negarão este Loka após a morte. Na aplicação de medidas corretivas para alívio do Karma, o Astrólogo bem versado na aplicação de remédios deve saber verificar por meio das Rāśis e demais colocações planetárias que existem aqueles Karmas que podem ser aliviados com facilidade, aqueles que podem ser aliviados, mas não sem alguma dificuldade e os que não podem ser alterados de modo algum.



Qualificações de um Astrólogo

O Sábio Vyāsa 


Harihara, em sua excelsa Obra intitulada Praśna Mārga, revela as características de um bom Astrólogo nos Stanzas 13-14:  “A elevada e oculta Ciência da Astrologia deve ser estudada somente por Brāhmaṇes. Um estudo adequado leva à aquisição de riqueza, mérito, liberação, respeito e fama. Quando, até mesmo os Mlecchas e os Yavanās, bem versados em Astrologia estão estabelecidos em semelhante honra aos Ṛṣis, quem poderia lhes negar o respeito de um Astrólogo que é próprio aos Brahmaṇes?”

O Sábio Vyāsa no Mahābhārata diz que todo mundo nasce um Śūdra e se torna um Brāhmaṇe através de suas ações, como na citação abaixo:

Janmano jayate śūdraḥ karmeṇo bhavati bhrāmaṇaḥ |

O mesmo significado está implícito na Bhagavad Gītā quando o Senhor Kṛṣṇa fala sobre as quatro divisões que eram a base da natureza e do trabalho de uma pessoa. Brāhmaṇes, de acordo com o Senhor Kṛṣṇa, são aqueles que vivem uma vida piedosa, são tolerantes, calmos, autocontrolados e investigadores do conhecimento.

Harihara prossegue nos Stanzasseguintes 15-18: Aquela pessoa que tem maestria desta Ciência, que tem um bom conhecimento de matemática, que leva uma vida religiosa, que é verdadeiro, que está livre de presunção e que é bem versado nos Vedas, Mantras e Tantras, ele, por si só, pode ser chamado um Daivajñya, ou vidente. (...) Quem adquiriu um conhecimento através das diferentes Horās, quem é um adepto nos cinco Siddhantas, que tem habilidade inferencial e que é iniciado em um mantra secreto por um Guru, pode, por si só, conhecer o Jātaka (Astrologia).

Semelhantes referências à qualificação de um bom astrólogo podem ser encontradas também no Bṛhat Saṁhitā de Varāha Mihira (filho de Aditya-dāsa e autor do Bṛihaj-jātaka, Bṛihat-saṃhitā, Laghu-jātaka, Yoga-yātrā e Pañca-siddhāntikā).

Aquele que deseja ser um correto preditor, não deve ser um adepto somente na Astrologia, Astronomia, Vedas e Mantras Śāstras, mas deve também ser uma pessoa de caráter, religioso, justo, e deve ter obtido siddhi de certos mantras secretos, o qual conferem ao astrólogo o misterioso poder das corretas predições.

Varāha Mihira vai além, sugerindo que o Astrólogo deve ser uma pessoa de nascimento nobre, agradável em aparência e cuja humildade deve ser característica de seu comportamento. Seus hábitos pessoais devem ser disciplinados e acima da desonra. Ele deve ser bem versado em rituais e cerimônias expiatórias. Ele deve ser talentoso para resolver independentemente qualquer difícil problema. Ele deve ter uma vida disciplinada, fé em Deus, uma natureza caridosa e fidelidade cuidadosa para certos tipos de austeridade devem permitir a ele desenvolver poderes consideravelmente intuitivos, e isto deve ser uma grande habilidade para quem aspira a ser um Astrólogo bem sucedido.


Essa é a visão dos Śāstras que dá a qualificação para um verdadeiro Astrólogo. Se alguém cita os Śāstras para se denominar um Astrólogo Védico, deve seguir semelhante conduta, buscar a orientação de um Guru, receber o Mantra de sua boca e praticar a Sādhanā ensinada por ele. Assim foi revelada a conduta de um verdadeiro Astrólogo.







Jyotiṣa – Um Vedāṅga


Quais os Conhecimentos que Astrologia Védica Compreende?


Eu fiz uma abordagem mais profunda do estudo citando datas históricas, mas este comentário está reservado para a Introdução de BṛhatParāśara Horā Śāstra, cuja tradução, feita por mim, está em andamento.

O Capítulo 1 de BPHS, Ślokas 1-4, começa falando sobre as divisões do Sistema de Jyotiṣa “Oh, venerável Maharṣi, Jyotiṣa, o supremo membro dos Vedas, tem três divisões, ou seja, Horā, Gaṇita e Saṁhitā. Dentre estas três divisões, a Horā, ou a parte geral da Jyotiṣa é ainda a mais excelente. Eu desejo conhecer este seu glorioso aspecto. Esteja satisfeito em me dizer como este Universo foi criado? Como ele termina? Qual a relação que os animais, nascidos nesta terra, têm com os corpos celestiais? Por favor, fale-me elaboradamente.

Em Praśna Mārga, por Harihara, e traduzido por B.V. Raman, Capítulo 1:5-8, ele dá a Classificação dos três Skandhas em Gaṇita, Saṁhitā e Horā ao dizer: “Skandhatryātmakaṁ jyotiśa śāstrametat ṣaḍaṅgavat gaṇitaṁ saṁhitā horā ceti skandhatryaṁ matam

Abaixo os Stanzas descritos no Praśna Mārga que dão a classificação dos Skandhas e seus Agas:

Esta Antiga CiênciaAstrológica está dividida em três skandhas, ou seis Agas (membros). Os três Skandhas são Gaṇita (Siddhanta), Saṁhitā e Horā. Os Sábios classificaram esta grande Ciência da Astrologia em seis Agas, ou seja, Jātaka (Nascimento/Horóscopo Geral), Gola (Geometria), Nimitta (Astrologia Mundana), Praśna (Horária), Muhūrta (Astrologia Eletiva) e Gaṇita (Matemática). Gaṇita Skandha está subdividido em Gola e Gaṇita. Horā Skandha aborda Jātaka, Praśna, Muhūrta e uma parte de Nimitta. Saṁhitā Skandha abrange a maior parte de Nimitta. Saṁhitā também lida com as várias fortunas das pessoas, mudança do tempo e progresso do reino animal. Essa parte também trata da natureza e forma dos meteoros, estrelas cadentes e todos os maravilhosos fenômenos da natureza.”

Varaha Mihira também concorda com as 3 principais seções na Astrologia, ou seja, Astronomia, Horóscopo (Horā) e Saṁhitā, quando faz a seguinte observação em seu Bṛhat Saṁhitā: “A Astrologia tem muitas divisões, mas pode ser convenientemente estabelecida em três específicas seções de Gaṇita (Astronomia), Horā (Horóscopo) e Sakha (Matemática Astrológica)”.

Os três Skandhas podem ser definidos assim:

1. Siddhanta (Gaṇita) – a parte matemática necessária ao estudo da Astronomia e da Astrologia. Esta é subdividida em Gaṇita (Matemática) e Gola (Geometria).
2. Horā – é a parte geral da Astrologia, e esse Skandha abrange 4 dos seis Agas, a saber, Jātaka, Praśna, Muhūrta e uma pequena parte de Nimitta.
3. Saṁhitā – É o corpo de conhecimento pelo qual o tempo (kāla) é conhecido, e ele está subdividido em outros membros, a saber, Nimitta (a maior parte desse conteúdo, Sakuna, Svapna (Sonhos), Fenômenos Naturais, Estudos dos Animais, Gochara (Trânsito Planetário), Eclipses, Trânsitos Lunares, Sinais do céu como meteoros etc.,

Os Seis Agas a que se referem o Stanza 6 são:

1. Jātaka – lida com predições com base no signo ao nascimento;
2. Gola – lida com os sistemas planetários, suas naturezas e peculiaridades e, em breves palavras, com a astronomia.
3. Nimitta – leva em consideração os tatkalika lakshanas, ou o que é popularmente conhecido como Presságios obtidos em um determinado momento, e faz predições sobre certos gestos.
4. Praśna – refere-se às predições que se baseiam no momento em questão. Mais popularmente conhecido como Horária, respondendo perguntas específicas.
5. Muhūrta – este método tem como referência a fixação de um momento auspicioso para o sucesso em questões religiosas, que tenha como objetivo uma longa duração e demais questões espirituais, incluindo neste objetivo o momento mais auspicioso para o casamento, viagem e demais empreendimentos, sejam estes espirituais ou mundanos.
6. Gaṇita – amplamente falado, Gaṇita se refere à matemática Astronômica e Astrológica.

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CONTINUAÇÃO ...






Nos Stanzas seguintes, 9 a 12, Harihara prossegue:

A Astrologia pode também ser dividida em duas partes, ou seja, Pramāṇa e Phala. Gaṇita Skandha é uma parte de Pramāṇa, enquanto que os outros dois Skandhas são partes de Phala”.


Gaṇita é uma parte de Pramāṇa, isto porque a verdade é, em si mesma, demonstrativa. Ou seja, a verdade é percebida por meio de medidas e cálculo. Já Phala abarca os outros dois Skandhas (Horā e Saṁhitā) porque Phala está baseado no fenômeno da causa-efeito. O horóscopo e demais meios divinatórios são meramente indicativos da ação do Karma. Daí então, o futuro do homem é somente o fruto (phala) de suas ações passadas.

Os Vedas têm seis membros (agas), ou seja, Jyotiṣa, Kalpa, Nirukta, Śikṣā, Vyākaraṇa e Chandas. Para os Vedas, os seis importantes membros, ou seja, pés, rosto (boca), mãos, olhos, nariz e ouvidos são representados por Chandas, Vyākaraṇa, Kalpa, Jyotiṣa, Śikṣā e Nirukta, respectivamente. Assim como a Astrologia é considerado os olhos dos Vedas, assim ele obtém o principal lugar. Nenhuma pessoa, possuindo todos os órgãos intactos, mas sem os olhos, pode ter uma individualidade”.

Esses Stanzas enfatizam a importância da Astrologia como sendo o principal membro dos Vedas. Os Vedas têm seis Agas (membros), e Jyotiṣa é o primeiro e mais importante, o qual representa os olhos do Puruṣa. Os outros cinco membros são Chandas (pernas, pés), Vyākaraṇa (boca), Kalpa (mãos), Śikṣā (nariz) e Nirukta (ouvidos).

Chandas Śāstras é o estudo sobre os Ṛṣis e os Chanda Devatās mencionados nos Vedas; Vyākaraṇa ou Śabda é o estudo sobre a peculiaridades gramaticais encontradas nos Vedas. Kalpa é o estudo sobre o procedimento a ser seguido nos sacrifícios e nos Dharmas do Sacerdotes. Śikṣā é o estudo relacionado aos sons e às fonéticas dos Vedas. Nirukta é o estudo do significado especial das palavras e sons Vedicos. Chandas, Kalpa e Vyākaraṇa estão na forma de Sutras, Nirukta está em prosa e Śikṣā e Jyotiṣa estão em forma de versos. Jyotiṣa, obviamente, é o mais importante membro do Veda Puruṣa (a personificação dos Vedas).

Assim foi dada a importância para o estudo de Jyotiṣa entre os membros dos Vedas nos Tratados de Astrologia.



Keanu Reeves


Análise de Keanu Reeves

Date:          September 2, 1964
Time:          5:41:00
Time Zone:     2:00:00 (East of GMT)
Place:         35 E 30' 00", 33 N 52' 00" Beirut, Lebanon



Ator libanês-americano, um dos atores mais bem pagos de sua geração em 11 anos. Note o Dhana Yoga formado pelo governante da casa 2 e 11, Mercúrio, no Lagna junto de Sol domiciliado, com Sol fazendo o papel de Yogada (doador de riqueza e prosperidade) e Mercúrio fazendo o papel de Mahā-yogada (doador de poder, autoridade e riqueza).

Nascido em Beirute, ele é filho de uma dançarina britânica que teve um casamento curto com seu pai havaiano-chinês, e levou Keanu e sua irmã, Kim, para Nova York, depois Toronto, passando por mais três maridos e outra meia-irmã. Seu pai biológico foi para a prisão sob acusação de cocaína em 1994. Keanu tinha pouco interesse pela escola, mas começou a praticar hóquei e atuar, aparecendo em vários telejornais canadenses.

Note Marte, governante da casa 4, conjunto a Lua (governante da 12) e Rāhu (governante da 7), ambos governantes de casas que se associados com o governante da casa 4 faz a natividade ir viver longe do seu local de nascimento. Note Marte, governante da 9 com Rāhu (padrasto), indicando que ele provavelmente não seria criado por seu pai biológico.

Ele começou sua carreira no período Saturno-Vênus-Júpiter, com Saturno domiciliado na casa 7, Vênus regente da 10 na casa 12 (exterior) e Júpiter na casa 10.

Como sempre aparentou menos idade, apesar dos 25 anos, porque continuava com cara de adolescente, seguia atuando em filmes juvenis embora já estivesse cansado de os interpretar.

A aparência mais jovem se dá por um Mercúrio com digbala no Lagna. Pessoas com essa colocação aparentam menos idade e demoram muito mais a envelhecer na aparência. Aqui não importa se está ou não livre da combustão, Mercúrio com digbala no Lagna dará bons resultados para a aparência da natividade. A combustão de Mercúrio pode ter sido uma das causas para a sua dislexia, mas isso não acontece sozinho, pois se fosse assim, todos que possuem Mercúrio combusto seriam disléxicos e sabemos que causas dentro da Astrologia é uma combinação de planetas atuando para determinar um evento. Portanto, uma das causas mais prováveis, é o evento do aspecto de Saturno sobre Mercúrio que, para Lagna Leão, é um planeta muito maléfico.

Em 1999, sua namorada, Jennifer Syme, ficou grávida, mas sua filha nasceu morta. O casal se separou e Syme morreu em um acidente de carro em 2001, deixando uma festa.

A tristeza na sua vida amorosa se deve pelo fato de a 7ª de Vênus ser governada por Saturno e este estar na casa 7, uma casa assassina, aspectada por Rāhu. O dispositor do UL que se encontra na casa 10 é Vênus e está na casa 12 (esposa que vem do exterior), no caso ele a conheceu quando foi morar no exterior. Vênus também está em pāpakartari doṣa, ou seja, encurralado por maléficos, e todas essas combinações lhe trouxeram perdas. Alguns dizem que a criança nasceu com vida, porém morreu logo depois. Outros fontes afirmam que a criança morreu ainda no ventre da mãe. Mas claro que ele refaria sua vida amorosa e se casaria novamente, pois um Júpiter conjunto ao UL prediz casamento.

Keanu Reeves pratica muitas boas ações, mas em uma de suas entrevistas o ator falou sobre a sua Fundação que financia hospitais infantis e pesquisas para encontrar a cura contra o câncer, além de outras ações beneficentes. Note Vênus na casa 12 (doações). Vênus também representa crianças dentro dos significadores (Kārakas) na Astrologia Védica. Benéficos na casa 12 mostram pessoas caridosas e sempre envolvidas em causas beneficentes.



Estudo feito em 07/08/2018