Varāha Mihira foi um astrônomo,
matemático e astrólogo indiano que viveu em Ujjain. De acordo com um de seus
próprios trabalhos, ele foi educado em Kapitthaka. Ele é considerado um das
nove joias (Navaratnas) da corte do legendário governador Yashodharman Vikramaditya,
de Malwa.
Varāha Mihira foi um nativo de
Avanti e o filho de Adityadasa, que foi um astrônomo e de quem ele recebeu sua
educação como ele mesmo fala em seu Bṛhat Jātaka, Capítulo XXVI, Verso 5. A data
de seu nascimento está envolvida em obscuridade. É a prática de todos os astrônomos
Hindus dar esta informação em seus trabalhos sobre astronomia, mas infelizmente
o trabalho sobre astronomia de Varāha Mihira, conhecido como o Pañcasiddhāntikā,
agora está perdido.
Alguns astrônomos consideram 505
d.C., como a data de nascimento de Varāha Mihira, enquanto que outros atribuem
seu nascimento à data do Pañcasiddhāntikā, e 587 d.C é considerado como sendo a
data de sua morte.
O trabalho principal de Varāha
Mihira é o Pañcasiddhāntikā (Tratado nos Cinco Cânones Astronômicos) datado de
cerca de 575 d.C., e que dá informações sobre os antigos textos indianos que
agora estão perdidos. A obra é um tratado sobre astronomia matemática e que
resume cinco anteriores tratados astronômicos, isto é, Sūrya Siddhanta, Romaka
Siddhanta, Paulisa Siddhanta, Vasiṣṭha Sidanta e Paitamahā Siddhanta. É um
compendio do Vedāṅga Jyotiṣa, assim como a astronomia helenística, que inclui
elementos gregos, egípcios e romanos. Ele foi o primeiro a mencionar em seu
trabalho Pañca siddhātikā que o ayanamsa, ou o deslocamento do equinócio, é de
50,32 segundos.
Influência Grega, Egípcia e Romana
As obras de Varāha Mihira deixam
claro que ele teve contato com outros povos, incluindo em seu trabalho a
influência recebida deles. Antes disso não se pode afirmar que a Jyotiṣa tenha
recebido influência a partir dos outros povos como equivocadamente se divulga, pois Varāha
Mihira surge entre o final da Era Clássica e início da Era Tântrica/Purânica
(500 – 1.300 d.C.), ao passo que Parāśara Muni viveu na Era Védica (4.500 – 2.500 a.C) e Jaimini Muni, discípulo
de seu filho Veda Vyāsa na Era Clássica (100 a.C. – 500 d.C), não mencionando em suas obras influências desses povos. Além disso, a Astrologia Védica prova ser a mais antiga em seu próprio corpo de conhecimento demonstrando, através da coerência e complexidade de seus ensinamentos, que a Grega bebeu de sua fonte de saber e deu, a este saber, novas diretrizes e fundamentos que desvirtuaram a pureza do conhecimento Védico no passar dos séculos.
Em sua obra Bṛhat Saṁhitā,
Capítulo 2, verso 15, ele se refere aos Gregos como Mlechas e Yavanas, exaltando-os e
afirmando que até mesmo eles poderiam se tornar respeitáveis Ṛṣis ao estudarem
esta Ciência (a Jyotiṣa).
Ele escreveu todos os três principais ramos da Astrologia
Védica:
Bṛhat Jātaka
Laghu Jātaka
Samasa Saṁhitā
Bṛhat Yogayatra
Yoga Yatra
Tikkani Yatra
Bṛhata Vivaha Patal
Lagu Vivaha Patal
Lagna Varajo
Kutuhala Manjar
Daivajña Vallabha
Nenhum comentário:
Postar um comentário