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Adoração de Durgā em Medidas Corretivas


Durgā

Aproveitando a proximidade do Navarātri  separei para os leitores do Blog alguns estudos em Medidas Corretivas relacionados à Divindade Durgā.

Com base nas revelações dadas pelos Sábios Parāśara, Jaimini e Harihara em suas Obras BPHS, Upadeśa Sūtras e Praśna Mārga, descrevo abaixo os problemas que, ao nascimento ou por meio de trânsitos planetários e das Daśās, podem ser retificados através da adoração de Durgā Mā.

Durgā é uma forma da Divina Mãe que destrói a escuridão e livra o devoto do pecado. O sábio Parāśara detalhou muitas medidas corretivas em seu clássico BPHS que devem ser aplicadas com a adoração de Durgā. Assim, nas Daśās de Candra e de Rāhu, a adoração desta Divindade é indicada, bem como em outras conforme cada caso. O Sábio Jaimini também deu uma visão semelhante ao de Parāśara. Em seu Clássico Upadeśa Sūtras, ele faz algumas referências à Durgā como sendo aquela que será adorada (Iṣṭa Devī) caso Rāhu se encontre na 12ª do Kārakaṃśa. Apesar da determinação do Iṣṭa Devatā parecer algo fixo, como um destino fatídico a ser aplicado na vida da natividade, tenho observado que o bhāva (neste sentido a disposição interna do devoto) para adoração de determinada Divindade muda conforme mudam também as Daśās pelo qual a natividade vive naquele momento, fazendo com que a pessoa se sinta inclinada à adoração de uma determinada Divindade relacionada a aquele período governado por um determinado Graha em sua vida. Assim, uma pessoa que tenha um benéfico (supondo Śukra em signos benéficos) na 12ª do seu Kārakaṃśa, estará inclinado a adorar Lakṣmī ou Radha, por exemplo. Ao passo que quando ele entrar na Daśā de Candra Graha que está depositado em signos maléficos ou associados com maléficos, ele desejará adorar Divindades ferozes como aquelas associadas ao Tantrismo etc. Harihara, contudo,  é mais detalhista ao associar Durgā ao Graha Candra em Śukla Pakṣa, enquanto que outras formas da Divina Mãe, como Bhadrakālī, e Kālī, estariam associadas ao nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa. Cāmuṇḍā, Raktheśvarī, Raktha são divindades associadas por Harihara ao nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa quando Candra Graha, simultaneamente, está depositado em Rāśis governadas por Maṅgala Graha, como Vṛścika e Meśa. Outros estudos apontam Kālī Mā como a divindade indicada para adoração ao se ter, ao nascimento, Candra em signos governados por Śani, além do requisito de se ter o nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa. Budha graha ao estar associado com Candra também indicará Durgā, isso porque Budha dará efeitos do planeta com o qual está associado.

Harihara aconselha a adoração de Durgā quando Candra está colocado em casas de ferimento contados do Āruḍha Lagna da Carta Natal. Se o AL cai em Rāśi móvel (Meṣa, etc...), a Rāśi de ferimento será a 11ª contada do AL; se em Rāśi Fixa (Vṛṣa, ...), a Rāśi de ferimento será a 9ª contada dele; se em Rāśi Dual (Mithuna, ...), a Rāśi de ferimento será a 7ª contada dele. Alguns são da opinião de que os Kendras contados destes locais também são casas de ferimento.

Em BPHS, do Capítulo 52 ao 60, o Sábio Parāśara aconselha a adoração de Durgā em diversos períodos caso os planetas, abaixo relacionados, estejam colocados desta forma ao nascimento. Então, nestes casos Durgā deve ser adorada:

1. Se Rāhu estiver em Dhana (2) ou Yuvatī (7), ou se estiver associado com os Governantes destes Bhāvas;
2. Se Ketu obtiver governo sobre Dhana ou Yuvatī, ou se estiver em qualquer destes Bhāvas, a recitação do Śrī Caṇḍī Pāṭha é o recomendado;
3. Se Candra estiver em sua Rāśi de debilidade (Vṛścika), ou se estiver em Rāśi inimiga, ou em Ari, Randhra ou em Vyaya contado do Lagna, ou do Senhor da Daśā.
4. Se Candra for o Governante de Yuvatī ou de Dhana Bhāvas;
5. Se Śukra estiver associado com maléficos em Ari, Randhra ou Vyaya contados do Senhor da Daśā;
6. Se Śukra for Senhor de Dhana ou de Yuvatī;
7. Se Candra for Senhor de Dhana ou de Yuvatī, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada;
8. Śukra for Senhor de Dhana ou de Yuvatī, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada;
9. Rāhu em Dhana ou em Ari, mantras da Deusa Durgā e de Lakṣmī são indicados.
10. Ketu relacionado ao Senhor de Dhana ou de Yuvatī; ou depositado nestes Bhāvas, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha e de Mṛtyujaya Japa são indicados;
11. Se Rāhu associado com um maléfico em Randhra ou em Vyaya; se estiver em Dhana ou em Yuvatī, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada.


Indicações de Leituras:

1. Śrī Caṇḍī Pāṭha em Sânscrito (Capítulo 5)
2. Devī Māhātmyam – Durgā Saptaśatī Pāṭha em Sânscrito
3. Devī Mahātmyaṃ em Inglês
4. Devī Kavacam em Sânscrito




Rudrākṣas e Pedras Planetárias

O Uso de Pedras Planetárias e Rudrākṣas em Medidas Corretivas


Alguns Śāstras como o Rudrākṣa Jābālopaniṣad, Śiva Purāṇa, Devi Purāṇa e Padma Purāṇa exaltam o valor das sementes de Rudrākṣas. Tais sementes recebem a sua classificação e consequente associação com determinada Divindade de acordo com o número de faces “Mukha”, e então a indicação é feita para proporcionar alívio para determinada aflição.

Pedra Planetária ou Rudrākṣa? O que usar em Medidas Corretivas?

Devido ao fato do Rudrākṣa estar associado com determinada Divindade, ele se torna muito auspicioso no momento em que se busca um remédio para amenizar algum mal. Representando uma Divindade que é capaz de afastar o olhar maléfico de um Graha, o Rudrākṣa se torna muito mais eficiente e até mesmo mais auspicioso do que a Pedra Planetária do Graha. Levando em conta que as Pedras Planetárias representam somente o Graha em si, elas devem ser usadas para fortalecer ou enfraquecer o poder do Graha. Já os Rudrākṣas são utilizados para que a Divindade que preside sobre ele, possa afastar o olhar maléfico do Graha, possa proteger o nativo e promover cura em todos os níveis daquela aflição. Não há qualquer impasse aqui. A Divindade protegerá o nativo de todo mal.

O mesmo não acontece com as Pedras Planetárias que representam somente os Grahas. Alguns exemplos simples poderão esclarecer o motivo pelo qual aconselho mais o uso de Rudrākṣa ao invés de Pedras Planetárias. Supondo Maṅgala como Lagneśa de Vṛścika Rāśi e depositado em Putra Bhāva. Maṅgala estará depositado em Mīna neste caso. Pelas regras dadas por Parāśara, Maṅgala nega filhos quando aspecta ou está depositado nesta casa, exceto quando ele está domiciliado. Mais ainda ele se tornará danoso se o seu dispositor estiver em uma casa Trika, ou se ele mesmo estiver aflito por Gulikā ou recebendo Dṛṣṭi de outros maléficos etc. Existem “N” fatores a serem julgados aqui e não vou entrar em detalhes extensivos, as regras são inúmeras e as associações dos Grahas dão inúmeros resultados os mais diversos. O fato de Maṅgala aqui negar filhos, geralmente por abortos provocados ou espontâneos, é um doṣa que ameaça a prole. Imagine o mesmo Lagna (Vṛścika) enquanto o seu Lagneśa está colocado em algum Bhāva aspectando a 7ª casa, outro doṣa que traz infelicidade no matrimônio. O que fazer em vários casos semelhantes em que há a necessidade de se enfraquecer o poder maléfico de um Graha e ao mesmo tempo sustentá-lo com força devido ao fato dele ser o Lagneśa? Você não pode enfraquecer seu Lagneśa. O Lagneśa é o seu corpo, a sua inteligência, a sua força e vitalidade. Você tem que encontrar uma alternativa para isso. E a alternativa é justamente o uso da semente de Rudrākṣa para qualquer impasse relativo a um eventual impedimento no uso de alguma pedra planetária.

Entretanto, uma semente e uma pedra em si mesma não terá qualquer valor se não forem trabalhadas adequadamente. O que vai imprimir alguma propriedade benéfica ao uso e criar condições para que alguma mudança ocorra, para que os males sejam amenizados, é justamente o que se faz antes de colocar a Pedra ou a Semente no corpo – é o vrata espiritual.

Assim o Vrata deve ser realizado, deve se instalar a divindade na pedra ou na semente, deve-se realizar todos os dias, conforme prescrito, durante 40 dias no mínimo, uma pūjā adequada, começando no dia e hora prescritos pelo Astrólogo, oferecendo os artigos apropriados, fazendo Japa um determinado número de vezes do mantra como indicado etc. No uso de Rudrākṣas, deve-se adorar à Divindade que preside sobre o Rudrākṣa em um assento e só depois adorar ao Graha em um outro assento etc. Somente após a primeira Pūjā é que se deve colocar a peça sobre o corpo ou o anel no dedo. Não antes.

Um Astrólogo védico não vai indicar o uso de uma pedra somente pelo fato de aquela pedra representar o seu Signo Solar. Isso é improvável de acontecer se ele estudou os Śāstras, pois o seu Signo Solar pode estar afligido, o Governante pode governar sobre um Māraka ou outro Bhāva prejudicial e o fortalecimento deste Graha aumentará os problemas em sua vida. Não se faz uso de pedras com o sentido meramente decorativo, ou porque é o Senhor do seu Lagna, ou porque é o Senhor de seu Signo Solar, ou Lunar, ou Nakṣatra etc. A escolha feita é criteriosa e só após estudo detalhado da Carta Natal.

Em minha opinião, mais importante do que o uso de Pedras Planetárias e demais amuletos de proteção, é o Vrata espiritual realizado com devoção e ininterruptamente. Aqui faço uma ressalva para todos que buscam soluções imediatistas e aceitam a ajuda de um Astrólogo que promete realizar em seu nome determinado Vrata para sua cura. Pergunto, quando você está doente e o médico lhe receita remédios, acaso se o médico tomar os remédios em seu lugar, você ficará curado? O mesmo se aplica aqui. Não delegue a ninguém aquilo que precisa ser realizado por você mesmo.

A. As Faces do Rudrākṣa e as Divindades relacionadas


Rudrākṣa
Divindade
Rudrākṣa
Divindade
1
Mukhi
Param Śiva
8
Mukhis
Gaṇeśa
2
Mukhis
Ardhanārīśvara
9
Mukhis
Śakti
3
Mukhis
Agni
10
Mukhis
Viṣṇu
4
Mukhis
Brahmā
11
Mukhis
Rudra
5
Mukhis
Sada Śiva
12
Mukhis
Adity
6
Mukhis
Kārtikeya
13
Mukhis
Indra
7
Mukhis
Saptaṛṣi e Mahā Lakṣmī
14
Mukhis
Jyotirliṅga de Śrī Śiva


B. As Divindades Relacionadas aos Planetas

Planeta
Divindade
Rudrākṣa
Sūrya
Sūrya, Param Śiva, Agni
12 Mukhis, 1 Mukhi, 3 Mukhis
Candra
Gouri
2 Mukhis
Maṅgala
Kārtikeya, Hanuman
6 Mukhis, 11 Mukhis
Budha
Viṣṇu
10 Mukhis
Bṛhaspati
Sada Śiva, Indra
5 Mukhis, 13 Mukhis
Śukra
Mahā Lakṣmī
7 Mukhis
Śani
Brahmā
4 Mukhis
Rāhu
Durgā
9 Mukhis
Ketu
Gaṇeśa, Mokṣa
8 Mukhis, 14 Mukhis


Todo esse conhecimento aqui só deve ser aplicado no estudo e prática da Astrologia Sideral. Consulte um Astrólogo Védico em caso de dúvidas.









Pitṛ Doṣa


Em BPHS, o sábio Parāśara explica o que significa e como uma pessoa vem ao mundo com Pitṛ Doṣa.

Quando, pelo Calendário Lunar, ingressamos em Bhādrapada Masam, é o momento de se adorar as almas dos antepassados. Tal adoração é mantida por um período de 15 dias, e tal período de atividades espirituais é conhecido como Pitṛ Pakṣa, momento este quando Sūrya estará transitando em Kanyā Rāśi (Virgem). É o momento não só de adoração dos nossos Ancestrais, porém também o momento mais oportuno para se obter alívio Karmico para diversas Curses associadas aos Ancestrais e que uma pessoa possa ter trazido de sua última vida.

A vida de quem possui Pitṛ Doṣa:

Os efeitos de tais Curses, como ensinado por Parāśara e outros Ṛṣis, irão se refletir não somente sobre a dificuldade de se obter uma prole, mas também na própria relação com os pais nesta vida. Onde há sofrimento, onde há um ciclo de dor que se repete na vida de uma pessoa, ali há uma curse a ser trabalhada e removida para que o nativo consiga mais facilmente realizar seus 4 objetivos de vida nesta encarnação. Dificuldades de relacionamento com os pais, sofrimento que vêm deles, afastamento, dificuldades para se obter filhos, perda de filhos, sucessivos abortos, dificuldades na profissão etc., são alguns dos problemas relacionados ao Pitṛ Doṣa, conhecido também como Curse dos Antepassados, de Mãe e de Pai que partiram sem seus últimos ritos.

Na impossibilidade de realizar tais medidas corretivas como aconselhadas nos Śāstras; na impossibilidade de se consultar com um Astrólogo que lhe possa prescrever a medida corretiva mais adequada, a pessoa que sofre tais eventos, apontadas por semelhantes impedimentos em sua vida, tais como descritos no texto, deve sempre realizar a adoração dos ancestrais neste mês de Bhādrapada e a cada Amāvāsya também, para obter alívio e melhorar o relacionamento com os próprios pais nesta vida, se ainda vivos, entre alívio de todos os problemas acima descritos.

Curse dos Antepassados (Pai, Sūrya) – 85:20-30. BPHS:

Embora o 9º Bhāva governe os assuntos de Pai e Guru, o relacionamento de Pai e filho é focado no Artha Trikoṇa (2-6-10) de ambos, especialmente através do 10º Bhāva, onde o Karma é transferido de pai para filho. Assim, a aflição de uma casa, de seu Senhor e do Significador (Kāraka para Pai) Sūrya por maléficos, quer por associação ou por aspecto, resultará em Pitrishapa (Curse de Pai).

1 – Se Sūrya debilitado (em Tulā Rāśi) estiver no 5º Bhāva e no Navāṁśa de Śani, e ambos estiverem encurralados entre planetas maléficos haverá a destruição dos filhos devido à curse dos antepassados;
2 – Sūrya como o Senhor do 5º Bhāva posicionado em um Trikoṇa junto com um maléfico e também encurralado com ou aspectado por maléficos, haverá perda de filhos devido à curse dos antepassados;
3 – Bṛhaspati posicionado em Siṁha Rāśi, o Senhor de Putra Bhāva (5) em yuti com Sūrya e maléficos no Lagna e no 5º Bhāva, haverá perda de filhos devido à curse dos antepassados;
4 – O Senhor do Lagna fraco e posicionado no 5º Bhāva, o Senhor do 5º Bhāva em yuti com Sūrya e maléficos posicionados no Lagna e no 5º Bhāva, haverá perda de filhos devido à curse dos antepassados;
5 – Uma mudança (parivartana) entre os Senhores de Karma Bhāva (10) e de Putra Bhāva (5) e maléficos posicionados no Lagna e no 5º Bhāva, não haverá prole devido à curse dos antepassados;
6 – Maṅgala sendo o Senhor de Karma Bhāva (10) conjunta com o Senhor de Putra Bhāva (5) e existem maléficos posicionados no Lagna, no 5º ou no 10º Bhāva, haverá aniquilação de filhos como efeito;
7 – Se o Senhor de Karma Bhāva (10) estiver em Trik Bhāvas (6º, 8º, 12º), Bṛhaspati em uma Rāśi não auspiciosa, os Senhores do Lagna e do 5º Bhāva associados com planetas maléficos, a curse dos antepassados destrói os filhos;
8 – Quando Sūrya, Maṅgala, Śani estão no Lagna e Rāhu e Bṛhaspati estão no 8º e 12º Bhāvas, a curse dos antepassados destrói os filhos;
9 – Quando Sūrya estiver localizado no 8º Bhāva, Śani no 5º, o Senhor de Putra Bhāva (5) está conjunto com Rāhu, e maléficos estão no Lagna, haverá perda de filhos;
10 – Se o Senhor de Vyaya Bhāva (12) estiver no Lagna, o Senhor de Randhra Bhāva (8 ) estiver em Putra (5) e o Senhor de Karma (10) estiver em Randhra (8 ), não haverá filhos;  
11 – O Senhor de Ari Bhāva (6) estiver em Putra (5), o Senhor de Karma (10) em Ari (6) e Bṛhaspati em yuti com Rāhu, haverá perda de filhos devido à curse dos antepassados.

Para obter alívio para esses males e proteger os filhos de morte prematura ou se proteger da ausência de filhos nesta vida, o Sábio Parāśara aconselha – 85:31-33 BPHS:

1 – Śrāddha em Gaya deve ser realizado;
2 – A alimentação de mil Brahmanes.
3 – Além disso, Kanya Dan (patrocinar o casamento de uma garota);
4 – Doar uma vaca em caridade.

Curse de Mãe (Candra) – 85:31-33 BPHS:

1 – Candra sendo Senhor do 5º Bhāva, estando debilitado e encurralado por maléficos, enquanto o 4º e 5º Bhāvas também contêm maléficos, causa a destruição de filhos;
2 – Śani em Labha (11), o 4º Bhāva contendo um maléfico e Candra em Rāśi de debilidade (Vṛścika), irá destruir os filhos;
3 – Senhor de Putra (5) posicionado em (6º, 8º ou 12º) devidamente debilitado e Candra em yuti com um maléfico, haverá perda de filhos;
4 – Senhor do 5º colocado em um Trik (6º, 8º ou 12º) e Candra estando no Navāṃśa de um maléfico enquanto maléficos ocupam o Lagna e o 5º Bhāva, causará ausência de filhos;
5 – Candra sendo o Senhor do 5º Bhāva devidamente conjunto com Śani, Rāhu e Maṅgala, posicionados no 5º ou 9º Bhāvas, haverá perda de filhos;
6 – Se Maṅgala for o Senhor de Bandhu (4) e estiver associado com Śani e Rāhu, e Sūrya e Candra estiverem no Lagna ou no 5º Bhāva, haverá perda de filhos;
7 – O Senhor do Lagna e de Putra (5) estiverem localizados no 6º Bhāva, o Senhor do 4º estando no 8º Bhāva e os Senhores do 10º e do 8º estiverem no Lagna, isso trará perda de filhos;
8 – Se os Senhores do 6º e do 8º estiverem situados no Lagna, o Senhor do 4º posicionado no 10º, Candra e Bṛhaspati estiverem devidamente conjunto com maléficos estiverem no 5º, haverá destruição de filhos.
9 – Quando o Lagna está encurralado por maléficos e Candra desprovido de força estiver posicionado em Yuvati (7), e Rāhu e Śani, respectivamente, estiverem situados em Bandhu (4) e em Putra (5), então haverá destruição de filhos.
10 – Se houver mudança entre os Senhores de Randhra (8 ) e de Putra (5) e Candra e o Senhor de Bandhu (4) estiverem posicionados em Trik  (6º, 8º ou 12º) Bhāvas, isso causará perda de filhos.
11 – Nos Lagnas em Karkaṭa (Câncer), se Maṅgala ou Rāhu estiverem no Lagna, e Candra e Rāhu estiverem em Putra (5) , haverá destruição de filhos;
12 – Se Maṅgala, Rāhu, Sūrya e Śani estiverem posicionados no Lagna, Putra, Randhra e Vyaya Bhāvas, respectivamente, e os Senhores de Bandhu e do Lagna estiverem em Trik  (6º, 8º ou 12º) Bhāvas, haverá perda de filhos;
13 – Se Bṛhaspati estiver em Yuti com Maṅgala e com Rāhu e posicionado no 8º Bhāva, e Candra e Śani estiverem posicionados em Putra, haverá destruição de filhos.

Medidas corretivas para alívio de Curse de Mãe

1 – Banhos nos rios sagrados de Rameśvaram (Sul da Índia);
2 – Recitação de Gāyatrī Mantra 1 Lakh de vezes;
3 – 1008 Pradākṣiṇa (circundar no sentido dos ponteiros do relógio) em uma árvore Pipal (Aśvatta), ou em um Templo do Senhor Viṣṇu enquanto recita o Mahamantra, ou o Janaka Shadkshara Mantra;
4 – Doação de artigos relacionados a Candra Graha em caridade após tomar leite em uma determinada quantidade;
5 – Alimentação de Brahmanes.

Se uma pessoa, cujo dever é fazê-lo, não realiza o [श्राद्ध] Śrāddha (ritos funerários) de seu pai ou de sua mãe em nascimentos anteriores, a alma que partiu se torna privada de um nascimento masculino no próximo nascimento e destrói a prole do nativo neste atual nascimento. Este Doṣa é revelado pelos seguintes Yogas (Yutis planetárias) ao nascimento. 

Destruição da prole no atual nascimento devido à não realização de Śrāddha em nascimentos anteriores – BPHS 85:95-105:

1 – Śani e Sūrya no 5º Bhāva; Candra em Kṛṣṇa Pakṣa no 7º e Rāhu e Bṛhaspati no Lagna e 12º, respectivamente;
2 – Śani, conforme ele se torna Senhor do 5º e ocupa o 8º Bhāva e o Kāraka (Bṛhaspati) também está colocado no 8º Bhāva;
3 – Maléfico no Lagna, Sūrya estando no 12º e Maṅgala, Śani e Budha no 5º Bhāva; e o Senhor do 5º Bhāva no 8º Bhāva;
4 – Rāhu no Lagna, Śani no 5º Bhāva e Bṛhaspati no 8º Bhāva;
5 – Śukra, Bṛhaspati e Rāhu posicionados no Lagna, Śani em yuti com Candra e o Senhor do Lagna posicionado no 8º Bhāva;
6 – Bṛhaspati (Kāraka) e o Senhor do 5º Bhāva em suas Rāśis de debilidade e também aspectado por planetas debilitados;
7 – Śani no Lagna, Rāhu no 5º Bhāva, Sūrya no 8º e Maṅgala no 12º Bhāva;
8 –Senhor de Yuvati Bhāva (7) em um Bhāva Trik (6º, 8º, 12º), Candra no 5º Bhāva e Maṅgala e Gulikā no Lagna;
9 – Senhor do 8º Bhāva, Śani e Śukra no 5º Bhāva e Bṛhaspati no 8º Bhāva.

Medidas corretivas

Para aliviar a aflição e obter alívio da curse, o nativo deve realizar:

1 – Śrāddha em Gaya, Rudra Abhiṣeka e caridade do ídolo do Senhor Brahmān etc., deve ser feito. Além disso, vaca, vaso de prata e Nīlamaṇi também devem ser doados em caridade aos Brahmanes.







Yogakāraka - a Boa Fortuna, Status e Fama

Yogakāraka é um planeta capaz de trazer boa fortuna ao nativo (Capítulo 36. BPHS) porque ele governa sobre dois Bhāvas favoráveis, um deles sendo um Kendra (quadrante, 1, 4, 7 ou 10) e o outro Bhāva sendo um trikoṇa (trinos, 1, 5, 9). Aqui será estudado conforme as regras dadas por Parāśara.

Como um Graha se torna Yogakāraka:

A base para a Astrologia Preditiva é o relacionamento mútuo entre os Senhores dos Bhāvas. Portanto, no estudo dos Yogakārakas, todas as regras devem ser bem assimiladas. Eis que nestes versos são estabelecidas as condições para a formação dos Yogakārakas:



1. O parivartana (quando o Senhor de um Trikoṇa e de um Kendra estão trocando de Bhāva, ou seja, o Senhor do Trikoṇa está depositado em um Kendra e o Senhor deste em um Trikoṇa);
2. A Yuti do Senhor de um Kendra e do Senhor de um Trikoṇa em um Kendra ou em um Trikoṇa;
3. O Dṛṣṭi inteiro do Senhor de um Kendra sobre o Senhor de um Trikoṇa (aspecto mútuo);
4. Se um e o mesmo Graha governa sobre um Trikoṇa e um Kendra simultaneamente e está depositado em um Trikoṇa ou em um Kendra.


Regras para determinar o benefício ou malefício dos Grahas:
                            

1. Benéficos naturais (Bṛhaspati, Śukra, Budha e Candra em Śukla Pakṣa) não são auspiciosos meramente pela virtude de serem Senhores de Kendras. Aqui eles sofrem de Kendradhipatya Doṣa (o defeito de um benéfico natural ser o Senhor de um ângulo). Em Mithuna e Kanyā Lagnas, Budha sendo o Senhor do 4º e do 10º, torna-se o Senhor de um ângulo, mas ele não perde sua natureza benéfica. Mas em ambos estes Lagnas, Bṛhaspati será o Senhor de dois Kendras e, consequentemente, ele perderá sua natureza benéfica e estará contaminado pelo Kendradhipatya Doṣa. Budha estará na mesma situação no caso dos Lagnas Dhanu e Mīna.

2. Naturais maléficos (Maṅgala, Śani e Candra Kṣīṇa, ou seja, em Kṛṣṇa Pakṣa) não dão efeitos auspiciosos somente por obter o senhorio de um Kendra.

3. Lagna é tanto um Kendra quanto um Trikoṇa. Portanto, o Senhor do Lagna (Lagneśa) dará sempre efeitos auspiciosos, quer ele seja um benéfico ou um maléfico.

4. Os Senhores dos Bhāvas 3-6-11 são chamados de Trishadayadhisha. Se um Graha governa qualquer uma dessas casas, ele se torna o doador de efeitos inauspiciosos.

5. Os Senhores dos Bhāvas 12-2-8 não são livres em doação de efeitos, embora neutros por esta condição. Se neutros, então eles funcionam como Budha Graha que se torna maléfico ou benéfico por associação com maléficos e benéficos naturais. Se os Senhores dos Bhāvas 12-2-8 não estiverem associados com qualquer Graha, então eles darão o efeito do Governante daquele Bhāva em que o seu segundo signo cai. Aqui a “ordem ascendente” quer dizer que o Senhor do 2º é mais forte do que o Senhor do 12º e o Senhor do 8º é mais forte ainda do que os outros dois, deste modo o Senhor do 8º Bhāva tem a mais forte capacidade para doar os efeitos. Se o Senhor do 8º Bhāva se torna também o Senhor de uma casa de ferimento (3, 6, 11), então ele será dotado de extrema natureza maléfica. Se o Senhor do 8º ocupa um trino (1, 5, 9), então ele se torna um benéfico, quer esteja ou não associado com um benéfico, pois, pela regra supracitada, o Senhor de um Trikoṇa é sempre benéfico, quer seja um benéfico ou maléfico natural.

6. Kendra (ângulos) são os Bhāvas 1-4-7-10; Trikoṇas (trinos) são os Bhāvas 1-5-9; Trishadayadhisha (casas de ferimento) são os Bhāvas 3-6-11; e Parashraya são os Bhāvas 12-2-8. Os Bhāvas mais fortes das 4 classes citadas são 10º para os Kendras, 9º para os Trikoṇas, 11º para os Trishadayadhisha; e 8º para os Parashraya, aplicando sempre a ordem ascendente de maior força.

7. Candra é tanto benéfico (Śukla Pakṣa) quanto maléfico (Kṛṣṇa Pakṣa). Significa dizer que seu poder de causar benefícios vai diminuindo proporcionalmente depois da Lua Cheia, mas ele permanece auspicioso até a 7ª Tithi (Saptami) da metade do mês. Esse poder benéfico vai diminuindo a partir da 8ª Tithi, proporcionalmente, e Candra se torna completamente maléfico no Amāvasyā, a 30ª Tithi do mês. A partir daí, seu poder maléfico vai diminuindo gradualmente e pela 7ª Tithi da metade clara (Śukla Pakṣa) todo seu poder de causar mal desaparece e Candra se torna novamente benéfico. Portanto, Candra é um planeta semi benéfico.

8. Budha dá efeitos auspiciosos quando sozinho em um Bhāva ou quando em Yuti com Candra, Bṛhaspati e Śukra. Mas quando em Yuti com um maléfico, ele também se torna maléfico.

9. A ordem ascendente de força dos planetas em termos de benefício: Candra crescente, Budha, Bṛhaspati e Śukra. Da mesma forma, quando eles (Candra e Budha) se tornam maléficos na ordem respectiva dos planetas maléficos: Candra decrescente, Budha, Sūrya, Śani e Maṅgala.

10. Se o Senhor de um Kendra ocupa um Trikoṇa ele sempre será auspicioso. Sua posição em seu próprio signo não tem qualquer importância aqui.     

                        
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Yogakāraka para Áries
Se Marte estiver associado com Sol, Lua, Vênus, Júpiter em Kendra ou Trikoṇa, essa combinação (yuti, parivartana, aspecto mútuo) forma um Yogakāraka;
Marte sozinho em Kendra ou Trikoṇa é um Yogakāraka.
Saturno não pode se tornar yogakāraka porque governa um Triṣadāya (11ª) também.


Yogakāraka para Touro
Mesmo sendo o Lagneśa, Vênus não pode se tornar Yogakāraka porque governa uma Triṣadāya (6ª).
Saturno é o único Yogakāraka natural porque governa um trino (9ª) e um Kendra (10ª) ao mesmo tempo. Mas se ele não estiver em Kendra ou Trikoṇa ele não será efetivo.
A associação Mercúrio com Sol, Saturno ou Marte em Kendra ou Trikoṇa é formador de Rājyogakārakas.


Yogakāraka Para Gêmeos
Mercúrio por si só é um formador de Rājyogakāraka porque é o Lagneśa; porém depende de estar em trino ou quadrante para se tornar efetivo.
A combinação Mercúrio, Vênus, Saturno, Júpiter também formam yogakārakas desde que estejam em quadrantes ou trinos.
Júpiter benéfico governando dois Kendras torna-o extremamente maléfico para esse ascendente e recebe o status de Kendradhipatya doṣa. Se ele estiver em conjunção com um maléfico ele também se tornará muito maléfico para o nativo. Tornar-se maléfico significa que ameaça a longevidade do nativo. Porém, ele pode se tornar um yogakāraka, doador de realizações e fama, mas não pode sustentar sua longevidade para obter esse benefício, esse é o entendimento. O pior maléfico para esse Ascendente é Marte, posto que governa duas casas triṣadāyas. Portanto, mesmo possuindo amizade natural, a conjunção Júpiter-Marte para Ascendente Gêmeos não é favorável e é o primeiro a trazer ameaça de vida para a natividade em sua MD.
Mercúrio também governa dois Kendras, porém, ele não sofre de Kendradhipatya doṣa porque o Lagna é um Kendra e um Trikoṇa ao mesmo tempo e ele não é totalmente benéfico como Júpiter, depende de associação para ser classificado como benéfico ou maléfico.

Yogakāraka para Câncer
Marte é um poderoso yogakāraka para este Ascendente. Contudo, suas melhores posições são as casas 5 e 10.
Lua só se torna yogakāraka se estiver conjunto a Marte.
É um Ascendente pobre para formação de Rājyogakāraka, pois Vênus, Saturno e Júpiter governam Triṣadāyas e perdem seu status de formador deste yoga.


Yogakāraka para Leão
Sol por si só é um yogakāraka natural desde que esteja posicionado em trinos ou quadrantes. Sua melhor posição é exaltado na casa 9 e em seguida no próprio Lagna, mas ele também continua sendo um yogakāraka se estiver posicionado nas casas 4, 5 ou 7, e terá pleno digbala se estiver em Touro na casa 10. A casa 7 é uma de suas piores posições, pois ele estará em signo inimigo e causando perturbações para a natividade.
Marte é um poderoso yogakāraka e sozinho será forte se estiver nos kendras ou trikoṇas.
Júpiter também forma yogakāraka se estiver associado com Sol ou Marte. E Ketu segue a mesma regra de Júpiter.
Vênus e Saturno, mesmo senhores de quadrantes, não podem se tornar yogakārakas por associação porque governam Triṣadāyas, e Mercúrio é o mais violento e maléfico planeta para esse ascendente. Se estiver associado com maléficos mārakas, então é o primeiro a reduzir a longevidade.

Yogakāraka para Virgem
Mercúrio é um yogakāraka Natural para esse ascendente. Porém, as melhores posições para este planeta estar colocado e formar este yoga é no Lagna, casa 10 ou casa 9. Se ele estiver posicionado nos signos de Júpiter, ele perde muito de seu poder de conferir bons resultados.
Júpiter, governando dois quadrantes, é maléfico para este Lagna e sofre de Kendradhipatya doṣa. Ele é maléfico para Kanyā Lagna, mas mantém seu status de yogakāraka se, e somente se, estiver associado com Mercúrio ou com Vênus. Maléficos funcionais que formam qualquer Rāja Yoga conferem resultados mistos, ou seja, dão riqueza, mas ameaçam a longevidade com doenças ou riscos de acidentes dependo do planeta que combina com eles.
Vênus também obtém status de Yogakāraka se, e somente se, estiver associado com Mercúrio ou Júpiter. Os demais planetas não podem ser formadores deste Yoga. Saturno, um que poderia, governa também uma casa Triṣadāya e, portanto, não cumpre a regra para se tornar yogakāraka.

Yogakāraka para Libra
Para este ascendente, Vênus é um yogakāraka natural desde que esteja posicionado em quadrantes ou trinos a contar do lagna.
Saturno também sozinho é formador desse yoga e, embora obtenha digbala na casa 7, ali é seu signo de debilidade e é preferível que ele esteja no Ascendente ou na casa 4 para dar melhores resultados, caso em que formará um Sasa Yoga além de muitos tipos de Rājyoga dependendo de sua associação, não apenas o yogakāraka.
Marte, Mercúrio e Lua só formam Rājyogakāraka se estiverem associados, pois eles não governam kendras e trinos simultaneamente, mas sim ou um kendra ou um trino. Por exemplo, se Lua se associar com Mercúrio, Vênus ou Saturno, e ambos estiverem em kendras ou trikoṇas, então forma yogakāraka.
Para que haja formação de yogakāraka um senhor de kendra (que não governa também um trino), deve se associar com um senhor de trino e ambos estarem posicionados em quadrantes ou trinos.

Yogakāraka para Escorpião
Este Lagna também é pobre na formação de Yogakāraka. Ele não possui nenhum yogakāraka natural e a formação de um necessita da combinação de planetas em kendras e trikoṇas. Marte Lagneśa não pode ser yogakāraka porque governa a triṣadāya casa 6. Saturno também passa pelo mesmo problema.
Vênus se associado com Júpiter ou Lua e em kendra ou trikoṇa pode se tornar um yogakāraka.
Lua se associado com Vênus ou Sol pode se tornar yogakāraka, já que Júpiter só governa trikoṇa e não kendra ao mesmo tempo.
Júpiter só se torna yogakāraka se combinado com Sol e vice-versa.
Lembre: um senhor de kendra e um senhor de koṇa formam um yogakāraka combinado!!!

Yogakāraka para Sagitário
A regra do Kendradhipati doṣa para Mercúrio nos Lagnas de Sagitário e Peixes só deve ser aplicada no caso dele estar sozinho ou em conjunção com benéfico, caso em que se tornará totalmente benéfico, pois sua natureza é mista como já foi ensinado aqui. Em todos os casos, os antigos dizem que ele é neutro para esses lagnas por causa dessa mutabilidade, conferindo resultados do senhor com quem está associado.
Júpiter é neutro para esse Lagna porque ele governa o Lagna, um kendra e um trikoṇa ao mesmo tempo.
Júpiter sozinho deverá ser o formador natural de yogakāraka, posto que governa o Lagna.
Mercúrio, Marte e Sol só poderão formar yogakārakas se combinados entre si, pois eles governam ou um kendra ou um trikoṇa. Marte OU Sol formam yogakāraka se estiverem com Júpiter ou Mercúrio. Mercúrio também depende de associação com um senhor de trino ou com Júpiter para ser formador de yogakāraka. Mas lembre-se, eles precisam estar posicionados em Kendras e para Mercúrio, sua pior posição é na casa 4, seu signo de debilidade.

Yogakāraka para Capricórnio
Saturno sozinho é um yogakāraka natural. Vênus é outro yogakāraka Natural para Makara Lagna. Lua dependerá de associação com senhores de trikoṇas para formar um yogakāraka, ou com Vênus ou com Saturno. Marte e Mercúrio não podem se tornar yogakārakas porque são governantes de Triṣadāyas também. Júpiter é o pior maléfico para esse ascendente.
Lua é dito ser maléfico porque é um benéfico natural governando Kendra, mas atentem para o fato de que ser ou não benéfico natural irá depender de sua fase quer clara ou escura e, portanto, muitos astrólogos opinam que ela é neutra. Isso significa dizer que se ela estiver em sua fase maléfica, ela só se tornará maléfica para esse lagna se estiver posicionada em um Kendra, caso em que poderá se tornar um yogakāraka se estiver associada com Saturno ou Vênus. E neste caso também ela dará efeitos mistos.

Yogakāraka para Aquário
Saturno e Vênus são yogakārakas naturais desde que estejam posicionados em kendras ou trikoṇas. Marte perde seu status de yogakāraka porque governa uma triṣadāya também. Sol depende de associação quer com Mercúrio, Saturno ou Vênus em um Kendra ou Trikoṇa, mas se ele estiver no Ascendente, estará em signo inimigo e quem sustentará esse yogakāraka serão os outros planetas com quem ele se associa. Mercúrio também precisará estar associado quer com Vênus, Sol ou Saturno para receber o status de yogakāraka. Ketu também precisará de associação ou com Saturno, Mercúrio ou Vênus.

Yogakāraka para Peixes
A mesma situação se aplica aqui para Mercúrio e Júpiter como no caso do Lagna de Sagitário. Alguns astrólogos opinam, contudo, que pelo fato de se tornar yogakāraka, Júpiter perde seu poder de assassino do Kendradhipati doṣa. Esse é um caso a ser estudado, pois existe divergência de opinião a respeito. E se essa regra pode ser aplicada aqui, deveria também ser aplicada para no caso do Lagna ser Sagitário.
Lua e Marte dependerão de estarem associados quer com Mercúrio ou com Júpiter e estarem posicionados em Kendras ou trikoṇas para formarem Rājyogakāraka.

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Yogakārakas Naturais (1) e os Combinados (2).

(*) Yogakāraka 2 nesta tabela mostra os planetas que se associados com governantes de trinos e quadrantes, respectivamente e posicionados nestas casas (kendras/trikoṇas) podem formar yogakārakas.