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29 - Yajnavalkya Upanishad (Śukla Yajur Veda)



29 - Yajnavalkya Upanishad


Traduzido por:
Prof. A. A. Ramanathan
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library


Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



1: Agora, o Rei Janaka de Videhas, respeitosamente, aproximou-se do sábio Yajnavalkya e disse: “Reverendo Senhor, exponha-me a renúncia”.

Yajnavalkya disse: “Tendo completado a fase de um estudante celibatário, uma pessoa torna-se um chefe de família. Da fase de um chefe de família ele se torna um habitante de floresta (Vanaprastha) e, em seguida, um renunciante. Ou então ele pode se tornar um monge mendicante da fase de um estudante celibatário, ou um chefe de família, ou um habitante de floresta. (Há também a provisão que) uma pessoa possa renunciar à vida mundana no mesmo dia em que o desgosto por ela desponta nele, quer ele não observe os votos (antes da fase da renúncia), ou quer ele os observe; quer ele tenha se submetido às abluções prescritas na conclusão das disciplinas de estudantes, ou quer não; quer ele seja aquele que interrompeu a manutenção do fogo ritual à morte de sua esposa (Utsannagni), ou aquele que não mantém o fogo do ritual (anagnika).

2: Alguns (doadores da lei) prescrevem o sacrifício chamado Prajapatya (do qual o Deus Brahma é a deidade dirigente, antes de abraçar a renúncia do duas vezes nascido). Mas (embora assim prescrito), ele pode não fazer. Ele deve somente realizar o sacrifício Agneyi (cuja deidade dirigente é Agni, o deus do fogo). PoisAgni é o ar vital (Prana). Desta maneira ele ajuda (reforça) o ar vital. (Então), ele deve executar o sacrifício Traidhataviya (cuja deidade dirigente é o deus Indra). Por este sacrifício, os três fluídos vitais (tornam-se forte como o fogo) chamados Sattva (sêmen), Rajas (sangue) e Tamas (o escuro).


(Tendo executado o sacrifício na forma prescrita, ele deve cheirar o fogo sagrado, recitando o seguinte mantra): “Oh, Fogo, este (ar vital) é sua fonte; como você nasceu no tempo apropriado (do ano) você coloca em esplendor. Conhecendo-o (o Atman, sua fonte derradeira) que você possa fundir (com o Prana, sua fonte). Que você possa aumentar nossa riqueza (do conhecimento transcendental)”. Assim recitando o mantra, ele deve cheirar o fogo. Assim é a fonte do fogo, este ar vital. “(Possa você) ir para o fogo (suafonte). Svaha”. Assim, por si só, o mantra diz.


3: Tendo procurado o fogo sagrado (da casa de um bem versado estudante Védico) na aldeia, ele deve ser levado para cheirar o fogo, como descrito previamente. Se ele não fizer o ritual do fogo, ele pode oferecer oblações nas águas. Pois a água é (presidida por) todos os deuses. Recitando, “Eu ofereço a oblação para todos os deuses. Svaha”, ele deve apresentar as oblações e, escolhendo (uma pequena porção) da oblação ofertada, o qual está misturada como ghee, ele deve comê-la, pois isto é benéfico. (Antes de comer a oblação ofertada, ele deve recitar) o mantra da liberação (chamado OM), o qual ele deve executar como (a essência ) dos três Vedas. Ele deve adorar Brahman (Existência, Conhecimento e Bem-aventurança) como aquele (conotado pelo OM). Cortando o tufo de cabelo e o sagrado cordão, ele deve recitar três vezes, “Eu tenho renunciado”. (O sábio real Janaka aceitou esta elucidação, dizendo), “De fato, assim é, reverenciado Yajnavalkya”.


4: (Em seguida, perguntado pelo Rei Janaka), o sábio Atri perguntou a Yajnavalkya: Como é alguém sem o cordão sagrado (pois somente através do uso que ele pode executar rituais) um Brahmana?”


Yajnavalkya respondeu: “Isso, por si só, é seu cordão sagrado (a convicção), “Aquele (Eu refulgente) Atman (Eu sou)”. Ele deve, então, cerimonialmente, sorver água (três vezes com o mantra, “Alcance o mar, Svaha”, tendo previamente descartado seu tufo e seu cordão sagrado). Este é o método (para ser adotado por aqueles que renunciam o mundo).


5: Então, (no caso daqueles autorizados à renúncia) o monge mendicante vestindo (ocre) vestimenta desta cor, com cabeça raspada, aceitando nada (exceto comida para o sustento de seu corpo), puro, ferindo ninguém (em pensamento, palavra e ação), (austeridade) vivendo de esmola, torna-se apto para realizar Brahman. Este é o caminho dos monges mendicante. (No caso dos Kshatriyas e outros, não autorizados à renúncia, eles podem pedir a liberação) no caminho dos bravos (de quem busca a morte no campo de batalha), ou rápido (até a morte como uma disciplina), ou entrando na água (e não subir mais), ou entrar no fogo ou empreender a grande jornada (no qual eles entram em colapso por exaustão). (Para aqueles autorizados à renúncia) assim foi prescrito pelo deus Brahman; o asceta que tem renunciado o mundo (Sannyasin) seguindo este caminho, realiza Brahman. Assim (é afirmado no Vedanta). “Assim, de fato, é, reverendo Senhor, Yajnavalkya”, (apreciou o real sábio Janaka).


6: Há os sábios bem conhecidos, chamados Paramahamsas (com nos dias de outrora, os sábios) Samvartaka, Aruni, Svetaketu, Durvasas, Ribhu, Nidagha, Dattatreya, Suka, Vamadeva, Harita e outros, não usando nenhuma marca distintiva, com uma conduta além (das pessoas mundanas) e que se comportavam como se privados de seus sentidos, embora perfeitamente sanos.


7: Avesso às esposas dos outros e (desejando permanecer em) cidades e descartando tudo isto, isto é, o triplo bastão (bambo), o vaso de água, (o prato de barro) usado para uma refeição, a purificação cerimonial com água, o tufo e o cordão sagrado, interna, bem como externamente, nas águas recitando “Bhu, Svaha”, (o Paramahamsa) deve buscar o Atman).


8: Possuindo uma aparência de um recém-nascido (ou seja, nu), não afetado pelos pares (de opostos, tal como calor e frio, prazer e dor); aceitando nada (exceto esmolas, para o sustento nu), bem estabelecido no caminho da verdade de Brahman, de mente pura, recebendo esmolas na boca (literalmente no vaso da barriga), na hora prevista, a fim de sustentar a vida, tornando-se equânime em ganho ou perda (das esmolas), bebendo água do vaso da mão, ou do vaso d’água, pedindo esmolas, mas para guardar na barriga; desprovido de qualquer outro vaso; o local de bebedouro servindo como vaso d’água; abrigando-se, equânime ao ganho e à perda do mesmo, em uma residência que é livre de perturbações e é solitário (tal como) uma casa desocupada, um templo, um monte de (alto) grama (ou palheiro), um formigueiro, a sombra de uma árvore, uma cabana de oleiro, uma cabana onde o fogo ritual é mantido, o banco de areia de um rio, um bosque montanhoso, uma caverna, uma cavidade numa árvores, a proximidade de uma queda d’água, ou um pedaço de chão limpo, sem residir em um domicílio fixo; fazendo nenhum esforço (para atividade remunerada) e profundamente voltado para a erradicação das boas e das más ações – deste modo um sábio que finalmente dá seu próprio corpo no estado de renuncia é, de fato, um Paramahamsa. Assim (que foi declarado).


9: O monge mendicante que está nu (literalmente, vestido pelos pontos cardeais), cumprimenta ninguém, não tem nenhum desejo por esposa ou filho, e está acima do objetivo e do não objetivo, tornando-se o supremo Deus. Aqui estão os versos:


10: Para quem se tornou um asceta mais cedo, e que é igual a ele em características, obediência deve ser paga (por um asceta) e nunca para qualquer outro.


11: Igualmente são vistos ascetas que são descuidados, cujas mentes estão no exterior das coisas fenomenais, são portadores de histórias, ansiosos por discussões e cujas opiniões são condenadas pelos Vedas.


12: Se um asceta permanece em identidade com o mais elevado eu refulgente, Brahman, o qual está além do nome etc., então, para quem deve ele, o conhecedor do Atman, pagar obediência? Então, a atividade (de curvar-se) não deve ser feita.


13: (Se um asceta está convencido de que) o Deus Supremo tem entrado nos seres como o Eu individual, então ele pode prostrar totalmente no chão, diante de um cão, proscrito, vaca ou burro.


14: O que é possivelmente charmoso em uma mulher que é uma boneca feita de carne, em uma gaiola de membros que é movida por maquinaria e que é um conglomerado de ossos e tendões e articulações?


15: São os olhos (de uma mulher) charmosos quando nos olhamos para elas após a dissecação da pele, da carne, sangue e lágrimas? Por que, então, você se apaixona em vão?


16: Semelhantemente, Oh, sábio, é visto o colar de pérolas que brilham (adorando as mulheres) no avanço das águas do Ganga, descendo as encostas do Monte Meru.


17: Em cemitérios (situado) em locais remotos, o mesmo seio de uma mulher é comido, em virtude do rumo, por cães, como se fosse um pedaço pequeno de alimento.


18: Tendo (atraente) tranças e colocando colírio, mulheres, difíceis de tocar, mas agradáveis aos olhos estão (na verdade) as chamas do fogo do pecado e elas queimam os homens como se fossem palhas.


19: Mulheres agradáveis e cruéis são o combustível para o fogo do inferno, aquilo que inflama mesmo à distância e, embora suculento, (adorável) são desprovidas de umidade (sabor).


20: Mulheres bobas são as redes espalhadas pelo caçador chamado Cupido para enredar os corpos dos homens na forma de pássaros.


21: A mulher é a isca presa no anzol do peixe ao fio da propensão ao mal para capturar os homens na forma de peixe, que estão na lagoa mundana e que estão ativos no lodo da mente.


22: Chega de mulheres para mim, para sempre, que são os caixões fortes (para conservar) todas as jóias da maldade e são cadeias de miséria.


23: Quem tem uma mulher com ele tem desejo de prazer; onde está a possibilidade para a diversão para quem está sem mulher? Descartando a mulher, está descartando a vida mundana; deve-se ser feliz depois de abandonar a vida mundana.


24: Um filho por nascer preocupa os (seria) pais por muito tempo; quando obtido (no útero) ele dá problema devido ao aborto ou às dores do parto.


25: Quando o garoto nasce, há a preocupação dos planos do mal, doenças etc., e, em seguida, a sua propensão ao caminho do mal. Quando investido com o cordão sagrado ele não se torna instruído e se ele se torna sábio, ele recusa casamento.


26: Na juventude, ele leva ao adultério etc., e tem (a maldição da) pobreza quando ele tem uma família. Não há fim das preocupações devido a um filho, e se ele é rico (de repente) pode morrer.


27: O (bom) asceta não tem inconstância de mãos e pés; ele não é instável em seus olhos e ele não está solto com seu discurso; conquistando seus sentidos ele se torna um com Brahman.


28: Quando uma pessoa de discriminação vê igualdade e unidade entre um inimigo, um prisioneiro e seu próprio corpo, onde está (a possibilidade de) raiva, como para os membros de seu próprio corpo?


29: Se você tiver qualquer raiva contra um executor do mal, como é que você não tem raiva contra a raiva, como ela forçosamente bloqueia (o caminho para) o dever, a riqueza, o amor e a liberação?


30: Minhas saudações à raiva contra a raiva, que bem define, entusiasmado, o seu substrato, e o qual dá uma dissipação e desperta alguém para suas falhas.


31: Onde as pessoas estão sempre dormindo, o homem de auto controle está amplamente desperto; onde eles estão vigilantes, Oh, sábio, o príncipe entre os yogues está em sono profundo. Estar convencido de que existe uma consciência aqui, que (tudo) isto é consciência, por si só, e é permeado pela consciência, que você é consciência e eu sou consciência, e todos estes mundos são da consciência.


32: Os ascetas deveriam aceitar isto, a mais elevada posição de ser um Paramahamsa, oh, melhores sábios, nada existe de mais elevado do que isto. Assim (termina) o Upanishad.




Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!


Aqui termina o Yajnavalkyopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.







28 - Turiyatita Avadhuta Upanishad (Śukla Yajur Veda)



28 - Turiyatita Avadhuta Upanishad



Traduzido por:
Prof. A. A. Ramanathan
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
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Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



1: Agora o avô de todas as pessoas (o deus Brahman), respeitosamente aproximando-se de seu pai, Adinarayana (o Senhor Vishnu), disse, “Qual é o caminho dos Avadhutas depois do estado de Turiyatita, e qual é a sua posição?”


Para ele respondeu o Senhor Narayana: os sábios consideram que quem permanece no caminho de Avadhuta é muito raro no mundo, e (tais sábios) não são muitos; se alguém se torna (um Avadhuta) ele é puro, ele é, de fato, a personificação do desapego; ele é, de fato, a forma visível da sabedoria, e ele é, de fato, a personificação do Veda (Vedapurusha). Ele é um (verdadeiro) grande homem, com sua mente permanecendo somente em Mim. Na verdade, Eu também permaneço nele. Na devida ordem, tendo sido a primeira (cabana) habitação ascética (Kutichaka), ele atinge o estado de um monge mendicante (Bahudaka); o monge mendicante alcança o estado de um asceta Hamsa; o asceta Hamsa (em seguida) torna-se o mais elevado tipo de asceta (Paramahamsa). (Nesta estado), por introspecção, ele percebe que o mundo inteiro (como forma não-diferente de seu eu); renunciando a todos os bens pessoais em (um reservatório de) águas, (coisas como) seu bastão emblemático, pote de água, faixa da cintura, tanga que o cobre (suas partes íntimas) e todos os deveres ritualísticos imposto sobre ele (em uma fase anterior); tornando-se despido, (literalmente, vestido pelos pontos cardeais); abandonando até mesmo a aceitação de uma peça descolorida e desgastada, ou pele de (veado); comportando, em seguida, (após a fase do Paramahamsa) como sujeito a nenhum mantras (ou seja, não realizando nenhum ritual) e desistindo-se de se barbear, passar óleos, a marca perpendicular de pasta de sândalo na testa etc.


2: Ele é alguém que terminou todos os deveres seculares e religiosos; livre de méritos religiosos, ou, de outra forma, em todas as situações; desistindo de ambos, conhecimento e ignorância; conquistando (a influência de) frio e calor, felicidade e miséria, honra e desonra; tendo queimado com antecedência, com a influência latente (vasana) do corpo etc., censura, elogio, soberba, rivalidade, ostentação, orgulho, desejo, ódio, amor, raiva, avareza, ilusão, (regozijo)de alegria, intolerância, inveja, apego à vida etc.; vendo o seu corpo como um cadáver, como se fosse; tornando-se equânime esforçadamente e irrestritamente no ganho ou perda; sustentando sua vida (com comida colocada na boca), como uma vaca; (satisfeito) com (comida)conforme venha, sem ardente desejo por ela; reduzindo a cinzas o anfitrião do aprendizado e do conhecimento; guardando sua conduta (sem alardear seu nobre modo de vida); renegando a superioridade ou a inferioridade (de qualquer um); (firmemente) estabelecido na não-dualidade (do Eu) que é o mais elevado (princípio) de tudo, e que compreende tudo como dentro do eu; cultivando a convicção, “Nada existe distinto de mim”; absorvendo no Eu o combustível (do conceito) exceto o segredo conhecido somente pelos deuses; intocado pela tristeza; indiferente à (mundana) felicidade; livre de desejos por afeições; sem apego à qualquer lugar, do auspicioso ao não-auspicioso; com (o funcionamento de) todos os sentidos imobilizados; esquecido da superioridade de sua conduta, aprendizado e mérito moral (dharma) adquirido nas fases anteriores de sua vida; desistindo da conduta conveniente das castas e da fase da vida (Vanaprastha); sonhos, como o dia e a noite são iguais para ele; sempre em movimento em qualquer lugar; permanecendo somente com o corpo deixado para ele; seu pote de água sendo o local das águas (só); sempre sensato (mas) vagando sozinho como se fosse uma criança, louco, ou fantasma; sempre observando o silêncio e meditando profundamente em seu Eu, ele tem por seu suporte a sustentabilidade (Brahman); esquecendo tudo o que (mais) em consonância com a absorção em seu Eu; este sábio Turiyatita, atingindo o estado do asceta Avadhuta, e completamente absorvido na não-dualidade (do Atman) (finalmente) desiste de seu corpo conforme ele se torna um com OM (o Pranava): como um asceta é um Avadhuta; ele tem realizado seu propósito na vida. Assim (termina) o Upanishad.





Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!




Aqui termina o Turiyatitavadhutopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.







27 - Trisikhi Brahmana Upanishad (Śukla Yajur Veda)



27 - Trisikhi Brahmana Upanishad


Traduzido por:
P. R. Ramachander
Publicado por:
celextel.org
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
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Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



Um Brahmana chamado “Trishiki Brahman” foi para a terra do Deus Sol e perguntou-lhe, “Oh, Deus, o que é o corpo? O que é a alma? O que é a causa e o que é o Atma? 1


O Deus Sol respondeu:

Você tem percebido que tudo isto é Shiva. Porque só Shiva é sempre limpo, quem é desprovido de quaisquer defeitos, e que está em toda parte, e por quem não há nenhum Segundo. Ele é o único que cria todas as coisas pela sua luz e, semelhante ao fogo, aparece em diferentes formas, em diferentes peças de aço, ele aparece em diferentes formas. Se você perguntar, para que ele doa luz, a resposta deveria ser Brahman, que é denotado pela palavra “Sath”, e que é imerso com a ignorância e a ilusão. Aquele Brahman deu origem a “aquele que não está claro”. “Aquele que não está claro” deu origem a “Mahat” (grande). “Mahat” deu origem ao egoísmo. O egoísmo deu origem aos “cinco Thanmathras”. Aqueles “cinco Thanmathras” deu origem aos “cinco Bhoothas”, ou seja, terra, água, fogo, ar e éter.

1: Éter é a consciência, ou seja, mente, sabedoria, vontade do eu, e egoísmo.
2: Ar é Samana, Udana, Vyana, Apana e Prana, que são os ares no corpo.
3: Fogo são os ouvidos, a pele, os olhos, a língua e o nariz.
4: O conceito de água são os sentimentos do som, do toque, da visão, do paladar e do olfato.
5: Terra são as palavras, as mãos, os pés e outros órgãos físicos.
6: Éter, o qual é o conceito da sabedoria e decisão, comportamento e auto-estima.
7: As ações relacionadas ao ar estão se unindo, trocando de lugares, tendo, ouvindo e respirando.
8: As ações relacionados ao fogo são as sensações do toque, da visão, do paladar, da visão e do som. Aquelas também dependem da água.
9: As ações relacionadas a terra são falando, dando, tendo, indo e vindo.
10: As ações do Prana Thanmathra (alma simbólica) são os órgãos para fazer o trabalho e os órgãos para ganhar sabedoria.
11: O egoísmo é limitado pela mente, o cérebro e a vontade de fazer.
12: Os aspectos menores da alma simbólica (Prana Thanmathra) estão dando lugar, dispersando, vendo, unindo e sendo firme.

Estes doze são os aspectos da filosofia, o conceito inicial do conceito de piedade e início da existência física. Chandra, Brahman, direções, ar, sol, Varuna, Aswini devas (divindades médicas), Fogo, Indra (rei dos devas), Upendra, Prajapati e Yama (Deus da morte) são os Deuses dos órgãos e sentidos, que viajam como alma nestes doze aspectos. 1

[Slokas 2 e 3 não estão disponíveis.]

De lá, a Terra veio para a existência, abraçando uma coisa com a outra, permeando por conexões entrecruzadas, passo a passo, como o resultado do Pancha Boothas (os cinco aspectos de terra, ar, água, fogo e éter), ganhou vida. 4

Naquela terra, plantas, trepadeiras, comida e quatro tipos de pindas (centros do corpo) surgiram. As seções das raízes do corpo são o paladar, o sangue, a carne, a gordura, os ossos, os nervos e o sêmen. 5

Alguns Pindas surgiram por causa de sua própria interação, e alguns Pindas surgiram por causa da interação de Pancha Boothas. Nisto, aquele Pinda chamado “Anna Mayam” (área da comida), está na região da barriga. 6

No meio deste corpo está o coração, o qual é como a flor de lótus com sua haste. Os Deuses da gestão, do egoísmo e da ação estão lá. 7

A semente para isto é o guna tamas (qualidades básicas) de pinda, que é paixão orientada e solidificada (não se move ou muda). Este é o mundo que com sua natureza variada, e está situado na garganta. 8

Procurando no interior o Atma (alma) feliz, está o ápice da cabeça e está situado no lugar Param Patha. Esta é a sua terra como forma, e brilha com grande força. 9

O estado do despertar é em todos os lugares. O estado de sonho também existe no estado de vigília. O estado de sono e o estado do mais elevado do conhecimento (Turiya) não existe nos outros estados. 10

Semelhantemente ao gosto que permeia em todas as partes de uma boa fruta, Shiva e Shakti penetram em todos os lugares. 11

Semelhantemente todos os Kosas (áreas do corpo) estão dentro de Annamaya Kosa. Semelhantemente ao Kosam é a alma. Semelhantemente à alma é Shiva. 12

O ser vivente é aquele com sentimentos. Shiva é aquele sem sentimentos. Os Kosas são os locais dos sentimentos dos seres viventes. E eles dão origem aos estados de existência. 13

Semelhantemente ao fato daquela agitação da água produzir ondas e espuma, pela agitação da mente vários pensamentos são produzidos. 14

Pela realização dos deveres, o ser vivente torna-se escravo de seus deveres. Ao abandoná-los, ele alcança a paz. Ele se torna um que vê o mundo no caminho do sul. 15

O ser vivente com egoísmo e auto-estima é, de fato, Sadashiva. O ser vivente alcança aquele tipo de ilusão por causa de sua companhia com a alma ignorante. 16

Ele atinge centenas de Yonis (órgão reprodutivo feminino) e permanece lá por causa de sua familiaridade. Como um peixe atravessa entre os bancos de um rio, ele continua viajando até alcançar a salvação. 17

Durante a passagem do tempo, devia à sabedoria do conhecimento da alma, ele se transforma no caminho do norte e, passo a passo, sobe. 18

Quando ele é capaz de enviar sua alma poderosa para sua cabeça e fazer permanentemente a prática do yoga, ele obtém sabedoria. Por causa da sabedoria, seu yoga atua. 19

Depois do yoga e da sabedoria se tornarem estáveis nele, ele se torna um yogue. Ele nunca será destruído. Ele deve ver o Senhor Shiva em suas deficiências e não desejar ver deficiências no Senhor Shiva. 20

Para obter resultados no Yoga, ele deve ser feito sem qualquer outro pensamento, sem a prática não se obterá sucesso no yoga ou sabedoria. O yogue não obterá os resultados fora deles também. 21

Então, pela prática do yoga, a mente a alma devem ser controladas. O yogue deve cortar os problemas no yoga semelhante ao corte do material com uma faca afiada. 22

[Slokas 23 a 145 não estão disponíveis.]

Com o conhecimento puro de Atma (alma) os órgãos sensoriais devem ser controlados. Devemos sempre meditar em Para Vasudeva, que é a mais elevada alma. 146

Kaivalya (salvação) é obtido pela forma de meditação selecionada e ordenada em contorno e forma. Se um yogue está apto para meditar por, no mínimo, por um curto espaço de tempo em Vasudeva, enquanto ele está no estágio de Kumbhaka do Pranayama (suspensão natural do alento), os pecados que ele tem acumulado em sete nascimentos serão destruídos. Você tem que compreender que a porção da barriga ao coração é a ação do estado de vigília. No pescoço existe a ação do sonho. Entre as mandíbulas existe osono. Turiya existe entre as pálpebras. Aquela ação da síntese com Parabrahman, que está mais acima de Turiya, existe no meio do topo do crânio, chamado Brahmarandra. Lá à frente de Turiya, no canto de Turiya, a alma é chamada Vishnu. Quando se medita no mais puro Paramakasa (grande éter), deve-se meditar naquele Adhokshaja que brilha para sempre, com a luz de (Crores) dez milhões de Sóis, como sentado no lótus de seu próprio coração. Caso contrário, ele tem que meditar naquele Viswa Roopi (Aquele que é da forma do universo), que tem diversas formas, diversas faces, diversos planos com diversos armamentos, diversos olhos com brilhos como dez milhões (crores) de sóis, diversas cores, e que é pacífico e também muito zangado. Todas as preocupações mentais de um yogue que medita de tal forma devem ser completamente acalmadas. Aquele yogue que medita naquela matéria indestrutível, que brilha como a graça de Deus, no centro do coração, naquela verdade derradeira, que está além de Turiya, naquele Sol que é a forma da sabedoria, que é imensurável e infindo, naquele ser que é como uma lâmpada que brilha em um lugar sem vento, e naquele ser que é como o brilho das jóias não transformadas, deve ter a salvação firmemente em suas mãos. 147-157

Para o yogue que é capaz de ver e experimentar o brilho daquele Deva, com a forma do macro ou micro universo, ou formar uma pequena porção dele em seu lótus como o coração, todos os poderes ocultos como Anima estarão muito dentro de seu alcance. 158-159

Tem que compreender que a realização da verdade universal da unidade de Jivatma (Alma) e Paramatma (Deus), que é aquele “Eu sou Brahman e Brahman sou eu”, é o estado real de Samadhi (um estado de meditação iluminado, onde todo o processo de pensamento está unificado com Deus). O homem se torna Brahman e não toma um outro nascimento. 160-161

Quem analisa esses princípios com indiferença, torna-se como um fogo sem lenha, e torna-se um com Ele. 162

Desde que sua mente e alma não tenha nada para agarrar-se (apegar), ele se torna estável na forma da sabedoria, e sua alma se derrete como um pedaço de sal, e ele se funde no mar da consciência pura. 163

Ele vê o mundo, que é uma coisa de paixão e mágica, como um sonho. No estado natural, o yogue que permanece inalterado, como ele em si mesmo, alcança a forma nua em seu sono, e alcança a salvação. 164




Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!






Aqui termina o Trisikhi-Brahmanopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.



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26 - Tara Sara Upanishad (Śukla Yajur Veda)




26 - Tara Sara Upanishad



Traduzido por:
K. Narayanasvami Aiyar
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Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
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Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
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Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



CAPÍTULO – I

1: Hari Om. Brihaspati perguntou a Yajnavalkya: “Aquele que é chamado Kurukshetra é o local do sacrifico dos Devas e o assento espiritual de todos os seres. Portanto, onde se deve ir a fim de que se possa perceber Kurukshetra, o local do sacrifício dos Devas e o assento espiritual de todos os seres?” (Pelo que Yajnavalkya respondeu): “Avimukta é Kurukshetra, o local do sacrifício dos Devas e do estudo de Brahman, porque é lá que Rudra inicia uma pessoa no Taraka Brahman, quando Prana (vida) vai para fora. Através disto, uma pessoa torna-se imortal e o desfrutador de Moksha. Portanto, deve-se sempre estar no meio deste local, Avimukta, e nunca se deve sair, Oh, Reverendo Senhor, Avimukta”. Assim disse Yajnavalkya.


Om Namo Narayanaya


2: Então, Bharadvaja perguntou a Yajnavalkya: “O que é Taraka? O que é que faz com que uma pessoa cruze (este mundo de existência)?” Pelo que Yajnavalkya respondeu: “Om Namo Narayanaya é o Taraka. Ele deve ser adorado como Chidatma. Om é a única sílaba, e da natureza de Atman. Namah é de duas sílabas, e é da natureza de Prakriti (matéria). Narayanaya é de cinco sílabas, e é da natureza de Parabrahman. Quem conhece isto torna-se imortal. Através do “OM”, Brahma é produzido; através de “NA”, Vishnu é produzido; através de “MA”, Rudra é produzido; através de “NA” Ishvara é produzido; através de “RA” o Anda-Virat (ou Virat do universo) é produzido; através de “YA”, Purusha é produzido; através de “NA” Bhagavan (Senhor) é produzido; e através de “YA”, Paramatman é produzido. Este Ashtakshara (oito sílabas) do Narayana é o supremo e mais elevado Purusha. Assim é o Rig-Veda como a primeira base (ou metade).


CAPÍTULO – II


1: Aquele que é Om é o indestrutível, o supremo e Brahman. Aquele único deve ser adorado. Ele é isso que é de oito sílabas sutis. E isto se torna oito, sendo de oito formas. “A” é a primeira letra; “U” é a segunda; “M” é a terceira; Bindu é a quarta; Nada é a quinta; Kala é a sexta; Kalatita (que está além de Kala) é a sétima; e aquela que está além destas é a oitava. Ele é chamado Taraka, pois permite que se atravesse a existência mundana. Saiba que Taraka sozinho é Brahman e ele sozinho deve ser adorado. Os (seguintes) versos podem ser citados aqui:


1: “Da letra “A” vem Brahman chamado Jambavan (o suporte). Da letra “U” vem Upendra, chamado Hari.”


2: “Da letra “M” vem Shiva, conhecido como Hanuman. Bindu é chamado Ishvara e é Satrughna, o Senhor da discussão, em si.”


3: “Nada deve ser conhecido como o grande Senhor chamado Bharata, e o som da concha, em si. De Kala vem o Purusha, em si mesmo, como Lakshmana, e o portador da terra.”


4: “Kalatita é conhecida como a deusa Sita, em si mesma. Aquele que está além é o Paramatman, chamado Sri Rama, e é o mais elevado Purusha.”


“Tudo isto é a explicação da letra OM, que é o passado, o presente e o futuro, e que, para além destes, (ou seja) Tattva, Mantra, Varna (cor), Devata (deidade), Chhandas (métrica), Rik, Kala, Sakti e Srishti (criação). Quem conhece isto torna-se imortal. (Assim é) o Yajur-Veda com a segunda base”.


CAPÍTULO – III


Então, Bharadvaja perguntou a Yajnavalkya: “Através de que Mantra Paramatman é agradado e mostra seu próprio Atman (para as pessoas)? Por favor, diga isto.” Yajnavalkya respondeu:


1: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor descrito pela (letra) “A” e é Jambavan (o suporte) e Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


2: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor descrito pela (letra) “U” e é Upendra (ou) Hari e Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


3: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor descrito pela (letra) “M” e é da forma de Shiva (ou) Hanuman e Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


4: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana, o Senhor de Satrughna da forma de Bindu e o Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


5: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor, e é Bharata da forma de Nada e o Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


6: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor, e é Lakshmana da forma de Kala e o Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


7: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor, e é Kalatita, a Deusa Sita, da forma de Chit e o Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


8: Om. Quem é Sri-Paramatman, Narayana e o Senhor, que está além daquele (Kalatita), é o supremo Purusha e é o ancião Purushottama, o eterno, o imaculado, o iluminado, o emancipado, a verdade, a maior felicidade, o interminável, o Sem Um Segundo, e todo pleno – aquele Brahman é meu Eu. Eu sou Rama e o Bhuh, Bhuvah e Suvah; Saudações a Ele!


Aquele que tem dominado este Mantra de oito partes é purificado por Agni; ele é purificado por Vayu; ele é purificado pelo sol; ele é purificado por Shiva; ele é conhecido por todos os Devas. Ele alcança o fruto pela recitação Itihasas, Puranas, Rudra (Mantras), cem mil vezes. Quem, repetidamente, relembra (ou recita) o Ashtakshara ( o Mantra de oito sílabas) de Narayana, ganha o fruto da recitação de Gayatri cem mil vezes, ou do Pranava (OM) uma infinidade de vezes. Ele purifica (seus ancestrais) dez (graus) acima e (seus descendentes) dez (graus) abaixo. Ele alcança o estado de Narayana. Quem conhece isto (alcança) o estado de Narayana.


Como o olho (que vês sem qualquer obstáculo) a propagação das coisas (no céu), o sábio sempre vê o supremo assento de Vishnu. Os Brahmanas, que são espiritualmente despertos, louvam de diversas maneiras e iluminam a morada de Vishnu. Assim é o Upanishad. (Assim é) o Sama-Veda com a terceira base. Hari Om Tat Sat!


Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



Aqui termina o Tarasara Upanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.





25 - Subala Upanishad (Śukla Yajur Veda)




25 - Subala Upanishad




Traduzido por:
Dr. A. G. Krishna Warrier
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
__________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library


Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



LIÇÃO UM


A EXISTÊNCIA E A DISSOLUÇÃO DO UNIVERSO


1-3: o Brahman sem qualidades: Ele disse – “O que existiu?” Ele respondeu “Nem o existente, nem o não existente. Daquele Tamas nasceu; do Tamas nasceu Bhitadi (Prakriti – Matéria), deste espaço; do espaço o ar; do ar, o fogo; do fogo, a água; da água, a terra.


Isto tornou-se o Ovo; o qual, existindo por apenas um ano, tornou-se duplo – terra abaixo e céu acima. Neste intervalo, existiu o Homem Divino, com mil cabeças, olhos, pés e braços (Virat-purusha).


4-6: Ele, num primeiro momento, criou a morte de todas as criaturas, tendo três olhos, cabeças e pés, armado com um machado. Brahman teve medo – ele entrou no próprio Brahman, criou sete filhos mentais – eles criaram sete Virats, os pró-criadores.


Seu rosto foram os Brahmanas, seus braços feitos dos Kshatriyas, as coxas tornaram-se os Vaishyas, os Sudras nasceram dos seus pés, o ar e o ar vital (prana) de seus ouvidos, tudo isto de seu coração.


Assim a Primeira Seção


1: Do Apana foram criados os Nisadas, Yakshas etc.; dos ossos, montanhas, dos cabelos, as plantas e as árvores; da testa, Rudra (de raiva).


2: A respiração deste grande ser tornou-se Rig e outros Vedas, fonéticas, kalpa (o manual do ritual), gramática, etimologia, métrica, lógica, astronomia, expositivo, leis, comentários e interpretação etc.


3: Da luz dourada no qual habita o eu, todos os mundos se fizeram em dois – mulher e homem. Tornando Deva criado dos Devas, tornando Rishi criado dos Rishis, também Yakshas etc., bem como os selvagens dos selvagens, e animais domésticos, touro e vaca, cavalo e égua, jumento macho e fêmea, terra e javali.


4: Ao final, tornando-se Vaisvanara (fogo), ele queimou (destruiu) todas as criaturas – a terra foi absorvida na água; a água, no fogo; o fogo, no ar; o ar. No éter; o éter, nos órgãos dos sentidos; estes, nos elementos sutis; estes, em Prakriti; Prakriti, em Mahat; Mahat, em Avyakta; Avyakta, em Akshara; Akshara, em Tamas; Tamas, em Deus. Então, nem existente, nem não existente. Esta doutrina da dissolução (como dada nos) Vedas.


Assim a Segunda Seção


Lição dois


O Quarto Princípio


1: No princípio, isto era não existente. O homem de sabedoria fez crescer, meditando em Atman, que não tem nascimento, nem elevação, nem redução, inestabelecido, não tendo som, toque, forma, sabor, cheiro, decadência, nem qualquer coisa maior.


2: Sem o ar vital, face, ouvido, discurso, mente, brilho, olhos, nome, linhagem, cabeça, mãos ou pés, suavidade, mensurabilidade, nem longo, nem curto, nem denso, nem atômico, sem margens, além da descrição, não aberto, não iluminado, nem fechado, sem interior ou exterior; que nem come e nem é comido.


3: Pode-se alcançar (realizar) isto somente por meio da verdade, da caridade, da austeridade imortal, do celibato, a separação com seis partes. Deve-se observar as três, auto-controle, generosidade e compaixão. Seus ares vitais não se afastam, mas se fundem aqui em Brahman.


Assim a Terceira Seção


1: No meio do coração, existe uma massa de carne vermelha, que é o Dahara de Lótus (em forma), florescendo de muitas maneiras como o lírio – existem dez orifícios no coração, onde os ares vitais estão estabelecidos.


2: Quando o (Jiva) está ligado com o Prana, então ele vê rios e cidades de vários tipos; quando, com Vyana, ele vê Devas e Rishis; com Apana, Yakshas etc.; com Udana, os mundos celestiais, deuses, Skanda e Jayanta; com Samana, riqueza também; com Vairambha (Prana), ele vê o que é visto, ouve, comido e não consumido, visível e invisível.


3: Então estes Nadis se tornam cem; destes, ramificam-se setenta e dois mil Nadis, no qual o eu dorme e faz ruído, no segundo invólucro ele dorme e vê este mundo e outros, ouve todos os sons – isto eles chamam clareza. O Prana protege o corpo. Os Nadis são preenchidos com seiva verde, azul, amarelo, vermelho e branco.


4: Este lótus Dahara está florescendo de muitas maneiras como um lírio, e como o cabelo, assim também os Nadis são colocados no coração. O divino eu dorme no grande invólucro quando não há desejos, nem mesmo o sono, não há Devas ou seus mundos, Yagas, Mãe, Pai, ladrões, nem assassinos de Brahmanas. Tudo isto é água – novamente, pelo mesmo caminho, ele retorna para o estado de vigília, este Samraj.


Assim a Quarta Seção


1: O ser supremo atribui locais para seus proprietários – o Nadi é a sua ligação. O olho é o dono no corpo entre os elementos – o que é visto na divindade – a artéria é a sua ligação. Ele que está no olho, no sol, na artéria, no ar vital, no conhecimento, na felicidade, no céu do coração – ele que se move dentro de todos estes é o eu. Medite sobre aquele eu, que é eterno, imortal, sem medo e sem fim.


2: O ouvido é o proprietário no corpo entre os elementos, (os guardiões) das deidades dos quadrantes, a artéria é a ligação. Aquele que está no ouvido, objetos sonoros, nos quadrantes etc., - aquele que se move dentro de tudo isto é o eu. Medite naquele eu que é eterno, imortal, sem medo, sem dor, sem fim.


3: O nariz é o proprietário no corpo, a capacidade de cheirar é elementar. A terra é a deidade, a artéria é a ligação. Ele que está no nariz etc., - medite nele.


4: A língua é a proprietária do corpo, a capacidade de saborear é elementar. Varuna é a deidade; a artéria é a ligação. Ele que está na língua etc., - medite nele.


5: A pele é a proprietária do corpo, o palpável é elementar. Vayu é a deidade, a artéria é a ligação. Ele que está na pele etc., - medite nele.


6: A mente é a proprietária, as coisas pensáveis é elementar. A lua é a deidade, a artéria é a ligação. Ele que está na mente etc., - medite nele.


7: O intelecto é o proprietário no corpo, a capacidade de conhecer é elementar. Brahman é a deidade etc. Ele que está no intelecto etc., - medite nele.


8: O Ego é o proprietário no corpo – objeto do “Eu” é o conceito elementar. Rudra é a deidade – Ele que é o ego – medite nele.


9: O discurso é o proprietário, o pronunciável é elementar. Fogo é a deidade – Ele que é – medite nele.


10: A mente material é a proprietária, a apreensividade é elementar, o Jiva é a deidade – medite nele.


11: As mãos são as proprietárias, o que é apreendido é elementar. Indra é a deidade – ele que está nãos mãos etc., - medite nele.


12: Os pés são os proprietários, a destinação é elementar, Vishnu a deidade – ele que está nos pés etc., - medite nele.


13: O órgão masculino é o proprietário, o deleitável é o elementar, Prajapati é a deidade – Ele que está no órgão masculino etc., - medite nele.


14: Ele é onisciente, onipotente, governante interno, fonte de tudo, aguardado por toda a felicidade, mas não aguardando na felicidade; aguardado por todos os Vedas e Shastras, mas não aguardando neles; do qual todo o alimento é isto, mas que nunca é alimento; agente e governador de todos os comandantes, feito da alma dos elementos do alimento, feito de Prana – alma dos órgãos dos sentidos, feito de mente; alma do pensamento, feito de conhecimento – alma do tempo, feito de bem-aventurança – alma da dissolução.


15: Existe a unidade – como pode haver a dualidade – sem a mortalidade – como a imortalidade? Não consciente interna ou externamente, ou ambos os sentidos – nenhuma massa de conhecimento, nenhum saber, nem não saber.


Assim a Quinta Seção


Lição Três


1: No princípio não existia nada aqui – estas criaturas nasceram sem raiz e suporte.


2-3: Narayana é o olho, bem como o visível; ouvido, bem como o audível; nariz e o aromável; língua e o saboreável; pele e o táctil; mente e o pensável; intelecto e o seu conteúdo; ego e o seu campo; discurso e o seu conteúdo; mãos, pés, seus campos, ânus e o genital – todos são Narayana. Suportador, ordenador, transformador – tudo é Ele.


4: Adityas, Rudras, Maruts, Vasus, Asvins, Rik, Yajus, Sama, Mantras, Agni, oblação – todos são Narayana, assim também mães, pais, etc.


5: Viraja, Sudarsana, Jita, Saumya, Amogha, Kumara, Amrita, Satya, Madhyama, Nasira, Sisura, Asura, Surya, Bhasvati são os nomes.


6: Rugir, cantar, soprar, chuva – Varuna, Aryama, Chandra, kala, kavi, Dhata, Brahma, Indra, Dias e Meio-dias, momentos bem como as idades – todos são Ele.


7: Tudo isto é somente Purusha – o passado e o futuro – aquele mais elevado local de Vishnu – os Suris (sábios) olham isto sempre como o olho se estendendo no céu. Os sábios sem conflitos mentais exaltam sua glória.


Esta é a doutrina da liberação de acordo com os Vedas.


Assim a Sexta Seção


Lição Quatro – A Natureza do Controlador Interno


1: O não nascido, sozinho, ser imortal dentro do corpo, cujo corpo é a Terra e que se move dentro do corpo desconhecido para a Terra; que se move dentro da água, como o corpo desconhecido para ela; que se move dentro do fogo, desconhecido para ele; que se move dentro do ar, desconhecido para ele; assim também dentro da Mente, Intelecto, Ego, Chitta (mente material), Avyakta (imanifesto), Akshara (imperecível), Morte – Ele é o interior, sem pecado, eu, divino Narayana.


2: Assim o (Adibrahma) importado para os Apantaratamas (Vishnu), Vishnu para Brahman, ele para Ghorangiras, que deu a Raikva, que deu a Rama. Ele deu a todos os seres viventes. Essa é a doutrina do Nirvana, de acordo com os Vedas.


Assim a Sétima Seção


Lição Cinco - O Eu no Corpo


Neste corpo de mistura de gordura, de carne, está colocado este eu, puro de tudo, dentro da cavidade. O sábio vê o imortal, luminoso, feliz, sem corpo e imponderável, consagrado nesta cavidade, o mestre de tudo, sem forma, grandeza esplendorosa, puro, imparcial, reluzindo divinamente, o eu que excede e cuja forma é imponderável. Eles vêem-no pela negação no seu corpo que é inconstante como bolhas na água, vazio como o âmago da bananeira, uma cidade no céu, uma parede pintada, muito determinado.


Assim a Oitava Seção


1-14: Então, Raikva perguntou, “Senhor, em que todas as coisas estão estabelecidas?” Ele respondeu, “O visível desaparece no olho, ele está determinado (no eu) no olho. O visível desaparece no sol, ele está determinado no sol. O que desaparece no Virat (Homem cósmico) está determinado no eu no Virat. O que desaparece no Prana, está determinado no Prana. O que desaparece em Vijnana (percepção), está determinado (no eu) em Vijnana. O que desaparece em Ananda está determinando em Ananda (Bem-aventurança). O que desaparece em Turiya, está determinado em Turiya. Aquele eu imortal, sem medo, sem dor, sem sementes, ilimitado. (Todas as coisas estão) determinadas naquele eu – assim ele disse.


15: Quem conhece isto, o sem sementes (Brahman), torna-se sem sementes. Ele não teve nascimento e não tem morte, não é iludido, não é perfurado ou queimado; não treme ou fica com raiva – eles dizem que ele é o eu – o incinerador de todos.


16: Este eu não pode ser compreendido por centenas de exposições, nem por grande aprendizado, nem por confiança no conhecimento intelectual, nem através do poder da memória, dos Vedas, dos sacrifícios, de austeridades, Sankhya ou yoga, Ashramas, elucidações, louvores e exercícios. Os eruditos Védicos o alcançam, tendo se tornado calmo, contido, retirado, tolerante e concentrados.


Assim a Nona Seção


Então, Raikva pergunto, “Senhor, em que estão estabelecidos todos estes?” Ele respondeu, “Nos Rasatalas”. Ele perguntou, “Em que os Rasatalas são tecidos, urdidos e tramados?” “Nas regiões Bhu”.


“Em que os Bhu são tecidos?” “Em Suvar”.
“Em que os Suvar são tecidos?” “Em Mahar”.
“Em que os Mahar são tecidos?” “Em Janas”.
“Em que os Janas são tecidos?” “Em Tapas”.
“Em que os Tapas são tecidos?” “Nas regiões de Prajapati”.
“Em que estes são tecidos?” “Na região de Brahman”.


Todos os mundos são estendidos, urdidos e tramados em Brahman, como pedras preciosas em um cordão – assim ele falou.


Quem conhece esses mundos como estendidos no eu, de fato, torna-se o eu. Esta é a doutrina do Nirvana dos Vedas.


Assim a Décima Seção


Lição seis – O Caminho Para Cima


Então, Raikva perguntou-lhe, “Senhor, está massa de conhecimento que se desloca para cima, de que lugar ela sai quando se desloca para cima?” Ele respondeu, “No centro do coração tem uma massa vermelha de carne – nela, um pequeno lótus branco, florescendo como um lírio, em muitos aspectos. Neste centro tem um mar com um espaço brilhante no meio. Quatro artérias são estas – Rama, Arama, Iccha, Apunarbhava (agradável, não agradável, desejo e não nascer novamente). Destes, Rama leva ao mundo do mérito através do mérito; Arama ao mundo do demérito através do demérito. Por Iccha, alcança-se o que se pensa dele. Por Apunarbhava ele rompe o invólucro (Kosa), em seguida o crânio, terra, água, fogo, ar, éter, mente, elementos, Mahat, Avyakta, Akshara, Mrityu. Este Mrityu se torna um com a suprema deidade. Além destes não existe ser nem não-ser, nem sua combinação. Esta é a doutrina do Nirvana dos Vedas.


Assim a Décima Primeira Seção


Lição Sete - Samadhi


De Narayana, surgiu o alimento cru (Ignorância de Atman) (no princípio do dia de Brahman); ao final do dia (os dilúvios) é cozido em Aditya. Carne etc., são novamente cozidas no fogo gástrico. Coma somente o que é fresco, não pretendendo para outro – não peça para ele.


Assim a Décima Segunda Seção


1: O sábio deve desejar ser como a natureza de uma criança, que é desapegada, sem falhas. Através do silêncio, aprendendo, livre de obrigações e sem solidão. Prajapati disse, “Conhecendo o grande local, deve-se viver sob uma árvores, mal vestido, sem amigos, sozinho em Samadhi, desejando somente o eu, tendo vencido todos os objetos do desejo, sem desejos, desejos corroídos. Ele não deve ter medo de elefantes, leões, moscas, mangusto, serpentes etc., conhecendo como formas da morte. Deve-se permanecer como uma árvore; ele não deve ficar com raiva mesmo quando cortado, ou tremer, como pedra, como céu, ele deve permanecer com a verdade.


2: O coração de todos os cheiros é a Terra; do paladar, é a água; das formas, é o fogo; do toque, é o ar; do som, é o éter. Avyakta é o coração de todos os movimentos; Mrityu de todos os Sattvas (seres viventes). A morte, na verdade, torna-se um com a Deidade suprema. Além dela não existe ser, nem não-ser, nem a sua combinação – esta é a doutrina do Nirvana dos Vedas.


Assim a Décima Terceira Seção


Lição Oito


A terra é, de fato, a comida, a água é o comedor; a água é a comida, o fogo o comedor; o fogo é a comida, o ar é o comedor; o ar é a comida, o éter o comedor; a mente é a comida, o intelecto é o comedor; o intelecto é a comida, Avyakta é o comedor; Avyakta é a comida, Akshara (imperecível) é o comedor; Akshara é a comida, a Morte é o comedor – ele se torna um na suprema deidade, além do qual não existe nem existência e nem não-existência – estas são as doutrinas Védicas da liberação.


Assim a Décima Quarta Seção


Lição Nove – Incinerando os Princípios (básicos)


O Raikva perguntou, “Senhor, esta massa de conhecimento, o espírito – quando ele se afasta, o que faz ele queimar?” Ele respondeu, “Ele queima o Prana, Apana, Vyana, Udana, Samana, Vairambha, Murkhya, Antaryama, Prabhanja, Kumara, Syena, Sveta, Krishna, Naga, também Prithvi etc., de Jagarita para Turiya; Lokaloka, dharma e adharma; regiões sem o sol, sem limites e luz – Mrityu torna-se um com a suprema deidade – esta é a palestra Védica da liberação”.


Assim a Décima Quinta Seção


Lição Dez – Transmitindo o Brahmavidya




A doutrina secreta de Subala não deve ser ensinada a quem não é tranqüilo, a quem não é filho, ou discípulo, a quem permanece por menos de um ano, cuja família e caráter são desconhecidos.


Para quem é supremamente devotado a Deus e, assim, ao preceptor, essas idéias se revelam por si mesmas, à grande alma!


Esta é a doutrina da liberação de acordo com os Vedas.


Assim a Décima Sexta Seção.




Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!




Aqui termina o Subalopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.





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24 - Satyayaniya Upanishad (Śukla Yajur Veda)



24 - Satyayaniya Upanishad



Traduzido por:
Prof. A. A. Ramanathan
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library



Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!




1: A mente, por si só, é a causa da escravidão e da liberação das pessoas; (a mente) apegada aos objetos dos sentidos leva à escravidão; livre dos objetos, leva à liberação. (Assim) tem sido declarado.


2: Se aquele apego da mente de uma pessoa aos objetos dos sentidos é direcionada para Brahman, quem não deverá ser liberado da escravidão?


3: A mente (chitta), por si só, é existência mundana; daí, ela deve ser purificada com esforço. Assim como a mente é, assim ele se torna. Este é o segredo eterno.


4: Quem não conhece o Veda, não percebe aquela Unidade onipresente (Brahman); quem não conhece Brahma não atinge aquela suprema morada. Aquele que percebe que o Deus onipresente (Vishnu), o onisciente, o suporte de todos (Vasudeva) (é ele mesmo), aquele sábio, vidente da realidade, atinge o estado de sabedoria enquanto vivo (vipratvam).


5: Então, (observando nas quatros disciplinas) aqueles Brahmanas bem versados no Veda, e intocado pelos desejos, que ponderam sobre o eterno Supremo Brahman, (percebem Brahman). (Uma pessoa desejando a liberação) que é quieta, auto-subjugada, tendo renunciado todos os prazeres dos sentidos, é tolerante, bem versada nas escrituras, é conhecida como equânime, tendo descartados os desejos primários (por riqueza, esposa e filhos), e é livre de débitos (ao manes, etc.,) chegando a realizar o Atman, deve viver, observando o silêncio, em alguma fase da vida, ou como o Kutichaka (ou Paramahamsa).


6: Em seguida, entrando no final do estágio da vida (ou seja, Sannyasa), ele pode possuir cinco (pequenas) coisas (matras) como apropriado.


7: Ele deve possuir, enquanto viver, (as cinco coisas, chamadas) um triplo bastão (de bambo), um cordão sagrado, vestuário composto por uma tanga, uma funda e um anel sagrada da grama sagrada.


8: Estas cinco coisas pertencem a um asceta (da ordem de Kutichaka); (para todos os ascetas, os bens internos são cinco, chamados de “a”, “u”, “m”, bindu e o nada, constituindo o Om.) Este matra (chamado os cinco constituintes) é ouvido no Pranava (Brahman). Até o final da saída (do ar vital) o asceta não deve abandonar (os duplos cinco matras); mesmo na morte (os cinco matras externos) devem ser enterrados com ele.


9: O sinal de Vishnu (ou seja, significa levando à liberação) é dito ser duplo, o externo e o interno. Se um deles é descartado (o asceta) é, sem dúvida, caído.


10: O triplo bastão é um emblema (levando a) Vishnu; é um meio de atingir a liberação pelo aprendizado Brahmanas como ascetas. É a extinção de todas as características mundanas – assim corre o ensinamento Védico.


11-12: Em seguida, de fato, Oh, Brahmana, existe quatro tipos de ascetas, chamados Kutichaka, Bahudaka, Hamsa e Paramahamsa. Todos estes carregam os sinais de Vishnu (ou seja, eles lutam pela liberação), utilização do tufo e cordão sagrado, são puros na mente, consideram seu próprio Eu como Brahman, são atentos no culto (de Deus), na forma da pura consciência, prática de louvores murmurando e as disciplinas principais e secundárias (Yama e Niyama), são de boa conduta e (assim) se tornam elevados. Isto está declarado num verso Védico: Os ascetas Kutichaka, Bahudaka, Hamas e Paramahamsa são diferentes em seus modos de vida; todos eles possuem os sinais de Vishnu, eterna e interno, que estão sempre visíveis e invisíveis (respectivamente). Praticando os cinco atos devocionais (yajnas), tendo penetrado no Vedanta, observando os ritos (apropriados às fases da vida), recorrendo à erudição espiritual, abandonando a árvore (da vida mundana), mas com recurso à sua causa raiz (ou seja, Brahman), renunciando as suas flores (de rituais), mas desfrutando de sua (verdadeira) essência, vivendo em Vishnu (ou seja, levando a vida espiritual), deliciando-se em Vishnu, livre (de culto externo), identificando-se com Vishnu, eles percebem a onipresença de Vishnu.


13: Cultuando durante os três momentos do dia (Sandhyas), banhando-se de acordo com sua capacidade, apresentando libações de água nos manes, limpando-se (ou seja, purificando-se com água), aguardando (as deidades com orações) –estes cinco atos devocionais (o Kutichaka) deve realizar até a morte.


14: Com os dez Pranavas e as sete palavras místicas (Vyahritis), os quatro versos (quatro pés) de Gayatri, juntamente com sua “cabeça” é a oração para ser recitada durante os três Sandhyas (as 3 horas do dia).


15: A prática de yoga consiste de constante serviço devotado, de mente inclinada, a Vishnu, ao Guru; não ferindo por palavras, pensamentos e atos é o ato devocional de penitência (tapoyajna).


16: Declara-se que o ato devocional do estudo da escritura (Svadhyaya-yajna), consiste em recitar os vários Upanishads. A recitação atenta do Om oferece o (conceito do individual) Eu no fogo do (não-dual) Brahman.


17: o ato devocional de possuir sabedoria espiritual (Jnana-yajna) é para ser conhecido como o melhor de todos os yajnas. (Os Paramahamsas) têm Jnana (conhecimento verdadeiro) no (emblemático) bastão, Jnana no tufo de cabelo, e Jnana no cordão sagrado.


18: Aquele, cujo tufo de cabelo consistem de Jnana, e o cordão sagrado também daquele (Jnana), tem as características de um Brahmana – assim é a prescrição do Veda.


19: Então, na verdade, Oh, Brahmana, os monges mendicantes são os que aparecem (ou seja, sem roupa, como quando eles nasceram). Eles desejam permanecer como uma árvore, tendo ido além da paixão, ira, avareza, ilusão, falso orgulho, orgulho, inveja, desprovido de “meu”, e egoísmo; e tendo descartado honra e desonra, culpa e elogio; e quando cortado (como uma árvore) ele não deve reclamar. Assim esses homens sábios se tornam imortais aqui (neste mundo), em si, isto foi dito no verso Védico: “Tendo tomado de seus parentes e filho, com boa vontade, de não vê-los novamente, suportando os pares (de opostos, calor e frio, etc.,) e aquietados, eles devem voltar para o leste, ou norte, e prosseguir a pé.


20-22: (Equipado com) um (de água) vaso e bastão, vendo quatro côvados de terra somente diante dele, vestindo o sagrado cordão e o topete, ou permanecendo com a cabeça raspada, tendo uma família (de seu corpo somente), e recebendo esmolas do povo, sem implorar, ou implorando por sustento abertamente, tendo um vaso feito de barro, madeira, cabaça ou folhas amarradas como inicialmente previsto, e vestido com um manto de linho, seda, capim, algo remendado, pele de (veado) ou um arbusto frondoso amarrado ou desamarrado; raspando sua cabeça somente na junção das estações, sem necessidade de remover o cabelo de baixo e das axilas, e nunca o topete, ele deve residir em um local fixo por quatro meses (da estação chuvosa), durante o qual a alma interior, o Purusha onipresente (Vishnu) está dormindo (no oceano leitoso).


23: Quando (Deus, Vishnu) tem despertado (do sono), o asceta pode residir em um lugar para realizar seu trabalho (como estudo, meditação, ou Samadhi) por outros oito meses, ou ele pode ir (como um monge mendicante). (Durante a jornada) ele pode permanecer (por curtos períodos) em um templo, um barraco onde o fogo ritual é mantido, a sombra de uma árvore, ou uma caverna, sem apego e despercebido das pessoas. Ele deve ser quieto como o fogo quando o combustível se esgota, e ele não deve dar ou causar problemas a ninguém, m qualquer lugar. (Ao ver um igual, ou inferior a ele, ele não deve diminuir nem considerar qualquer um existente como diferente de si mesmo).


24: Se uma pessoa tem realizado que ele é o Atman não diferente do Eu universal, o que ele pode desejar, pois, e para cumprir qual desejo ele necessita torturar seu corpo (por vários tipos de austeridades)?


25: Um homem sábio, conhecedor desta (verdade) e, assim um conhecedor de Brahman, deve ter esta consciência. Ele não deve preocupar-se com muitas palavras; pois isto é somente tortura da linguagem.


26: Tendo discernido o conhecimento de Brahman, ele deve querer permanecer com desapego (literalmente, com a inocência de uma criança); um sábio é realizado no Atman quando ele tem sabedoria de Brahman e desapego.


27: Quando todos os desejos que se agarram ao coração têm sido derramados, então o hímen se torna imortal e desfruta da (bem aventurança de) Brahman aqui (em si).


28: Então, na verdade, Oh, Brahman, quem abandona este ascetismo o qual, é a mais elevada vida espiritual, torna-se um filho assassino, um assassino de um Brahmana, um assassino de um embrião, um grande pecador. Ele, que abandona sua vida estável pertencendo a Vishnu (ou seja, a vida espiritual em disciplina externa e interna), torna-se um ladrão, um sedutor da esposa de seu preceptor, o traiçoeiro de um amigo, um ingrato; ele é negado em todos os mundos (auspiciosos). Isto tem sido declarado no verso Védico – “Um ladrão, um bebedor de bebida alcoólica, um sedutor da esposa de seu preceptor, um traidor de seu amigo, começa a se purificar pela expiação; (mas) quem abandona o sinal de Vishnu, externo ou interno, que tinha possuído, nunca será purificado, apesar de todos os seus esforços.


29: Abandonando o sinal do culto de Vishnu, externo ou interno, quem recorre à sua fase de vida, ou nenhuma (prevista) fase em tudo, ou retorna (ao seu antigo modo de vida antes da renúncia) – para aquele grande estúpido (e para pessoas desse tipo) não existe liberação prevista até mesmo em dezenas de milhões de eternidades.


30: Abandonando todos os outros estágios de vida, um homem sábio deve viver por muito tempo na fase de vida que leva à liberação. Não existe liberação possível para aquele que caiu da fase que leva à bem-aventurança final.


31: Tendo abraçado o ascetismo, se ele não observa as leis, ele é conhecido como “caído em desgraça” (arudhachyuta) – tal é a prescrição védica.


32: Então, na verdade, Oh, Brahmana, quando (um homem sábio) abraçou nesta idade avançada a vida espiritual, pertencente a Vishnu, e permanece sem transgredir, ele se torna auto-controlado, digno de ser lembrado como auspiciosos, um (verdade) conhecedor do mundo, um conhecedor do Vedante, um conhecedor de Brahman, onisciente, auto-luminoso; ele se torna o supremo Deus Brahman, ele resgata, a partir da (miséria de) vida mundana, seus ancestrais, relações pelo casamento, (outros) parentes, colegas e amigos.


33: Quando um homem sábio renuncia ao mundo, aqueles que pertencem a sua família, tornam-se abençoados neste mundo, cem gerações antes dele e trezentas gerações depois dele.


34: As escrituras dizem que um monge mendicante muito piedoso, resgata trinta gerações de sua família depois dele, trinta gerações antes dele e trinta gerações depois daqueles que seguem (os primeiros trinta).


35: Os ensinamentos Védicos é que os ancestrais de (um homem sábio) são resgatados se forem para dizer que ele renunciou mesmo enquanto seu último suspiro permanece em sua garganta (ou seja, pouco antes da morte).


36: Daí, Oh, Brahmana, os homens sábios têm dito que o conhecimento antigo do Eu, a disciplina pertencente a Vishnu, não deve ser exposto até que se tenha realizado (o objetivo) e (aquele) para quem não estudou o Veda, que não tenha convicção no Eu, que não seja livre dos apegos, que não tenha se tornado puro, que não tenha se aproximado (para receber isto por sua própria vontade), e que não tenha feito esforços sérios (para conhecê-los). Isto foi dito no verso Védico (bem como): “Uma vez (Brahma) Vidya aproximou-se de (o Deus) Brahman e disse: “Guarda-me, eu sou seu tesouro. Não me revele a ninguém que seja invejoso, torto ou astuto. “Assim, eu serei energia potente”.


37: Esta disciplina de Atman, pertencente a Vishnu (ou seja, este conhecimento para a realização de Brahman) deve ser revelada para uma pessoa depois de um teste cuidadoso, caso ele seja de uma conduta pura, atenta, inteligente, que observa o celibato e tenha se aproximado (do Guru por sua própria vontade para receber instrução).


38: Com aqueles ascetas que foram ensinados (a escritura) por um Guru e que não o honram com palavras, pensamento e ação, o Guru não janta; semelhantemente (os ascetas bons) não comem a comida (da casa onde os de má conduta recebem esmolas). Tal é a (prescrição da) escritura.


39: O Guru é o supremo espírito de justiça (Dharma); o Guru, por si só, é o único meio (de liberação). Aquele que não honra o seu Guru, que dá (iniciação em) a única sílaba (Om, que é Brahman) tem todo o seu aprendizado das escrituras, a penitência, e a sabedoria espiritual, esvaída como água em um vaso de barro cru.


40: Quem tem suprema fé em Deus e a mesma fé em seu Guru, é um conhecedor de Brahman, que atinge a suprema bem aventurança. tal é o ensinamento do Veda. Assim (termina) o Upanishad.




Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!





Aqui termina o Satyayaniyopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.











23 - Paramahamsa Upanishad (Śukla Yajur Veda)



23 - Paramahamsa Upanishad



Traduzido por:
Swami Madhavananda
Publicado por:
Advaita Ashram, Kolkatta
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library




Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



1: “Qual é o caminho dos yogues Paramahamsas, e quais são seus deveres? – foi a pergunta que Narada fez ao aproximar-se do Senhor Brahma (o Criador). Para ele, o Senhor respondeu: O caminho dos Paramahamsas que você questiona, é acessível com grande dificuldade pelas pessoas; ele não tem muitos expoentes, e é o bastante se houver um semelhante. Verdadeiramente, tal semelhante descansa no sempre puro Brahman; ele é, de fato, o Brahman incutido nos Vedas – isto é o que os conhecedores da Verdade observam; ele é o grande um, pois ele repousa toda a sua mente sempre em Mim; e Eu, também, pois por essa razão, Resido nele. Tendo renunciado seus filhos, amigos, esposa e relacionamentos etc., e tendo acabado com o Shikha, o cordão sagrado, o estudo dos Vedas e todos os trabalhos, bem como com este universo, ele deve usar o Kaupina, o bastão, e somente roupas suficientes, etc., para a manutenção de seu corpo nu, e para o bem de todos. E isso não é o final. Se ele for perguntado o que é o final, é como se segue:

2: O Paramahamsa carrega nem o bastão, nem o tufo de cabelo, nem o cordão sagrado, nem qualquer revestimento. Ele não sente frio nem calor, nem felicidade nem miséria, nem honra, nem desprezo, etc. Ele se encontra além do alcance das seis ondas do oceano do mundo. Tendo desistido de todo o pensamento de calúnia, vaidade, inveja, ostentação, arrogância, apego ou antipatia aos objetos, alegria e tristeza, luxúria, ira, avareza, auto-ilusão, exaltação, despeito, egoísmo, e assim por diante, ele considera o seu corpo como um cadáver, conforme ele tenha completamente destruído a idéia do corpo. Sendo eternamente livre de causa da dúvida, e da compreensão equivocada e do falso conhecimento, realizando o Eterno Brahman, ele vive em si mesmo, com a consciência “Eu sou Ele, Eu sou Aquele que é sempre calmo, imutável, indiviso, da essência do conhecimento da Bem-aventurança, que, por Si só, é a minha real natureza”. Aquele (Jnana), por si só, é seu Shikha. Aquele (Jnana), por si só, é o cordão sagrado. Através do conhecimento da unidade do Jivatman com o Paramatman, a distinção entre eles é totalmente desaparecido, também. Esta (unificação) é sua cerimônia Sandhya.

3: Aquele que abandona todos os desejos tem seu descanso supremo no Um sem um outro segundo, e quem observa o bastão do conhecimento, é a verdade Ekadandi. Quem carrega um mero cajado de madeira, que leva para todos os tipos de objetos dos sentidos, e é desprovido de Jnana, vai para os infernos terríveis, conhecidos como Maharauravas. Conhecendo a distinção entre estes dois, ele se torna um Paramahamsa.

4: Os quadrantes são suas roupas, ele ajoelha-se diante de ninguém, ele oferece nenhuma oblação aos Pitris (manes), culpa nenhuma, louvor nenhum – o Sannyasin é sempre independente da vontade. Para ele não há invocação a Deus, nenhuma cerimônia de despedida; nenhum Mantra, nem meditação, nem culto; para ele nem sequer o mundo fenomenal, nem aquele o qual é desconhecido; ele não vê sequer a dualidade, nem sequer percebe a unidade. Ele não vê sequer o “Eu” ou “Tu”, nem tudo isto. O Sannyasin não tem casa. Ele não deve aceitar qualquer coisa feita de ouro ou algo semelhante, ele não deve ter um corpo de discípulos, ou aceitar riqueza. Se ele for perguntado que mal há em aceitá-los, (a resposta é), sim, não há mal algum em fazê-lo. Porque se o Sannyasin olha o ouro com saudades, ele faz a si mesmo um matador de Brahman; porque se o Sannyasin toca o ouro com saudade, ele se torna um degradado em Chandala; porque se ele toca o ouro com saudade, ele faz a si mesmo um matador do Atman. Portanto, o Sannyasin não deve nem olhar, nem tocar, nem tirar ouro com saudade. Todos os desejos da mente cessam de existir, (e conseqüentemente) ele não é agitado pela dor, e não tem saudade pela felicidade; renúncia do apego aos prazeres dos sentidos vem, e ele está em toda parte sem apego na bondade ou na maldade, (conseqüentemente) ele não odeia nem se exalta. A inclinação da cessação de todos os órgãos dos sentidos retrocede nele, que repousa no Atman, sozinho. Realizando “Eu sou aquele Brahman que é o Único Conhecimento Infinito da Bem-aventurança”, ele chega ao fim de seus desejos, verdadeiramente, ele chega ao fim de seus desejos.



Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Paz! Paz! Paz!




Aqui termina o Paramahamsopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.









22 - Paingala Upanishad (Śukla Yajur Veda)



22 - Paingala Upanishad




Traduzido por:
Dr. A. G. Krishna Warrier
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library




Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!






CAPÍTULO I


1: Em Seguida, de fato, Paingala aproximou-se de Yajnavalkya como um discípulo, e, tendo servido-lhe por doze anos, disse: Instrua-me no que diz respeito ao supremos mistério do Unicamente.

2: O eminente Yajnavalkya respondeu: Querido, no início isto, certamente, existiu. Foi o eternamente livre, imutável, eternamente único, sem um segundo Brahman, pleno de Verdade, Conhecimento de Bem-aventurança.

3: Nele existia a primordial e indefinível Prakriti, consistindo de Gunas em um estado de equilíbrio, vermelho, branco e preto, assemelhando-se (a existência de) água, prata, um homem e delineia (respectivamente) na miragem do espelho da ostra, um toco e um espelho; o que se refletiu era a Testemunha da Consciência.

4: Tendo sido modificado, como a preponderância de Sattva, e nomeado Avyakta (o Imanifesto), ela (Prakriti) tornou-se a potência do encoberto. O que foi refletido nela tornou-se Consciência Deus. Ele tem Maya sob Seu controle, é onisciente, é o início da causa da criação, sustentador e dissolução (do mundo), e tem a forma do mundo em botão (brotando). Ele manifesta todo o mundo dissolvido Nele. Devido ao poder dos Karmas dos seres viventes, está o (mundo) espalhado como este tecido e, devido à sua exaustão, novamente é (o mundo) encerrado. Nele, por si só, todo o mundo existe como um pano dobrado.

5: Do poder de ocultamento, controlado por Deus, surgiu o Poder da Projeção, chamado Mahat. O que está refletido nele é a consciência de Hiranyagarbha. Ele tem o conceito de propriedade no que diz respeito a Mahat, e tem um corpo, em parte, manifestado e, em parte, imanifesto.

6: Do poder projetivo, controlado por Hiranyagarbha, surgiu a potência da matéria densa, chamada ego, com a preponderância de Tamas. O que foi refletido nele, foi a consciência de Virat. Aquele Virat que tem o conceito no Ego, um corpo manifesto, e é a Pessoa Principal, Vishnu é o protetor de todas as coisas densas. Daquele Eu (Virat), surgiu o éter; do éter, o ar; do ar, o fogo; do fogo, a água, da água, a terra. Estas cinco raízes-elementos são compostos de três Gunas.

7: Desejando criar, aquele mundo-Causa (Deus), controlando a qualidade de Tamas, solicitado a tornar-se as sutis raízes-elementos da matéria densa. Ele bifurcou cada um dos elementos, extremamente limitados, e novamente produziu (duas metades), quatro vezes, e adicionou a cada uma das cinco metades a uma oitava dos outros quatro. Com estes elementos quintuplicados ele criou intermináveis (Crores) dez milhões de macrocosmos e, para cada um destes catorze mundos apropriados e corpos globulares densos, ajustou para cada um dos planos deles todos.

8: Tendo dividido em quatro o Rajas, parte dos cinco elementos, Ele fez Prana com a sua atividade cinco vezes das três partes dele. Da quarta parte (de rajas) ele moldou o órgão da ação.

9: Tendo dividido em quatro partes seus Sattva, fora da combinação dos três dele, ele fez o órgão interno, com a sua atividade em cinco vezes. Da quarta, ele fez os órgãos do Conhecimento.

10: Da combinação de Sattva, ele fez os guardiões dos órgãos dos sentidos. Ele os moldou tendo os criado no macrocosmo. Devido ao seu comando, conjurado com o ego, o Virat protege os elementos grosseiros (do cosmos). Comandado por ele, Hiranyagarbha protege os sutis.

11: No cosmos, eles não podiam, sem Deus, pulsar ou agir. Ele desejou vivificá-los. Dividindo, abriu o macrocosmo, os canais de Brahman, e as coroas dos indivíduos, ele entrou dentro deles. Embora eles fossem inerte, como sensível (seres), eles realizaram, cada um, suas próprias funções.

12: O Senhor onisciente, unido com uma camada de Maya, ao entrar nos corpos individuais, e iludido por ele, tornou-se o Jiva; devido à identificação do eu com os três corpos (ele) se tornou ambos, agente e ceifeiro (dos frutos das ações). Possuindo os atributos de vigília, sonho, sono profundo, desmaio e morte, como uma série de baldes (anexados a uma roda d’água) ele se tornou agitado e, conforme ele nasce e morre, girando como uma roda de oleiro.


CAPÍTULO II

1: Agora, Paingala, perguntou a Yajnavalkya: Como o Senhor onipotente, de todos os mundos, o autor de sua manifestação, sustenta e dissolve tornando-se Jiva?

2: Yajnavalkya respondeu: Vou distinguir entre as formas de Jiva e de Deus, seguindo a geração dos corpos denso, sutil e causal. ouça com atenção exclusiva. Empregando as partes dos elementos quintuplicados, o Senhor molda corpos densos individual e coletivo, respectivamente. A terra é o crânio, pele, intestinos, ossos, carne e unhas. A água é o sangue, urina, saliva, suor e assim por diante. O fogo é a fome, a sede, o calor, o cansaço, a união sexual, etc. o ar são os movimentos, o transporte, a respiração, etc. o éter é a luxúria, a ira etc. O corpo denso com pele, etc., é uma combinação de tudo isto, moldado através das ações; (ele é) a base dos estados como a infância etc., vaidade e numerosas falhas.

3: Em seguida, ele (Deus) manifesta o Prana (o princípio da vida) dos agregados não-quintuplicados das três partes de Rajas, dos elementos grosseiros. A modificação do princípio da vida são o Prana, Apana, Vyana, Udana e Samana. As funções subordinadas de Prana são chamadas Naga, Kurma, Krikara, Devadatta e Dhananjaya. Essas estão fundamentadas no coração, no ânus, no umbigo, na garganta e em todos os membros, respectivamente. Com a quarta parte de Rajas do Akasa, ele manifestou o órgão da ação. Suas funções são (realizadas por) a língua, as mãos, os pés, o ânus e o órgão da procriação. Os objetos destes são o discurso, pegar, movimento, excreção e (sexo) desfrutamento. Semelhantemente, dos agregados destas três partes de Sattva, dos elementos, ele manifestou o órgão interno. Suas funções são a mente, o intelecto, o pensamento e o ego. Os objetos destes são a imaginação, a determinação, a memória, a idéia e a investigação. Eles estão fundamentados na garganta, na boca, no umbigo, no coração e na junção das sobrancelhas. Com a quarta parte de Sattva, dos elementos, ele manifestou o sentido de Conhecimento. Suas funções são os ouvidos, a pele, os olhos, a língua e o nariz. Seus objetos são o som, o toque, a forma, o paladar e o cheiro.

Os senhores dos órgãos (da percepção e da ação) são as direções, o vento, o sol, Prachetas, Asvins, Fogo, Indra, Upendra, Morte, Lua, Vishnu, Brahma e Sambhu (Shiva).

4: Agora, existem cinco invólucros, que são da comida, da respiração vital, da mente, do conhecimento e da bem-aventurança. O invólucro da comida passa a existir da essência da comida, por si só, desenvolvido por ela e é dissolvido na terra, que é predominantemente da natureza da comida. Aquele, por si só, é o corpo grosseiro. As cinco respirações, Prana, etc.; junto com os cinco órgãos das ações constitui o invólucro da respiração vital. O invólucro da mente é a mente junto com os órgãos do conhecimento. O invólucro do conhecimento é o intelecto junto com os órgãos do conhecimento. Estes três invólucros constituem o corpo sutil. O invólucro da bem-aventurança é o conhecimento da própria essência. Este é o corpo causal.

5: A cidade óctupla (o corpo sutil total) consiste de cinco órgãos do conhecimento, os cinco órgão da ação, as cinco respirações, os cinco elementos como éter, etc., os cinco órgãos internos, desejo, ação e Tamas.

6: Vishva (é) o eu do conhecimento, uma reflexão de Sat, o empírico (ser), tendo presunção no corpo grosseiro do estado de vigília. O campo das ações (ou nascimento das ações) é também de Vishva.

7: Pelo comando de Deus, o Sutratman (Hiranyagarbha) entrou no corpo sutil do indivíduo e supervisionando a mente, torna-se o Taijasa. Taijasa é a aparência. Sonho moldado é um nome de Taijasa.

8: Pelo comando de Deus (o Eu) com o auxílio de Maya, junto com o Imanifesto, entrando o corpo causal individual, torna-se Prajna. O Prajna é indiferenciado, real, “Tendo idéia em sono profundo” é o nome de Prajna.

9: Os textos como Tattvamasi, declaram a identidade com Brahman do Jiva real oculto pela ignorância e parte do imanifesto; não dos outros dois, o empírico e ilusório Jivas (no estado de vigília e de sonho).

10: A consciência refletida no órgão interno participa nos três estados. Imerso nos estados de vigília, sonho e sono profundo, como uma cadeia de baldes atrelados à roda d’água, e aflito, ele (o Jiva) é como se fosse nascido e morto.

11: Agora, existem cinco estados – vigília, sonho, sono profundo, desmaio e morte. O estado de vigília consiste no conhecimento dos objetos como som, etc.; por meio dos órgãos do conhecimento como ouvido etc., quando auxiliado pela respectiva (guardião) deidades. O Jiva estacionado na junção das sobrancelhas, e permeando todo o (corpo) dos pés à cabeça, torna-se o agente de todos os tipos de atividades (like tilling and heaving). Além disso, o ceifeiro de seus respectivos frutos. Migrando para o(s) outro(s) mundo(s), por si só, ele colhe o fruto de (suas) atividades. Cansado, devido às atividades, como um imperador, ele toma o caminho que conduz à câmara interna (um novo corpo).

12: Quando os instrumentos de (percepção e ação) cessam de operar, o estado de sonho vem no ser no qual existe o conhecimento dos objetos e de sua percepção, devido ao meio despertar das impressões do estado de vigília. Lá, Vishva, em si mesmo, devido à cessação das atividades empíricas, move-se no sistema de nervos e se tornando Taijasa, desfruta livremente da raridade do mundo, consistindo de impressões latentes que ele ilumina com sua luz.

13: os instrumento do sono profundo é a mente, por si só. Assim como um pássaro, exausto pelos vôos aleatórios, dobra as suas asas e se move para o seu ninho, assim o Jiva, também, gracejando nas esferas de vigília e sono, e exausto, mergulha na ignorância e desfruta da própria felicidade.

14: O (estado de) desmaio é como aquele da morte, com os órgãos dos sentidos agitados devido ao medo e da inconsciência, quando golpeada com um taco, vara etc., acidentalmente.

15: Diferente dos estados de vigília, sonho, sono profundo e desmaio e, ocasionando medo para todos os Jivas, de Brahman até uma moita (de grama etc.), e resultando na queda do corpo, é o estado da morte.

16: Retirando os órgão da ação e da percepção, e os ares vitais correspondente aos objetos variados, e participado pelos desejos e ações, e envolto na ignorância e (o sutil) elementos, o Jiva vai para outro mundo. Devido ao amadurecimento dos frutos de ações anteriores, como um verme capturado em um redemoinho de água, (o Jiva) agora ganha o repouso.

17: Como um resultado de boas ações passadas, ao final de muitas vidas, os homens buscam a liberação. Então, recorrendo a um professor de Auto-realização (fielmente) servindo-lhe por longo tempo, investiga-se em escravidão e liberação.

18: Escravidão resulta da falta de instrução; liberação resulta da instrução. Portanto, deve-se investigar sempre. A própria natureza pode ser determinada através da sobreposição e seu repúdio. Portanto, sempre investigue (sobre a natureza) do Eu individual e do supremo Eu. Quando o estado de Jiva e aquele do mundo são sutilizados, Brahman, por si só, não-diferente do Eu interior, permanece.


CAPÍTULO III


1-2: Em seguida, Paingala disse para Yajnavalkya: estabeleça a explicação do(s) texto(s) maior (es) [Maha-vakyas]. Yajnavalkya respondeu. Tu és Aquele; Tu Aquele és; Tu és Brahman; Eu sou Brahman – deve-se meditar assim.

3: O sentido expresso da palavra “TAT” é o mundo da causa, marcado por “não-eu” (mediação), tendo o Ser, Consciência e Bem-aventurança como suas características, Maya como seu complemento e onisciência etc., como suas características. O mesmo com a consciência misturada com o sentido interior, o objeto da noção de Eu, é expressado significando de “TVAM”. Rejeitando os auxiliares do supremo (Deus) e o Jiva, ou seja,: Maya e avidya, o sentido indicado de TAT e TVAM é Brahman, o não diferente do Eu interno.

4: A “audição” é a investigação sobre importantes preposições tais como “Aquele Tu és” e “Eu sou Brahman”. A reflexão é a exclusiva habitação sobre o conteúdo daquilo que foi ouvido. A meditação é o fixar da mente em um ponto da realidade, removendo as dúvidas através da investigação e da reflexão. A concentração, semelhante a uma chama em um local sem vento, é o pensamento (chitta), cujo conteúdo é exclusivamente o objeto meditado, exclusivo do agente, e o ato da meditação.

5: Então, as modificações (da mente), referentes ao Eu, embora disparadas, permanecem imperceptíveis; elas são apenas inferidas da memória. Por isso (Samadhi), por si só, são dissolvidas (Crores) dez milhões de vezes das ações acumuladas no curso da existência transmigratória desde o princípio. Através da prática hábil, por esta razão, então, flui, de mil maneiras, fluxos de néctar. Portanto, os melhores conhecedores de yoga, chamam (isto) concentração Dharmamegha, nuvem de virtudes. Quando as malhas das impressões latentes são inteiramente eliminadas pela virtude dela e a acumulação das ações, boas e más, arrancadas pelas raízes, a proposição (cujo conteúdo foi) mediada mais cedo em realização produzida desimpedida e imediatamente (semelhante, certamente) à groselha na palma (de sua mão). Então, ele se torna liberado na vida.

6: Deus desejou a não quintuplicação dos elementos quintuplicados. Liderando o macrocosmo efetuado e os mundos incluídos neste estado causal, unificando os órgãos sutis da ação, os ares vitais, os órgãos da percepção e o quatro vezes sentido interno, reduzindo todos os (efeitos) elementos ao cinco vezes causa, (ele) dissolve em (devido) ordem a terra na água, a água no fogo, o fogo no ar, o ar no éter, o éter no ego, o ego em Mahat, Mahat no imanifesto e o imanifesto no Espírito (Purusha). Devido à dissolução dos adjuntos, Virat, Hiranyagarbha e Deus são dissolvidos no supremo Eu.

7: Tendo se tornado não quintuplicado através da atenuação das (o acumulado) ações e do amadurecimento das boas ações, e com o sutil (corpo), retornando para a causa e sua causa, o corpo denso gerado pelas ações faz, através dos elementos grosseiros quintuplicados se tornar não quintuplicados, e se dissolve no imutável Eu interno. Vishva, Taijasa e Prajna se dissolvem no mesmo, devido à dissolução de seus adjuntos.

8: O microcosmo consumado no fogo do conhecimento, junto com (sua) causa, é dissolvido no supremo Eu. Portanto, o Brahmana deve, concentradamente, habitar na identidade (do conteúdo) dos termos TAT e TVAM. Daí, quando as nuvens são dissipadas conforme o sol (brilhar adiante), o Eu é manifestado.

9-10: Meditando no Eu, do tamanho de um polegar, no centro (do coração?) como uma chama sem fumaça, meditada no Eu iluminando no centro, imutável e imortal. O sábio silencioso, Liberado em vida, senta-se meditando até o sono, até a morte; ele é o abençoado que tem executado seu dever.

11: Desistindo do estado de Liberação em vida, quando o corpo é consumido pelo tempo, ele alcança o estado de liberação desencarnado como o vento se torna imóvel.

12: Aquele imortal e, certo (um), desprovido do som, do toque, da forma, sabor ou cheiro, sem início e sem fim, além de Mahat, por si só permanece sem impureza e sofrimento.



CAPÍTULO IV


1: Então, Paingala perguntou a Yajnavalkya: Como é que um conhecedor (Jnanin) age? Como é que ele fica em repouso?

2: Yajnavalkya respondeu: Um buscador da liberação, tendo adquirido a liberdade do egoísmo etc., leva 21 gerações (de seus ancestrais e descendentes) cruzarem o (mar de samsara). O conhecedor de Brahman, por si só, faz 101 gerações.

3: Conhecendo o eu como sendo o condutor da carruagem; o corpo, na verdade, é a carruagem; o intelecto é o cocheiro, e a mente são as rédeas.

4: Os sentidos, dizem os sábios, são os cavalos; os objetos são o que eles alcançam mais; os corações são os movimentos de (many-storeyed mansions).

5:Os grandes sábios afirmam que o Eu combinado com os órgãos dos sentidos e a mente é o experimentador. Portanto, no coração, de imediato, Narayana está bem estabelecido.

6: Até (o esgotamento de) das ações trabalhadas, o Eu liberado e sem lar, comporta-se como o charco de uma serpente, como a lua (no céu).

7: Deixando o corpo em um local santo ou (pode ser) na casa de um comedor de carne de cães, (o liberado) alcança o Isolamento.

8: Depois, fazendo um oferecimento deste corpo aos pontos cardeais, ou enterrando (seu corpo). Mendicância é prescrita para o homem, nunca para os outros.

9: a não observância do (período de) poluição, o não incineramento (do corpo), o não oferecimento de bolas de arroz, ou de água, a não realização dos ritos quinzenais (como previstas) para um mendicante que se tornou Brahman.

10: Não há incineramento do que (já) foi consumado, assim como não há cozimento do que (já) foi cozido. Para aquele cujo corpo está consumado no fogo do conhecimento, não existe nem oferenda cerimonial do arroz, nem qualquer (outro) rito (de funeral).

11: Enquanto longamente como os adjuntos (corpo etc.) permanecem, permita-se aguardar o professor. Deixe-o tratar a esposa do professor e seus filhos como faz o professor consigo mesmo.

12: Quando, como o conhecimento, “Eu sou Aquele!”, “Eu Sou Aquele” – eu, cuja mente é pura essência, é puro Espírito, está por muito tempo sofrendo – a sabedoria é obtida, quando o objeto do conhecimento, o supremo Eu, está estabelecido no coração; quando o corpo está dissolvido no estado de Paz alcançado, então se torna destituído da mente luminosa e do intelecto.

13: De que serve a água para quem esteve preenchido de ambrosia? Semelhantemente, (para alguém) que conheceu seu Eu, de que serve os Vedas? Nenhum dever permanece para o yogue que esteve preenchido da ambrosia do conhecimento. Se o dever existe, ele não é conhecedor da Verdade. Embora parado a uma distância, ele não está distante; embora encarnado, ele está desencarnado; ele é o onipresente Eu interior.

14: Tornando o coração puro, contemplando o bem-estar (de todos), deve-se experimentar a suprema alegria no pensamento, “Eu sou o supremo, o Todo”.

15: Assim como não há diferença quando a água é derramada na água, o leite no leite, e o ghee no ghee, assim também é com o Eu individual e o supremo Eu.

16: Quando o corpo é queimado pelo conhecimento e o conhecimento se torna infinito em forma, então, o conhecedor consome o cativeiro do Karma no fogo do conhecimento de Brahman.

17: Daí (segue o estado de) o santo não dual (Realidade), chamado o Supremo Senhor, como até o céu imaculado. A natureza do Eu, respeitando, sem adjuntos, é como (aquele de) água misturada com água.

18: Como o éter o Eu no corpo sutil. O Eu interior como o ar não é percebido. Aquele Eu interior imóvel percebe o externo (manifesto) com a tocha do (objetivo) conhecimento.

19: O conhecedor, morto, não importa se devido a qualquer (forma de) morte, é dissolvido (em Brahman que é) como o céu todo permeante.

20: Esta dissolução ele conhece, na verdade, como o espaço do pote (no espaço infinito). Ele alcança (o estado de) a luz auto-sustentada do conhecimento todo-permeante.

21: Permanentemente em um pé, deixe o homem fazer austeridades por uns 1.000 anos; mas (aquela austeridade) é inferior a um décimo sexto deste yoga de meditação.

22: Este é o conhecimento; isto é para ser conhecido; um desejo de saber tudo isso. Se ele fosse viver (mesmo) por uns 1.000 anos, ele não chegaria ao final dos Shastras.

23: O que deve ser conhecido é somente o Imperecível; (mas) a vida é fugaz. Evitando os labirintos dos Shastras, medite na Verdade (somente).

24: Ações são infinitas – purificação, murmúrios, (de nomes santos), sacrifícios, peregrinações a lugares santos. Estes (são válidos) somente até a Verdade ser obtida.

25: No que se refere às grandes almas, a causa da liberação é certo é (o conhecimento) “Eu sou Brahman”. As duas palavras determinando escravidão e liberação são “meu” e “não meu”.

26: A importância de “meu” une os seres viventes; ele é liberado por aquela de “não meu”. Quando a mente está dementada já não há dualidade percebida.

27: Quando a demência é alcançada, Aquele se torna o estado supremo. Onde, então, a mente vai, existe, em verdade, o supremos estado.

28: Assim, existe, em toda parte, Brahman está bem estabelecido. Para aquele que sustenta “Eu não sou Brahman”, a liberação não é possível; (é tão fútil) como golpear o céu com os punhos cerrados, ou um homem, com fome, mastigar joio.

29: Quem quer que estude o Upanishad como um hábito (todo dia) é purificado pelo fogo (como se fosse); pelo ar; pelo sol; por Vishnu; por Rudra. Ele se banha em todas as águas sagradas. Ele é versado em todos os Vedas; realiza todos os ritos sagrados ensinados por todos os Vedas. Ele tem, ritualmente, murmurado cem mil de Itihasas e Puranas e centenas de vezes os (tantras) de Rudra. Ele tem murmurado um milhão de vezes a sagrada sílaba OM. Ele resgata dez gerações de sua linhagem, passada e futura. Ele purifica (the rows of diners) do qual ele é um número. Ele se torna grande. Ele é purificado dos pecados de matar um Brahmana, beber, furtar, adulterar com (mesmo um) cônjuge de professor e da associação com aqueles que são culpados disto.

30: Aquele supremo Estado de Vishnu propaga-se, como um olho, no céu, os iluminados sempre o observam.

31: O sábio, sempre vigilante e diligente em louvor, glorifica ricamente Aquele supremo Estado de Vishnu.

32: OM – Verdade – Este é o ensinamento secreto.



Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



Aqui termina o Paingalopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.





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