“Deus decorou os céus com constelações (Nakṣatras) como pérolas em um corcel escuro. A Luz do Sol (Sūrya) as esconde durante o dia e todo o conhecimento é profetizado na escuridão da noite.” — Parāśara Muni, Ṛk Veda 1.68.04

Capítulo 1 – A Grandeza do Śivapurāṇa

Śiva Purāṇa – Mahātmyam [1]

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I – A Grandeza (Glória) do Śivapurāṇa

Capítulo 1 – A Grandeza do Śivapurāṇa



Śaunaka2 disse –

I:1:1 – Oh Sūta de grande intelecto, Oh meu senhor, o conhecedor de todos os princípios filosóficos, por favor, narre para mim a essência dos Purāṇas em detalhes.
I:1:2 – Como fazer a boa conduta, a boa devoção e o poder de discriminação florescer? Como são os sentimentos inferiores dispersados pelos homens bons?
I:1:3 – Nesta terrível Era de Kali, todos os seres viventes se tornaram quase demoníacos no caráter. Qual é o modo efetivo de remediar isto?
I:1:4 – Diga-me agora sobre o maior meio de realizar o mais perfeito bem estar, o mais sagrado de todos os modos sagrados.
I:1:5 – Qual é a prática que purifica a alma?

Sūta3 disse –

I:1:6 – Oh primeiro dentre os sábios, realmente você é abençoado por seu desejo de ouvir. Então irei ponderar sobre o maior dos Sagrados conhecimento inteligentemente e dizer a você.
I:1:7 – Oh querido, ouça o que a divina panaceia que envolve todas as doutrinas religiosas, a mais elevada e verdadeira devoção e condutiva ao prazer de Śiva.
I:1:8 – É destrutiva do grande medo do Python do Kāla (Morte). Oh sábio, é o nobre Śiva Purāṇa4 primeiramente narrado pelo próprio Śiva.
I:1:9 – Para o benefício das pessoas na Era de Kali, o sábio Vyāsa5 resumiu, por seu grande respeito pelo sábio Sanatkumāra6 ao ser instruído por ele.
I:1:10 – Oh sábio, não há nenhum outro além do Śiva Purāṇa para a purificação da mente, especialmente das pessoas da Era de Kali7.
I:1:11– É somente o inteligente e o mais afortunado homem que acumulou grandes méritos em seus nascimentos prévios que se sente atraído para ele.
I:1:12 – Este Śivapurāṇa é o mais elevado e o mais nobre de todo conhecimento sagrado. Ele é a forma de Śiva e, como tal, deve ser servido e percebido neste mundo.
I:1:13 – Por ler e ouvir isto, o bom homem se torna muito piedoso. Por todos os meios ele instantaneamente alcança a região (Loka) de Śiva.
I:1:14 – Então, cada esforço dos homens para ler isto é desejável. Carinhosamente ouvindo-o, produz todos os resultados desejáveis.
I:1:15 – Ao ouvir este Purāṇa de Śiva, um homem se torna sem pecado. Depois de desfrutar todos os prazeres mundanos, ele alcança a região de Śiva.
I:1:16 – Meramente por ouvir a estória de Śiva, um homem assegura aquele mérito que resulta da realização do Rājasūya8 e de centenas de Agniṣṭomas9.
I:1:17–Oh sábio, aqueles que ouvem o Śivapurāṇa, o mais nobre do conhecimento Sagrado, para de ser meros seres humanos. Eles devem ser considerados, indubitavelmente, como manifestação de Rudra, uma forma de Śiva.
I:1:18 – Os sábios consideram a poeira nos pés daqueles que habitualmente ouvem o Purāṇa e o recitam, em pé de igualdade com os centros sagrados.
I:1:19 – Que aqueles que desejam alcançar o assento da salvação possam ouvir sempre o sagrado Śivapurāṇa com grande devoção.
I:1:20 – Oh mais nobre dentre os sábios, se ele for incapaz de ouvi-lo sempre, deixe-o ouvir por um curto tempo a cada dia com sua mente inteiramente sob controle.
I:1:21 – Se alguém for incapaz de ouvi-lo todos os dias, Oh sábio, deixe-o ouvir o Śivapurāṇa nos meses sagrados.
I:1:22 – Aqueles que ouvem o Purāṇa mesmo por um Muhūrta (48 minutos), metade deste período, um quarto deste período, ou até mesmo por um momento, não sofrerá percalços.
I:1:23 – Oh senhor dos sábios, o homem que ouve o Purāṇa, cruza o oceano da existência mundana depois de queimar a grande floresta do Karma (ações que causam laços no mundo).
I:1:24. Oh sábio, o mérito que resulta de todos os donativos e de todos os Sacrifícios, tornam-se firmes depois de ouvir o Śivapurāṇa.
I:1:25 – Particularmente na Era de Kali não há maior virtude condutiva à realização da liberação pelos homens, Oh sábio, do que ouvir o Śivapurāṇa.
I:1:26 – Não há dúvida de que ouvindo o Purāṇa e recitando os nomes de Śiva é tão eficaz quando a árvore Kalpa10 na realização do desejos.
I:1:27 – Para o benefício das pessoas más intencionadas da Era de Kali, desprovidas de condutas virtuosas, o Senhor Śiva produziu o néctar na forma do Śivapurāṇa.
I:1:28 – Um único homem, o homem que bebe néctar, torna-se imortal e eterno. Mas o néctar da estória divina de Śiva, se bebida, faz a família inteira imortal e eterna.
I:1:29 – A estória santificada do Śivapurāṇa deve sempre ser recorrida.
I:1:30 – Meramente por ouvir o Śivapurāṇa, o que posso dizer dos resultados quando Śiva habita no coração?
I:1:31 – Este trabalho consiste de vinte e quatro mil versos, dividido em sete Saṁhitās (compêndios). Os três tipos de Devoção (1) por meditação, (2) por recitação do louvor e (3) ação da adoração e serviço estão inteiramente explicados nele. Ele deve ser ouvido com grande respeito.
I:1:32 – O primeiro compêndio é chamado Videyeśvara Saṁhitā, o segundo é Rudrasaṁhitā, o terceiro é Śata-Rudrā e o quarto é Koṭi-Rudrā.
I:1:33 – O quinto compêndio é chamado Umāsaṁhitā, o sexto é Kailāsasaṁhitā e o sétimo é Vāyavīyā. Assim, existem sete Saṁhitās neste Purāṇa.
I:1:34 – Este Divino Purāṇa de sete Saṁhitās e chamado posteriormente Śiva, está em pé de igualdade com Brahman (ou seja, os textos Védicos), e ele confere uma conquista até mesmo superior a tudo.
I:1:35 – Quem lê o Śivapurāṇa inteiro, sem omitir qualquer um dos sete Saṁhitās, pode ser chamado um Jīvanmukta (um liberado em vida).
I:1:36 – Oh Sábio, o homem ignorante é atirado no oceano da existência mundana até o Śivapurāṇa alcançar seus ouvidos.
I:1:37 – Qual o benefício de  se ouvir muitos textos sagrados  outros Purāṇas confusos? O Śivapurāṇa sozinho proclama em voz alta a grande salvação.
I:1:38 – A casa onde a dissertação sobre este Śivapurāṇa é mantida, torna-se um núcleo sagrado. Ele destrói os pecados dos ocupantes da casa.
I:1:39 – Milhares de sacrifícios de cavalos11 e centenas de sacrifícios Vājapeya12 não têm o mérito nem mesmo de uma décima sexta parte do Śivapurāṇa.
I:1:40 – Oh melhor dos sábios, um pecador é chamado um pecador até o momento em que ele ouve o Śivapurāṇa com grande devoção.
I:1:41 – Os rios sagrados, Gaṅgā e outros, as sete Cidades Sagradas13 e Gayā não podem ser equiparados ao Śivapurāṇa.
I:1:42 – Se alguém deseja um grande objetivo (Liberação), deve-se recitar pelo menos um stanza, ou até mesmo metade dele do Śivapurāṇa.
I:1:43 – Quem constantemente ouve o Śivapurāṇa inteiramente, compreende seu significado, ou simplesmente o lê com devoção, sem dúvida alguma é uma alma meritória.
I:1:44 – O Senhor Maheśāna (Śiva) se torna extremamente agradado com o homem sensível que ouve o Śivapurāṇa quando a morte lhe é iminente. O Senhor Śiva confere a ele um lugar em Seu próprio Loka.
I:1:45 – Quem adora a este Śivapurāṇa com grande devoção, desfruta no mundo todos os objetivos desejados e alcança o Śivaloka.
I:1:46 – Quem nunca negligencia em sua devoção ao Śivapurāṇa e mantém este trabalho (Śāstra) bem envolto em um tecido de seda, sempre será feliz.
I:1:47 – O sagrado Śivapurāṇa, a única posse de um devoto de Śiva, deve assiduamente ser utilizado por uma pessoa que deseja felicidade aqui e em outra vida.
I:1:48 – O sagrado Śivapurāṇa que concede os quatro objetivos de vida14 (virtude, riqueza, amor e salvação) deve sempre ser ouvido e lido com grande devoção.
I:1:49 – O Śivapurāṇa, o maior precursor do perfeito bem estar dentro os Vedas, os Itihāsas e outros textos sagrados, deve ser compreendido minunciosamente por aqueles que buscam a liberação.
I:1:50 – Este Śivapurāṇa é o maior refúgio dos conhecedores de Ātman para sempre; ele é o mais nobre objetivo digno de adoração dos bons homens; ele suprime os três tipos de angústias (ou seja, as angustias devido às doenças do corpo físico, ataques externos e calamidades divinas); le confere sempre felicidade; e ele é muito amável a todos os Devas, tanto por Brahmā, Hari e Īśa (Brahmā, Viṣṇu e Śiva, respectivamente).
I:1:51 – Com a mente extremamente satisfeita, eu me curvo ao Śivapurāṇa para sempre. Que Śiva possa ser agradado e conceda-me uma devoção aos Seus pés.

Fim do Capítulo 1 – A Grandeza do Śivapurāṇa





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1 – Śiva Purāṇa – Mahātmyam (*) – os Capítulos de 1 a 7 sobre a glória do Śivapurāṇa foram retirados do Skandapurāṇa.
2 – Śaunaka foi o chefe dos sábios no grande sacrifício na floresta Naimiṣa, a quem o Mahābhārata e os Purāṇas foram recitados pelo Sūta na região de Adhisīmakṛṣṇa, o bisneto de Janamejaya e a 6ª geração de Arjuna na linhagem Paurava – Vā I.12; 99, 55-8; Padma I.I.19.
3 – Os Sūtas (Vā I.32-3; Padma I.I.27-28) preservaram a genealogia dos Deuses, sábios e monarcas, bem como as tradições dos homens. O Sūta aqui não é uma casta descrita por Manu (X, ii.17)  como a prole de um pai Kṣatriya e uma mãe Brāhmaṇa. Ele é um venerável Brāhmaṇa que preservou os cânticos, as músicas, a genealogia dos Deuses, dos sábios e dos gloriosos Reis – Pargiter: Ancient Indian Historical Tradicion Cap. Ii; também Pusalkar – Studies in Epics and Purāṇa of India, Intro. P. 29. Ele é descrito como o discípulo de Vyāsa – ŚP.i.4.7.
4 – Para a nomenclatura a autenticidade deste Purāṇa, veja Introdução.
5 – De acordo com a tradição Puranica, Kṛṣṇa Dvaipāyana Vyāsa, o filho de Satyavatī, compôs os 18 Purāṇas, ou superintendeu a sua compilação. – Mat. 53.70.
6 – Os Purāṇas foram primeiramente compilados por Brahmā (Vā I.60.61). Sanatkumāra, um filho de Brahmā (ŚP I.4.8-9; I.5.17), herdou de seu pai e o transmitiu a Vyāsa, que o tornou resumido em 18 compêndios.
7 – O inicio da Era de Kali foi discutido por Dr. Fleet e esta Era começou no dia em que o Senhor Kṛṣṇa morreu, o qual a cronologia do Mahābhārata estabeleceu em uns vinte anos depois da grande batalha,  que foi quando Yudhiṣṭhira abdicou e Parikṣit começou a reinar.
(*) N.T. Aqui Kali não deve ser confundido com Kālī, a Divina Mãe.
8 – Rājasūya é um grande realizador de sacrifício por um monarca universal no momento de sua coroação conforme uma marca de sua soberania incontestável.
9 – Agniṣṭoma é um ritual de sacrifício que se estende por muitos dias na primavera e que realiza uma importante parte do Jyotiṣṭoma.
10 – Kalpadruma é uma árvore mitológica que supostamente concede todos os desejos.
11 – Na Era Védica, o sacrifício de Aśvamedha era realizado por reis desejosos de prole, mas subsequentemente ele passou a ser realizado para a realização da supremacia universal. Um cavalo era solto para vagar por um ano, cuidado por um guardião; quando o cavalo entrava em um país estrangeiro, o governante era obrigado a se submeter ou a lutar. Desta forma o cavalo voltava ao final de um ano, o guardião obtendo ou forçando a submissão dos príncipes que ele trazia nas rédeas. Depois do retorno do cavalo, este era sacrificado em meio a grandes festejos. É dito: que o cavalo algumas vezes não era imolado, mas mantido preso durante a cerimonia.
12 – Vājapeya é uma das sete formas do sacrifício Soma oferecido pelos reis ou Brāhmaṇas que aspiravam à mais elevada posição, e precedendo Rājasūya e o Bṛhaspatisava.
13 – As sete Cidades Sagradas dos Hindus são – Ayodhyā, Mathurā, Māyā, Kāśī, Kāñcī Āvantikā e Dvārikā.
14 – Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa são os quatro objetivos de vida.




Trabalhando com Sahams


Sahams, como conhecidos em Astrologia Védica, são pontos sensíveis no Zodíaco e obtidos, em sua maioria, através do cálculo da longitude dos planetas na Carta de Nascimento, cuja principal atividade é dar significado a um determinado evento na vida. Neelkantha cita 50 Sahamas, enquanto Kesava apenas 21 deles. A maioria dos cálculos dos Sahams é feita utilizando-se a longitude dos planetas e ascendentes, enquanto outros cálculos usam a cúspide de determinadas casas e graus específicos não associados com planetas diferenciado em sua ordem entre nascimento diurno e noturno. O objetivo aqui não é dar uma lista de como calcular esses pontos, mas pincelar a ideia de como esse conhecimento pode e deve ser utilizado em análise.

Por que utilizar o Saham? Quando uma casa tem mais de um significado, o Saham ajuda a focar o evento daquela casa em determinado período e então as previsões não ficam prejudicadas pelo excesso de informação e possibilidade de eventos.

Quando usar o Saham? Sempre. O Saham é uma ferramenta auxiliar e precisa em Astrologia Védica. Ele pode ser usado tanto em previsões quanto em retificações do horário de nascimento. Para eventos onde os planetas mais rápidos se tornam o Sūkṣma Saham, a hora do nascimento deve ser precisa. Eis então aqui uma ferramenta preciosa para confirmação de retificação de horário de nascimento.

Como usar o Saham? Pode-se usar o Saham em períodos e em trânsitos planetários para determinar quando um evento se dará na vida da pessoa.

Por que existe tantas controvérsias em aplicação aos Sahams? Em meus estudos posso observar que as controvérsias se sobrepõem entre os Astrólogos pelo fato de se tentar isolar um evento no mapa a partir do movimento de um planeta sobre determinado Saham sem levar em consideração demais aspectos como (1) o governante do saham (tanto o que governa a casa quanto o que governa o Nakṣatra) onde está colocado ao nascimento; (2) os planetas em yuti com o saham natal; (3) o aspecto natal que o saham recebe; (4) outros planetas lentos em trânsito aspectando o saham; (5) o poder de causar bem/mal que o planeta tem. Tudo isso irá alterar o resultado. Desconsiderar esses e outros tantos fatores é tentar isolar um evento de seu todo, quando o todo corrobora inteiramente para frutificar ou anular o Saham.

Os efeitos esperados são aqueles dados pelo trânsito dos dois planetas mais lentos, Júpiter e Saturno no mapa. Alguns Astrólogos são apressados em dizer que se Júpiter aspecta o Vivaham Saham, a pessoa obtém casamento. E aqui começa a controvérsia. Uns afirmam que isso não funciona, outros procuram em outras Daśās explicações viáveis para embasar suas predições na utilidade dos Sahams ou enfatizar a total falha desse sistema. Não há falha. O Saham funciona, a predição pode ser feita através desses pontos. Mas então por que tanta discussão em torno? Por que tanta insatisfação?

Vejamos o que esses dois maiores planetas reservam. Júpiter aponta crescimento, expansão, luz  e prosperidade. Sendo um poderoso benéfico ele vai fazer prosperar o Saham que promete alguma felicidade, neutralizando ou trazendo remédio sobre o Saham que traz adversidades e problemas, certo? Não. Na verdade nada é tão obvio assim como parece em Astrologia e sobretudo na Védica, a complexidade desse sistema é como um elaborado e intricado quebra cabeça que, quando montado, deixa qualquer um perplexo por tamanha perfeição deste conhecimento.

Saturno na prática seria o oposto de Júpiter e traria algum limite, sombra, tristeza e difíceis lições kármicas. Mais uma vez nem sempre isso acontece. Tendo em vista que Saturno representa a nossas obsessões, muitas vezes é melhor ter um Saturno olhando firme para o Saham da profissão, o que dará ao nativo garra para desenvolvimento de um determinado projeto que lá na frente irá lhe coroar com fama e glória, do que um Júpiter mal colocado na Natal que lhe trará problemas ao olhar para o Saham da profissão.

Mesmo Júpiter, um poderoso benéfico natural, quando ele é um assassino, por governar casas Mārakas, ou estar colocado em casas de ferimento, quando ele, em trânsito, olha para o Saham da Morte (Mṛtyu Saham), ele causa ameaça para a vida do nativo.

Todo esse estudo deve ser um auxiliar nas predições e não o ponto chave, pois como dito anteriormente, ele deve ser usado para focar um acontecimento. Olhamos primeiro para os planetas natais, depois para a Viṃśottarī Daśā e também Nārāyaṇa Daśā e também outras importantes Daśās conforme a Carta Natal irá requerer, olhamos para os trânsitos, as combinações, os períodos e seus subs, os Yogas formados, Argalās, Dṛṣṭis, Kārakas etc. E, então, olhamos para os Sahams e focamos o acontecimento em determinado período.

Cada Saham tem um governante que é determinado pelo planeta que governa o Nakṣatra onde o Saham está colocado ao nascimento e recebe o nome de Sūkṣma Saham.

O governante do Nakṣatra onde o Saham está colocado deve estar em trinos, ou nas casas Upachayas, ou em yuti ao Saham Natal para que o evento frutifique. Além disso, o Saham sempre está recebendo um olhar do planeta causador do evento, o significador principal. Vejamos que tudo isto tem que concordar com os períodos Maior e menores. Portanto, esse tipo de estudo deve ser utilizado apenas para focar um evento em específico que se observa através da análise geral de uma Carta. Em 02/07/2014.

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Vários desses planetas tocam por yuti ou aspecto os Sahams diariamente e "nada" acontece. Se somente bastasse um olhar ou conjunção de um planeta sobre o Saham para fazê-lo frutificar, seria um transtorno imenso para a vida dos seres viventes. Imagina os planetas mais rápidos em trânsito tocando os Sahams a montanha russa que seria a vida dos seres neste mundo, cheia de altos e baixos e acontecimentos inimagináveis. Sendo assim o astrólogo deve olhar para o Saham como um ponto de poder, uma chave que ativará o acontecimento.

Um exemplo, para nascimento de filhos o governante do Nakṣatra  de Putram Saham deve estar em trinos, ou nas casas Upachayas, ou em yuti ao Saham Natal no momento exato do nascimento do filho. Então a criança nasce. Mas para uma criança nascer, é preciso algum tempo de gestação. Esse período Maior (a gestação) deve ser verificado em Daśās específicas e na Carta D-7. Sendo tal período favorável, o Saham apontaria o momento exato do nascimento da criança. Assim essa ferramenta se torna útil e não causa qualquer controvérsia ou indisposição em sua aplicação entre os Astrólogos, provando sua utilidade em várias ramificações da Astrologia Védica. Em 03/07/2014.