Traduzido por Karen de Witt
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Somente os Ślokas foram traduzidos, preservando-se o trabalho didático do autor com suas análises e consequentes observações.
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CAPÍTULO 4. DESCRIÇÃO DAS RĀŚIS DO
ZODÍACO
1-2.
Importância da Horā. A palavra Horā
é derivada de Ahorātra depois de cair a primeira e a última sílaba. Assim, Horā
(Lagnas) permanece entre Ahorātra (ou seja, dia e noite) e depois de conhecer
Horā, os bons e maus efeitos de uma natividade devem ser conhecidos. Śrī Viṣṇu,
o Invisível, é o Tempo personificado. Seus membros são as 12 Rāśis, começando
de Meṣa (Áries).
3.
Os Nomes das Rāśis. As 12 Rāśis do
zodíaco são Meṣa, Vṛṣabha, Mithuna, Karkaṭa, Siṁha, Kanyā, Tulā, Vṛścika,
Dhanu, Makara, Kumbha e Mīna.
4-4
e ½. Os Membros do Kāla Puruṣa. O
Kāla Puruṣa (ou Tempo personificado) tem
seus membros, com referência às 12 Rāśis, respectivamente: Cabeça (Meṣa-Áries),
Rosto (Vṛṣabha-Touro), Braços (Mithuna-Gêmeos), Coração (Karkaṭa-Câncer), Estômago (Siṁha-Leão), Quadril (Kanyā-Virgem),
Espaço abaixo do Umbigo (Tulā-Libra), Partes Privadas (Vṛścika-Escorpião),
Coxas (Dhanu-Sagitário), Joelhos (Makara-Capricórnio), Tornozelos
(Kumbha-Aquário) e Pés (Mīna-Peixes).
5-5
e ½. Classificação das Rāśis. (Cara,
Sthira, Dvisva). Móvel, Fixo e Dual são os nomes dados às 12 Rāśis nesta ordem.
Estas são novamente conhecidas como maléficas e benéficas, sucessivamente.
Semelhantemente são masculinas e femininas. Meṣa, Siṁha e Dhanu são biliosos. Vṛṣabha,
Kanyā e Makara são ventosos. Mithuna, Tulā e Kumbha são mistas, enquanto o
resto é fleumático.
6-7.
Meṣa Descrito. Meṣa é vermelho
sangue na aparência. Ele tem um físico proeminente (grande). Ele é uma Rāśi
quadrúpede e forte durante a noite. Ele indica coragem. Ele reside no Leste e
está relacionado aos reis. Ele vagueia nas colinas e nele predomina Rajo-Guṇa
(o segundo das três qualidades constituintes e a causa de grande atividade nos
seres viventes) e ele surge com suas costas (Pṛṣṭhodaya).
8.
Vṛṣabha Descrito. A aparência de Vṛṣabha
é branca e é governado por Śukra. Ele é longo e é uma Rāśi quadrúpede. Ele tem
força de noite e reside no Sul. Ele representa as vilas e os homens de
negócios. Uma Rāśi da Terra, Vṛṣabha surge com suas costas (Pṛṣṭhodaya).
9-9
e ½. Mithuna Descrito. A Rāśi Mithuna
surge com sua cabeça (Śīrṣodaya) e representa um homem e uma mulher, mantendo
uma clava e um alaúde. Ele vive no Oeste e é uma Rāśi do Ar, bípede, bem como
forte na noite. Ele vive nas vilas e é ventoso em temperamento. Ele tem um
corpo com um tom verde (como grama). Seu governante é Budha.
10-11.
Karkaṭa Descrito. A Rāśi Karkaṭa é
vermelho pálido. Ele se refugia nas florestas e representa os Brahmanes. Ele é
forte de noite. Ele tem muitos pés (ou seja, é uma Rāśi centopeia) e tem um
corpo volumoso. Ele é sattvico em disposição (visto em deuses) e é uma Rāśi da
água. Ele surge com suas costas (Pṛṣṭhodaya) e é governado por Candra.
12.
Siṁha Descrito. Siṁha é governado
por Sūrya e é Sattvico. Ele é uma Rāśi quadrúpede e é Real. Ele se refugia nas
florestas e surge com sua cabeça (Śīrṣodaya). Ele tem um corpo grande e branco.
Ele reside no Leste e é forte durante o dia.
13-14.
Kanyā Descrito. Esta Rāśi se refugia
nas Colinas e é forte de dia. Ele surge com sua cabeça (Śīrṣodaya) e tem uma
constituição mediana. É uma Rāśi bípede e reside no sul. Ele tem grãos e fogo
em suas mãos. Ele pertence à comunidade empresarial e é variado. Ele se
relaciona com vulcões (Prabharanjani). É uma Virgem e é Tamásico (uma
disposição dos demônios). Seu governante é Budha.
15-16
e ½. Tulā Descrito. Tulā é uma Rāśi
Sīrshodaya, surgindo com sua cabeça (Śīrṣodaya). Tulā é forte durante o dia. Ele
é preto em aparência e é predominante com Rajo-Guṇa. Ele se relaciona à direção
Ocidental e se refugia na terra. Ele é destrutivo, ou malicioso (Dhatin). Ele
representa os Śūdras, ou o 4º Varna. Ele tem um físico mediano e é uma Rāśi
bípede. Seu Senhor é Śukra. Vṛścika
Descrito. Vṛścika tem um físico delgado e é uma Rāśi centopeia. Ele indica
os Brahmanes e reside nas cavidades. Sua direção é o Norte e ele é forte
durante o dia. Ele é marrom avermelhado e se refugia na água e na terra. Ele
tem um físico peludo e é muito perspicaz (ou apaixonado). Maṅgala é o seu
governante.
17-18
e ½. Dhanu Descrito. A Rāśi Dhanu
surge com suas costas (Pṛṣṭhodaya) e é governado por Guru. Ele é uma Rāśi
Sattvica e tem um tom amarelo acastanhado. Ele tem força de noite e é feroz.
Uma Rāśi Real, Dhanu é bípede na primeira metade. Sua segunda metade é
quadrúpede. Ele tem uma constituição semelhante e adora um arco. Ele reside no
Leste, refugia-se na terra e é esplendoroso.
19-20.
Makara Descrito. Makara é governado
por Śani e tem predominância de Tamo-Guṇa (uma disposição semelhante em
demônios). Sua Rāśi é da terra e representa a direção sul. Ele é forte de noite
e se eleva com suas costas. Ele tem um corpo grande, sua aparência é variada e
ele se refugia tanto em florestas quanto em terras. Sua primeira metade é
quadrúpede e sua segunda metade sem pés, movendo-se na água. Ele surge com suas
costas (Pṛṣṭhodaya).
21
e ½. Kumbha Descrito. A Rāśi Kumbha
representa um homem segurando um pote. Sua aparência é de um marrom escuro. Ele
tem constituição mediana e é uma Rāśi bípede. Ele é muito forte durante o dia.
Ele se refugia nas águas profundas e é do ar. Ele surge com sua cabeça e é Tamásico.
Ele governa os Śūdras, o 4º Varna e o Oeste. Seu Senhor é Śani, filho de Sūrya.
Ele surge com sua cabeça (Śīrṣodaya).
22-24.
Mīna Descrito. Mīna se assemelha a
um par de peixes, um faz a cauda e o outro faz a cabeça. Esta Rāśi é forte de
noite. É uma Rāśi da água e é predominante com Sattva-Guṇa. ele indica
resolutividade e se refugia na água. Ele não tem pés e tem uma constituição
mediana. Ele governa a direção Norte e surge com a cabeça e com as costas
(Ubayodaya). Ele é governado por Guru. Assim é como as 12 Rāśis, cada uma com
30º de extensão, são descritas para calcular os efeitos gerais e específicos.
25-30.
Niṣeka Lagna. Oh excelente dos Brahmanes, agora é explicado um passo para
se chegar ao Niṣeka Lagna quando o Lagna Natal é conhecido. A diferença entre a
Casa ocupada por Saturno e aquela ocupada por Mandi (Gulikā) deve ser primeiramente
conhecida. Note a distancia angular entre Śani e Mandi (Gulikā). Adicione isto
à diferença entre o Lagna Bhāva (Madhya, ou cúspide) e o 9º Bhāva (sua
cúspide). O produto resultante nas Rāśis, graus etc., representará os meses,
dias etc., que decorreram entre Niṣeka e o nascimento. Ao nascimento, se o Lagneśa
não está na metade invisível (ou seja, da cúspide do Lagna à cúspide do
Descendente), adicione os graus etc., de Candra movendo-se na Rāśi em questão,
ocupado por ele (por Candra) para o produto acima mencionado. Então, o Lagna ao
Niṣeka pode ser trabalhado e bem e mal, experimentado pelo nativo no útero,
pode ser predito. Pode-se também predizer com a ajuda dos efeitos do Niṣeka
Lagna, como longevidade, morte etc., dos parentes.