कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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सप्तदश
उल्लासः
saptadaśa ullāsaḥ
Décimo-Sétimo Ullāsa
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Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por:
Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
ॐ
ॐ गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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Śrī Devi disse:
17:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre a Bhāvanā (a
contemplação) do Guru e os Nomes etc. Oh Parameśvara ! também me fale a
essência ou a verdade dos Kula-Dravyas.
Īśvara disse:
17:2 – Ouça, Oh Devi ! estou falando o que Você me
perguntou. O conhecimento do Kula é alcançado por meramente ouvir isto.
Oração
do Gurudeva
17:3-6 – Curvado a Ti, Oh Senhor ! Oh Deus Śiva ! na
forma do Guru que assume numerosas formas para o propósito da manifestação e da
realização do Supremo Conhecimento. Aquele que é a forma de Nārāyaṇa, que é a
forma do Supremo Eu; que é o dissipador das trevas do pecado de toda
ignorância; que está encharcado com Cit; que conhece tudo (é Onisciente); que é
a corporificação da Compaixão; que é o Auspicioso e o Doador do que é
auspicioso para todos os devotos aqui e além. Eu me curvo a Ti em frente, dos
lados, nas costas, acima e abaixo. Assim Sat-Cit ordena que eu possa sempre
permanecer como teu servidor.
Namaste nātha bhagavan śivāya gururūpiṇe |
Vidyāvatārasaṁsiddhye svīkṛtānekavigraha ||3||
Nārāyaṇasvarūpāya paramātmasvarūpiṇe |
Sarvājñānatamobhedabhānave siddhanāya ca ||4||
Sarvajñāya dayāklṛptavigrahāya śivātmane |
Paratreha ca bhaktānāṁ bhavyānāṁ bhāvadāyine ||5||
Ṣurastāt pārśvayoḥ pṛṣṭhe namaḥ kuryābhuparyadhaḥ |
Saddā saccittarūpeṇa vidhehi tava dāsatām ||6||
Contemplação
do Guru etc., seus nomes
17:7 – A sílaba Gu significa escuridão; Ru
é o que restringe (a escuridão). Aquele que restringe a escuridão da ignorância
é o Guru.
17:8 – Ga significa doador da realização; R
o servidor do pecado; U é Viṣṇu. Aquele que contém todos
os três em si mesmo é o Supremo Guru.
17:9 – Ga significa riqueza de
conhecimento; R o iluminador; U a identidade com Śiva. Aquele que
contém estes em si mesmo é o Guru.
17:10 – Porque ele traz entendimento para aqueles que são
cegos para a Verdade do Eu e dos Āgamas, que são secretos (Guhya) e porque ele
é a forma de Deus como Rudra, ele é chamado Guru.
17:11 – Ācārya é aquele que conduz (ācarate)
conforme as Normas da Verdade, e estabelece seus discípulos nele – o ācāra; e
ele se assemelha (ācinoti) a várias conotações dos Śāstras; portanto, ele é
chamado Ācārya.
17:12 – Quem em si mesmo ensina tudo que vem para ele,
móvel e imóvel (carācara) e quem é perfeito no Yoga do Yama etc., é chamado
Ācārya.
17:13 – Ārādhya porque ele dá a consciência
do Eu (ātmabhāva), porque rejeitou gostos e desgostos (rāgadveśa), e porque sua
mente está centrada unicamente em meditação, ou Dhyāna, ele é chamado Ārādhya.
17:14 – Deśika, Oh Minha Amada ! porque ele se
apresenta na forma da divindade (devatā), porque ele concede a Graça sobre os
discípulos, e porque ele é a corporificação da Compaixão (karuṇā), ele é
chamado Deśika.
17:15 – Svāmī porque ele transpira sua paz
interior (svānta) e delibera sobre a Suprema Verdade, e porque ele é desprovido
de falsos conhecimentos (mithyājñāṇas), ele é chamado de Svāmī.
17:16 – Maheśvara porque ele é desprovido de
máculas da mente (manodoṣa) etc., porque ele rejeita argumentos secos e
semelhantes (hetuvāda), porque ele se assemelha a animais como cãs (śvādi) e
porque ele é amável (ramya), ele é chamado Maheśvara.
17:17 – Śrīnātha porque ele transmite o
conhecimento da prosperidade (Śrī) e da Liberação; porque ele instrui em Nādi
Brahman e em Ātman; e porque ele é um emblema da obstrução (sthagita) da
Ignorância, ele é, Oh Minha Amada ! chamado de Śrīnātha.
17:18 – Deva porque ele cruza os limites do
espaço e do tempo (deśa-kāla); porque ele adquiriu controle (vaśīkṛta) sobre o
mundo e Jīva, ele é chamado Deva.
17:19 – Bhaṭṭāraka porque ele remove os
laços do mundo (bhava), porque da Lua da forma de Ṭa (ou, seja, circular) sobre
Sua cabeça, porque ele protege (Rakṣaṇa), é charmoso (Kamanīya), ele é chamado
Bhaṭṭāraka.
17:20 – Prabhu porque ele delibera sobre o
conhecimento do propósito místico do Vedānta e dos Āgamas, os quais são bem
guardados (pragupta); e porque ele concede desfrute (Bhukti) e Liberação, ele é
chamado Prabhu.
17:21 – Yogī porque Oh, Minha Amada ! ele
pulsa com a glória do Mantra devido a prática da Yoni Mudrā, e porque ele é
adorado pela hoste de deuses (gīrvāṇa gaṇa), ele é chamado de Yogī.
17:22 – Saṁyamī porque ele rejeita a miséria
devido ao apego (saṅgaduḥkha); porque ele é indiferente aos estágios da vida
(Āśrama) que ele possa estar (yatrakutra), porque ele firma o Eu no retiro
(mithaḥ) ele é chamado Saṁyamī.
17:23 – Tapasvī porque ele medita
na Realidade da Verdade
(Tattva); porque ele rejeita toda censura e semelhantes (parivāda); porque ele
aceita (svīkāra) todos os acontecimentos auspiciosos, ele é chamado Tapasvī.
17:24 – Avadhūta porque ele é imutável (akṣara)
e excelente (vareṇya); porque ele lançou fora (dhūta) todos os laços do mundo;
porque ele realizou a verdade daquele Eu Sou Isso (Tat Tvam Asi), ele é chamado
Avadhūta.
17:25 – Vīra porque ele é livre (vīta) da
paixão (rāga) intoxicação, aflição, raiva, ciúme, ilusão; porque ele está
sempre longe (vidhūra) de rajas e tamas, ele é chamado Vīra.
17:26– Kaulika porque Kula é o grupo
nascido da Śakti e de Śiva; quem sabe que a Liberação é a partir do Kula, é o
Kaulika.
17:27 – Kula é a Śakti, akula é Śiva;
aqueles que são proficientes por meditação tanto no kula quanto no akula, são,
Oh Minha amada, Kaulikas.
17:28 – Sādhaka porque ele reúne a essência
(sāra); porque ele caminha o caminho do Dharma e porque ele controla os sentidos
ativos (karaṇagrāma), ele é chamado Sādhaka.
17:29 – Bhakta porque por sua adoração
(bhajanāt), com suprema devoção, com sua mente, discurso, corpo e ação
(kāyakarmabhiḥ) ele cruza (tarati) todas as misérias, ele é chamado Bhakta.
17:30 – Śiṣya porque ele dedica seu corpo,
riqueza, os prāṇas ao Santo Guru e aprende (Śikṣate) Yoga do Guru, é chamado Śiṣya.
17:31 – Yoginī porque ela pratica a Yoni
Mudrā, serve aos pés de Girijā (a Divina Mãe), e porque a glória de tudo imerge
sem suporte (nirlīnopādhi), ela é chamada Yoginī.
17:32 – Śakti porque querida a centenas
(śata) de crores das grandes divinas divindades Yoginīs e porque ela concede
rapidamente a liberação (tīvramukti), ela é chamada de Śakti.
17:33 – Pādukā porque isto protege (pālanāt)
do sopro do infortúnio, porque ele aumenta o que é desejado (kāmitārtha), isto
é chamado Oh, Minha Amada ! Pādukā.
17:34 – Japa porque ele destrói o pecado
feito em milhares de nascimentos (janmāntara), e porque ele mostra a
luminosidade da Suprema Divindade (paradeva-prakāśāt), isto é chamado Japa.
17:35 – Stotra porque pouco a pouco
(stokastokena) ele provoca deleite na mente, e porque ele atravessa (santāraṇat)
o laudatório, isto é chamado Stotra.
17:36 – Dhyāna porque controlando a aflição
dos sentidos pela mente, a contemplação pelo ser interior, da divindade
escolhida, isto é chamado Dhyāna.
17:37 – Caraṇa porque isto protege de todos
os resultado malévolos e causa o florescimento do que foi feito (caritārtha);
porque ele toma a forma dos homens e das mulheres (nara-nārī), isto é, Oh,
Minha Amada ! chamado de Caraṇa.
17:38 – Veda porque isto determina o propósito
de todas as escrituras comunicadas (vedita) e do Sagrado Dharma, e porque ele é
o suporte de todas as Filosofias (Darśanas), isto é chamado de Veda.
17:39 – Purāṇa porque isto fala do mérito e
demérito (puṇyapāpa); porque ele dispersa os seres maléficos como os Rākṣasas,
e porque ele gera os nove tipos de devoção (navabhakti) e semelhantes, isto é
chamado de Purāṇa.
17:40 – Śāstra porque ele constantemente
comanda (śāsanāt) aqueles que vivem nas regras do Varṇa-Āśrama; porque ele atravessa
(tāraṇāt) todos os pecados, então ele é chamado de Śāstra.
17:41 – Smṛti
porque ele define o Dharma e o Adharma para aqueles estão com um único
pensamento devido a esta lembrança (smaraṇa); porque ele dispersa sua escuridão
(timira) ele é chamado de Smṛti.
17:42 – Itihāsa porque ele narra o
sancionado, iṣṭa, Dharma etc., quebra a escuridão (timira) da ignorância e
remove (haraṇāt) todas as misérias ele é chamado Itihāsa.
17:43 – Āgama porque ele narra o modo da
conduta (Ācāra) com o objetivo de se alcançar o objetivo piedoso (divyagati);
porque ele fala da verdade da grande alma (Mahātma), isto é, Oh, Minha Amada !
chamado de Āgama.
17:44 – Śākta porque ele é adorado pelas
hostes de Śākinīs; porque ele cruza
(tāraṇā) o oceano da vida; por causa da presença da Suprema, da Prima Śakti,
ele é chamado Śākta.
17:45 – Kaula porque ele abandona os
estágios iniciais com juventude (Kaumāra), destrói o nascimento, a morte (layā)
etc., e porque está relacionado ao Kula sem fim, isto é chamado Kaula.
17:46 – Pāramparya
porque ele corta fora os laços (pāśa), porque ele deleita (rañjanāt) a suprema
Luz (paratejasaḥ), porque ele meditou pelos ascetas (yatibhiḥ) ele é chamado
Pāramparya.
17:47 – Sampradāya porque é a essência da
vida no mundo (saṁsara), porque ele produz luz, alegria (prakāśānanda-dānataḥ),
porque ele traz fama (yaśas) e boa fortuna, ele é chamado de Sampradāya.
17:48 – Āmnāya porque ele é o Primeiro
(Āditvāt) dentre todos os Caminhos, porque ele põem em movimento uma alegria na
mente (Manollāsa), porque ele é a causa do Dharma na forma de Yajña etc., ele é
chamado de Āmnāya.
17:49 – Śrauta porque ele ouviu (śruta)
muitos Mahāmantras, Yantras, Tantras e Devatās, e porque o que ele ouviu sua
vida inteira, ele então é chamado Śrauta.
17:50 – Ācāra porque ele corporifica a
Verdade no Āmnāya, porque ele afirma a Verdade com habilidade incomum
(cāturyārtha-nirūpaṇāt) e porque ele acalma gostos e desgostos (rāgadveśa) ele
é assim chamado de Ācāra.
17:51 – Dīkṣā porque dá o estado divino de
ser (divyabhāva), lava (kṣālanāt) o pecado e livra dos laços da existência
mundana, isto é chamado Dīkṣā.
17:52 – Abhiṣeka porque ele remove o sentido
de “Eu” (ahaṁbhāva), lava todo o medo (bhīti), asperge (água sagrada) (secana)
e produz emoção (kampa), Ānanda etc., isto é chamado de Abhiṣeka
17:53 – Upadeśa porque ele é intenso (ulvaṇa),
supremo (parā) querido para a divindade (devatā) e devido o impacto da Śakti
isto é chamado de Upadeśa.
17:54 – Pela Meditação (manana) na Divindade
luminosa que é a forma da Verdade, ele salva (trāyate) de todo o medo; portanto
isto é chamado Mantra.
17:55 – Devatā porque, Oh Pārvati ! ele
ocupa o corpo (deha) do devoto, confere bençãos (varadānāt), acalma os três
tipos de perturbações (tāpatraya), então ele é chamado Devatā.
17:56 – Nyāsa porque quando ele é colocado
nos membros os tesouro são adquiridos corretamente (nyāyopārjita), porque ele
protege tudo (sarvarakṣākarāt), ele é chamado Nyāsa.
17:57 – Mudrā, Oh Kuleśvarī ! porque ele
agrada (mudam) os deuses, derrete a mente (drāva), ele é chamado Mudrā que é o
que deve ser mostrado.
17:58 – Akṣamālikā porque isto produz fruto
interminável (ananta), elimina (kṣapita) completamente todos os pecados,
trazendo ganhos através das letras (Mātṛkā) e por isso ele é chamado Akṣamālikā.
17:59 – Maṇḍala porque a Dākinī que o ocupa
é auspiciosa (maṅgalatvāt dākinyāḥ), porque é a morada da hoste das Yoginīs e
devido a sua beleza (lalitatvāt) isto é chamado Maṇḍala.
17:60 – Kalaśa porque ele tem a forma do
assento de lótus (Kamlāsana), porque ele destrói os tattvas inferiores (laghu
tattva) e porque ele remove (śamita) os infinitos pecados, por isso isto é
chamado Kalaśa.
17:61 – Yantra porque de todos os seres como
Yama (Senhor da morte) etc., e até mesmo de todo medo, isto sempre salva
(trāyate), ele é, Oh Kuleśvari ! chamado de Yantra.
17:62 – Āsana porque, Oh Minha Amada ! ele
produz a auto realização (ātmasiddhi), previne todas as doenças (sarvaroga) e
dá os nove siddhis (navasiddhi), então ele é chamado Āsana.
17:63-64 – Madya porque ele destrói todos os
laços de māyā, mostra o caminho da liberação e parte fora as oito aflições, ele
é chamado Madya. Porque ele implica em doação, mahādāna, porque o local sagrado
do yāga é o único local que convida para o seu uso e porque ele gera o estado
de Śiva, ele é chamado Madya.
17:65 – Surā porque, Oh, Minha Amada ! ele é
recorrido pela mente agradada (sumanasaḥ), porque ele dá o reinado do que é
desejado (rājya) e porque ele dá a forma de deus (surākāra), ele é chamado
surā.
17:66 – Amṛta, Oh Minha Amada ! porque ele
tem a forma da Lua (amṛtāmśu), porque ele remove a morte (mṛtyu), porque ele
faz a Verdade (Tattva) surgir luminosamente, ele é chamado Amṛta.
17:67 – Pātra porque o universo inteiro em
si mesmo é para ser sorvido (pānāṅga), porque ele defende as tríades e os
quartetos (tricatuṣka) na criação e porque ele salva os caídos (trāṇa), ele é
chamado Pātra.
17:68 – Ādhāra porque ele é da forma do fogo
(āśukṣani), porque ele é querido pelo Senhor Criador (Dhātṛdeva), porque ele
guarda (rakṣaṇa) o que é suportado, ele é chamado Ādhāra.
17:69 – Māṁsa porque ele causa
auspiciosidade (māṅgalya), porque ele dá o Ānanda na consciência (saṁvidānanda)
porque ele é querido por todos os deuses (sarvadevapriyatvāt), ele é chamado de
Māṁsa.
17:70 – Pūjā porque, Oh Minha Amada ! isto
destrói o legado de prévios nascimentos (pūrvajanma), porque ela previne
nascimentos e mortes (janmamṛtyu), porque ela produz completo fruto, então ela
é chamada de Pūjā.
17:71 – Arcana porque ele produz os frutos
desejados (abhīṣṭaphala), assegura o fruto de todas as quatro classes
(caturvarga), e deleita (nandanāt) todo os deuses, por isso isto é chamado
Arcana.
17:72 – Tarpaṇa
porque o Deus, que é a Verdade (Tattva), cercado por Sua comitiva (parivāra),
dá os nove tipos de deleite (navānanda), por isso isto é chamado Tarpaṇa.
17:73 – Gandha porque ele destrói a aflição
do infortúnio profundo e infinito (gambhīra), porque ele dá o conhecimento do
Dharma, ele é chamado Gandha.
17:74 – Āmoda porque ele provoca o
nascimento de tudo que está baseado no Olfato (āghrāṇana, ou seja, o tattva de
pṛthivī), mostra o Caminho da liberação (mokṣamārga), subjuga a dor amaldiçoada
(dagdhaduḥkha) por isso ele é chamado āmoda.
17:75 – Akṣata porque eles produzem alimento
(anna), eliminam completamente (kṣapita) todo pecado e faz a pessoa se
identificar com Aquela verdade (Tat), eles são chamados Akṣata.
17:76 – Puṣpa porque ele aumenta o mérito
(puṇya), remove o acúmulo de pecado (pāpa), providencia muita riqueza (puṣkalārtha),
então ele é chamado de Puṣpa.
17:77 – Dhūpa porque ele retira
completamente (dhūta) a mácula do odor pútrido e porque ele produz supremo
deleite (paramānanda), ele então é chamado Dhūpa.
17:78 – Dīpa porque ele dissipa esta
ignorância extensiva (dīrgha), a pesada escuridão e o sentido de ego, e porque
ele ilumina a Suprema Verdade (paratattva), ele é chamado Dīpa
17:79 – Mokṣa-Dīpa porque ele elimina a
escuridão da ilusão (Moha), previne as perturbações da decadência (kṣayārti),
dá a forma celestial (divyarūpa) e ilumina a suprema Verdade, e porque é
chamado lâmpada (dīpa) de Mokṣa, o único meio para alcançar a Liberação.
17:80 – Naivedya porque, Oh Kuleśāni ! esta
substância de quatro tipos, com seis rasas, e porque dá satisfação quando
oferecida (nivedanāt), é chamada de o grande Naivedya.
17:81 – Bali porque é querido pela variedade
de hostes de seres viventes (bahuprakāra) e porque ele destrói o pecado que
está emperrado (lipta), ele é chamado de bali.
17:82 – Tattvatraya porque, Oh Minha Amada !
pelo mero serviço à Divina Mãe, os três elementos são purificados; e porque ele
ilumina a Verdade (Tattva) tríade (traya), ele é chamado de Tattvatraya.
17:83 – Caluka porque, Oh, Minha Amada ! ele
dá o fruto de todas as quatro divisões (caturvarga), porque ele fragmenta (lunṭhita)
o Ajñāna (a ignorância), e porque ele é a raiz do Dharma auspicioso (kalyāṇadharma)
ele é chamado de Caluka.
17:84 – Prasāda porque ele produz Ānanda na
forma de Luz (Prakāśa), porque ele produz harmonia (sāmarasya), e porque ele
revela (darśana) a Suprema Verdade, ele é chamado de Prasāda.
17:85 – Pāna porque, Oh Parameśani ! ele
corta os laços (pāśa), previne do inferno (naraka) e porque ele purifica
(pāvanāt), ele é chamado Pāna.
17:86 – Upāsti – porque o serviço é feito de
perto como prescrito, pela ação, pela mente, pelo discurso, em todos os
estados, isto é chamado de Upāsti.
17:87 – Puraścaraṇa porque ele é querido
pela Divindade escolhida pelos motivos dos cinco membros de adoração, ele leva
na frente do devoto (puraḥ carati), ele é chamado de Puraścaraṇa.
17:88 – Upahāra porque o próprio uso de
Āvāhana etc., os rituais até 16 ou 12 ele é chamado Upahāra.
17:89 – Udvāsana
porque, Oh Minha Amada ! a adoração da Divindade com os 16 Upacāras e os Āvaraṇa-Devatās,
transmitindo e então contendo esta adoração no coração do devoto é chamado de
Udvāsana.
17:90 – Āvāhana – Oh Kulanāyike ! a
invocação da Divindade para a adoração é chamada de Āvāhana.
17:91 – Sthāpana – estabelecendo a Divindade
em seu assento apropriado, isto é chamado de Sthāpana.
17:92 – Sannidhāpana – colocando cada um
face a face é chamado de Sannidhāpana; Sannirodhana porque não ir para qualquer lugar ou para todos os
lugares, isto é chamado Sannirodhana.
17:93 – Sakalīkṛti realizando Ṣaḍaṅga Nyāsa
no corpo da Divindade é chamado de Sakalīkṛti. Avaguṇṭhama cobrindo é
chamado Avaguṇṭhama. Amṛtīkaraṇa é, Oh Minha Amada ! mostrando
o Dhenu Mudrā; Paramīkaraṇa é mostra o Añjali depois de proferir o Kṣamasva,
Oh Minha Amada ! Svāgata é perguntar sobre o bem estar da Divindade.
17:94 – Pādya – Syāmāka (Panicum frumentaceum), Dūrvā (pnicum-dactylon), Abja (Barringtonia Acutangula) e Viṣṇukrāntā (Clitoria ternatea), constituem o Pādya. Ācamanīya
– Lavaṅga (clove), Jāti (Jasminum grandiflorum) e Kakkola (uma
espécie de uma planta que tem uma baga, a parte interior que é cerosa e
aromática).
17:95 – Arghya porque ele destrói todos os
pecados, porque aumenta a riqueza e a progênie, e porque produz inestimáveis
frutos, isto é chamado do Arghya.
17:96 – Aṣṭāṅga-arghya – 1. Siddhārtha
(mostarda); 2. Akṣata (arroz); 3. Kuśāgra (um tipo de grama, também conhecida
só por Poa cynosuroides); 4. Tila (gergelim); 5. Yava (cevada); 6. Gandha
(sândalo); 7. Phala (frutas); e 8. Puṣpa (flores) constituem o Aṣṭāṅga-arghya.
17:97 – Madhuparka – 1. Madhu (mel); 2. Ājya
(manteiga clarificada); 3. e Dahī (coalhada), estes três, Oh Kuleśvari !
constituem o Madhuparka. Snāna – lavar o corpo com água
perfumada com sândalo, Kastūrī (almíscar), Agaru (Aquilaria Agallocha) etc., é
chamado Snāna.
17:98-99 – Vandana,
Oh Minha Amada ! é o a Saudação Aṣṭāṅga. Kṣetra são todas as palavras. Kṣetrapala
é o Supremo Guardião do Kṣetra (das palavras)
17:100 – Oh Maheśāni ! assim eu revelei a Você, em
brevidade, a contemplação dos nomes do Guru etc. Quem conhece isto é um
Kaulika.
17:101 – Oh
Maheśvarī ! este Ūrdhvāmnāya, o qual é o segredo de todos os segredos, foi
descrito somente em brevidade e não em detalhes.
17:102 – Este Kulārṇava Śāstra está situado nos corações
das Yoginīs. Eu o revelei hoje mas ele deve ser mantido em segredo com todos os
esforços.
Proibição
de manter livros na casa de um Paśu
17:103 – Oh Maheśāni ! não se deve deixar o livro na casa
de um Paśu. Não se deve dar nas mãos de um Paśu, ou ler diante de um Paśu. O
Āsavollāsa não deve ser lido e o livro não deve cair no chão.
Adoração
diária do livro
17:104 – Ele deve ser adorado com devoção e seu
conhecimento obtido da boca de um Guru. Ele não deve ser dado a um filho
incompetente ou a um discípulo não iniciado. Quem o revela por ganância, amor
ou medo, encontra a sua destruição rapidamente.
17:105 – Oh Devi ! eu descrevi tudo que é explicitamente
necessário para o benefício dos Sādhakas desejosos dos frutos do desfrute e da
liberação.
Frutos
de ler ou ouvir a gloria do Ūrdhvāmnāya.
17:106-108 – Quem lê ou ouve a Glória do Ūrdhvāmnāya
junto do Śrī Cakra, é um Kaulika verdadeiro. Quer os frutos meritórios sejam
obtidos por observâncias, banhos em Tīrthas, peregrinações, sacrifício e
adoração de uma Divindade, são todos obtidos um milhão de vezes mais da
supracitada Glória e o Kaulika sem dúvida reside em Sua proximidade.
iti śrīkulārṇave
nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye
sarvāgamottamottame
sapādalakṣagranthe pañcama-
khaṇḍe
ūrdhvāmnāyatantre nāma saptadaśa ullāsaḥ ||17||
|| samāpto’yaṁ granthaḥ ||