Os 11 Rudras e a Criação
rudrāṇāṁ śaṅkaraścāsmi
vitteśo yakṣa-rakṣasām
vasūnāṁ pāvakaścāsmi
meruḥ śikhariṇām aham
Bhagavad-Gītā 10:23
“De todos os Rudras, Eu sou Senhor Śiva; dos Yakṣas e Rākṣasas, Eu sou o Senhor da Riqueza (Kubera); dos Vasus, Eu sou o fogo (Agni); e das montanhas, Eu sou Meru.”
Os onze Rudras, os oito Vasus, as doze divindades solares que são os Ādityas, juntamente com Indra e Prajāpati formam os 33 Devas que sustentam o processo inteiro da Criação. Essa Criação pode ser vista tanto a nível cósmico quanto individual para efeitos de estudo de uma Carta Astrológica, o qual estabelece o entendimento de que nada há em separado neste Universo e que todo o conhecimento praticado nos Śāstras, independente da linhagem, aplica-se ao estudo e à prática em Jyotiṣa. Entender o processo inteiro de Criação, a emanação de Nārāyaṇa em manifesto e não-manifesto, a expansão de Sua parte visível em níveis e sub níveis até a formação do mundo como é percebido pelos sentidos humanos, é compreender criteriosamente esse assunto e evitar cair na falácia da visão dualista responsável por todos os equívocos no momento de se recusar a indicar, como método de retificação, as Mahā Vidyās, Avatāras de Śrī Viṣṇu, bem como o Senhor Maheśvara e outras divindades para alívio dos malefícios planetários devido às crenças, com base em algumas Escrituras, por suas próprias interpretações equivocadas, de que uma divindade deve ser adorada ao passo que a outra deve ser rejeitada.
Um Astrólogo Védico, que está estabelecido neste entendimento, não se recusaria jamais em indicar uma das Dez Mahā Vidyās, independente de qual linhagem pertence o querente, pois se a única solução, em determinada situação, fosse a adoração do aspecto feminino feroz da divindade, qual outra alternativa haveria de ter? Acaso um paciente que se consulta com um médico está apto a receitar remédios a si próprio? Sendo assim, qual a necessidade de qualquer consulta? Da mesma forma não deve haver rejeição à adoração de Devas ou semi-devas para a pacificação de planetas em difíceis períodos planetários e/ou para retificações planetárias ao nascimento.
Um Astrólogo Védico, que está estabelecido neste entendimento, não se recusaria jamais em indicar uma das Dez Mahā Vidyās, independente de qual linhagem pertence o querente, pois se a única solução, em determinada situação, fosse a adoração do aspecto feminino feroz da divindade, qual outra alternativa haveria de ter? Acaso um paciente que se consulta com um médico está apto a receitar remédios a si próprio? Sendo assim, qual a necessidade de qualquer consulta? Da mesma forma não deve haver rejeição à adoração de Devas ou semi-devas para a pacificação de planetas em difíceis períodos planetários e/ou para retificações planetárias ao nascimento.
Não existe diferenciação entre uma e outra linhagem na aplicação do conhecimento em Jyotiṣa, pois esta Ciência tem como base o Sanatana Dharma em seu todo. Compreendendo isto, que dificuldade há no entendimento das manifestações do Senhor em Suas diversas formas para diversos propósitos? Sem pré-conceitos e rivalizações que nascem somente da ignorância sobre a Origem e Propósito da Criação, assim procura o Astrólogo Védico se orientar e orientar o querente na aplicação da medida corretiva mais eficaz para o problema que o aflige.
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