Ao se falar em regulamentação da
Astrologia, muitos astrólogos têm sua própria opinião a respeito. Embora algumas
associações e astrólogos sejam favoráveis ao projeto de lei que regulamenta esta
profissão, e estejam batalhando por isso, outros ainda e, acreditem, incluindo
as associações de profissionais que nada tem a ver com a profissão de
astrologia, são contrárias a ela, pois o exercício da profissão de astrólogo poria
em risco o exercício dessas outras, conforme eles alegam. Levando em
consideração que a prática da astrologia é investigativa, suas previsões
abarcam desde horárias para encontrar pessoas perdidas, quanto aquelas sobre
previsões do tempo e tudo o que se refere à natureza. Em relação ao ramo da
Astrologia Mundana, essa poderia ser usada para avaliar a perspectiva de
crescimento econômico em determinada nação, o candidato mais favorável à disputa
de um cargo político, etc. Dois dos ramos mais popularizados, análise
psicológica do querente e habilidade vocacional, poriam em risco a atividade do
psicólogo e demais profissionais dessa área.
O que mais podemos dizer? Se por
um lado fica evidente a corrente contrária para a regulamentação dessa
profissão por meio de profissionais de outras áreas, por outro lado, dentro do
próprio sistema de praticantes da astrologia, essa regulamentação encontraria grandes
obstruções também.
E se o Astrólogo errar em sua
predição? Sendo uma profissão regulamentada, seria cabível a ele responder pelo
erro? Aqui faço uma observação válida, pois se aos outros profissionais regulamentados cabe punição se eles incorrerem em erro, por que ao Astrólogo seria diferente? Nada mais justo. Se
estudou, precisa saber praticar coerente com o que aprendeu. Não vejo esse tipo
de punição como algo negativo como alardeado, antes é uma forma de dizer que
existe um órgão regulamentador que fiscaliza o exercício da profissão. Quanto à
pena, não é o meu objetivo aqui divagar como seria aplicada.
E aqueles que já exercem de modo
amador há tanto tempo? E os que fizeram cursos de especialização com
profissionais não regulamentados, porém excelentes? E os que aprenderam somente
através de livros? E os que não são profissionais e trabalham esporadicamente? E
como seria a regulamentação? Quais os Sistemas em Astrologia seriam tecnicamente
aceitáveis? O Astrólogo teria de fazer um curso reconhecido pelo MEC para
continuar em seu exercício profissional? Como assim, ele já é um respeitável
Astrólogo, tem uma carteira de clientes a quem presta atendimento e um nome a
zelar! Enquanto seu certificado não sai, ele estaria impedido de exercer seu
ofício? Que terrível confusão tudo isso!!!
Por fim, devemos considerar que a
prática da Astrologia se mistura à crença, à fé e à religião de uma pessoa.
Ora, sabemos que a Astrologia pode ser praticada sem vínculo com qualquer
religião, de modo puramente técnico e científico, ou seguindo paralelo a algum
meio espiritual-religioso. Quem determinará qual destes é o mais confiável? Se
ela é aceita como Ciência, perderia seu status espiritual? Se ela permanece
como uma prática espiritual, então não poderia ser classificada como Ciência?
Desejaria, sim, ver a Astrologia
como um ramo Científico-Espiritual mais valorizado, sem seu rótulo de pseudociência,
com profissionais atuando com mais liberdade e recebendo da sociedade o
respeito merecido. Cheguei a conjecturar anteriormente sobre esse assunto, desejando
que isso fosse possível, mas hoje não vejo com bons olhos algo desse porte por
vários motivos, alguns deles apontados no texto acima, outros que entram nas minúcias
dessa prática milenar que, descrevê-las, tomaria muito de meu tempo.
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