Gajakesari
Yoga
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Princípio
1 – Se Júpiter estiver em um ângulo a partir do Ascendente ou
da Lua Natal, e se ele estiver em conjunção ou aspectado por um benéfico, e se
não estiver debilitado, combusto ou em signo inimigo, o yoga formado é chamado
Gajakesari.
Princípio
2 – O Gajakesari yoga também é formado se a Lua estiver
aspectada por Júpiter, Vênus e Mercúrio. A condição para sua eficácia é que
estes planetas não estejam combustos, debilitados ou fracos.
Princípio
3 – No Phala Dipikā este yoga é mencionado sob o nome Kesari
Yoga, e nele a formação é dada pela presença da Lua em ângulos de Júpiter.
Resultado
– O nativo nascido com este Yoga será esplenderoso, rico, inteligente,
dotado com muitas virtudes e será o favorito do rei (BPHS). A natividade terá
muitas relações, será polida e generosa, irá construir vilas e cidades ou
governará sobre elas; terá uma reputação duradoura mesmo depois da morte (B.V.
Raman).
Ativação
– Será no período (Mahā Daśā) do planeta com maior força que a natividade se
elevará na vida através da sua profissão e fará demais realizações. O segundo
planeta mais forte ativa a Antardaśā. A Lua também precisa estar forte e bem
colocada para dar apoio às realizações previstas.
Notas
– Júpiter não deve estar debilitado, combusto e nem em signos de seus inimigos
naturais, Vênus e Mercúrio, isto é, em Touro, Gêmeos, Virgem, Libra e
Capricórnio (sua debilidade). Essa posição dota o nativo com muitas virtudes de
caráter e dá a ele benefícios da realeza (favorecimento do governo). A fama se estende para além da sua vida, ou seja, há a construção de
algo que beneficia a humanidade e seu nome e fama se espalham pela terra. Isso
acontece pelo fato de Júpiter, o sustentador desse yoga, governar sobre Ākāśa
Tattva, o elemento que dá permanência a tudo que é criado1.
Existem
diferentes ponto de vista em relação à formação deste Śubha yoga. Em algumas
traduções do BPHS, Parāśara Muni afirma que o Gajakesari é formado somente pela
posição de Júpiter a partir da Lua, enquanto em outras traduções que ele é
formado da posição de Júpiter a partir também do Ascendente. Sabemos que um
único benéfico no Lagna é, por si só, a causa de um śubha yoga e que dotará a
natividade de muitas virtudes, riqueza e fama, sobretudo se esse benéfico for
Júpiter. Contudo, ele precisa ocupar sozinho o Ascendente. Caso esteja
acompanhando de outros planetas, este yoga em específico se torna inefetivo.
Em uma
tradução de Khem Raj Shri Krishan Dasa Prakashana Bombay do BPHS, é mencionado duas
formações para o Gajakesari. O primeiro e mais conhecido Júpiter em ângulos da
Lua; e o segundo quando Mercúrio e Lua estão conjuntos ou aspectados por
planetas não debilitados e não combustos. O Capítulo 7, Śloka 116 do Jātaka
Pārijāta também mantém a opinião destas duas formas de construção do Yoga.
De
acordo com Chaukhamba, o Gajakesari é formado quando Júpiter está em um ângulo
do Ascendente ou da Lua e ele está conjunto com ou está aspectado por planetas
benéficos e tanto a Lua quanto Júpiter não estão posicionados na 6ª casa e nem
Júpiter está combusto. De acordo com B. V. Raman, o Gajakesari é fomardo quando
Júpiter está em um kendra da Lua.
Um Gajakesari
para ser efetivo precisa estar livre de aflições, puro e com seus respectivos
planetas formadores bem colocados.
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1 – De
acordo com o mito purāṇico, no início Brahma possuia 5 cabeças, cada uma
associada com um elemento da criação (os 5 Tattvas). A 5ª cabeça era puro Ākāśa
Tattva e dava permanência a tudo que Brahma criava. Quando Śiva, na forma de
Rudra Deva, corta a 5ª cabeça de Brahma associada com Ākāśa Tattva, a criação
de Brahma não pode mais ser sustentada eternamente e então ela começa a ter um declínio
natural até perecer completamente. Rudra aqui fica como a representação do símbolo
da destruição de tudo que existe. Por isso que Júpiter sempre estará associado
com fama e eternidade de um nome, obra e realização em um horóscopo. Sua boa colocação
no Lagna ou em quadrantes do Lagna ou da Lua, desde que não aflito e nem manchado
por outros fatores que possam diminuir sua força e auspiciosidade, é indicativo
de obras que serão realizadas nesse mundo e de um nome que ecoará pela eternidade,
pois o corpo (matéria) não pode viver para sempre, mas o nome e a obra do
indivíduo, sim.
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