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27 - Trisikhi Brahmana Upanishad (Śukla Yajur Veda)



27 - Trisikhi Brahmana Upanishad


Traduzido por:
P. R. Ramachander
Publicado por:
celextel.org
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library



Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



Um Brahmana chamado “Trishiki Brahman” foi para a terra do Deus Sol e perguntou-lhe, “Oh, Deus, o que é o corpo? O que é a alma? O que é a causa e o que é o Atma? 1


O Deus Sol respondeu:

Você tem percebido que tudo isto é Shiva. Porque só Shiva é sempre limpo, quem é desprovido de quaisquer defeitos, e que está em toda parte, e por quem não há nenhum Segundo. Ele é o único que cria todas as coisas pela sua luz e, semelhante ao fogo, aparece em diferentes formas, em diferentes peças de aço, ele aparece em diferentes formas. Se você perguntar, para que ele doa luz, a resposta deveria ser Brahman, que é denotado pela palavra “Sath”, e que é imerso com a ignorância e a ilusão. Aquele Brahman deu origem a “aquele que não está claro”. “Aquele que não está claro” deu origem a “Mahat” (grande). “Mahat” deu origem ao egoísmo. O egoísmo deu origem aos “cinco Thanmathras”. Aqueles “cinco Thanmathras” deu origem aos “cinco Bhoothas”, ou seja, terra, água, fogo, ar e éter.

1: Éter é a consciência, ou seja, mente, sabedoria, vontade do eu, e egoísmo.
2: Ar é Samana, Udana, Vyana, Apana e Prana, que são os ares no corpo.
3: Fogo são os ouvidos, a pele, os olhos, a língua e o nariz.
4: O conceito de água são os sentimentos do som, do toque, da visão, do paladar e do olfato.
5: Terra são as palavras, as mãos, os pés e outros órgãos físicos.
6: Éter, o qual é o conceito da sabedoria e decisão, comportamento e auto-estima.
7: As ações relacionadas ao ar estão se unindo, trocando de lugares, tendo, ouvindo e respirando.
8: As ações relacionados ao fogo são as sensações do toque, da visão, do paladar, da visão e do som. Aquelas também dependem da água.
9: As ações relacionadas a terra são falando, dando, tendo, indo e vindo.
10: As ações do Prana Thanmathra (alma simbólica) são os órgãos para fazer o trabalho e os órgãos para ganhar sabedoria.
11: O egoísmo é limitado pela mente, o cérebro e a vontade de fazer.
12: Os aspectos menores da alma simbólica (Prana Thanmathra) estão dando lugar, dispersando, vendo, unindo e sendo firme.

Estes doze são os aspectos da filosofia, o conceito inicial do conceito de piedade e início da existência física. Chandra, Brahman, direções, ar, sol, Varuna, Aswini devas (divindades médicas), Fogo, Indra (rei dos devas), Upendra, Prajapati e Yama (Deus da morte) são os Deuses dos órgãos e sentidos, que viajam como alma nestes doze aspectos. 1

[Slokas 2 e 3 não estão disponíveis.]

De lá, a Terra veio para a existência, abraçando uma coisa com a outra, permeando por conexões entrecruzadas, passo a passo, como o resultado do Pancha Boothas (os cinco aspectos de terra, ar, água, fogo e éter), ganhou vida. 4

Naquela terra, plantas, trepadeiras, comida e quatro tipos de pindas (centros do corpo) surgiram. As seções das raízes do corpo são o paladar, o sangue, a carne, a gordura, os ossos, os nervos e o sêmen. 5

Alguns Pindas surgiram por causa de sua própria interação, e alguns Pindas surgiram por causa da interação de Pancha Boothas. Nisto, aquele Pinda chamado “Anna Mayam” (área da comida), está na região da barriga. 6

No meio deste corpo está o coração, o qual é como a flor de lótus com sua haste. Os Deuses da gestão, do egoísmo e da ação estão lá. 7

A semente para isto é o guna tamas (qualidades básicas) de pinda, que é paixão orientada e solidificada (não se move ou muda). Este é o mundo que com sua natureza variada, e está situado na garganta. 8

Procurando no interior o Atma (alma) feliz, está o ápice da cabeça e está situado no lugar Param Patha. Esta é a sua terra como forma, e brilha com grande força. 9

O estado do despertar é em todos os lugares. O estado de sonho também existe no estado de vigília. O estado de sono e o estado do mais elevado do conhecimento (Turiya) não existe nos outros estados. 10

Semelhantemente ao gosto que permeia em todas as partes de uma boa fruta, Shiva e Shakti penetram em todos os lugares. 11

Semelhantemente todos os Kosas (áreas do corpo) estão dentro de Annamaya Kosa. Semelhantemente ao Kosam é a alma. Semelhantemente à alma é Shiva. 12

O ser vivente é aquele com sentimentos. Shiva é aquele sem sentimentos. Os Kosas são os locais dos sentimentos dos seres viventes. E eles dão origem aos estados de existência. 13

Semelhantemente ao fato daquela agitação da água produzir ondas e espuma, pela agitação da mente vários pensamentos são produzidos. 14

Pela realização dos deveres, o ser vivente torna-se escravo de seus deveres. Ao abandoná-los, ele alcança a paz. Ele se torna um que vê o mundo no caminho do sul. 15

O ser vivente com egoísmo e auto-estima é, de fato, Sadashiva. O ser vivente alcança aquele tipo de ilusão por causa de sua companhia com a alma ignorante. 16

Ele atinge centenas de Yonis (órgão reprodutivo feminino) e permanece lá por causa de sua familiaridade. Como um peixe atravessa entre os bancos de um rio, ele continua viajando até alcançar a salvação. 17

Durante a passagem do tempo, devia à sabedoria do conhecimento da alma, ele se transforma no caminho do norte e, passo a passo, sobe. 18

Quando ele é capaz de enviar sua alma poderosa para sua cabeça e fazer permanentemente a prática do yoga, ele obtém sabedoria. Por causa da sabedoria, seu yoga atua. 19

Depois do yoga e da sabedoria se tornarem estáveis nele, ele se torna um yogue. Ele nunca será destruído. Ele deve ver o Senhor Shiva em suas deficiências e não desejar ver deficiências no Senhor Shiva. 20

Para obter resultados no Yoga, ele deve ser feito sem qualquer outro pensamento, sem a prática não se obterá sucesso no yoga ou sabedoria. O yogue não obterá os resultados fora deles também. 21

Então, pela prática do yoga, a mente a alma devem ser controladas. O yogue deve cortar os problemas no yoga semelhante ao corte do material com uma faca afiada. 22

[Slokas 23 a 145 não estão disponíveis.]

Com o conhecimento puro de Atma (alma) os órgãos sensoriais devem ser controlados. Devemos sempre meditar em Para Vasudeva, que é a mais elevada alma. 146

Kaivalya (salvação) é obtido pela forma de meditação selecionada e ordenada em contorno e forma. Se um yogue está apto para meditar por, no mínimo, por um curto espaço de tempo em Vasudeva, enquanto ele está no estágio de Kumbhaka do Pranayama (suspensão natural do alento), os pecados que ele tem acumulado em sete nascimentos serão destruídos. Você tem que compreender que a porção da barriga ao coração é a ação do estado de vigília. No pescoço existe a ação do sonho. Entre as mandíbulas existe osono. Turiya existe entre as pálpebras. Aquela ação da síntese com Parabrahman, que está mais acima de Turiya, existe no meio do topo do crânio, chamado Brahmarandra. Lá à frente de Turiya, no canto de Turiya, a alma é chamada Vishnu. Quando se medita no mais puro Paramakasa (grande éter), deve-se meditar naquele Adhokshaja que brilha para sempre, com a luz de (Crores) dez milhões de Sóis, como sentado no lótus de seu próprio coração. Caso contrário, ele tem que meditar naquele Viswa Roopi (Aquele que é da forma do universo), que tem diversas formas, diversas faces, diversos planos com diversos armamentos, diversos olhos com brilhos como dez milhões (crores) de sóis, diversas cores, e que é pacífico e também muito zangado. Todas as preocupações mentais de um yogue que medita de tal forma devem ser completamente acalmadas. Aquele yogue que medita naquela matéria indestrutível, que brilha como a graça de Deus, no centro do coração, naquela verdade derradeira, que está além de Turiya, naquele Sol que é a forma da sabedoria, que é imensurável e infindo, naquele ser que é como uma lâmpada que brilha em um lugar sem vento, e naquele ser que é como o brilho das jóias não transformadas, deve ter a salvação firmemente em suas mãos. 147-157

Para o yogue que é capaz de ver e experimentar o brilho daquele Deva, com a forma do macro ou micro universo, ou formar uma pequena porção dele em seu lótus como o coração, todos os poderes ocultos como Anima estarão muito dentro de seu alcance. 158-159

Tem que compreender que a realização da verdade universal da unidade de Jivatma (Alma) e Paramatma (Deus), que é aquele “Eu sou Brahman e Brahman sou eu”, é o estado real de Samadhi (um estado de meditação iluminado, onde todo o processo de pensamento está unificado com Deus). O homem se torna Brahman e não toma um outro nascimento. 160-161

Quem analisa esses princípios com indiferença, torna-se como um fogo sem lenha, e torna-se um com Ele. 162

Desde que sua mente e alma não tenha nada para agarrar-se (apegar), ele se torna estável na forma da sabedoria, e sua alma se derrete como um pedaço de sal, e ele se funde no mar da consciência pura. 163

Ele vê o mundo, que é uma coisa de paixão e mágica, como um sonho. No estado natural, o yogue que permanece inalterado, como ele em si mesmo, alcança a forma nua em seu sono, e alcança a salvação. 164




Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!






Aqui termina o Trisikhi-Brahmanopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.



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