कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
पञ्चदश
उल्लासः
pañcadaśa ullāsaḥ
Décimo-Quinto Ullāsa
________________________________________________________
Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por:
Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
ॐ
ॐ गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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Śrī Devi disse:
15:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre as
características do Puraścaraṇa. Oh Parameśvara ! também Me fale sobre as
diferenças dos locais e dos alimentos.
Īśvara disse:
15:2 – Ouça, Oh Devi ! Estou falando o que Você me
perguntou. Por meramente ouvir isto a Verdade dos Mantras brilha adiante.
Superioridade
do Japa
15:3 – Não há Yajña mais elevado do que Japa-Yajña neste
mundo; portanto, deve-se alcançar a frutificação do Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa
através de Japa.
15:4 – Deixando todos os outros meios, deve-se buscar
refúgio no Japa do Mantra. Se nesse refúgio não existir mácula, certamente ele
produzirá sucesso; mas se ele for maculado pelas faltas, então seus frutos
serão inauspiciosos.
15:5 – Japa é um doador auspicioso de alegria, salvação e
auto realização desejada. Portanto, Oh Devi ! Yoga de Japa e Dhyāna devem ser
praticados.
15:6 – Oh Minha Amada ! todas as máculas devidas às
transgressões das regras, de Jīva a Brahman, conhecidas ou desconhecidas, são
limpas por meio do Japa.
15:7 – Deve-se desejar a realização neste mundo carregado
de infelicidades fazendo Japa do Mantra de acordo com os Cinco Membros da Upāsanā
e isto proporcionará as devidas felicidades.
Cinco
membros do Puraścaraṇa
15:8 – Diariamente a Pūjā nas três horas prescritas – de
manhã, ao meio dia e ao entardecer (as três junções); Japa regular, Tarpaṇa
(oferecimento de água nas libações), Homa e alimentação dos Brahmaṇes são os
cinco tipos da Upāsanā chamado de Puraścaraṇa.
15:9-10 – Se qualquer um desses membros são perdidos,
deve-se fazer para eles, sem dúvida, um número de japas como prescrito. No caso
de fraquezas da parte do Sādhaka, ele deve, para a realização destes membros,
realizar com devoção o dobro, o triplo, o quádruplo ou até mesmo o quíntuplo
número de membros que faltou; porque devido à falta desses membros, os frutos
desejados não são alcançados.
15:11 – Caso contrário, se os Brahmaṇes estiverem bem
alimentados com arroz dos quatro tipos e outros itens cheios dos cinco
néctares, tudo será realizado.
15:12 – Oh Kuleśvarī ! se por Sua Graça o sucesso é
realizado mesmo um Mantra através dos cinco membros da Upāsanā, então todos os
Mantras produzirão seus frutos.
15:13 – Os Mantras frutificam com base na potencia da Instrução,
da Graça de Śrī Guru e da fé do devoto na frutificação do poder do Mantra em si
mesmo.
15:14 – Sucesso é realizado rapidamente através do Mantra
recebido de um perfeito Guru, ou devido à sua prática em vidas passadas.
15:15 – Oh Kuleśānī ! o Mantra que é recebido na forma
prescrita de uma Tradição, através de iniciação, torna-se indubitavelmente
pleno de sucesso.
Japa de um
Mantra conjunto com Bhūta-lipi
15:16 – Realizando mil Japas na ordem direta e inversa de
um Mantra, em conjunto com as letras do alfabeto, ele frutifica.
15:17 – Juntando um Mantra com as sessenta e três Mātṛkā-Varṇas
e, em seguida, realizando seu Japa, iniciando com 108 e, gradualmente,
aumentando este número para 1.000 (mil) Japas, o Mantra frutifica rapidamente.
15:18 – Por meramente fazer o Japa da Mātṛkā, Japa de
milhões e milhões de Mantras é automaticamente realizado, porque todos os
Mantras têm sua origem a partir das Mātṛkās. Não há dúvida sobre isto.
15:19 – Inumeráveis sãos os Mantras que agitam a mente;
mas somente aquele Mantra dá a realização que é recebida através da graça do
Guru.
Mantras
recebidos impropriamente são injuriosos
15:20 – Japa de um Mantra ouvido por chance ou visto
por engano ou escolhido de uma folha de
papel somente pode levar ao desastre.
15:21 – Aqueles que, vendo Mantras escritos em livros,
praticam seus Japas, cometem pecado equivalente a de um Brahmanicida,
resultando em doença e miséria.
Locais
agradáveis e proibidos para o Puraścarana
15:22-24 – Locais Sagrados, bancos de um rio, caverna, o
pico de uma montanha, local de peregrinação, afluência de rios, florestas
sagradas, jardins vazios, raiz de uma árvore Bilva (Agle Marmelos), o declive
de uma montanha, templo de uma divindade, a costa do mar e a própria casa da
pessoa – estes são os locais louvados para a Sādhanā de um Mantra. Ou se deve
escolher outro lugar onde se sente contente.
15:25 – O Japa é mais frutificante quando realizado nas
proximidades do Sol, do fogo, do Guru, da Lua, da lâmpada, água, vaca, de uma
família de Brahmaṇes, ou de uma árvore.
15:26 – O fruto do Japa é cem vezes quando realizado na
própria casa, um milhão de vezes quando realizado em uma habitação de vaca; um
bilhão de vezes quando realizado em um templo de uma divindade; e infinito
quando realizado na imediata presença de Śiva.
15:27-28 – Deve-se realizar Japa em um local livre de
bárbaros, maldades, feras, suspeição da existência de serpentes etc., e medo;
mas o qual pode ser solitário, santo, livre de sofismas, religioso, em si
mesmo, correto, opulento, charmosos, não perturbado e onde habita outros
ascetas.
15:29-30 – O conhecedor do Mantra não deve residir onde
os reis se movem, os ministros, os oficiais e nobres. Nem deve viver em locais
de templos em ruinas, jardins, casas, árvores, rios, tanques, poços e cavidades
de terra.
Adoração do
Senhor da Luz é necessário
15:31 – Se alguém realiza Japa ou Pūjā sem primeiro
oferecer ao Guru, que detém a Luz, então ele rouba o fruto e todos os esforços
do Sādhaka são em vão.
Assentos
aceitáveis e rejeitáveis
15:32 – O sábio deve rejeitar o assento feito de bambu,
pedra, terra, madeira, grama ou brotos; tais assentos trazem pobreza, doença e
miséria.
15:33 – Um assento feito de algodão, lã, tecido, pele de
leão, tigre ou veado traz boa fortuna.
15:34 – Sentando em Padmāsana, Svastikāsana ou Vīrāsana,
o Sādhaka deve realizar seu Japa e Pūjā; caso contrario, seus esforços serão
infrutíferos.
Método de
Prāṇāyāma e seus frutos
15:35 – Realizando mentalmente doze vezes o Japa do Praṇava
(Oṁ) de três Mātrās, deve-se exalar o ar através da narina direita (Piṅgalā) –
isto é chamado Recaka (exalação).
15:36 – Repetindo dezesseis vezes o Tāra (Oṁ, Praṇava),
deve-se inalar através da narina esquerda (Iḍā) – isto é chamado de Pūraka
(inalação).
15:37 – Em seguida, repetindo o Praṇava doze vezes, o ar
deve ser retido – isto é chamado Kumbhaka (retenção). Então, ele deve secar o
corpo com o Vāyu-Bīja Yaṁ. Esta é a retirada das impurezas do corpo.
15:38 – Novamente, da mesma forma, ele deve exalar,
inalar e realizar Kumbhaka; em seguida, queimar o corpo com o Agni-Bīja Raṁ.
Isto é chamado de queimar as impurezas do corpo.
15:39 – Em seguida, novamente ele exala o ar, inala e
realiza Kumbhaka. Portanto, ele deve banhar o corpo dos pés à cabeça com o
néctar produzido da união de Kuṇḍalinī e Śiva. Isto é chamado banho (Plāvana)
do corpo.
15:40 – Um Prāṇāyāma desprovido de Japa e Dhyāna é
chamado de Agarbha (estéril) e ele é oposto a Sagarbha (com fruto). Em
comparação ao Prāṇāyāma Agarbha e Sagarbha, este último é cem vezes mais
frutífero.
15:41 – Austeridades, peregrinações, sacrifícios,
caridades, observâncias não são meritórios nem mesmo por uma fração de um
décimo sexto do que é um Prāṇāyāma.
15:42 – Oh Śive ! todos os pecados, quer sejam os
mentais, verbais ou físicos, são rapidamente queimados somente em três Prāṇāyāmas.
15:43 – Assim como a impureza do metal é retirado quando
ele é aquecido, assim também os pecados dos sentidos são queimados pelo
controle do Prāṇa.
15:44 – Quer as ações tenham sido realizadas por quem é
purificado pelo Prāṇāyāma, elas todas frutificam, sem dúvida, mesmo se feitas
sem esforço.
Mantra-Japa
somente com Nyāsa
15:45 – Quem faz esta prática regularmente, conforme as
direções no Āgama, alcança o estado da Divindade e adquire perfeição no Mantra.
15:46 – Oh Minha Amada ! vendo quem realiza Japa do
Mantra como prescrito com Nyāsa, Kavaca e Chandas, as obstruções fogem como
elefantes quando avistam um leão.
15:47 – Mas se algum tolo faz o Mantra-Japa sem tomar as
precauções de Nyāsa etc., ele é assediado por todas as obstruções como um jovem
veado é pelo tigre.
Dois tipos
de Akṣamālās e o fruto do Japa neles
15:48 – Akṣa-Mālās são de dois tipos – 1. Imaginado; e 2.
Não imaginado. O imaginado é feito de joias e o não imaginado é feito de Mātṛkās.
15:49 – Sendo constituído dos alfabetos de A a Kṣa, ele é
chamado de Akṣa-Mālā. O conhecedor do Mantra deve contar o número de Japas
tanto na ordem direta quanto na ordem inversa.
15:50 – Contando o número de Japas nos dedos, isso produz
fruto somente uma vez; contando pelas linhas desenhadas, produz frutos dez
vezes; contando pelas joias, produz frutos centenas de milhares de vezes; e
contando em Māṇikya, produz frutos infinitos números de vezes.
15:51 – Com um rosário de 30 peças, obtém-se riqueza; com
aquele de 27 peças, obtém-se saúde; com aquele de 24 peças; obtém-se a
Liberação; e com aquele de 15 peças, alcança-se a frutificação de encantos. E,
Oh Kuleśāni ! com um rosário de 50 peças, obtém-se todas as frutificações.
Regras para
o uso dos dedos no Japa
15:52 – A Liberação é obtida ao se usar o polegar; a
destruição do inimigo, usando o primeiro dedo (indicador); a riqueza, usando o
dedo mediano; o sucesso nos rituais de pacificação, com o terceiro dedo
(anelar); a imobilização pelo dedo mínimo; e a atração pelo uso de todos os
dedos.
15:53 – Tomando o voto de realizar um número determinado
de Japa, o conhecedor de Mantras deve se sentar em um assento estável e
realizar Japa. Em seguida, ele deve oferecer o fruto do Japa com água para a
Devi.
Três tipos de Mantra-Japa
15:54 – Japa feito em voz alta é o mais inferior; Japa
feito em tons baixos (Upāṁśu) é o mediano; e, Oh Devi ! o Japa feito
mentalmente (Mānasa) é o melhor. Assim os Japas são de três tipos.
15:55 – Se a repetição é também cortada, isso causa
doença; se também demorada, isto causa decadência de tapas; e quando as letras
são pronunciadas indistintamente e difíceis em cada Mantra, ele não frutifica
totalmente.
15:56 – A lembrança mental do Stotra e a repetição do
Mantra verbalmente são ambos inúteis assim como a água em um vaso quebrado.
Mantra livre
de duas impurezas por si só dá frutos
15:57 – Um Mantra em seu início implica na impureza do
nascimento e no final na impureza da morte. Associado com estas duas impurezas
um Mantra não frutifica.
15:58 – Portanto, deve-se remover estas impurezas do
Mantra antes de realizar seu Japa porque ao retirar suas impurezas antes de
fazer seu Japa e repetido mentalmente o Mantra se torna plenamente frutífero.
Os Mantras
são infrutíferos sem o conhecimento de seus significados
15:59 – Se alguém não conhece o significado do Mantra, a
Consciência do Mantra e a Yoni-Mudrā, então mesmo com centenas de crores (1
crore é equivalente a dez milhões) de seu Japa não leva ao sucesso.
Os Mantras
desprovidos de sua potencia são infrutíferos
15:60 – Mantras cuja potência está adormecida não produz
qualquer fruto. Mantras vivos com seus poderes conscientes por si só são
plenamente frutíferos.
15:61 – Abandonado de sua Consciência, o Mantra permanece
como uma mera coleção de letras. Até mesmo milhões de repetições de tais
Mantras não produzem frutos.
15:62 – A Verdade que se manifesta quando o Mantra é assim
articulado apropriadamente é que vale a pena o fruto de centenas, milhares,
milhões e bilhões de repetições.
15:63-64 – Quando um Mantra vivo com Consciência é
articulado (pronunciado) até mesmo uma vez, os nós do coração e da garganta
estouram, todos os membros crescem, lágrimas de alegria rolam dos olhos, ocorre
arrepios, o corpo é intoxicado e o discurso se torna trêmulo. Quando tais
sinais surgem, pode estar certo de que o Mantra foi transmitido por Tradição.
60 defeitos
dos Mantras
15:65-69 – Defeitos dos Mantras – 1. Ruddha (obstruído); 2. Kūṭākṣara
(astuciosamente formulado); 3. Mugdha (aturdido), 4. Baddha
(amarrado); 5. Kruddha (com raiva); 6. Bhedita (perfurado); 7. Bāla
(infantil); 8. Kumāra (adolescente); 9. Yuvaka (jovem); 10. Prauḍha
(maduro); 11. Vṛddha (velho); 12. Garvita (orgulhoso); 13. Stambhita
(imobilizado); 14. Mūrchita (desmaiando); 15. Matta (intoxicado); 16. Kīlita
(empalado); 17. Khaṇḍita (quebrado); 18. Śaṭha (maligno); 19. Manda
(lento); 20. Parāṅgamukha (inverso); 21. Chinna (disperso); 22. Badhira
(surdo); 23. Andha (cego); 24. Acetana (inconsciente); 25. Kiṁkara
(servo); 26. Kṣudhita (faminto); 27. Stabdha (paralisado); 28. Sthānabhraṣṭa
(caído de seu lugar); 29. Pīdita (afligido); 30. Niḥsneha
(sem afeição); 31. Vikala (mutilado); 32. Dhvasta (destruído); 33. Nirjīva
(sem vida); 34. Khaṇḍitārika (contestado); 35. Supta (adormecido); 36. Tiraskṛta
(injuriado); 37. Nīca (inferior); 38. Malina (enfraquecido); 39. Durāsada
(perigoso de se aproximar); 40. Niḥsattva (sem essência); 41. Nirjita
(conquistado); 42. Dagdha (queimado); 43. Capala (astuto); 44. Bhayaṅkara
(horrível); 45. Nistriṁśa (derrubado?); 46. Nindita (censurado); 47. Krūra
(cruel); 48. Phalahīna (infrutífero); 49. Nikṛntana (dilacerado); 50.
Bhramita
(iludido); 51. Śapta (amaldiçoado); 52. Rugṇa (doente); 53. Kaṣṭa
(perturbado); 54. Aṅgahīna (desprovido de algum membro); 55. Jaḍa (entorpecido); 56. Ripu
(inimigo); 57. Udāsīna (apático); 58. Lajjita (envergonhado); 59. Mohita
(enfeitiçado); e 60. Alasa (indolente).
15:70 – Para quem faz Japa sem conhecer estes defeitos,
não há realização mesmo com milhões e bilhões de Japa.
10 ritos
purificatórios dos Mantras
15:71-72 – Oh Minha Amada ! existem dez processos para a
erradicação dos defeitos dos Mantras como são descritos – 1. Janana
(dando nascimento; 2. Jīvana (dando vida); 3. Tāḍana
(para causar impressão, presença etc); 4. Bodhana (tornando consciente); 5. Abhiṣeka
(consagração); 6. Vimalīkaraṇa (limpeza das impurezas); 7. Āpyāyana (satisfazendo);
8. Tarpaṇa
(libação); 9. Dīpana (iluminando); e 10. Gupti (cobrindo com proteção). Estes
são, Oh Kulanāyike ! os rituais de purificação.
15:73 – Assim como
as armas friccionadas sobre a pedra ficam afiadas, assim os Mantras submetidos
a estes dez processos adquirem potência.
Regras
relacionadas aos alimentos etc., durante o período do Puraścaraṇa
15:74 – Os Mantras Sādhakas devem comer somente vegetais,
frutos, raízes, cevadas e oferecimentos como prescritos.
15:75 – Se um Sādhaka nutre o seu corpo por alimento e
bebidas de outra pessoa, então metade do mérito adquirido por ele vai para o
doador do alimento. Não há dúvida disto.
15:76 – Portanto, uma pessoa inteligente deve, como todos
os seus esforços, desprover-se da comida de outras pessoas durante o período de
realização de rituais para resultados desejados.
15:77 – Por isso se diz que a língua é queimada pelo
alimento de outros; a mão é queimada pela aceitação (de alimento) de outros; a
mente é queimada pelo pensamento de outra mulher; como então pode haver sucesso
no esforço?
Características
de Siddha etc., Cakras
1. Akathaha Cakra 1
15:78-80 – Estes Ślokas são escritos em um código de
linguagem e indicam o Akathaha Cakra usado para a determinação da qualidade do
Mantra que irá frutificar para um Sādhaka em específico. Os nomes Indra etc.,
dados nos Ślokas, na verdade indicam os números a serem colocados nas várias
casas do Cakra. Por exemplo – Indra (1); Agni (3); Rudra (11); Graha (9); Dṛk
(2); Veda (4); Arka (12); Dik (10); Śaḍa (6); Aṣṭa (8); Ṣoḍaṣa (16); Manu (140;
Bāna (5); Abdhi (7); Tithi (15), Trayodaśa (13). Estes números devem ser
colocados, cada um, nas dezesseis casas do Cakra. Em seguida, todas as letras
do alfabeto devem também ser colocados nas várias casas como mostrado no Cakra
a partir do qual deve ser determinado a categoria do Mantra, quer ele seja
Siddha, Sādhya, Susiddha; ou Ari.
15:81-85 – Sidha-Sidha Mantra providencia a
frutificação do Japa; Siddha-Sādhya providencia a
frutificação do Japa após dobrar o número usualmente requerido; Siddha-Susiddha
providencia a frutificação pela metade do número de Japas daquele prescrito.
Japa de Siddha-Ari destrói amigos e parentes. Sādhya-Siddha providencia
a frutificação com um pouco de dificuldade; Japa de Sādhya-Sādhya Mantra é
infrutífero; Japa de Sādhya-Susiddha frutifica ao cantar
sons devocionais; e o Japa de Sādhya-Ari Mantra destrói os
descendentes. Susiddha-Siddha Mantra providencia a frutificação na metade do
número prescrito para o Japa; Susiddha-Sādhya frutifica com o
número prescrito de Japas; Susiddha-Susiddha frutifica por sua
mera adoção; e Susiddha-Ari destrói a própria família; Ari-Siddha destrói os filhos
(homens); Ari-Sādhya destrói a esposa; Ari-Susiddha destrói o
clã; e Ari-Ari destrói o próprio Ātmā do Sādhaka. Assim os Siddha-Mantras
são considerados Bāndhava (membros da família), os Sādhya-Mantras são os
empregados, os Susiddha-Mantras são os nutridores e os Ari-Mantras são
assassinos.
2. Akaḍama Cakra 2
15:86 – Este Śloka novamente foi escrito em código de
linguagem, significando o Akaḍama Cakra (veja tabela abaixo).
As palavras nava-bāṇa-eka do Śloka significa Nava, ou nove; bāṇa significando
quinto; e eka significando as primeiras casas do Cakra. As palavras Dviṣaḍdaśa
do Śloka significando o Dvi para segundo; Ṣada para seis e Daśa para as casas
de número dez. As palavras Vahni-Rudra-Munis significando Vahni ou Agni como
terceiro; Rudra como o número onze; e Munis como as casas de número 7 do Cakra.
Semelhantemente as palavras Dvādaśa-Aṣṭaka-Catura significa Dvādaśa ou a
décima-segunda; Aṣṭaka ou a oitava; e Catura como as quartas casas do Cakra. O
Bāndhava, Sevaka, Poṣaka e Ghātaka etc., das palavras significando como antes.
Agora, o número das casas para os Sidha-Mantras são 9, 5, 1. O número das casas
para Sādhya-Mantras são 2, 6, 10. O número de casas para Susiddha-Mantras são
3, 11, 7; e o número de casas para Ari-Mantras são 12, 8, 4.
3. Nakṣatra Cakra 3
15:87a – Neste Śloka o Nakṣatra Cakra foi descrito em
todas as vinte e sete constelações, começando de Āśvinī até Revatī, todos foram colocados em
diferentes casas. Os alfabetos colocados ao lado nas casas foram novamente
descritos em código de linguagem, como se segue4:
Prāpa
|
P
|
R
|
A
|
P
|
A
|
Lobhā
|
L
|
O
|
BH
|
A
|
|||||
2
|
1
|
3
|
4
|
||||||||||||
Paṭu
|
P
|
A
|
T
|
U
|
Prāhyaṁ
|
P
|
R
|
A
|
H
|
Y
|
AM
|
||||
1
|
1
|
2
|
1
|
||||||||||||
Rudrasya
|
R
|
U
|
D
|
R
|
A
|
S
|
Y
|
A
|
Adri
|
A
|
D
|
R
|
I
|
||
2
|
2
|
1
|
2
|
||||||||||||
Ruruḥ
|
R
|
U
|
R
|
U
|
H
|
Karaṁ
|
K
|
A
|
R
|
AM
|
|||||
2
|
2
|
1
|
2
|
||||||||||||
Loka
|
L
|
O
|
K
|
A
|
Lopa
|
L
|
O
|
P
|
A
|
||||||
3
|
1
|
3
|
1
|
||||||||||||
Paṭuḥ
|
P
|
A
|
T
|
U
|
H
|
Prāyaḥ
|
P
|
R
|
A
|
Y
|
A
|
H
|
|||
1
|
1
|
1
|
1
|
||||||||||||
Khalogho
|
KH
|
A
|
L
|
O
|
GH
|
O
|
|||||||||
2
|
3
|
4
|
Īśvara disse:
15:87b – Oh Minha Amada ! assim, de A a Kṣa todas as
letras do alfabeto devem ser colocadas nas casas do Cakra indicados de Āśvinī a
Revatī, as 27 constelações (os Nakṣatras), em suas ordens, colocando
(verticalmente nesta sequencia) 2, 1, 3, 4, 1, 1, 2, 1, 2, 2, 1, 2, 2, 2, 1, 2,
3, 1, 3, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 3, 4, respectivamente, da primeira à última casa na
ordem dada dos alfabetos. A exceção é aquela na última casa de Revatī, as 4
letras a serem colocadas La, Kṣa, Aṁ, Aḥ.
15:88 – Janma3, Saṁpad, Vipat, Kṣema, Pratyari, Sādhaka,
Vadha, Mitra e Parama Mitra são os nove nomes qualitativos dados aos Nakṣatras.
Deve-se contar do Nakṣatra de nascimento de um Sādhaka ao Nakṣatra de um Mantra
e encontrar as qualidades do Mantra.
15:89 – Neste Śloka, o número de letras a ser colocado
nas 12 casas de Meṣa a Mīna, os signos do zodíaco, foram dados em um código de
linguagem. Aqui as letras dos Ślokas significam, como se segue – Bā (4), Laṁ
(3), Gau (3) Raṁ (2), Khu (2), Raṁ (2), Śo (5), Naṁ (5), Śa (5), Mī (5), Śo
(5), Bha (4). Agora, a partir de Meṣa, nas 12 casas deste Rāśi Cakra o número
das letras deve ser colocado como acima, respectivamente. Existe, contudo,
algumas diferenças de opinião sobre a colocação das letras em algumas casas.
Veja Śāradātilaka, VI.3; Bṛhattantrasāra, pg. 11, 10ª Edição).
15:90 – Os nomes dos doze signos de Meṣa (Áries) a Mīna
(Peixes) são Lagna, Dhana, Bhrāṭr, Bandhu, Putra, Śatru, Kalatra, Maraṇa,
Dharma, Karma, Āya e Vyaya, respectivamente.5
15:91 – O sábio no Rāśi Cakra deve começar contando a
partir da casa de sua própria Rāśi6, ou seja, da casa no qual o alfabeto
indicando a sua Rāśi, ou signo de nascimento, ocorre até à casa no qual a letra
representando a Rāśi do Mantra é encontrada (a letra inicial do Mantra
excetuando o Praṇava oṁ prefixado ao Mantra principal) . No caso de ser a
própria Rāśi, então deve-se começar a contagem a partir da casa em que a
primeira letra do nome da pessoa ocorre e proceder para a casa da letra que
representa o Mantra Rāśi.
15:92-93 – Nestes Ślokas foram descritos o Ṛṇi-Dhanī
Cakra7.
Se, pela contagem deste Cakra, de acordo com a forma prescrita, o número (da
letra inicial) do Mantra acontece de ser maior do que o número (da letra
inicial do nome) do Sādhaka (chamado Sādhyāṅka), então o Mantra deve ser
chamado Ṛṇi; e se menor, o Mantra deve ser chamado Dhanī. Em outras palavras,
se o Sādhyāṅka for maior, então o Mantra é Dhanī, e se for menor o Mantra é Ṛṇi.
Caso os dois valores sejam iguais, então o Mantra é chamado A-Ṛṇi (não Ṛṇi).
Iniciando da primeira letra do nome, deve-se prosseguir
até a primeira letra do Mantra. O número obtido deve ser multiplicado por 3; em
seguida, dividindo o múltiplo por 7 deve dar o número para o Sādhaka.
Novamente, contando na ordem inversa da primeira letra do Mantra até a primeira
letra do nome do Sādhaka, o número encontrado deve ser multiplicado por 3 e em
seguida deve ser dividido por múltiplos de 7 e isto dará o número para o
mantra. No caso do valor atribuído para o Sādhaka ser menor, então o Mantra é
chamado Ṛṇi. a adoção de um Ṛṇi Mantra é auspiciosa.
15:94 – Neste Śloka o Kulākula Cakra8 foi descrito. Existem
50 letras no alfabeto. De Akāra a Kṣakāra, as 50 letras foram colocadas em
cinco grupos, cada um dos grupos representando um elemento. Os grupos são como
se segue abaixo:
Mārut ou Ar
|
A
|
Ā
|
E | Ka | Ca | Ṭa | Ta | Pa | Ya | Ṣa
|
Āgneya ou Fogo
|
I
|
Ī
|
Ai
|
Kha
|
Cha
|
Ṭha
|
Tha
|
Pha
|
Ra
|
Kṣa
|
Bhauma ou Terra
|
U
|
Ū
|
O
|
Ga
|
Ja
|
Ḍa
|
Da
|
Ba
|
La
|
La
|
Vāruṇya ou Água
|
Ṛ
|
Ṝ
|
Au
|
Gha
|
Jha
|
Ḍha
|
Dha
|
Bha
|
Va
|
Sa
|
Vyoma ou Céu
|
Lṛ
|
Lṝ
|
Ām
|
Ṅa
|
Ña
|
Ṇa
|
Na
|
Ma
|
Śa
|
Ha
|
15:95-96 – Existe amizade9 entre Terra e Água, e
também entre Fogo e Ar; existe inimizade no inverso. O céu (éter) é amigo de
todos os elementos. A adoção do Mantra onde o Mantrākṣara e o Sādhakākṣara se
tornam um grupo de amigos é auspiciosa. Oh Kuleśvari ! os Mantras adotados a
partir de um grupo o qual é inimigo do Sādhaka significa destruição. Portanto,
tais Mantras devem ser evitados.
Mantras para
os quais a consideração de Siddha etc., não são necessárias
15:97 – No caso do Ekākṣara10 Mantra, do Kūṭa
Mantra, do Tripurā Mantra, Mantras dado por mulheres e Mantras obtidos em
sonhos, não há, Oh Mantranāyike ! nenhuma necessidade de se considerar a sua
validade (adequação) sobre os Cakras mencionados anteriormente11.
15:98 – Semelhantemente, Oh Deveśi ! no caso de Mantras
dado por Siddhas, que se originam dos quatro Āmnāyas, e os Mālā Mantras também,
em nenhum destes casos há necessidade de se considerar a sua validade.
15:99 – Não se deve considerar a validade para os Mantras
de Nṛsiṁha, Sūrya, Vārāha, Prāsāda, Praṇava e Sapiṇḍākṣara.
Fatores que
obstruem o sucesso no Japa
15:100 – Se a mente está em um lugar, Śiva em outro,
Śakti em outro e o ar vital em outro, até mesmo um crore de Japa, Oh Varārohe !
será inútil.
15:101 – Se o aprendizado é adquirido por motivo de
debate, Japa é feito por motivo de outro, a doação é feita por motivo de fama,
como pode, Oh Varānane ! haver realização?
15:102 – Se a peregrinação é feita por motivo de riqueza,
austeridades para exibição, adoração de uma divindade para propósitos egoístas,
como pode haver realização?
15:103 – São eles tolos quem faz Nyāsa, Pūjā, Japa, Homa
com um corpo impuro; todos os seus esforços são infrutíferos.
15:104 – Oh Minha Amada ! se o ritual é feito por quem é
impuro devido a fezes, urina e outros resíduos, então todo o Japa e adoração
etc., tornam-se impuros.
15:105 – Quem faz Japa com roupa suja, cabelos sujos, mau
odor na boca ou no corpo, então a Divindade, tornando-Se desgostosa com ele, o
queima em um instante.
15:106 – Deve-se evitar a preguiça, o bocejo, o sono,
espirros, o cuspe, medo, toque nos membros inferiores e a raiva.
15:107 – O Mantra não tem êxito quando feito com excessiva
comida, falando sem sentido, com fofoca, com rigidez de regras, apego a outro
em uma inconstância.
15:108 – Não se deve realizar Japa com seu turbante, com
manto, nu, com o cabelo desgrenhado, cercado por uma comitiva, com roupas
sujas, ou enquanto impuro, ou enquanto caminhando.
15:109 – Deve-se evitar durante o Japa a inércia, a
tristeza, atividades inúteis, imaginação livre e passagem de vento.
Condições
condutivas para o sucesso no Japa
15:110 – Deve-se ser calmo, limpo, limitado na ingestão
de alimento, dormir sobre o chão, devotado, em pleno controle, livre de
dualidade, firme de mente, silencioso e auto controlado durante o Japa.
15:111 – Deve-se realizar Japa com confiança, convicção,
compostura, fé, regularidade, certeza, contentamento, entusiasmo e qualidades
semelhantes.
15:112 – O sucesso no Japa repousa nas mãos de um Sādhaka
que está coberto com fragrância de flores, ornamentos e roupas. Para os outros
não há sucesso nem mesmo com um milhão de Japas.
15:113 – Deve-se realizar Japa com devoção para o Mantra,
com a vida dedicada a ele, com a mente centrada nele, inteiramente se doando a
ele, seguindo os seus significados e meditando nele.
15:114 – Quando cansado pelo Japa, faça Dhyāna; cansado
de Dhyāna, faça novamente Japa. Quem faz tanto Japa quanto Dhyāna, alcança
sucesso nos Mantras muito rapidamente.
15:115 – Assim eu falei para Você, Oh Kuleśāni ! as
características do Puraścaraṇa em brevidade. Agora, o que mais Você quer ouvir?
iti śrīkulārṇave
nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye
sarvāgamottamottame
sapādalakṣagranthe pañcama-
khaṇḍe
ūrdhvāmnāyatantre puraścaraṇādikathanaṁ
nāma pañcadaśa
ullāsaḥ ||15||
____________________________________________
Nota
da Tradutora para o Português sobre o Ullāsa 15. Todas as notas de
Rodapé aqui anexadas foram formuladas com base nos tratados de Jyotiṣa e outros
Śāstras Tântricos. A maior parte dos cálculos para adequação dos Mantras está
de acordo com os ensinamentos do Kulārṇava Tantra e também com os do Mantra
Mahodaddhi de Mahīdhara, mas como Astróloga Védica eu sigo os ensinamentos dos
Śāstras em Astrologia Védica e semelhantes para adequação do Mantra, em
conformidade com a primeira letra do Nome ou do Janma Nakṣatra, o Nakṣatra de
nascimento, nesta última situação tendo o conhecimento da hora do nascimento e
em conformidade com cada caso a ser aplicado.
1a. As
tabelas abaixo, bem como a descrição dos efeitos dos Mantras, consultadas a
partir do livro Vedic Remedies in Astrology, por Pandit Sanjay Rath, com base
em pesquisa em outros Śāstras, bem como no Mantra Mahodaddhi de Mahīdhara. Não há qualquer
contradição entre as diversas fontes consultadas, embora algumas divergências
quanto à afetação do Mantra diretamente sobre as pessoas próximas ao Sādhaka
Mantriko. Ao contrário, um estudo mais acurado permitirá o claro entendimento
do estudo do Mantra-Śāstra por diversas linhagens.
Tabela
1 – Akathaha Cakra – a tabela é semelhante aos Tratados em Jyotiṣa – nenhum
comentário adicional.
A
|
B
|
C
|
D
|
||||||||||||||
I
|
1
|
अ
|
क
|
थ
|
ह
|
2
|
उ
|
ङ
|
प
|
3
|
आ
|
ख
|
द
|
4
|
ऊ
|
छ
|
फ
|
a
|
ka
|
tha
|
ha
|
u
|
ṅa
|
pa
|
ā
|
kha
|
da
|
ū
|
cha
|
pha
|
|||||
II
|
5
|
ओ
|
ड
|
ब
|
6
|
ऌ
|
झ
|
म
|
7
|
औ
|
ढ
|
श
|
8
|
ऌ
|
ञ
|
य
|
|
o
|
ḍa
|
ba
|
lṛ
|
jha
|
ma
|
au
|
ḍha
|
śa
|
lṝ
|
ña
|
ya
|
||||||
III
|
9
|
ई
|
घ
|
न
|
10
|
ॠ
|
ज
|
भ
|
11
|
इ
|
ग
|
ध
|
12
|
ऋ
|
छ
|
व
|
|
ī
|
gha
|
na
|
ṝ
|
ja
|
bha
|
i
|
ga
|
dha
|
ṛ
|
cha
|
va
|
||||||
IV
|
13
|
अः
|
त
|
स
|
14
|
ऐ
|
ठ
|
ल
|
15
|
अं
|
ण
|
ष
|
16
|
ए
|
ट
|
र
|
|
aḥ
|
ta
|
sa
|
ai
|
ṭha
|
la
|
aṁ
|
ṇa
|
ṣa
|
e
|
ṭa
|
ra
|
Tabela
2.
Sobre as bases das linhas, a seguinte
delineação é feita:
Blocos da Linha 1 – Siddha Catuṣṭaya
Blocos da Linha 2 – Sādhya Catuṣṭaya
Blocos da Linha 3 – Susiddha Catuṣṭaya
Blocos da Linha 4 – Ari Catuṣṭaya
Blocos da Coluna A – Siddha Catuṣṭaya
Blocos da Coluna B – Sādhya Catuṣṭaya
Blocos da Coluna C – Susiddha Catuṣṭaya
Blocos da Coluna D – Ari Catuṣṭaya
Tabela
3. Resultado dos Mantras para o Sādhaka
RELACÕES
|
RESULTADOS
1.b
|
|
LINHA
|
COLUNA
|
|
Siddha
|
Siddha
|
Mantra que frutifica depois de prescrito o Japa
|
Siddha
|
Sādhya
|
Mantra que frutifica depois de dobrar o número prescrito de
Japa
|
Siddha
|
Susiddha
|
Mantra que frutifica depois da metade do número de Japa
prescrito
|
Siddha
|
Ari
|
Destrói imediatamente os membros da família, como filhos etc.
|
Sādhya
|
Siddha
|
Mantra que frutifica depois de dobrar o número prescrito de
Japa
|
Sādhya
|
Sādhya
|
Sem frutos, ou seja, os resultados não acontecem
|
Sādhya
|
Susiddha
|
Mantra que frutifica depois de dobrar o número prescrito de Japa
|
Sādhya
|
Ari
|
Destrói a família inteira (Kula)
|
Susiddha
|
Siddha
|
Mantra que frutifica depois da metade do número de Japa
prescrito
|
Susiddha
|
Sādhya
|
Mantra que frutifica depois de dobrar o número prescrito de
Japa
|
Susiddha
|
Susiddha
|
Mera iniciação é suficiente para fazer o Mantra dar os frutos
|
Susiddha
|
Ari
|
Destrói os membros da família
|
Ari
|
Siddha
|
Destrói os filhos
|
Ari
|
Sādhya
|
Destrói as filhas
|
Ari
|
Susiddha
|
Destrói a esposa
|
Ari
|
Ari
|
Destrói o próprio nativo
|
1b. Deixe-nos
determinar a adequação do Cāmuṇḍā Mantra para uma pessoa chamada Kailāś. O
Mantra para adorar Durga na forma Cāmuṇḍā é o “Om Aiṁ Hrīṁ klīṁ cāmuṇḍāyai
vice” (ॐ ऐं ह्रीं
क्लीं चमुण्डायै विच्चे). Assim, a primeira
letra do nome de Kailāś é “Ka” (क) e o bloco do nome é A1 (veja a tabela
1). Semelhantemente, a primeira letra do Mantra (excluindo a sílaba inicial OM)
é “ai” (ऐ) e o bloco do Mantra é B4. Contando
as Linhas a partir do Bloco do Nome (1) até o Bloco do Nome (4) temos o número
4 e o relacionamento é “Ari”, ou inimigo. Contando as colunas do Bloco do Nome
(A) até o Bloco do Mantra (B) temos 2, e o relacionamento é “Sadhya”. Assim o
principal relacionamento é Ari-Sadhya e a tabela 3 dá o resultado de destruição
das filhas. Então, este Mantra não deve ser usado pela pessoa. Pode-se notar
que temos usado a letra do nome próprio ao invés da carta do nascimento. Vedic
Remedies in Astrology, Pt. Sanjay Rath
2. Akadama Cakra é um método alternativo de testar a
adaptação Siddhadi da primeira letra do nome e do Mantra. Entretanto, este
método não é recomendado se ele ignora as 4 letras neutras “lṛ, lṝ, ṛ ṝ (ऌ ऌ ऋ ॠ) daí reduzindo o número de
Survakshara (vogais governadas pelo Sol) de 16 para 12. O problema surge quando
um nome como “Ṛṣi” surge e então este Cakra é inaplicável. Alguns recentes
autores aconselharam a usar este Cakra para determinar a eficácia do uso como
“Ucchatan”, “Maran” etc, mas este Cakra não tem a aprovação para ser usado
assim. Pt. Sanjay Rath, Vedic Remedies Astrology.
Tabela para Akaḍama Cakra conforme o Kulārṇava Tantra
12
|
Mīna
|
01
|
Meṣa
|
02
|
Vṛṣa
|
03
|
Mithuna
|
Aḥ Ṭha Bha
|
A Ka Ḍa Ma
|
Ā Kha Ḍa Ya
|
I Ga Ṇa Ra
|
||||
11
|
Kumbha
|
Akaḍama Cakra
|
04
|
Karka
|
|||
Aṁ Ṭa Ba
|
Ī Gha Ta La
|
||||||
10
|
Makara
|
05
|
Siṃha
|
||||
Au Ña Pha Kṣa
|
U Ṅa Tha Va
|
||||||
09
|
Dhanus
|
08
|
Vṛścika
|
07
|
Tulā
|
06
|
Kanyā
|
O Jña Pa Ha
|
Ai Já Na Sa
|
E Cha Dha Ṣa
|
Ū Ca Da Śa
|
3a. O Nakṣatra de Nascimento é o Janma Nakṣatra, ou o Nakṣatra onde Candra Graha está
colocado ao nascimento.
3b. Os 27 Nakshatras (constelação) estão divididas em 3 grupos de nove,
iniciando da constelação que tem a primeira letra do nome. Este grupo de 3
constelações em trinos para o nome da constelação é chamado Janma, o segundo é
Sampat, o terceiro é Vipat, o quarto é Kṣema, o quinto é Pratyari, o sexto
Sādhaka, o sétimo Vadha, o oitavo Mitra e o nono é Param Mitra. Evite Mantras
onde o início da letra pertence à constelação que é Vipat (terceiro-problemas),
Pratyari (quinto-inimigo declarado) e Vadha (sétimo-obstáculos. Alguns autores
[Mantramahodadhi (24.28-31)]deram um diferente conjunto de letras para
diferentes constelações, mas as letras iniciais usadas na Astrologia Védica são
as recomendadas. Pt. Sanjay Rath
3c. Janma, Saṁpad etc... obtêm-se a classificação de cada Nakṣatra
dividindo-se o grupo de 27 por 9, formando-se assim um grupo de 3 Nakṣatras que
serão Janma, os outros 3 seguintes serão classificados como Saṁpad, os 3
seguintes serão Vipat e assim sucessivamente.
4.
O texto não segue uma coerência com as tabelas dadas em sequência. No Śloka 87
o Kulārṇava Tantra dá a Tabela referente ao Nakṣatra Cakra ao dizer, “como se
segue” e, entretanto, a tabela que está contida no texto é aquela referente ao
Akaḍama Cakra em que as letras neutras são ignoradas em sua sequência.
Entretanto, no fim do capítulo ele dá a tabela para o Nakṣatra Cakra, que segue
abaixo:
Aśvinī
|
Bharaṇī
|
Kṛttikā
|
Rohiṇī
|
Mṛgāśirṣā
|
Ārdrā
|
Punarvasu
|
Puṣya
|
Āshleshā
|
A Ā
|
I
|
Ī U Ū
|
Ṛ Ṝ Lṛ Lṝ
|
E
|
Ai
|
O Au
|
Ka
|
Kha Ga
|
Deva
|
Nara
|
Rakṣasa
|
Nara
|
Deva
|
Nara
|
Deva
|
Deva
|
Rakṣasa
|
Maghā
|
P.Phālgunī
|
U.Phālgunī
|
Hastā
|
Chitrā
|
Svātī
|
Vishākhā
|
Anurādhā
|
Jyeṣṭhā
|
Gha Ṅa
|
Ca
|
Cha Ja
|
Jña Ña
|
Ṭa Ṭha
|
Ḍa
|
Ḍha Ṇa
|
Ta Tha Da
|
Dha
|
Rakṣasa
|
Nara
|
Nara
|
Deva
|
Rakṣasa
|
Deva
|
Rakṣasa
|
Deva
|
Rakṣasa
|
Mūla
|
P.Ashāḍhā
|
U.Ashāḍhā
|
Śravaṇa
|
Dhaniṣṭa
|
Śatabhiṣā
|
P.Bhādrapadā
|
U.Bhādrapadā
|
Revatī
|
Na Pa Pha
|
Ba
|
Ma
|
Ma
|
Ya Ra
|
La
|
Va Śa
|
Ṣa Sa Ha
|
Sa Kṣa Aṁ Aḥ
|
Rakṣasa
|
Nara
|
Nara
|
Deva
|
Rakṣasa
|
Rakṣasa
|
Nara
|
Nara
|
Deva
|
5.
Estes não são os nomes dos signos, porém sim dos Bhāvas, ou seja, as casas. O
próprio texto em sânscrito torna difícil a compreensão para o leigo, uma vez
que ele se refere às Rāśis, quando fala “rāśyaḥ”,
ou seja, “as rāśis”, mas cita o nome
dos Bhāvas mesmo no Sânscrito no original. Então, deixo aqui o nome dos signos
(Rāśis) e dos Bhāvas (casas) – as 12 Rāśis são Meṣa (Áries), Vṛṣa (Touro),
Mithuna (Gêmeos), Karkaṭa (Câncer), Siṃha (Leão), Kanya (Virgem), Tulā (Libra),
Vṛścika (Escorpião), Dhanus (Sagitário), Makara (Capricórnio), Kumbha
(Aquário), Mīna (Peixes). E os 12 Bhāvas são Lagna ou Thanu (Ascendente ou casa
1), Dhana (casa 2), Sahaja (casa 3), Bandhu (casa 4), Putra (casa 5), Ari (casa
6), Yuvati (casa 7), Randhra (casa 8), Dharma (casa 9), Karma (casa 10), Lābha
(casa 11) e Vyaya (casa 12). Esses são os nomes mais usuais, de fato existem
diversas nominações.
Tabela para Rāśi Cakra conforme o Kulārṇava Tantra
02
|
Vṛṣa
|
01
|
Meṣa
|
12
|
Mīna
|
11
|
Kumbha
|
U
Ū Ṝ
|
A Ā I Ī
|
Ya RaLa Va Kṣa
|
Pa Pha Ba Bha Ma
|
||||
03
|
Mithuna
|
Rāśi Cakra
|
10
|
Makara
|
|||
Ṛ
Lṛ Lṝ
|
Ta Tha Da Dha Na
|
||||||
04
|
Karka
|
09
|
Dhanus
|
||||
E
Ai
|
Ṭa Ṭha Ḍa Ḍha Ṇa
|
||||||
05
|
Siṃha
|
06
|
Kanyā
|
07
|
Tulā
|
08
|
Vṛścika
|
O
Au
|
Aṁ Aḥ Śa Ṣa Sa Ha
|
Ka Kha Ga Gha Ṅa
|
Ca Cha Ja Jha Ña
|
6.
Aqui o tradutor para o inglês diz que deve começar a contagem a partir da Rāśi
de seu nascimento, mas não especifica se é por meio do Lagna, um ponto sensível
e mais importante do que o signo solar, ou se pelo signo lunar. Entretanto, o
texto declara no original “rāśinakṣatre”, indicando que a referência a ser
tomada aqui é aquela da Rāśi do Nakṣatra de nascimento, ou seja, de onde Lua, o
Senhor Candra Graha, está colocado naquele seu Nakṣatra de nascimento.
7.
Sobre o Ṛṇi-Dhanī, Ṛana significa Débito e Dhana significa dinheiro. Daí, Ṛṇi-Dhanī
é uma ferramenta matemática para determinar a eficácia de um Mantra. A tabela
abaixo dá o Rna-Dhana Chakra como
pelos Tratados em Jyotiṣa, o qual deve ser usado para determinar os valores
para o Mantra e para o nome (da pessoa) separadamente. O Akshara compreendendo
o Mantra/Nome são separados e seu valor numérico apurado a partir desta tabela.
Em seguida, os números são adicionados e a soma é dividida por oito (8). Os
valores numéricos para as letras do Mantra corresponde aos da linha superior,
enquanto que os valores numéricos para as letras do Nome corresponde aos da
linha inferior. No caso de vogais longas, os valores numéricos das correspondentes
das vogais curtas devem ser tomadas. Agora, se o valor do Mantra for maior do
que o valor do Nome, então ele é Ṛṇi (em débito) e a pessoa (Nome) é Dhanī
(rico). Isto é auspicioso, enquanto que se o valor do Nome for maior do que o
do Mantra, então a pessoa (Nome) está em débito (Ṛṇi). Se ambos forem iguais,
então também a pessoa (nome) não está em débito e o Mantra frutifica. Além
disso, todas as letras, incluindo as semivogais, vogais etc., devem ser
consideradas. Observe que aqui há uma diferença em cálculo quanto ao disposto
no Kulārṇava Tantra. Fica a critério do praticante a adequação conforme às
instruções recebidas de seu próprio Guru.
Tabela para o Ṛṇi-Dhanī Cakra conforme
Tratados em Jyotiṣa
14
|
27
|
2
|
12
|
15
|
6
|
4
|
3
|
5
|
8
|
9
|
अ
|
इ
|
उ
|
ऋ
|
ऌ
|
ए
|
ऐ
|
ओ
|
औ
|
अं
|
अः
|
क
|
ख
|
ग
|
घ
|
ङ
|
च
|
छ
|
ज
|
झ
|
ञ
|
ट
|
ठ
|
ड
|
ढ
|
ण
|
त
|
थ
|
द
|
ध
|
न
|
प
|
फ
|
ब
|
भ
|
म
|
य
|
र
|
ल
|
व
|
श
|
ष
|
स
|
ह
|
10
|
1
|
7
|
4
|
8
|
3
|
7
|
5
|
4
|
1
|
7
|
Tabela para o Ṛṇi-Dhanī Cakra conforme o
Kulārṇava Tantra
6
|
6
|
6
|
0
|
3
|
4
|
4
|
0
|
0
|
0
|
3
|
अ आ
|
इ ई
|
उ ऊ
|
ऋ ॠ
|
ऌ ॡ
|
ए
|
ऐ
|
ओ
|
औ
|
अं
|
अः
|
क
|
ख
|
ग
|
घ
|
ङ
|
च
|
छ
|
ज
|
झ
|
ञ
|
ट
|
ठ
|
ड
|
ढ
|
ण
|
त
|
थ
|
द
|
ध
|
न
|
प
|
फ
|
ब
|
भ
|
म
|
य
|
र
|
ल
|
व
|
श
|
ष
|
स
|
ह
|
2
|
2
|
7
|
0
|
0
|
2
|
1
|
0
|
4
|
4
|
1
|
8a. Kula
significa família ou linhagem e no caso do Mantra, a árvore genealógica pode
ser a base dos cinco elementos/estados da existência como Agni (Luz/Energia), Vāyu
(Gás, Ar), Jala (Água, incluindo todos os fluídos), Pṛthivī (Terra, incluindo
todos os sólidos) e Ākāśa (Éter que existe no Vácuo). Todas as letras de um
elemento pertencem a um Kula, ou família, e são naturalmente benéficas umas às
outras. Semelhantemente, algumas famílias são amigas de umas e inimigas de
outras. É importante que a letra inicial do mantra não seja inimiga daquele do
mantra. As colunas na tabela do Kula-A-Kula dão as cinco famílias. O relacionamento entre
as famílias está na tabela da nota de rodapé 9. Os planetas foram mostrados de
acordo com Parasara. Seu domínio das letras/Akshara está junto da linha
indicada. O Sol governa as vogais, a Lua as semivogais e assim por diante. Os
resultados dos relacionamentos Kula a-Kula devem ser decifrados como se segue.
8b.
Perceba a tabela dada pelo texto original no Śloka 94. Veja que ela obedece aos
mesmos critérios como ensinado pelos Śāstras em Jyotiṣa. Mārut, Ar ou Vāyu são
palavras que simbolizam a mesma divindade daquele elemento. Abaixo uma tabela
mais elaborada com os planetas governando cada sequencia de letras com seus
elementos correspondentes foi dada.
Kula A-Kula Chakra conforme o Kulārṇava Tantra e outros
Śāstras em Jyotiṣa
Planeta
|
Ar
|
Fogo
|
Terra
|
Água
|
Éter
|
(Parāśara)
|
वायु
|
अग्नि
|
पृथ्वी
|
जल
|
आकाश
|
Sol
|
अ आ
|
इ ई
|
उ ऊ
|
ऋ ॠ
|
ऌ ऌ
|
ए
|
ऐ
|
ओ
|
औ
|
अं
|
|
Marte
|
क
|
ख
|
ग
|
घ
|
ङ
|
Vênus
|
च
|
छ
|
ज
|
झ
|
ञ
|
Mercúrio
|
ट
|
ठ
|
ड
|
ढ
|
ण
|
Júpiter
|
त
|
थ
|
द
|
ध
|
न
|
Saturno
|
प
|
फ
|
ब
|
भ
|
म
|
Lua
|
य
|
र
|
ल
|
व
|
श
|
ष
|
क्ष
|
ळ
|
स
|
ह
|
9. A tabela abaixo dá a amizade e
inimizade natural entre os
elementos (Bhūtas), chamada relacionamento Kula-A-Kula. Esta tabela corresponde
aos Ślokas 95-96 que trata do mesmo assunto.
Elemento
|
Amigo
|
Neutro
|
Inimigo
|
Vāyu (vento)
|
Agni (Fogo) Ākāśa (Éter)
|
Jala (Água)
|
Pṛthivī (Terra)
|
Agni (Fogo)
|
Vāyu (Vento) Ākāśa (Éter)
|
Pṛthivī (Terra)
|
Jala (Água)
|
Pṛthivī (Terra)
|
Jala (Água) Ākāśa (Éter)
|
Agni (Fogo)
|
Vāyu (vento)
|
Jala (Água)
|
Pṛthivī (Terra) Ākāśa (Éter)
|
Vāyu (vento)
|
Agni (Fogo)
|
Ākāśa (Éter)
|
Tudo
|
Nenhum
|
Nenhum
|
10. Om é o Ekākṣara ou aquela letra que
representa a divindade. Ele é composto de três letras “A” (Brahma), U (Viṣṇu) e
M (Śiva) e representa o
processo inteiro da vida do nascimento, sustento e morte. Então ele representa
Deus em todos os três aspectos, sendo também a Trimurti (Dattātreya Mantra).
Daí ele se torna o Guru de todos os Mantras significativos para alcançar Yoga
com Deus. Estas três letras também representam os três Guṇas (Sattva, Rajas e
Tamas), os três Ṛṣis (Narada, Agastya e Dūrvasa), os três níveis do corpo
(Umbigo, Coração e Cabeça) etc. Para uma maior compreensão, uma leitura do
Śrimad Bhāgavatam, traduzido por Śrila Prabhupada, é recomendado, seguido pelo
Kena Upaniṣad e pelo Rig Veda.
Os
principais Mantras iniciam com OM com base nos ensinamentos do Rig Veda no
seguinte Mantra: “Gananām Tva Gaṇapatim
Havamahey; Kavi Kavinam Upavasravastamam; Jyestha-Rajam Brahmanām Brahmanaspata
ā nah sranavannutibhih sidda sadanam” (RV II 23.1) “Oh, Gaṇeśa, Senhor de
todos os videntes, louvado seja Tu: Tu és Onisciente e a sabedoria incomparável
do sábio. Tu és o precursor [OM] de todos os louvores e o Senhor de todas as
almas, louvamos a Ti por orientação para o sucesso em todas as boas ações.”
11. A
adequação de um mantra é dada pelos Cakras citados no texto. Entretanto, para
alguns Mantras, nenhuma necessidade há de se verificar a adequação, ou seja, se
o Mantra irá ou não frutificar, se ele é amigo ou inimigo, se ele causa
realização ou a destruição da natividade, de seus amigos e parentes etc. O
Mantra Śāstra ensina que os Mantras podem ser classificados em dois tipos –
a. Prasiddha Mantra – aquele que pode ser recitado por qualquer pessoa,
independente de ter sido dado por um Guru ou não, e sem um objetivo específico
de solucionar um problema; ou
b. Kamya-siddha Mantra – que são destinados a solucionar problemas específicos.
Enquanto existe uma concordância sobre qual Mantra pertence a esta categoria,
existe algum desacordo sobre qual Mantra precisa ser dado pelo Guru. Por
exemplo, existe uma concordância geral sobre o Panchakshari Mantra “Namaḥ
Śivāya” (नमः शिवाय) ou sua
contraparte Shadakshati “Oṁ Namaḥ Śivāya”(ॐ नमः शिवाय)
como pertencente ao grupo Prasiddha onde qualquer um pode praticá-lo e é para o
bem estar de todos os seres, mas então existem Mantras como aquele Savitur,
popularmente chamado de Gāyatrī Mantra que, embora se destine ao bem estar dos
seres, e naquele sentido Prasiddha, precisa ser dado por um Guru competente.
Além destas observações extensivas que
adiciono ao texto, faço lembrar
que na Tradição Kaulika o texto é claro ao dizer quais são os mantras que
funcionam como Prasiddha Mantra, ou seja, os que podem ser recitados por
qualquer pessoa e que não causam mal algum, mas que produzem realização,
conforme os Ślokas 97-100.