कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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षोडश
उल्लासः
ṣoḍaśa ullāsaḥ
Décimo-Sexto Ullāsa
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Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por:
Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
ॐ
ॐ गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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Śrī Devi disse:
16:1 – Oh Kuleśa ! Oceano de Néctar de Compaixão ! Oh
Parameśvara ! fale-Me amavelmente sobre os Rituais para a Realização dos
desejos.
Īśvara disse:
16:2 – Ouça, Oh Devi ! Eu estou falando o que Você me
perguntou. Por meramente ouvir isto, a pessoa se torna eficiente no uso dos
rituais.
Frutos do
Japa e do Homa
16:3 – Oh Minha Amada ! com a mente pura e seguindo as
regras prescritas, um Sādhaka deve realizar cinco Lakhs1 de Japa do Śrī
Prāsāda Parā Mantra.
16:4 – Dez Homas, um décimo do número de Japas, em um
fogo purificado, e um décimo de Tarpaṇa com leite, água e Śāli-arroz.
16:5 – Em seguida, satisfazendo as Yoginīs tanto quanto
possível com fragrância, flores, Akṣata, dinheiro, roupa, comida de bom gosto e
outras coisas belas usadas como Havya.
Sādhaka com
um Siddha Mantra obtém sucesso nos 6 rituais
16:6-8 – Oh Kulanāyike ! assim, com Nyāsa, Japa, Dhyāna,
Homa, adoração e Tarpaṇa, o Mantra se torna frutífero e o Sādhaka se torna como
o Próprio Para Śiva. Somente então é que o sábio Sādhaka deve começar a Sādhana
para a frutificação dos desejos de seu coração com este Mantra (Śrī
Prāsāda Parā Mantra). Com um
Siddha Mantra2 os seis Rituais3 definitivamente
prosperam. Um Mantra não Siddha nunca dá sucesso e, por outro lado, um Sādhaka
de tal Mantra recebe a curse da Divindade.
Nenhuma
liberação para um Sādhaka dos 6 rituais
16:9 – Oh Minha Amada ! aqueles que realizam a Sādhanā
para a frutificação dos motivos desejados através dos Ṣaṭkarmas (os seis
rituais) não obtêm a liberação. Eles, contudo, obtêm sucesso em seus
experimentos e isto, por si só, é o fruto; nada mais além disso.
16:10 – Não se pode obter dois frutos somente através de
um meio. Portanto, Oh Deveśi ! a adoração da Divindade deve ser realizada com
espírito altruísta.
Pacificação
das faltas e dos experimentos com Cakra pūjā
16:11 – Deve-se realizar seus próprios e os Ṣaṭkarmas dos
outros com Nyāsa, Homa, Tarpaṇa, Dhyāna, Mantra etc.
16:12-13 – Para a pacificação de faltas dos experimentos
e para sua própria segurança, deve-se realizar a Cakra Pūjā e um Lakh de Mantra
Japa conforme os procedimentos prescritos; caso contrário os resultados
desejados não serão obtidos. Por outro lado, o Sādhaka deve receber a curse da
Divindade (caso não o faça).
Coisas a
serem conhecidas antes de recorrer aos experimentos
16:14 – Depois de conhecer Tithi, Vāra, Nakṣatra, Yoga,
Māsa, Ṛtu, Pakṣa, Dīpeśa e Kūrma Cakra, o ritual deve frutificar4.
16:15 – Ṛṣi, Chanda, Bīja, Śakti, Kīlaka, Devatā, Aṅga-Nyāsa,
Dhyāna e Pūjana devem ser bem conhecidos antes de se iniciar a Sādhanā5.
16:16 – Conhecendo o Putra, Bāndhava e Strī, e as Rāśis
que são favoráveis e o Varṇa, a amizade entre os Bhūtas e o Udaya-anta etc.,
deve-se começar a Sādhanā.
16:17 – Não há nenhuma diferença entre Mantra e Vidyā,
suas formas Nidrā e Bodha e os gêneros masculino, feminino e neutro etc. –
todos estes devem ser conhecidos antes de começar a Sādhanā.
16:18 – Somente depois de conhecer o Varṇa (classe) do
Mantra, o Padadvita (os dois pés) , o Caitanya (Consciência), o Sūtaka
(impurezas) e os Svaras (vogais) longos e curtos, Pluta etc., é que se deve
começar seu ritual.
16:19 – O Pañca-śuddhi, Āsana, Prāṇāyāma, Nyāsa, Akṣamālā,
faltas do Mantra, purificação do Mantra e Mudrā etc., devem ser também
conhecidos antes de começar o ritual.
16:20 – Da mesma forma, depois de conhecer o Āsana, o
Digbandha, Nāḍī, Tattvasaṅgati, Devatā, Kāla e Mudrā etc., é que o ritual frutifica.
16:21 – Somente depois de conhecer o Sādhya, Sādhaka,
Karma, Lekhanī e Dravya, todos estes cinco, e também o local, Yantra e Pramāṇa
etc., é que se deve realizar o ritual.
16:22 – Depois de conhecer Utpatti, Vāsanā, Varṇa, Mūrti,
Saṁskāra, Saṁsthāna, Kuṇḍa e a quantidade de Homa-dravya, é que se deve
realizar o Homa.
16:23 – Depois de conhecer a cor do fogo e a fumaça,
Dhvani, Gandha, Śikhā, as formas e as ações auspiciosas etc., é que se deve inferir sobre os
resultados auspiciosos e não auspiciosos.
16:24 – Com base em pesquisa do Mantra-Tattva, deve-se
inferir sobre os sintomas do Dehāveśādi (os impulsos do corpo), e também
conhecendo as diferença de pronuncia do Mantra, entrar na Sādhanā.
16:25 – Depois de conhecer o Maṇḍala, o Kalaśa, o Dravya-Śuddhi,
Gandhāṣṭaka, Dīkṣā, Nāmakaraṇa, deve-se realizar o ritual da Dīkṣā.
16:26 – Depois de conhecer Nitya, Naimittika e Kāmya
Karmas, Niyamas, Bhāvanās dos Nomes, o método de adoração e os Yantras que
devem ser meditados, é que se deve realizar sua Sādhanā.
16:27 – Depois de conhecer o método de entrar na morada
da adoração, os sintomas da Kula Pūjā e o método de purificação dos Kula
Dravyas, é que se deve entrar em adoração.
16:28 – Antaryāga, Bahiryāga, método de estabelecer o Ghaṭa
e o Arghya-Pātra e também o método das cinco Puṣpāñjalis – estes devem ser
conhecidos antes de começar a Sādhanā.
16:29 – Deve-se realizar os rituais somente depois de
conhecer o Pātra, Ādhāra, Ali (Madya), Piśit (Māṁsa), Kalā, Mudrā, Adva-Melana
e o método de oferecimento de oblações para o Baṭuka etc.
16:30 – Depois de conhecer o funcionamento do
Kula-A-Kula, as distinções da Śakti, os sinais auspiciosos, o método de
purificar uma mulher, o método de adorar e também o momento de copulação, é que
se deve adotar a Śakti.
16:31 – Deve-se beber o Kula-Sudhā somente depois de
conhecer as distinções das bebidas, seus frutos, medidas, situações e sinais do
Ullāsa, e também o método de aceitação dos três Tattvas.
16:32 – Oh Minha Amada ! depois de conhecer o método de
entrar em um Cakra, as formalidades das Saudações e a etiqueta do Cakra, ou
seja, normas de comportamento nele, de sair e de entrar nele, as Yoginīs e as
ações dos Yogīs, e que alguém se torna um Kaulika.
16:33 – O momento de satisfação da Rati, a submissão do
Kuladīpaka e o método de ler os louvores de pacificação – depois de conhecer
tudo isto é que a pessoa se torna um Kuladeśika.
16:34 – Anugrahas de Mithuna, a adoração Aṣṭāṣṭa-Pūjana
de Puṣpiṇī Kumarī e os tipos de adoração nos dias especiais – tudo isto deve
ser conhecido antes de começara a Sādhanā.
16:35 – Deve-se começar a Sādhanā somente depois de
conhecer as diferenças dos Āmnāyas, Saṁketa, Puṣpa-Saṁkoca, Gurutraya e a
Seita.
16:36 – Deve-se começar a Sādhanā somente depois de
conhecer o Sratua-Vidyā, o Kulācāra, os tipos de Mantras, Pādukā e o Caraṇa-Tritaya.
16:37 – Depois de conhecer mais, ou menos, ou igual
quantidade da ordem da adoração Kaulika, e também dos Siddhas Mantras, deve-se
praticar a Sādhanā.
16:38 – Depois de conhecer os métodos de Kulāgni, Preta
Saṁskāra, Antyeṣṭhi, Digbali e Mokṣadīpa, deve começar a Sādhana.
16:39 – Estes são alguns assuntos especiais que foram
descritos. Contudo, Oh Kulanāyike ! a ordem do método de todos os Mantras é um
tanto quanto Universal.
As 6
diferenciações dos Mantras
16:40-41 – Os Mantras dos Devatās são masculinos e das
Vidyās são femininos6. O Mantra no fim do qual ocorre Huṁ ou Phaṭ
são masculinos e em tais Mantras o Prāṇa se move através da narina direita. Os
Mantras terminando com Svāhā pertencem às Divindades Femininas e neles o Prāṇa
(ar vital) se move através da narina esquerda (Iḍā). Os Mantras terminando com
Namaḥ são chamados neutros e neles o Prāṇa se move por ambas as narinas.
Diferenças dos
Mantras com base nos fins desejados
16:42-43 – Mantras Saumyā são usados em rituais de
pacificação. As letras de tais Mantras são, por assim dizer, cheios de Amṛta-Tattva
(essência de néctar) e no final desses mantras vem Svāhā. Nos rituais cruéis,
os Āgneya Mantras são usados. Nos rituais para prosperidade, os Phaṭ Mantras;
em rituais de cativação, os Vaṣaṭ Mantras; nos rituais para infligir morte
sobre o inimigo, Huṁ Phaṭ Mantras; em rituais de imobilização, Namaḥ Mantras; e
em rituais de pacificação, Svāhā Mantras são usados.
16:44 – Em Homa e Tarpaṇa, Svāhā; e em Nyāsa e Pūjana,
Namaḥ devem ser usados no final de um Mantra como requerido pelas
circunstâncias durante o período do Japa.
16:45 – Prata e placas de cobre foram prescritos nos
rituais de pacificação. Em rituais de cativação se deve usar Bhoja Patra (casca da árvore bétula); enquanto que
folhas de ouro podem ser usadas em todos os tipos de rituais. Para rituais
cruéis Preta-Karpaṭa (uma espécie de sudário, mortalha) é prescrito.
16:46 – Tri-Gandhā (três fragrâncias) em rituais de
pacificação; Pañca-Gandhā (cinco fragrâncias) em rituais de cativação; Aṣṭa-Gandhā
(oito fragrâncias) em todos os tipos de rituais; e Aṣṭa-Viṣas (oito venenos) em
rituais cruéis são prescritos.
16:47 – Deve-se usar uma caneta de Dūrvā (panicum dactylon) nos rituais de
pacificação; de pena de pavão em rituais de cativação; de ouro em todos os
tipos de rituais; e de rabo de corvo em rituais cruéis.
16:48 – É prescrito a realização de rituais de
pacificação na própria casa; de rituais de cativação em um templo da Deusa Caṇḍikā;
todos os tipos de rituais no templo de uma Divindade; e os rituais de crueldade
em campos crematórios.
16:49 – Conhecendo todas estas características da boca de
um Guru, Oh Minha Amada ! deve-se realizar os respectivos rituais para a
realização de seus frutos.
Dhyāna para
vários rituais
16:50-53 – Contemplando no Mūlādhāra o Prāsāda-Bīja,
luminoso como o Sol nascente, e na cabeça o Parā-Bīja do brilho de milhões de
Luas, quem experiencia a satisfação da Bem-aventurança que se origina do mútuo
contato destes dois, e assim se sente completamente encharcado, da cabeça aos
pés, pelo Parāmṛta-Rasa, continuamente fluindo do Mūlādhāra para o
Brahmarandhra, torna-se imortal e permanece perpetuamente jovem. Oh Kuleśānī !
contemplando assim quem realiza Sādhanā de todos os rituais, rapidamente obtém
a fruição de todos os seus desejos – não há dúvida disto.
Pureza
(Sāttvika) Dhyāna e seus frutos
16:54 – Oh Minha Amada ! agora Eu falarei sobre as
diferenças de tudo – o Dhyāna frutificante do qual se pode obter os frutos
desejados sem Pūjā e Homa etc.
16:55-58 – O Sādhaka deve, com a mente composta,
sentar-se em uma postura confortável e em algum local agradável. Em seguida,
depois de adorar o Guru, ele deve contemplar a brilhante Lua Cheia situada em
sua cabeça. No centro do disco da Lua ele deve se concentrar no Śrī Prāsāda
Parā Bīja, branco como a pérola, como o cristal, a cânfora, a flor Kuṇḍa e a
Lua, e contendo as dezesseis vogais7. Ele deve imaginar, com mente concentrada,
como se seu corpo estivesse completamente encharcado com o néctar fluindo
daquela Lua. Assim, todos os seus maus efeitos devem ser destruídos e ele deve
ser beneficiado com os auspiciosos Śrī e nutrido.
16:59 – Oh Minha Amada ! associado com a satisfação da
juventude ele deve realizar 1008 Japas do Prāsāda-Parā-Mantra e adorar o Maṇḍala.
16:60-61 – Assim, livrando-se dos maus efeitos dos
Grahas, da epilepsia, histeria que se originam dos efeitos dos espíritos
maléficos e de touras doenças mentais e físicas, o Sādhaka deve viver uma vida
prospera abençoada com filhos e netos. Juntamente ele deve ser adorado por
todos os homens.
16:62 – Ele desenvolve a capacidade de entender os
Śāstras desconhecidos, pode compor boa poesia e sem dúvida se torna
inteligência pura em si mesmo.
16:63 – Nas doenças como neuroses, o Sādhaka deve
realizar Japa enquanto contempla a cabeça. No caso de dor, problemas de vento
(doenças originadas do desequilíbrio de Vata), abscessos, coagulação ou dor ao
urinar, ele deve, Oh Deveśi ! concentrar sobre a parte afetada e realizar Japa.
16:64 – No caso de alguma grande doença, ele deve se
concentrar sobre os órgãos do corpo. Isto sem dúvida irá libertá-lo de todas as
suas doenças.
16:65 – Contemplando sobre os 10 Indriyas, faça-os
saudáveis e equilibrados. Onde quer que o Bīja seja contemplado, sem dúvida os
respectivos frutos são obtidos.
16:66-67 – Quem contempla sobre o Mūrdhā (topo da
cabeça), torna-se imortal e sempre jovem. Oh Minha Amada ! Este é Dhyāna que
destrói todas as doenças e providencia saúde e conhecimento. Sem dúvida não
existe nada mais superior a isto. Isto verdadeiramente é o fruto da pureza, ou
do Sattvico Dhyāna.
16:68 – Oh Deveśi ! deve-se aderir a este método em todos
os rituais de pacificação. Verdadeiramente se obtém fortunas a partir deste
método.
Rājasa Dhyāna e seus frutos
16:69 – Pela contemplação dos Bījas associados com os 12
Svaras (vogais) nos doze lótus básicos, o Sādhaka se torna imortal e sempre
jovem.
16:70 – Oh Kulanāyike ! pela contemplação sobre os Bījas
associados com os seis longos Svaras (vogais) nos seis Ādhāras, o Sādhaka é
adorado pelas Devis que residem nestes lótus.
16:71-73 – Situado no centro do pericarpo do lótus do
coração está o Sol. Deve-se contemplar sobre o Parā-Prāsāda-Bīja situado
naquele Sol e brilhante como o Sol nascente, cuja radiancia é avermelhado como
a flor Javā (Chinese rose), a flor
Bandhūka (Pentapetes Phoenia), as
flores Sindūra e Padma-Rāga (matiz do lótus). A partir deste brilho, os três
mundos também parecem vermelhos. Agora ele deve sentir seu próprio Eu Interno
absorto no brilho daquele Bīja.
16:74 – Portanto, associando a si mesmo com a exuberância
da juventude (Taruṇollāsa), o Sādhaka deve realizar 1008 Japas do
Parā-Prāsāda-Bīja.
16:75-76 – A partir deste ritual até mesmo os Deuses, os
demônios, Gandharvas, Siddhas, Kinnaras, Guhyakas, Vidyādharas, Munīs, Yakṣas,
Nāgas, Apsaras, senhoras, animais carnívoros como os leões, tigres e serpentes,
todos são cativados, então, o que dizer dos homens?
16:77 – Oh Minha Amada ! o Sādhaka recebe grande
esplendor e desfrutes celestiais. Por quem um Japa é realizado com contemplação
na cabeça, ele é cativado rapidamente.
16:78 – Assim foi declarado sobre os frutos do Rājasa
Dhyāna. Em todos os rituais de cativação, deve-se aderir a este método.
16:79 – Oh Devi ! todas essas fruições são dos rituais de
cativação e dá o fruto de todos os esplendores. Sem dúvida é verdade de que não
há nada melhor do que este Dhyāna.
Tāmasa Dhyāna e seus frutos
16:80 – Construindo um triângulo, um hexágono, um
octógono e um Bhūpura, deve-se, em seu centro, escrever o Mūla Mantra junto com
o nome do Sādhya (nome do objetivo, ou pessoa desejada)
16:81 – Oh Parameśvarī ! nos seis ângulos devem ser
escritos os seis membros. Oh Pārvati ! os oito Svaras devem ser escritos nos
filamentos e nos quadrados das pétalas.
16:82 – Oh Ambike ! nos quatro cantos do Bhūgṛha, o Mūla
Mantra deve ser escrito e com pó de cinco cores o Yantra deve ser embelezado
(desenhado).
16:83-84 – O conhecedor dos Mantras deve escrever um
Yantra da forma acima. Em seguida, no centro do Yantra e nos quatro cantos do
Bhūpura, ele deve estabelecer, Oh Minha Amada ! um, três, seis, oito e quatro –
assim vinte e dois Kalaśas no total, respectivamente. Ou ainda, conforme a sua
capacidade, ele pode estabelecer 18, 10, 7, 4, ou até mesmo um Kalaśa.
16:85-88 – Oh Minha Amada ! Portanto, todos estes Kalaśas
devem ser preenchidos conforme a forma prescrita com Asthi (osso), Rakta
(sangue), Śira (veias), Tantu (fibras), Carma (pele) e Vastra (roupas) etc. Em
seguida, um conhecedor de Mantras, deve adorar apropriadamente com o
devidamente consagrado Prāṇa-Pratiṣṭhā Mantra o Kalaśa dos Devatās e os Dikpālas
nos vários pontos cardinais. Portanto, para a pacificação de todos os pecados,
o amado Śiṣya deve ser consagrado com água dos Kalaśas.
16:89 – Assim, o Sādhaka obtém vida longa, riqueza,
brilho, boa fortuna, conhecimento e livramento das doenças etc. Um Rei assim
consagrado obtém soberania sobre a terra, espalhando-se sobre os oceanos em
todas as direções.
16:90 – Assim consagrado, uma pessoa pobre obtém
esplendor e uma mulher estéril obtém filhos possuidores de todas as qualidades.
16:91-92 – Ele retira, sem dúvida, todas as perturbações
de maus espíritos, morte prematura e doenças. Se este Yantra, escrito sobre
três metais (Trilauha) ou sobre a casca da bétula (Bhoja Patra), for amarrado
no braço, então ele providencia proteção contra todas as coisas e tudo o que o
Sādhaka deseja ele, sem dúvida, consegue obter.
16:93-95 – Cativação da espada, interrupção do
envelhecimento, Yakṣinī-Siddhi, Añjana-Siddhi, Pādukā-Siddhi, Aṇimā etc., as
oito grandes realizações, a grande formula química e médica, comprimidos
capazes de reviver o morto – todas estas maiores realizações facilmente vêm
para o conhecedor do Parā-Prāsāda-Mantra. A Sādhanā dos Ṣaṭkarmas (os seis
rituais para os objetivos desejados) nunca são inúteis.
16:96-97 – Meditando sobre o Devatā, um Sādhaka deve
realizar Havana como antes, com cúrcuma e outros materiais amarelos, lenha,
frutos e folhas. Isto sem dúvida imobiliza o discurso, a audição, o movimento,
a visão, o braço, o rio, os planetas, o inimigo e vários outros animais
ferozes.
16:98 – Oh Minha Amada ! Não há melhor Dhyāna do que este
para o propósito de se destruir as calamidades planetárias, as doenças e as
pessoas maléficas. Isto é verdadeiro e não há dúvida sobre isto.
16:99 – Oh Devi ! assim foi dito sobre o resultado da
Tāmasa Sādhanā. Deve-se usar este método para infligir morte sobre pessoas más
e inimigos.
16:100 – Oh Minha Amada ! Conhecendo estas distinções de
Dhyāna, diretamente da boca de um Guru, deve-se sozinho praticar os Ṣaṭkarmas,
não o contrário.
Método de
Havana na pacificação, cativação e atração etc., dos 6 rituais
16: 101-103 – Oh Kulanāyike ! um Sādhaka deve realizar
Havana com samidhā (combustível) de Khadira (Acacia catechu), Śveta-Mandāra (Erithrina
Indica), Palāśa (Curcuma zedoria),
Uḍumbara (Ficus Glomerata), Aśvattha
(Ficus Religiosa), Pippala (também
chamada de Ficus Religiosa), Plakṣa (Ficus infectoria) Apāmārga (Achyranthes áspera), lótus branco e
outros materiais, frutos, comestíveis, arroz cozido no leite com açúcar,
Madhura-traya (açúcar, mel e manteiga clarificada) ou arroz-tila misturado com
Surā.
16:104 – Conforme for o objetivo, que pode ser pequeno ou
grande, deve-se, com todos os materiais acima mencionados, ou com um, fazer um,
três ou cinco mil oblações.
16:105-106 – Oh Kuleśvari ! invocando e contemplando
sobre o Devatā com revestimentos, um Sādhaka deve, no poço contendo o fogo
purificado, metodicamente e com mente concentrada, colocar dez mil, um Lack ou
dez Lacks de oblações conforme prescrito para o ritual em questão.
16:107 – Todas as doenças como histeria, epilepsia,
tuberculose e todos os outros problemas, sem dúvida, são destruídas
imediatamente diante deste ritual. Oh Minha Amada ! a pessoa obtém dito todas
as espécies de paz, conhecimento e aprendizado.
16:108-113 – O conhecedor dos Mantras deve realizar
Havana na forma prescrita com Kadamba (Nauclea
Cadamba), Aśoka (Jonesia Ashoka Roxb),
Agastya (Agasti grandiflora), Punnāga
(Rottleria tinctoria ou calophylium
inophyllum), Āma (manga), Madhūka
(Bassia latifolia), Campā (Michelia Campaka), Palāśa (Curcuma zedoria), Bilva (Aegle Marmelos), Pāṭala (Bignonia Suaveoleus), Kapittha (Feronia elephantum), Mālatī (Jasminum grandiflorum), Mallikā (Wrightia antidysenterica), Jāti (um tipo de jasmim), Bandhūka (Pentapetes phoenicea), Lótus vermelho,
Kalhāra (Nymphia Lótus), Mandarā
vermelho (Erithina Indica) Yūthi (Jasminum auriculatum), Kunda (Jasminum multiflorum), Japā (China rose), Nārikela (coqueiro), Kadalī (Musa sapientum), Drākṣā (uvas), Ikṣu (cana de açúcar), Pṛthuka (uma
espécie de grão), Candana (Sândalo),
Aguru (Aquilaria agaloocha), Karpūra
(Cânfora), Rocanā (um pigmento amarelo mais conhecido como
Go-rocanā), Kuṁkuma (crocus sativus)
e combustíveis de outros materiais auspiciosos (outras madeiras e óleos), flores, folhas, frutos etc. A partir
disto, Oh Kuleśvari ! o rei, as senhoras soberbas de sua juventude, os homens,
os leões, tigres e outros animais ferozes, os elefantes, Siddhas, Devas,
Apsaras, Yakṣas, Gandharvas e suas fêmeas – todos estes, sem dúvida, são
cativados.
16:114 – Havana de Bājī-Lavaṇa definitivamente atrai as
senhoras e a pessoa obtém fortuna superior com este método.
O conhecedor
do Parā-prāsāda Mantra é liberado nesta mesma vida
16:115 – Não há o que dizer tanto. Com este rei dos
Mantras nada permanece inalcançável para o Sādhaka.
16:116 – Oh
Kuleśvari ! um adepto em Ūrdhvāmnāya, conhecedor do Parā-Prāsāda Mantra, e
conhecedor do conhecimento essencial do Kulārṇava é liberado nesta mesma vida.
16:117 – O conhecedor do Parā-Prāsāda Mantra permanece
sempre liberado onde quer que ele viva, quer em um local santo ou não santo, ou
mesmo no meio da água – não há dúvida quanto a isto.
Método de
causar inimizade, aversão e morte etc., nos 6 rituais
16:118 – Oh Pārvati ! deve-se primeiramente conhecer o
Bhairava e as Devis dos pontos cardinais, os Pīṭhas, os locais sagrados,
Mudrās, Mathas e o Ūrdhvāmnāya.
16:119-124 – Nimb (Azadirachta
Indica), Kāraskara (uma planta
venenosa), Unmatta (Pterospermum
Acerifolium), Kaṇṭakī (nome de várias
plantas espinhosas), Vipra-danta (dentes
de um Brahmaṇe), Asthi (ossos),
várias plantas espinhosas e outros materiais inauspiciosos, ou glóbulos pretos,
vários combustíveis, folhas, frutos – tudo isto junto com a fumaça da cozinha,
cinzas de piras de funeral, e colírio de Trikaṭu (três coisas amargas, ou seja, pimenta preta, pimenta longa e gengibre
em pó) devem ser bem socados em suco de Unmatta (Pterospermum acerifolium) e então enterrado bem. Tomando esta pasta
e também a poeira de baixo dos pés do Sādhya (contra quem o ritual está sendo direcionado), e as cinzas da pira
funerária – tudo isto deve ser misturado e um modelo do Sādhya feito desta
pasta grossa. Agora, invocando vida nela (na imagem modelada), ela deve ser
enterrada sob a fogueira. Em seguida, com uma mente maliciosa, olhando
ferozmente e com uma atitude raivosa, o Sādhaka deve fazer um fogo a partir das
sete madeiras venenosas. Neste fogo ele deve, então, realizar Havana com os
materiais acima mencionados. Isto, sem dúvida, causará inimizade, aversão e
morte.
Contemplação
das cores branca, etc., nos rituais de pacificação etc., nos 6 rituais
16:125-126 – Deve-se contemplar sobre a cor branca
Sattvica nos rituais de pacificação; na cor vermelha Rājasica nos rituais de
cativação; e a cor preta Tāmasica nos rituais cruéis.
16:127 – O Sādhaka deve tomar todas medidas de auto
proteção e começar o ritual somente mais tarde. Quem, por ilusão, não faz
assim, torna-se um animal dos Deuses.
16:128 – Portanto, Oh Devi ! um Sādhaka sábio deve
começar os rituais somente depois de realizar o Mahā-Ṣoḍhā-Nyāsa, adoração e
Bali.
16:129 – Contemplando sobre o Fogo no centro do Mūlādhāra
Lótus, deve-se, em seguida, contemplar neste centro o Parā-Prāsāda-Bīja junto
com dez letras permeando-o e brilhantes como o fogo da dissolução final.
Método de
destruir aqueles que causam injuria.
16:130-133 – Assumindo-se como o fogo (ou se imaginando)
da dissolução final, uma atitude temerosa para com todos os organismos, um
Sādhaka, olhando para o Sul, com olhar feroz e associado com a exuberância da
juventude, deve realizar 1008 Japas do grupo de Mantras chamado Parā-Prāsāda.
16:134 – Deve-se contemplar todos os seres injuriosos, as
pessoas cruéis, aqueles que causam conflitos e dor, invejosos sem fundamentos,
que causam perturbações na adoração, espíritos maléficos, planetas secundários,
duendes, espíritos, Yakṣas, Rākṣasas e todos os outros seres ferozes como
caindo naquele fogo e queimando nele. Assim eles são destruídos em um momento
como traças no fogo.
16:135 – Oh Deveśi ! em cuja cabeça este Bīja é
contemplado obtém a morte. A partir deste Dhyāna até mesmo a Morte (Kāla) em Si
mesmo é destruído.
16:136 – Oh Minha Amada ! assim eu falei em brevidade os
rituais relacionados aos objetivos desejados. Oh Kuleśāni ! agora o que mais
Você quer ouvir?
__________________________________________________
1. Lakh é uma unidade de medida equivalente a cem mil cada um.
2. Siddha Mantra já foi visto no capítulo
anterior que trata da
adequação do Mantra. A importância de se entender este passo na escolha do
Mantra é fundamental não só para a frutificação dos rituais escolhidos como
também para evitar um mantra que cause danos tanto ao Sādhaka quanto aos seus
próximos e parentes.
3. Os seis Rituais (Ṣaṭkarmas) são – 1. Māraṇa; 2. Mohana; 3.
Vaśikaraṇa; 4. Uccāṭana; 5. Stambhana; 6. Śānti.
4. A importância de se conhecer os vários
elementos que compõem o tempo
do ritual, isto é, o momento em que ele está sendo realizado, é importante para
a fruição do mesmo.
5. Novamente tais elementos sempre estão
presentes na realização da Sādhanā Tântrica, sem
o qual é impossível executá-la com propriedade. Estes Ślokas prosseguem
listando todos os elementos necessários e faz como que um alerta para a
compreensão de seus usos dentro da ritualística antes de iniciar até mesmo uma
Sādhanā. Não é possível que nada seja esquecido para o bom sucesso da adoração.
6. Em Vedic Remedies in Astrology, Pt. Sanjay
Rath cita os mantras masculinos como Vaṣaṭ e Phaṭ, ao passo que os femininos
são aqueles terminados em Svāhā e Vauṣaṭ, e os neutros aqueles terminados em Huṁ
e Namaḥ. Observe a diferença aqui com a terminação em Huṁ dado no Kulārṇava
Tantra como sendo Masculino.
7. Conforme autoridades dos Śāstras tais
como Lalitopakhyanaṁ,
Tantra Raja Tantra, Dakṣiṇāmūrti Saṁhitā, Vasiṣṭha Saṁhitā, Kamakalā Vilāsa,
Bhairava Yamalaṁ etc., o significado espiritual e cósmico das fases da Lua são
as 16 Kalās, ou fases, das quais 15 são visíveis para nós, e as outras 16 são
invisíveis e estão além da nossa percepção. As 16 Kalās da Lua (Candra) são: 1. Amṛtā – 2. Mānadā – 3. Pūṣā – 4. Tuṣṭi
– 5. Puṣṭi – 6. Rati – 7. Dhṛti – 8. Śaśini – 9. Candrikā – 10. Kānti – 11.
Jyotsnā – 12. Śrīḥ – 13. Prīti – 14. Aṅgadā – 15. Pūrṇā – 16. Pūṇāmṛtā. A
numeração aqui corresponde à sequencia de todas as Kalās como citações por Sir
John Woodroffe, Kulārṇava Tantra, dentre os Tratados acima mencionados. Pode
haver algumas divergências por parte de algumas autoridades quanto a sequencia.
Em continuação, estas 16 Kalās são governadas ´por 16 Nitya Devis. Elas são
chamadas Ṣoḍaṣa Nityas, e são: 1. Mahā
Tripura Sundarī, 2. Kameśvarī, 3. Bhagamālinī, 4. Nityaklinna, 5. Bherunda,
6. Vanhivasinī, 7. Maha Vajreśvari, 8. Śivadooti (Roudri), 9. Tvarita,
10. Kulasundari, 11. Nitya, 12.Nīlapataka, 13. Vijaya, 14. Sarvamaṅgala,
15. Jvalamalinī, e 16. Chidrūpa (Chitra). Em continuidade, as 16 vogais são aṁ āṁ iṁ īṁ uṁ ūṁ eṁ aiṁ oṁ auṁ
ṛṁ ṝṁ lṛṁ lṝṁ am aḥ. A adoração dessas Divindades é uma bem conhecida prática
Tântrica e não será abordada aqui nesta tradução.
8. As cores como descritas
no Kulārṇava Tantra podem ser encontradas diferentemente em outros Śāstras, mas
o fundamento da ritualista é como citado aqui. Abaixo deixo uma tabela como por
outras autoridades, devidamente mencionadas em suas citações, sobre as cores,
direções, estações e demais ordens dos elementos utilizados em cada um dos seis
rituais.
Ṣaṭkarmas
|
Śānti
|
Vaśikaraṇa
|
Stambhana
|
Mohana
|
Uccāṭana
|
Māraṇa
|
Pacificação
|
Cativação
|
Imobilização
|
Dissensão
|
Aversão
|
Erradicação
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Śakti
|
Rati
|
Vāṇī
|
Ramā
|
Jyestha
|
Durgā
|
Kālī
|
Cor
|
Branco
|
Vermelho/Rosa
|
Amarelo escuro
|
Misturado
|
Preto
|
Cinza
|
Ṛtu
(estação)[9]
|
Hemanta [10]
|
Vasanta
|
Śiśira
|
Grīṣma
|
Varṣā
|
Śarada
|
2am – 6am
|
6am – 10am
|
10am – 2pm
|
2pm – 6pm
|
6pm – 10pm
|
10pm – 2am
|
|
Disa
– direção que a pessoa deve voltar seu rosto
|
Nordeste
|
Norte
|
Leste
|
Sudoeste
|
Noroeste
|
Sudoeste
|
Tithi
|
Śukla
Pakṣa
Dvitīya (2)
Tritīya (3)
Pañcamī (5)
Ou Saptāmi (7)
|
Śukla
Pakṣa
Chaturthi (4)
Ṣaṣṭhī (6)
Navamī (9) ou
Trayodaśī (13)
|
Kṛṣṇa
Pakṣa
Aṣṭamī (8)
Caturdasī (14)
Ou Amāvāsya (15)
Śukla Pakṣa
Pratipada (1)
|
Aṣṭamī (8)
Navamī (9)
Daśamī (10)
Ekādaśī (11)
|
Kṛṣṇa
Pakṣa
Aṣṭamī (8)
Caturdasī (14)
|
Kṛṣṇa
Pakṣa
Aṣṭamī (8)
Caturdasī (14)
Ou Amāvāsya (15)
Ou Śukla Pakṣa
Pratipada (1)
|
Vara
(dia)
|
Quarta/Quinta
|
Segunda/Quinta
|
Domingo/Terça/
Sábado
|
Sexta/Sábado
|
Sábado
|
Domingo/Terça/
Sábado
|
Āsana
|
Padmāsana
|
Svastikāsana
|
Vikatāsana
|
Kukuttāsana
|
Vajrāsana
|
Bhadrāsana
|
Vinyasa
[11]
|
Granthana [12]
|
Vidarbha [13]
|
Samputa [14]
|
Rodana [15]
|
Yoga [16]
|
Pallava [17]
|
Mandala
|
Jala (água)
|
Vahni (fogo)
|
Pṛthivī (terra)
|
Ākāśa (éter)
|
Vāyu (ar)
|
Vahni (fogo)
|
Mudra
[18]
|
Padma
|
Pasa
|
Gada
|
Musala
|
Vajra
|
Khadga
|
Homa
Yagya Mudrā [19]
|
Mrigi [20]
|
Mrigi
|
Hamsi [21]
|
Sukari [22]
|
Sukari
|
Sukari
|
Varṇakṣara
(A) [23]
|
Candra
|
Jala (água)
|
Pṛthivī (terra)
|
Ākāśa (éter)
|
Vāyu (ar)
|
Agni (fogo)
|
Varṇakṣara
(B) [23]
|
Sa [स]
|
Va [व]
|
La [ल]
|
Ha [ह]
|
Ya [य]
|
Ra [र]
|
Jati
[24]
|
Namaḥ
|
svāhā
|
Vaṣaṭ
|
Vauṣat
|
Huṁ
|
Phaṭ
|
Bhutodaya
(surgindo dos elementos) [25]
|
Respirar na parte inferior das narinas
|
Respirar na parte superior das narinas
(fogo)
|
Respirar na parte mediana das narinas
(terra)
|
Respirar na parte mediana das narinas
(terra)
|
Respiração é obliqua (ar)
|
Respirar na parte superior das narinas
(fogo)
|
Samidha
(madeira para yagna) [26]
|
Ghee de vaca e grama Dūrvā
|
Ghee de cabra e madeira de romã
|
Ghee de ovelha e madeira de amalatasa
|
Óleo de attasi e madeira de dhatura
|
Óleo de mostarda e madeira de mangueira
|
Óleo de bitter e madeira de khadira
|
Mala
|
Concha, tulasi etc
|
Sementes de lótus
|
Lima ou curcuma
|
Sementes de neem
|
Dentes de cavalo ou coral vermelho
|
Dentes de jumento
|
Agni
(Fogo Sagrado)
|
Fogo doméstico
|
Fogo doméstico
|
Madeira Vata Fogo fora de casa
|
Madeira Vibhitaka Fogo ao ar livre
|
Campo crematório
|
Campo crematório
|
Nome
da Língua de Fogo [27]
|
Suprabha
|
Rakta
|
Hiranya
|
Gagana
|
Atiraktika
|
Kṛṣṇa
|
Tintura
|
Pasta de sândalo
|
Go-rocanā
|
Cúrcuma
|
Kājal [28]
|
Charcoal
|
Visastaka [29]
|
Papel
para o yantra
|
Bhoja patra
|
Bhoja patra
|
Pele de tigre
|
Couro cru de jumento
|
Tecido de bandeira
|
Osso humano
|
Yagna
Kunda (fogo Pit)
|
|
Forma de lótus
|
Quadrado
|
Triangular
|
Hexágono
|
Semi-círculo
|
Sruva
e Sruci (concha)
|
Ouro
|
Prescrito na madeira do yagna
|
Ferro
|
Ferro
|
Ferro
|
Ferro
|
Caneta
para escrita
|
Ouro, prata ou madeira chameli
|
Grama Dūrvā
|
Árvore Agastya ou Amalatasa
|
Karanja
|
Vibhitaka
|
Osso
humano
|
9. Mantramahodaddhi
25.7-8: ऋतुषटक वसन्ताद्यमहोरात्रं भवेत्कर्मात् । एषैकस्यऋतोर्मनं
घटिकादशकं मतम्॥ Este não é o Ritu normal ou a estação
astrológica com base no trânsito do Sol. Isto são flutuações de temperatura
diárias e estão baseadas nas seis estações, abrangendo um dia inteiro, ou 24
horas. Assim, cada estação tem sua influência por 4 horas, ou 10 Ghati. Então,
estes períodos de estações iniciam em Vasanta e coincide com o nascer do sol.
Alternativamente, os efeitos podem ser tomados a partir das 6 da manhã,
coincidindo com o início do Ritu Vasanta. Conforme a hora, os efeitos das
estações em um dia são como descritos na tabela 4.9.
10. Desde que o
momento mais Sattvico para o Śanti Mantra é de 2 às 6 da manhã, esta é a melhor
hora de adoração para uma pessoa que aspira por paz na vida, bem estar geral,
erradicação de doenças ou Moksha.
11. Vinyasa – é o
método de adicionar um nome ao mantra de modo a ser aceito pela Divindade do
Mantra. Se a Divindade não aceitar, então como o Mantra poderá frutificar? Daí,
este Mantra com o nome adicionado a ele é recitado 108 vezes para a aceitação
da Divindade do Mantra.
12. Granthana –
uma sílaba do mantra é seguida por uma sílaba do nome. Este processo é contínuo
até à última sílaba do Mantra. Se necessário, as sílabas do nome são repetidas.
Por exemplo, se Sanjay (3 sílabas – sa-ja-ya) é para ser o Granthana do Mantra
Hare Rama Kṛṣṇa (6 sílabas – ha-re-ra-ma-kṛ-ṣnā), então, o Granthana do Mantra
fica (ha-SAM-re-JA-ra-YA-ma-SAM-kṛ-JA-ṣnā-Ya).
13. Vidarbha –
duas sílabas do mantra é seguido por uma sílaba do nome. Este processo é
contínuo até a ultima silaba do Mantra ter terminado. Se necessário as sílabas
do nome devem ser repetidas. O final resulta no Vidarbha Mantra.
14. Sampuṭa – o
mantra inteiro é seguido pelo nome e então o Mantra é repetido na ordem inversa
das sílabas. Por exemplo, Sampuṭa do Hamsa Mantra é desejado por uma pessoa
chamada Sanjay, então o Sampuṭa Mantra é “Hamsa-Sanjay-Soham”.
15. Rodhana – o
Mantra é repetido três vezes, no início, meio e fim do nome. No caso do nome
ter um número ímpar de sílabas, mais deve ser usado na metade inicial. Por
exemplo, se o Ajapa Mantra “Hamsa Mantra” é para ser usado por Sanjay, então o
Rodhana Mantra se torna “Hamsa-Sanjay-Hamsa-Ya-Hamsa”.
16. Yoga – o nome
é prefixado ao Mantra. Por exemplo, se o “Hamsa Mantra” deve ser usado para
Sanjay, então o Yoga Mantra se torna “Sanjay-Hamsa”.
17. Pallava – o
nome é prefixado ao mantra. Por exemplo, se o “Hamsa mantra” deve ser usado
para Sanjay, então o Pallava Mantra se torna “Hamsa-Sanjay”.
18. Mudrās aqui
se refere à postura das mãos, incluindo palmas e dedos. Referências podem ser
encontradas nas normas dos Textos dos Tantras tal como o “Tantrabhidhana”. Os
nomes das mudrās dadas na tabela são como pelo Nabhasa Yoga em Jyotiṣa.
19. Mantramahodaddhi
25.29: Saantao vashyao margai hmsai
stmbanaaidyau saukrl...
20. Mrigi Mudra é
formado pela flexão e o toque do dedo médio e o anelar (terceiro e quarto
contado a partir do polegar) com o polegar, conforme o indicador e o mínimo
(segundo e quinto contado do polegar) ficam esticados para fora.
21. Hamsa Mudra é
formado pela flexão e o toque de todos os dedos, exceto o mínimo, com o
polegar, enquanto o mínimo fica esticado para fora.
22. Sukari Mudrā
é formado pela contração da palma e o estreitamento dela conforme os dedos
ficam alongados.
23. Varna se
refere ao Akṣara, ou as letras usadas no Mandala (Yantra). Para este propósito
somente, os dezesseis Svaras (vogais) e Sa e Tha são tomadas do Akṣara da Lua.
Os restantes são como pelo Kula – A-Kula Chakra.
24. Ponto de
vista de outras autoridades.
25. Bhutodaya –
existe uma ferramenta refinada em Jyotiṣa para determinar o surgimento dos
cinco elementos ao invés de confiar na respiração, o qual requer muito treino
por um Guru. Um dia é dividido em duas partes chamadas de “Ahoratra”, ou seja,
Dia e Noite de 12 horas cada parte. Cada metade está dividida em 4 Yamas de 3
horas cada, e cada Yama está dividido em dois Yamardha (metade do Yama
literalmente) de 90 minutos cada. O primeiro Yamardha é Aaroha (crescente),
enquanto que o segundo é Avaroha (decrescente). Cada Yamardha de 90 minutos tem
15 partes de 6 minutos (ou 15 Vighaṭis) cada. Estes são os 5 Tattvas que têm o
seguinte número de partes: Prithvi (1), Jala (2), Agni (3), Vāyu (4) e Ākāśa
(5).
Por exemplo,
deixe-nos determinar o Tattva para terça-feira. Uma vez que Marte governa o
elemento fogo, o primeiro Tattva às 6 da manhã (nascer do sol) é Agni e isto
tem 3 partes, ou seja, 18 minutos. O seguinte é Vāyu tendo 4 partes por 24
minutos e assim por diante. Este é o Aaroha, ou ciclo ascendente. O ciclo
seguinte inicia às 7:30 da manhã (aproximadamente) e as primeiras três partes
são novamente governadas por Agni por 18 minutos, ou seja, de 7:30 até 7:48 da
manhã. O seguinte é visto na ordem inversa, uma vez que este é um Avaroha, ou
ciclo decrescente. Isto faz o elemento Água surgir por 2 partes (12 minutos),
de 7:48 até 8:00 da manhã. Desta forma, o elemento que surge em dado momento
pode ser apurado.
26. Normalmente
os rituais auspiciosos do fogo devem ser acendidos especialmente com madeiras
de árvores que têm seiva leitosa, enquanto que os rituais inauspiciosos são
usados as madeiras de Vibhitaka, Dhattura, Lemon etc.
27. Estas são as
diferentes partes da chama. A parte inicial seguinte da madeira é transparente
e sem cor. Este é Suprabha. A chama laranja que se segue é chamada Rakta. A
chama amarela é chamada Hiranya e a chama de um vermelho profundo acima da
amarela é chamada Atiraktika. A chama azulada é chamada Gagana. O calor, ou
chama invisível, que surge acima das chamas visíveis, é chamada Kṛṣṇa.
28. Kājal – preto
suave da fumaça doméstica.
29. Visastaka –
oito tipos de substâncias venenosas adicionados à tinta. Referencias nas normas
dos textos para detalhes.
(*) Todas as notas de rodapé neste livro com citações a
partir dos estudos feitos no Mantramahodaddhi
de Mahīdhara, Vedic Remedies in
Astrology, por Pt. Sanjay Rath; Mystical
Formula, por K.T.Shubhakaran; Śrī-Cakra,
por S.K. Ramachandra Rao; Kulārṇava
Tantra, por Sir John Woodroffe (Arthur Avalon); e Kāmakalāvilāsa, por Śrīmanmāheśvara Puṇyānanda Nātha.
iti śrīkulārṇave
nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye
sarvāgamottamottame
sapādalakṣagranthe pañcama-
khaṇḍe
ūrdhvāmnāyatantre kāmyakarmavidhānaṁ
nāma ṣoḍaśa
ullāsaḥ ||16||