कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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सप्तम
उल्लासः
saptama ullāsaḥ
Sétimo Ullāsa
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Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por:
Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
ॐ
ॐ गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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As notas de rodapé, conforme citações das autoridades acima mencionadas,
serão acrescentadas após o término das publicações dos capítulos restantes.
Śrī Devi disse
7:1 – Oh Kuleśa ! diga-me gentilmente sobre os
sacrifícios para o Baṭuka etc., e os sintomas da Śakti. Oh Oceano de Gentileza
! também me fale sobre a aceitação destas coisas.
Īśvara disse:
7:2 – Ouça, Oh Devī ! estou falando o que Você me
perguntou. Por meramente ouvir isto o Conhecimento Espiritual é revelado.
7:3 – A não ser que oblações sejam dadas ao Baṭuka,
nenhum Devatā pode ficar satisfeito mesmo pela concentração e adoração.
7:4 – Daí, deve-se assegurar a satisfação dos Deuses pela
adoração em conformidade com os Mantras e as regras dos Baṭukas etc., com
incenso, flores, licor e Māṁsa.
7:5 – Sejam quais forem os Dravyas que sejam trazidos
para a adoração e oferecidos eles devem, Oh Kuleśvarī ! ser oferecidos com
devoção aos Kṣetrapālas.
Mantras de
oblações para Baṭuka
7:6
– Estou falando sobre os Mantra do Baṭuka, Oh Kulanāyike, o qual agrada, ouça !
Por meramente adorar com estes Mantras, todas as perturbações são destruídas.
ॐ ॐ ॐ
दवीपुत्र बटुकनाथ कपिल
जटा
भार भास्वर पिङ्गल त्रिनेत्र ज्वालामुख !
इमां
पूजां बलिं गृह्ण- गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ devīputra baṭukanātha
kapila
jaṭā bhāra bhāsvara piṅgala
trinetra jvālāmukha !
imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa
svāhā |
7:7-9
– Este é o Baṭuka Mantra de quarenta e quatro letras, o qual se deve recitar
enquanto se oferece oblações com este outro:
Balidānena santuṣṭo baṭukaḥ
sarvasiddhidaḥ |
Śāntiṁ karotu me nityaṁ
bhūtavetālasevitaḥ ||9||
Mantra de
oblação para Yoginī
7:10-12
– em seguida o Mantra para a Yoginī, de cinquenta letras:
ॐ ॐ ॐ
सर्वयोगिनीभ्यं सर्वभूतेभ्यः
सर्वभूताधिवर्त्तिताभ्यः
डाकिनीभ्यः
शाकिनीभ्यः
त्रैलोक्यवासिनीभ्यः
इमां
पूजां बलिं गृह्ण- गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ sarvayoginībhyāṁ
sarvabhūtebhyaḥ
sarvabhūtādhivarttitābhyaḥ
ḍākinībhyaḥ
śākinībhyaḥ
trailokyavāsinībhyaḥ
imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa
svāhā |
7:13
– Enquanto se oferece Bali (oblação) com o Yoginī Mantra, deve-se dizer este
Mantra:
Yā kācid yoginī raudrā
saumyā ghoratarā parā |
Kecarī bhūcarī vyomacarī
prītāstu me sadā ||13||
Mantra de
Oblações para Sarvabhūtapatiḥ
7:14
– O Mantra de dezessete letras é como se segue
ॐ ॐ ॐ
सर्वभूतेभ्यः सर्वभूतपतिभ्यो स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ sarvabhūtebhyaḥ
sarvabhūtapatibhyo svāhā |
7:15-16
– Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:
Bhūtā yo vividhākārā divyā bhaumāntarikṣagāḥ |
Pātālasaṁsthā me
kecicchivayogena bhāvitāḥ ||15||
Dhruvādyāḥ satyasandhāśca
indrādyāḥ svarvyavasthitāḥ |
Tṛpyantu prītamanasaḥ
pratigṛhṇantvimaṁ baliṁ ||16||
Mantra de oblação
para os Kṣetrapālas
7:17-18
– O Mantra de sessenta e quatro letras, o qual concede todos os Siddhis, é como
se segue:
ॐ ॐ ॐ
देहि देहि देवीपुत्राय बटुकनाथाय उच्छिष्टहारिणे
सर्वविघ्नात
नाशय नाशय गृह्ण गृह्ण रुरु क्षेत्रपाल सर्वोपचारसहितामिमां
पूजां
बलिं गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ dehi-dehi
devīputrāya baṭukanāthāya ucchiṣṭahāriṇe
sarvavighnāt nāśaya-nāśaya
gṛhṇa-gṛhṇa ruru
kṣetrapāla
sarvopacārasahitāmimāṁ
pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa
svāhā |
7:19
– Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:
Yo’smin kṣetre nivāsī ca kṣetrapālasya
kiṅkaraḥ |
Prīto’yaṁ Balidānena
sarvarakṣāṁ karotu me ||19||
Mantra de
oblação para Rāja-Rājeśvara
7:20-27
– O Mantra de cento e sessenta letras é como se segue:
ॐ ॐ ॐ
ॐ ह्सौः स्हौः ह्रां ह्रीं ह्रूं
भैरवाधिष्ठिताय
अक्षोभ्यानन्दहृदयाभीष्टदः सिद्धार्थ अवतर
अवतर क्षेत्रपाल महाशान्त मातृपुत्र कुलपुत्र सिद्धिपुत्र अस्मिन् स्थानाधिप
ग्रामाधिपतयेऽस्मन् देशाधिपतये वटुकनाथ देवीपुत्र मेघनाद प्रचण्डोग्रकपाली भीषण
सर्वविघ्नाधिपतये इमां पूजां बलिं गृह्ण गृह्ण कुरु कुरु मम दूरय दूरय ज्वल
प्रज्वल प्रज्वल सर्व-विघ्नान् नाशय नाशय क्षां क्षं बुद्धिं क्षेत्रपालाय वौषट् ह्रूं ।
Oṁ oṁ oṁ oṁ hsauḥ shauḥ
hrāṁ hrīṁ hrūṁ
bhairavādhiṣṭhitāya akṣobhyānandahṛdayābhīṣṭadaḥ siddhārtha
avatara-avatara
kṣetrapāla mahāśānta mātṛputra kulaputra siddhiputra asmin
sthānādhipa
grāmādhipataye’sman deśādhipataye vaṭukanātha devīputra meghanāda
pracaṇḍograkapālī bhīṣaṇa
sarvavighnādhipataye imāṁ pūjāṁ
baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa kuru-kuru
mama dūraya-dūraya jvala prajvala-prajvala
sarva-vighnān nāśaya-nāśaya
kṣāṁ kṣaṁ
buddhiṁ kṣetrapālāya vauṣaṭ
hrūṁ |
7:28
– Depois de oferecer oblações com o Mantra de 160 letras acima, deve-se
oferecer oblação ao Rāja-Rājeśvara e à família do Baṭuka, todos integrados. O
Mantra de 28 letras para este objetivo é como se segue:
ॐ ॐ ॐ
अमुक क्षेत्रपाल राज राजेश्वर इमां पूजां बलिं गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ amuka kṣetrapāla
rāja rājeśvara imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |
7:29
– Enquanto se oferece oblações com os Mantras acima, deve-se dizer estas
palavras (Śloka 29):
Anena Balidānena vaṭuvaśasamanvitaḥ
|
Rājarājeśvaro devo me
prasīdatu sarvadā ||29||
Locais de
oferecimento de oblações para os Baṭukas
7:30
– Adoração do Baṭuka é no Oeste; da Yoginī é no Norte; dos Sarvabhūtas é no
Leste; e dos Kṣetrapālas no Sul. Deve-se, Oh Kulanāyike ! adorar o
Rāja-Rājeśvara no Centro.
Determinação
dos dedos nas oblações dos Baṭukas e outros
7:31-32
– Deve-se oferecer oblações ao Baṭuka com o polegar (Aṅguṣṭhā) e o anelar
(Anāmikā); para a Yoginī com o polegar (Aṅguṣṭhā), o indicador (Tarjanā), o
mediano (Madhyamā) e o anelar (Anāmikā); para os Sarvabhūtas com todos os dedos
(Aṅguṣṭhā, Tarjanā, Madhyamā, Anāmikā e Kaniṣṭhikā); para os Kṣetrapālas com o
polegar e o indicador; e para o Rāja-Rājeśvara com o polegar e o mediano.
Mantra e
sintomas do Kula-Pūjā
7:33-35
– Depois da adoração do Baṭuka etc., deve-se mostrar o Kuladīpa. Deve-se
amassar uma farinha vermelha clara muito bem e preparar nove, sete ou cinco
dīpakas (uma espécie de lamparina) triangulares, da forma de um grande Damarū
(um pequeno tambor). Os dīpakas devem ser do tamanho suficiente para conter Karṣa
de Ghṛta neles. Portanto, unindo a luz externa com a luz interior, deve-se
girar por três vezes sobre a Devī os dīpakas de infinito brilho, submetendo a
Ela com o Mantra (Śloka 36):
Samastacakracakreśi deveśi
sakalātmike |
Ārātrikamidaṁ devi gṛhāṇa
mama siddhaye |
Kuladīpān pradarśyātha
śaktipūjāṁ samācaret ||36||
Depois
bebendo pela Śaktī, bebendo pelo Sādhaka
7:37 – Depois de mostrar o Kuladīpaka, o
Sādhaka deve adorar a Śakti. Depois de oferecer a bebida a sua Śakti ou a sua
Vīra-Śakti (do Sādhaka), ou especialmente a Śakti iniciada, o Sādhaka deve
beber ele próprio. Esta é a regra dos Śāstras.
7:38
– Oh Ambike ! o Sādhaka deve imediatamente purificar uma senhora não-iniciada.
Ela deve ser purificada de acordo com as regras do Mantra da iniciação, não o
contrário.
7:39
– Portanto, admitindo uma Śakti com boas características como um Devatā,
deve-se adorá-la com incenso, flores e Akṣata e oferecer a ela o vaso cheio de
oferecimentos.
7:40
– Portanto, admitindo belas virgens e senhoras com as formas do Devatā,
adore-as e providencie separadamente vasos para cada uma.
7:41
– A adoração de um Sādhaka que desfruta dos Kula Dravyas sem primeiro
oferece-los à Śakti se torna infrutífera e o Devatā nunca fica agradado com
isto.
Kulāṣṭaka:
as oito Kula-Śaktīs
7:42
– Caṇḍālī, Carmakārī, Mātaṅgī, Pukkasī, Śvapacī, Khaṭṭakī, Kaivartī e Viśva-Yoṣitā
são as oito Kula Śaktis (Kulāṣṭaka)
As oito
não-Kula-Śaktīs
7:43
– Depois de enumerar as Kulāṣṭakas, as Akulāṣṭaka Śaktis são agora enumeradas:
Kandukī, Śauṇḍikī, Śastrajīvī, Rañjakī, Gāyakī, Rajakī, Śilpī e a oitava
é a Kaulikī.
Sāhaja Śaktī
7:44-45
– Conhecedora do Tantra e Mantra, virgem ou devotada às Observâncias, uma
Yoginī-śakti, que pode ser uma adepta do Samayācāra se ela mesmo vem no momento
da adoração é designada como uma Sahajā-Śakti.
Na ausência
de Śaktī, a imaginação de Sua Forma
7:46a
– Na ausência de qualquer uma das Śaktis acima, deve-se adorar uma senhora de
qualquer uma das quatro classes.
Śaktis com
boas características e aquelas que devem ser excluídas
7:46b-48
– Ela é chamada de uma Śakti de boas características quem pode ser bela de
aparência, jovem, séria, seguidora do Kulācāra, piedosa, desprovida de
desconfiança, devotada, adepta do Śāstra, livre de ganância, de um sorriso
prazeroso em seu rosto, de fala mansa, devotada ao Guru e ao Devatā, de bons
pensamentos, amante dos Kaulikas, livre de ciúmes e inveja, bem versada, interessada
na adoração do Devatā, agradável em personalidade e de bom caráter.
7:49-51
– Śaktis que podem ser doentes, ásperas, cruéis, miseráveis e que provocam
miséria ao Kula, de mau caráter, desprezíveis, medrosas, gananciosas,
apaixonada por alguém, inquieta, preguiçosas, interessada em dormir, de
espírito perverso, desprovida de algum órgão, doente, que exala mau odor, feia,
tola, velha, insana, irracional, de espírito imundo, sem pudor, briguenta,
deformada em aparência, mesquinha, que anda por maus caminhos, muda, coxa ou
cega, não são aptas para serem associadas com a adoração e o sacrifício, mês se
elas forem iniciadas com Mantras.
Mantras para
oferecimento de adoração à Devi
7:52-55
– Portanto, Oh Minha Amada ! toda adoração etc., deve, com água consagrada, ser
submetida à Devi com o Mantra de setenta letras:
ॐ ॐ ॐ
इतः पूर्वं प्राण बुद्धि देह धर्माधिकार जाग्रत् स्वप्न सुषुप्तिषु मनसा
चेतसा
वाचा कर्मणा हस्ताभ्यां पद्भ्यामुदरेण शिश्ना च यत्
स्मृतं
यत्कृतं यदुक्तं तत् सर्व गुरवे मत् समर्पितमस्तु स्वाहा ।
oṁ oṁ oṁ itaḥ pūrvaṁ prāṇa
buddhi deha dharmādhikāra jāgrat svapna suṣuptiṣu manasā
cetasā vācā karmaṇā
hastābhyāṁ padmyāmudareṇa śiśnā ca yat
smṛtaṁ yaktṛtaṁ yaduktaṁ
tat sarva gurave mat samarpitamastu svāhā |
Iniciando o
pardon
7:56-57
– Deve-se louvar com (Śloka 56). Louvando assim o Sādhaka deve, oferecendo
obediência com devoção, adorar toda a família dos membros no Ídolo da Divindade
Presidente. Em seguida, com contemplação sobre a Devi em seu coração de lótus
(no coração do devoto), e oferecendo Śeṣikā (a sobra), purificar a si mesmo com
o Mūla Mantra. O mantra do Pardon é como abaixo:
Jñānato’jñānato vāpi
yanmayā kriyate śive |
Tava kṛtyamidaṁ sarvamiti
jñātvā kṣamasva me ||56||
Mantra para
Seśikā
Aiṁ namaḥ ucchiṣṭa caṇḍāli
mātaṅgi |
Sarvaṁ te vaśyaṁ kuru-kuru
|
7:58-61
– Este Mantra é de vinte e uma letras, com o qual a guirlanda deve ser
oferecida à Śeṣikā. Portanto, o Sādhaka deve contemplar sobre Trailokyamohinī
Devi Ucchiṣṭa Mātaṅgī da seguinte forma:
Vīṇāvādyavinodagītanirataṁ
nīlāṁśukollasinīṁ
bimboṣṭhiṁ
navayāvakārdracaraṇāmākīrṇakeśālakām |
Mṛdvaṅgīṁ siṁtaśaṅkhakuṇḍaladharāṁ
māṇikyabhūṣojjvalāṁ
mātaṅgīṁ praṇato’smi
susmitamukhīṁ devīṁ śukaśyāmalām ||61||
Explicação
dos três elementos pelo Guru aos seus discípulos
7:62-63
– Portanto, levantando o vaso com ambas as mãos (karabhyāṁ, Śloka 62), o
Sādhaka deve oferecer a Śrī Gurudeva da Forma de Paraśiva o Segundo Elemento.
Em seguida, com ou outros Vīra-sādhakas de seu próprio kula, ele deve adorar
Gurudeva. Portanto, fazendo saudações entre si todos os Sādhakas, com a
permissão do Guru, bebem sua cota.
7:64
– Levantando o vaso com a mão direita e mostrando a Mudrā com a mão esquerda,
recebendo-o junto com o Segundo Elemento, e cantando apropriadamente os Mantras
próprios.
7:65
– Tomando um Māṣa de Māṁsa e uma mão cheia de Dravyas, ele deve três vezes
purificar seu triplo corpo (grosso, sutil e transcendental/ātmadehatrayaṁ).
7:66
– Para este objetivo, o Gurudeva, com exuberância juvenil e alegre, e com um
gesto amável deve chamar os Śiṣyas e oferecer a eles os três elementos.
7:67-69
– Oh Minha Amada ! O Śiṣya deve, com um coração puro e evitando qualquer
presunção monetária, tomar as flores etc., presentes de acordo com sua
capacidade e oferece-las ao Guru da Forma de Śiva, e com devoção oferecer Aṣṭāṅga-praṇāma
(Saudação oferecida com mãos, pés, coxas, peito, testa, olhos, discurso e
mente). Portanto, sentado no chão sobre seus joelhos, entrelaçando os polegares
de ambas as mãos e estendendo o primeiro dedo para frente, ele deve oferecer
Pañcāṅga Praṇāma (Saudação oferecida com mãos, duas coxas, testa, olhos e
discurso).
Purificação
do corpo do Śiṣya
7:70-72
– Oh Minha Amada ! Portanto, com sua cabeça um pouco curvada, o Gurudeva deve,
com o polegar e o terceiro dedo de sua mão esquerda, tocar o mão direita
estendida de seu Śiṣya, e com um coração puro, purificar seu corpo físico com
os vinte e quatro Tattvas, de Prakṛti a Pṛthivī, e com os Svaras contendo o
Vāgbhava bīja (aiṁ), com seu Ātma-tattva (seu Guru).
7:73
– Portanto, como todo mais puro do mais puro dos Tattvas, aquele de Māyā a Puruṣa,
e com o Karāja-bīja (klīṁ), unido com Sparśa-varṇas, o Guru, com Vidyā-tattva,
purifica o corpo Sutil do Śiṣya.
7:74
– Em seguida, com todos os trinta e seis Tattvas e com Mālinī Bālā, ele deve
purificar o Bīja corporificando todos os Bījas com todos os Tattvas.
7:75-77
– Depois disto o Guru, providenciando ao Śiṣya o Ali (vinho) com o segundo,
deve proferir a palavra “Śodhaya”. O Śiṣya se curvando um pouco deve, em
seguida, e com devoção, sem fazer qualquer som, beber o Cullū (cavidade formada
pela junção de ambas as palmas) de Ali providenciado pelo Guru e proferir a
palavra “Sarva Tattvaṁ Śodhayāmi”. Em seguida, tocando seu corpo com as mãos,
ele deve sentir que todo o seu corpo, da cabeça aos pés, foi purificado.
Distinção de
Ātma etc., Tattva-traya e frutos de seu conhecimento
7:78
– Ātma-tattva está confinado no corpo físico; vidyā-tattva é perceptível até no
corpo sutil; enquanto que Śiva-tattva se estende até o corpo transcendental (Para-śarīra).
O mundo inteiro é da forma dos três Tattvas.
7:79
– Quem realiza ações depois de conhecer os três Tattvas assim a partir da boca
do Guru, torna-se Emancipado mesmo nesta vida. Assim é ordenado pelos Śāstras.
Bebendo
diante do Guru etc., é proibido
7:80
– Em seguida, depois de tomar os Dravyas, o Guru deve oferecer o restante deles
aos Śiṣyas, que devem então beber aquele Āsava como segundo Tattva.
7:81
– Não se deve beber vinho diante do Gurudeva e outros veneráveis e Sādhakas
mais velhos. Esta é a ordem dos Śāstras.
Bebendo sem
o conhecimento das distinções de Prāṇas e Mantras é proibido
7:82-83
– Quem realiza ações sem o conhecimento sobre a partilha resultante de um
entendimento das distinções dos prāṇas e das situações e características da
Saudação, encontra perturbações. Deve-se beber com o Mantra somente, caso
contrário, aquele que bebe, terá de se submeter a penitências. Portanto,
deve-se sempre beber de acordo com as regras dos Mantras dados como abaixo:
7:84-86
– Estes são os Mantras para beber (vinho)
idaṁ pavitramamṛtaṁ piṣāmi
bhavabheṣajam |
paśupāśasamucchedakāraṇaṁ
bhairavoditam ||84||
citte
svātanyasāratvāttadānandamayātmanaḥ |
tanmayatvācca bhāvānāṁ
bhāvaścāntarhitā rase ||85||
suṣumnāntaṁ vikāśāya
surasastena pīyate |
tasmādimāṁ surāṁ devīṁ pūrṇo’háṁ
tvāṁ pibamyaham ||86||
7:87
– Proferindo o mantra acima (ślokas 84-86) e o Mūla Mantra, deve-se tomar Ali
(vinho) gradualmente com mente composta.
7:88
– Deve-se oferecer as Libações dos Dravyas com o seguinte mantra (Śloka 89) na
Pura Inteligência da forma de Kuṇḍalinī, o qual é resplandecente com milhões de
Sóis e que está situada no Triânguo de seu próprio Mūlādhāra.
7:89
– Este é o Mantra para o oferecimento de Libações do Dravyas:
Mahantāpatrabharitamidantāparamāmṛtam
Parāhantāmaye vahnai
homasvīkāralakṣaṇan ||89||
Método de
beber
7:90
– Assumindo a unidade do Guru, Devatā e Mantra, deve continuar bebendo Madhu
(vinho) até a satisfação ser obtida.
7:91
– Diz-se que bebendo um Cullū (cavidade formada pela junção de ambas as palmas
das mãos), outorga Siddhis, e beber até a iluminação outorga conhecimento. A
pessoa alcança Supremo Estado da bebida. Estas três Realizações foram
estabelecidos no sistema do Kula.
7:92
– Beber ao final das refeições é veneno. Semelhantemente, comer no final da
bebida é também veneno. Qualquer comida que é ingerida junto com a bebida Surā,
deve ser conhecido como Amṛtā.
7:93
– Oh Minha Amada ! Beber junto com a comida é Amṛtā, e beber sem comer somente
aumenta o veneno.
Os três
tipos de como beber (Divya, Vīra, Paśu)
7:94-95
– Divya, Vīra e Paśu, respectivamente, são os três tipos de modo de beber.
Bebendo em frente da Devi é chamado Divya; bebendo com Mudrā e Āsana é Vīra; e
bebendo arbitrariamente de acordo com o próprio desejo é chamado de Paśu.
7:96-97
– O fruto de beber em Divya é tanto Prazer quanto Emancipação, o de Vīra é
somente Prazer, e o de Paśu é inferno.
7:98
– Enquanto as ilusões visuais, mentais, vocais não surgirem, deve-se continuar
bebendo. Excedendo este limite, é chamado de modo Paśu (de beber).
Métodos de
beber para aqueles que são totalmente iniciados (Pūrnābh iṣikta)
7:99
– Oh Devī ! Agora exponho o método de beber para aqueles que são totalmente
iniciados. Pegando o vaso com ambas as mãos, o Sādhaka deve lembrar o Mūla Mantra
e o Pādukā. Bebendo até a garganta depois ele se torna liberado, sem dúvida.
7:100
– Ele deve beber e beber, e novamente beber até cair no chão. Então ele se
levanta novamente, e se ele beber novamente, então não há renascimento para
ele.
7:101
– Devi está satisfeita pela alegria; Bhairava, em Si mesmo, está satisfeito
pelo desmaio, e todos os Devatās estão satisfeitos pelo vômito.
7:102
– Daí, deve-se satisfazer todas as três classes (citadas acima). O prazer
derivado pelo Kula Yogīs a partir da indulgência em se beber os Dravyas não é
acessível nem mesmo aos Imperadores.
7:103
– O prazer de repartir os Kula Dravyas derivados por aqueles devotados ao
Sistema Kula é, em realidade, a Emancipação. Oh Varānane ! Esta é a Verdade.
7:
104 – Oh Kuleśāni ! Assim eu descrevi a você brevemente a Adoração do Baṭuka e
das Śaktis etc. Agora, o que mais Você quer ouvir?
iti śrīkulārṇave
nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye sarvā-
gamottamottame
sapādalakṣagranthe pañcamakhaṇḍe ūrdhva-
mnāyatantre
baṭukaśaktyādipūjanaṁ nāma
Saptama
ullāsaḥ ||7||