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Kulārṇava Tantra – Ullāsa 8

कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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 अष्टम उल्लासः
aṣṭama ullāsaḥ
Oitavo Ullāsa
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Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por: 

Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
 गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ 
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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As notas de rodapé, conforme citações das autoridades acima mencionadas, 
serão acrescentadas após o término das publicações dos capítulos restantes.







Śrī Devi disse:

8:1-2: Oh Kuleśa, Oh Oceano de Néctar de Gentilezas ! eu quero ouvir sobre a distinção do Ullāsa. Oh Parameśvara ! diga-me sobre a Troca dos Dravyas e dos Vasos, do Rati (copulação), do Udvāsana Kāla (momento de abandono), da situação do Śrī Cakra e das ações das Kauliśaktis.

Sete alegrias e suas características

8:3 – Ouça, Oh Devī ! estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir, surge o Sentimento Divino.
8:4 – Ullāsas (alegria) são sete – 1. Ārambha (iniciando); 2. Taruṇa (juvenil); 3. Yauvana (jovem); 4. Prauḍha (maduro); 5. Prauḍhānta (depois da maturidade); 6. Unmanā (excitado); e 7. Manollāsa (alegria calorosa).
8:5 – Oh Kulanāyike ! Ārambha-ullāsa é provocada pelo surgimento de três Tattvas. Oh Ambike ! Taruṇollāsa é quando o prazer juvenil surge.
8:6 – Oh Minha Amada ! A condição da própria alegria mental é chamada de Yauvanollāsa; e quando existe hesitação da visão, mente e discurso, isto é Prauḍhollāsa.

Regras para as substituições dos draviyas

8:7 – No caso da alegria no Cakra, se alguém deseja trocar os vasos, então ele deve fazer somente de acordo com a regra de mudança da direita.
8:8 – Aquelas pessoas não iniciadas de má conduta, não experientes nos Tantras, desprovidos de Iṣṭa Devatā, com culpa na consciência, afastados do Samayācāra, não devem trocar os Dravyas.
8:9 – Aqueles ignorantes, vaidosos, traiçoeiros, cheios de Paśu Bhāva, de espírito inferior, não devem trocar os Dravyas.
8:10 – Mulheres odiosas, amaldiçoadas por Gurus, desprovidas de devoção, de espírito mau, desprovido de preceitos do Kuladharma, não devem trocar os Dravyas.
8:11 – Mesmo se uma pessoa for possuidora do conhecimento da Gramática, da Lógica, dos Vedas e dos Dharmaśāstras, se esta pessoa for ignorante do Kuladharma, ele deve ser evitado na troca dos Dravyas.
8:12 – Mesmo se alguém nasce em uma boa família, ou se possui um bom caráter, se ele for contrário à Sua adoração, sua companhia deve ser evitada.
8:13 – Oh Pārvatī, ouça ! qualquer um como esposa íntima, filhos, amigos ou irmãos, se eles não conhecerem o Kulācāra, suas companhias devem ser evitadas.
8:14 – Não se deve trocar os Dravyas com pessoas desconhecidas de outro país a menos que haja harmonia através dos sinais.
8:15 – Mesmo se o próprio Kuleśvara estiver lá, não se deve participar dos Dravyas a partir do mesmo vaso. Se alguém faz isto, então seus Mantas devem se voltarão contra ele e ele encontrará dificuldades em cada passo.
8: 16 – Não se deve oferecer Hetu (vinho) de seu próprio vaso para Bhairava. Se alguém age assim, Oh Kuleśāni ! ele receberá a curse dos Deuses.
8: 17 – Não se deve oferecer seu próprio assento, alimento, vaso, roupas e cama para pessoas desconhecidas. Nem se deve recorrer à companhia de tais pessoas.
8:18 –Um Kaulika deve trocar os vasos de acordo com as distinções dos Āmnāyas. Há uma conformidade entre Leste e Sul, e entre Norte e Oeste nos Āmnāyas.
8:19 – Portanto, os respectivos Sādhakas destes quatro Āmnāyas devem trocar com os Vīra Sādhakas de suas próprias classes e com mulheres.
8:20 – Oh Minha Amada ! preenchendo os vaso providenciados pelos Yogīs e pelas Yoginīs, deve-se beber com a recitação do Pādukā do próprio Mātṛkā e do Mūla Mantra.
8:21 – Se, pela graça de Deus, obtém-se um Ali-pātra (vaso cheio de vinho), ele deve aceita-lo com devoção e lembrar seu Guru ao beber (o vinho) com a recitação dos Mantras acima mencionados.

Regras relacionadas à repartição da bebida dos restos das libações no Cakra
                                                                   
8:22 – Oh Pārvatī ! Deve-se comer os restos somente da Guru Śakti, filhos do Guru e dos mais experientes, não de outros.
8:23 – Deve-se beber os restos dos Dravyas da Śakti e comer os restos dos comestíveis de um Vīra. Nem se deve oferecer seus próprios restos aos outros nem participar daqueles dos outros.
8:24 – Os restos das mulheres podem ser comidos, mas, Oh Deveśi ! não se deve dar os seus próprios restos mesmo no Cakra. Se alguém age assim ele encontra sua própria queda.
8:25-26 – Oh Ambike ! Deve-se oferecer os restos somente a seus próprios Śiṣyas mais jovens. Contudo, sem amor, com ganância ou medo, oferecer ou tomar dos outros os restos do Āsava (licor) ou do vaso, a pessoa recebe a curse dos Deuses e cai em dificuldades.

Método de oferecimento das libações para Ucchisṭa-Bhairava

8:27 – Oh Kuleśāni ! No caso do Prauḍhollāsa, deve-se fazer um triângulo quer dentro ou fora da casa de adoração e, em seguida, adora-lo com incenso, flores e Akṣata (arroz) e então contemplar o Ucchiṣṭa Bhairava com o seguinte (Śloka 28):
8:28 – Este é o Śloka para a contemplação de Ucchiṣṭa Bhairava:

Gandhapuṣpākṣataiḥ pūjya dhyāyeducciṣṭabhairavam |
gadātriśūlaḍamarupātrahastaṁ trilocanam |
kṛṣṇābhaṁ bairava dhyāyet sarvavighnanivāraṇam ||28||

8:29 – Portanto, ofereça Libações com o seguinte Mantra como citado abaixo:

ॐ ॐ ॐ उच्छिष्ट भैरव एहि एहि बलिं गृह्ण गृह्ण फट् स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ ucchiṣṭa bhairava ehi-ehi baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa phaṭ svāhā |

8:30 – Depois disto, deve-se recitar o seguinte Śanti-stava (Śloka 31-54) e oferecer libações de gotas de Ali (vinho):

Śānti Stava (Śānti-Pāṭha)

Yajanti devyo harapādapaṅkajam
prasannadhāmāmṛtamokṣadāyakam |
Anantasisaddhāntamayaprabodhakaṁ
namāmi cāṣṭāṣṭakayoginīgaṇam ||31||

Yoginīcakramadhyasthaṁ mātṛmaṇḍalaveṣṭitam |
Namāmi śirasā nāthaṁ bhairavaṁ bhairavīpriyam ||32||

Anāndighorasaṁsāradhvāntaikadhvaṁsakārine |
Namaḥ śrīnāthavaidyāya kulauṣadhividhāyine ||33||

Āpado duritaṁ rogāḥ samayācāralaṅghanāt |
Ye te sarve vyapohantu divyacakrasya melanāt ||34||

Āyurārogyamaiśvryaṁ kīrttirlābhaḥ sukhaṁ jayaḥ |
Kāntirmanoharā cāstu pāntu sarvāśca devatāḥ ||35||

Sampūjakānāṁ pratipālakānāṁ  yatīndrayogīndratapodhanānām |
Deśasya rāṣṭrasya kulasya rājñaḥ |
Karotu śāntiṁ bhagavāt kuleśaḥ ||36||

Nandantu sādhakakulādvayadarśakā ye siṁhāsanādyuṣitaśāktamahānvayā ye |
Nandantu sarvakulakaularatāḥ pare ye cānye viśeṣapadabhedakaśāmbhavā ye ||37||

Nandantu siddhaguravastadanukramajñā jyeṣṭhānvayā samayino baṭukāḥ kumāryaḥ |
Ye yoginīpravaravīrakule prasūtā nandantu bhūmipatigodvijasādhulokāḥ ||38||

Nandantu nītinipuṇā niravadyaniṣṭhā nirmatsarā nirupamā nirupadravāśca |
Nityaṁ nirañjanaratā gurave nirīhāḥ śāntāśca śāntamanaso hṛtaśokaśaṅkāḥ ||39||

Nandantu yogniratāḥ kulayogayuktā hyacāryasāmayikasādhakaputrakāśca |
Gāvo dvijā yuvatayo yatayaḥ kumāryo dharma carantu niratā gurubhaktalokāḥ ||40||

Nandantu sādhakakulā hyalamātmaniṣṭhāḥ śāpāḥ patantu samayadviṣi yoginīnām |
Sā Śāmbhavī sphuratu kāpiṁ samāpyavasthā yasyāṁ guroścaraṇapaṅkajameva satyam ||41||

Yāścakrakramabhūmikāvasatayo nāḍīṣu yāḥ saṁsthitā yāḥ
kāyoṭgataromakūpanilayā yaḥ saṁsthitā dhātuṣu |
Ucchvāsomimaruttaṅganilayā niśvāsavāsāśca yāstā
devyoripupakṣabhakṣṇaratā nandantu kaulārcitāḥ ||42||

Yā devyaḥ kulasambhavāḥ kṣitigatā yā devatāstoyagā yā
nityaṁ prathitaprabhāḥ śikhigatā yā mātariśvālayāḥ |
Yā vyomāhitamaṇḍalāmṛtamayā yāḥ sarvagāḥ sarvadāstāḥ
sarvāḥ kulamārgapālanaparāḥ śānti prayacchantu me ||43||

ūrdhve brahmāṇḍato vā divi gaganatale bhūtale vā tale vā
pātāle vānale vā salilapavanayoryatra kutra sthitā vā|
kṣetre pīṭhopapīṭhādiṣu ca kṛtapadā dhūpadīpādikena
prītā devyaḥ sadā naḥ śubhavalividhinā pāntu vīrendravandyāḥ ||44||

brahmā śrīḥ śeṣadurgāguha baṭuka gaṇā bhairavāḥ kṣetrapādyā
vetāla āditya rudra graha vasumanu siddhā apsaro guhya kādyāḥ |
bhūtā gandharvavidyādharaṛṣipitṛyakṣāsurāḥ kinnarādyā
yogīśāścāraṇāḥ kimpuruṣamunivarāścakragāḥ pāntu sarva ||45||

dehasthākhiladevatā gajamukhāḥ kṣetrādhipā bhairavā
yoginyo baṭukāśca yakṣapitaro bhūtāḥ piśācā grahāḥ |
anye bhūcarakhecarā diśicarā vetālakāśceṭakā-stṛpyantāṁ
kulaputrakasya pibataḥ pānaṁ sadīpañcarum ||46||

satyañced guruvākyameva pitaro devaśca ced yoginī prītā
cet paradevatā yadi bhavedvedāḥ pramānaṁ hi cet |
śākteyaṁ yadi darśanaṁ bhavati cedājñāpyamoghāpi cet |
satyañcāpi ca kauladharmaparaṁ syānme jayaḥ sarvadā ||47||

nandantu sādhakāḥ sarva naśyantu kuladūṣakāḥ |
anantḥsthā Śāmbhavī mo’stu prasanno’stu guruḥ sadā ||48||
yadyeṣā bhairavī devī yadi bhairavaśāsanam |
yadyeṣa kuladharmaḥ syāttadā naśyantu dūṣakāḥ ||49||
yāsāmājñāprabhāveṇa sthāpitaṁ bhuvanatrayam |
namastābhyaḥ samasasbhyo yoginībhyo nirantaram ||50||
pibantu mātaraḥ sarvāḥ pibantu kulasattamāḥ |
pibantu bhairavāḥ sarva mama dehe vyavasthitāḥ ||51||
tṛpyantu mātaraḥ sarvaḥ samudrāḥ sagaṇādhipāḥ |
yoginyaḥ kṣetrapālāśca mama dehe vyavasthitāḥ ||52||
śivādyavaniparyanta brahmādistambasaṁyutam |
kālāgnyādiśivāntañca jagad yañjena tṛpyatu ||53||
dvārasthā maṇimaṇḍapasya paritaḥ śrīnandane
kānane śūnyāgāravihārakandaramaṭhe vīma (vyomni) śmaśāne sthitāḥ |
kūpasthānagatāścatuṣpathagatāḥ sandeśasaṁsthāśca ye |
paṅkārthāvahaketumānakusumāt gṛhṇantu te pāntu ca ||54||


Comportamento dos Sādhakas no Cakra

8:55 – Oh Minha Amada ! Depois de recitar o Śānti-Pāṭha, o Guru deve levantar o vaso de adoração e em seguida, Oh Kulanāyike ! distribuir a Prasāda para os seus Śiṣyas.
8:56-58 – A realização de suas ações desejadas pelos Sādhakas participantes do Cakra é chamada de Prauḍhānta ullāsa. Oh Devī !  quando o Prauḍhānta ullāsa é alcançado, então naquele estado de êxtase existe um prazer desonroso entre os grupos de Yogīs e Yoginīs. Em tal atmosfera de alegria não existe conceito de propriedade entre os Vīras. Oh Parameśvari ! Neste estado, o desejo por si só é a riqueza prescrita pelos Śāstras. Então, neste estado, quer ele seja auspicioso ou inauspicioso, as ações são realizadas são, Oh Divina Beleza, consideradas com meios de prazer do Devatā.
8:59-61 – Neste estado a conversação é o fruto do Japa, a sonolência é o Samādhi, as ações são o culto, a união com Śakti é a Emancipação, a partilha dos Dravyas é como se tomadas por Bhairava e a oração, Oh Devi !, é considerada como o cantar de um Stotra (hinos de louvor). O contato dos corpos físicos é o Nyāsa, partilha da comida é o derramar das oblações no fogo, Darśana é Dhyāna e o sono é como a adoração. Desta forma, qualquer ação realizada neste ullāsa, são consideradas auspiciosas. Contudo, considere suas adequações ou do contrário é um pecador.
8:62 – Os Vīras participantes de um Cakra são Yogīs exaltados em quem os homens devem ver a forma do próprio Bhairava.
8:63-64 – Exuberância, suprema Bem-aventurança, aumento de conhecimento, o tocar da flauta e da Vīṇā (um instrumento musical de corda), a poesia, o choro, a oração, o cair e o se levantar, bocejo e andar – todas estas ações, Oh Devī ! são adotadas como praticas Yogicas.
8:65 – Neste Cakra os Yogīs e Yoginīs Vīras, em seus estados estáticos de comportamento, Oh Devi, estão conforme a alegria de seus mentes.
8:66 – Esquecendo os seus próprios pensamentos, eles perguntam lentamente dos outros Sādhakas sentados ao lado, e seguram o vaso em suas bocas em silencio.
8:67 – Excitados pela paixão, tratando os outros homens como suas próprias amadas, as senhoras tomam seus abrigos. Os homens também, alegres em Prauḍhānta ullāsa, comportam-se semelhantemente.
8:68-69 – Intoxicados, homens abraçam homens. As senhoras aturdidas perguntam aos seus próprios maridos perguntais tais como “quem é você, quem sou eu, quem são estas pessoas a nossa volta, por que estamos aqui, por que estamos sentados aqui, é um jardim ou nossa própria casa?”
8:70 – Oh Śāmbhavī ! os Yogīs comem cada um dos vasos dos outros e colocam a bebida em potes sobre suas cabeças e dançam ao redor.
8:71 – Enchendo suas bocas com vinhos eles fazem as senhoras beberem de suas próprias bocas. Colocando coisas picantes em suas bocas, eles transferem para a boca de suas amadas.
8:72 – As Kula Śaktis, sem qualquer entendimento, aplaudem, cantam canções cujas palavras são indistintas e, cambaleantes, dançam ao redor.
8:73-74 – Yogīs alegres caem sobre as senhoras, e Yoginīs intoxicadas caem sobre os homens. Oh Kulanāyike ! Assim preenchendo seus desejos mútuos eles realizam estas diversas ações.
                                                                                                                                         
Sem perversidade mental é Devatā Bhāva

8:75 – Desprovido de perversões mentais, quando existe alegria, então um Yogī superior obtém o Devatā bhāva.

Pecado de mostrar desrespeito ao Kaulika

8:76 – Um tolo que se aproxima de um Kaulika em sua forma Bhairava é, Oh Kulanāyike !, destruído, sem dúvida, pelas Yoginīs.
8:77 – Não se deve nem censurar e nem rir dos Sādhakas que estiverem em êxtase em intoxicação em um Cakra; e nunca se deve divulgar os incidentes do Cakra.
8:78 – Não se devem nem se revoltar contra os Yogīs de um Cakra, nem os ferir de qualquer forma. De outra forma, honrá-los com devoção e também manter seus segredos.

Frutos de mostrar respeito ao Kaulika

8:79 – Vendo os Sādhakas intoxicados em um Cakra, quem desenvolve um sentimento de reverencia para com eles e os louvam com devoção, obtém o status das Yoginīs.
8:80 – Um Kaulika que vê o Cakra com devoção obtém, Oh Minha Amada ! os frutos de milhões de Observâncias, Austeridades, Caridades e Sacrifícios.

Unmanollāsa, o Estado de equilíbrio e Śambhavi Mudrā

8:81-83 – No estado do sexto Ullāsa, chamado Unmanā, as ações como cair e levantar, e repetidamente desmaiar, ocorre. Associado com o desejo de conhecer Parā Brahmā, estas duas ações acontecendo por um tempo indefinido, induz a um estado de equilíbrio além do corpo e dos sentidos o qual, Oh Kulanāyike ! cai dentro do domínio do sétimo ullāsa.
8:84 – Assumindo a forma do Parā Mantra, ele obtém o Parā Mūrchanā, devido a sua proximidade em Mūrchanā o qual é chamado de a raiz de Mukti (Liberação).
8:85 – A visão externa livre de Nimeṣa (fechado) e de Unmeṣa (aberto), o real se torna introvertido. Este é o Śāmbhavī Mudrā, o qual é mantido secreto em todos os Tantras.
8:86 – Esta Mudrā é a melhor de todas, sempre benfeitora e providenciando equilíbrio de gosto e forma. Alegres por isto um Vīra Sādhaka é verdadeiramente Śiva. Não há dúvida disto.
8:87-90 – Como pode pessoas absortas no estudo do Eu conhecer o indescritível e supremo prazer derivado neste Estado? Assim como o prazer de beber leite misturado com açúcar pode ser encontrado por uma pessoa que bebe isto, da mesma forma o prazer deste estado está além da descrição e só pode ser experimentado (para ser conhecido). O êxtase que é visível neste estado é chamado do Brahmadhyāna. O Supremo prazer do Impulso Divino experimentado neste estado não pode ser descrito nem mesmo por pessoas inteligentes através da concentração. Absorto na Suprema Bem-aventurança de Brahmā Dhyāna, estão os homens de elevadas ações meritórias. Eles se tornam aturdidos e tristes até mesmo por uma interrupção momentânea neste Dhyāna. Tal é o grande fruto do prazer derivado por Seus devotos nesta sétima forma de ullāsa.

Todos os 8 Avasthās e as 8 Realizações inerentes no Sétimo Ullāsa

8:91-93 – Neste sétimo ullāsa, está inerente os oito Pratyayas (o significado aqui não é certo, provavelmente significando Guru, Devatā, Mantra, Āgama, Paramparā ou Sampradāya, Bhāva e Ācāra), os oito Avasthās (Kampana ou tremular; Romāñca, ou arrepio de alegria; Sphuraṇa, ou pulsação nas partes do corpo; Premāśru, ou lágrimas de amor; Sveda, ou transpiração; Hāsya, ou riso; Lāsya ou dança; e Gāyana ou cantar) que surgem do conhecimento dos três tempos (passado, presente e futuro). Não dúvida disto. Por que falar tanto, todos os oito Aṇimā etc., todas as Realizações (Aṇimā, Laghimā, Prāpti, Prakāmya, Mahimā Iśitva, Vaśitva e Kāmāvasāyit) se tornam escravas residindo na casa do Sādhaka e servem a ele. Todas as qualidades que existem no corpo de Parameśvara de cinco Faces vem para o conhecedor do Kula Tattva e do Tattva Jñāna.
8:94-95 – Ārambha, Taruṇa, Yauvana, Prauḍha e Praśānta são os cinco ullāsas do estado de vigília; o sexto ullāsa é sonho; o sétimo ullāsa é o Anvasthā Ullāsa é o sono que contém todos os três estados. Quem conhece o sétimo ullāsa é liberado e é um Kaulika.

Nenhuma discriminação no Bhairavī-Cakra

8:96 – Todas as castas que participam de um Bhairavī Cakra são consideradas o de duas vezes nascidos (dvijā). Não existe discriminação de castas aqui. No final do Cakra, obviamente, todas as castas se tornam separadas novamente, ou seja, a ordem social das castas se tornam efetivas novamente.
8:97 – Se uma mulher ou um homem, um Cāṇḍāla ou um mais elevado dvijā, não há, absolutamente, qualquer discriminação no Cakra. Todo mundo aqui é considerado como Śiva.
8:98 – Assim como as águas de vários fluxos depois de imergir no Ganges obtêm a mesma qualidade (a qualidade das águas do Ganges), da mesma forma no Śrī Cakra todo mundo obtém o mesmo status.
8:99 – Assim como a água misturada com leite também se torna como leite, da mesma forma não existe discriminação de casta no Śrī Cakra.
8:100 – Assim como no Svarga etc., nos mundos piedosos não vivem lá senão Deuses, da mesma forma no meio de um Cakra todos os homens são como Deuses.
8:101 – Não existe discriminação de casta no Cakra e todo mundo é considerado como Śiva. Nos Vedas também todos os homens em tais situações são declarados como iguais a Brahman.
8:102 – Oh Kuleśvarī ! Por que falar muito? No meio de um Cakra todos os homens se tornam como a Mim e todas as mulheres se tornam como Você.

Pecado na discriminação das castas em um Cakra

8:103 – O tolo que faz discriminação de casta no meio de um Cakra, Oh Kulanāyike ! é devorado pelas Yoginīs e amaldiçoado por Você.

Método dos homens e mulheres se sentarem em um Cakra

8:104 – Em um Cakra homens e mulheres podem se sentar quer separadamente ou se misturando em pares em uma fileira ou em círculo.
8:105 – Oh Minha Amada ! Quer eles estejam sentados em fileira ou em um círculo no meio de um Cakra, todos eles devem ser adorados como a forma de Śiva e de Śakti.
8:106 – Assim como Nós somos indivisíveis, assim como Lakṣmī e Nārāyaṇa, ou Brahmā e Sarasvatī são indivisíveis, assim também é a condição de um Vīra com sua Śakti.

O Mundo na forma de Śiva e de Śakti

8:107 – Sem néctar de Bhaga e Liṅgam Eu não estou satisfeito nem mesmo por milhares de vasos de vinho e de centenas de montes de carne.
8:108 – Este mundo não suporta nem um símbolo do Cakra nem um símbolo do Lótus ou de um raio. De fato, ele suporta o símbolo do Liṅgam e do Bhaga. Daí, o mundo é da forma de Śiva e de Śakti.

Samādhi, forma de união de Śiva e de Śakti

8:109 – O momento quando ocorre a união de Śiva e Śakti, que é o entardecer (samāyoga) de um Sādhaka devotado ao Kula Dharma, quando ele experimenta a condição de Samādhi.

Voluptuosidades proibidas

8:110 – Não se deve ir entre as senhoras não iniciadas em um estado de excitamento sexual. Ele pode somente ir entre as senhoras que foram purificadas pelos rituais.
8:111 – Assim Eu descrevi a Você os três Tattvas, Ullāsas e as bebidas distintas etc. Agora, Oh Kuleśāni ! o que mais você quer ouvir?



Iti śrīkulārṇave nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye sarvāgamottamottame
Sapādalakṣagranthe pañcamakhaṇḍe ūrdhvāmnāyatantre tattvatritaya –
Pānādibhedakathanaṁ nāmāṣṭama ullāsaḥ ||8||