Durgā
Com base nas revelações dadas
pelos Sábios Parāśara, Jaimini e Harihara em suas Obras BPHS, Upadeśa Sūtras e Praśna
Mārga, descrevo abaixo os problemas que, ao nascimento ou por meio de trânsitos
planetários e das Daśās, podem ser retificados através da adoração de Durgā Mā.
Durgā é uma forma da Divina Mãe
que destrói a escuridão e livra o devoto do pecado. O sábio Parāśara detalhou
muitas medidas corretivas em seu clássico BPHS que devem ser aplicadas com a
adoração de Durgā. Assim, nas Daśās de Candra e de Rāhu, a adoração desta
Divindade é indicada, bem como em outras conforme cada caso. O Sábio Jaimini também deu uma visão semelhante ao de
Parāśara. Em seu Clássico Upadeśa Sūtras, ele faz algumas referências à Durgā
como sendo aquela que será adorada (Iṣṭa Devī) caso Rāhu se encontre na 12ª do
Kārakaṃśa. Apesar da determinação do Iṣṭa Devatā parecer algo fixo, como um
destino fatídico a ser aplicado na vida da natividade, tenho observado que o bhāva (neste sentido a disposição interna do devoto) para adoração de determinada Divindade muda conforme mudam também as Daśās pelo
qual a natividade vive naquele momento, fazendo com que a pessoa se sinta
inclinada à adoração de uma determinada Divindade relacionada a aquele período governado por um determinado Graha em sua vida. Assim, uma pessoa que tenha um benéfico (supondo Śukra em signos benéficos) na 12ª do seu Kārakaṃśa, estará inclinado a adorar Lakṣmī ou Radha, por exemplo. Ao passo que quando ele entrar na Daśā de Candra Graha que está depositado em signos maléficos ou associados com maléficos, ele desejará adorar Divindades ferozes como aquelas associadas ao Tantrismo etc. Harihara, contudo, é mais
detalhista ao associar Durgā ao Graha Candra em Śukla Pakṣa, enquanto que
outras formas da Divina Mãe, como Bhadrakālī, e Kālī, estariam associadas ao nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa.
Cāmuṇḍā, Raktheśvarī, Raktha são divindades associadas por Harihara ao
nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa quando Candra Graha, simultaneamente, está depositado em Rāśis governadas
por Maṅgala Graha, como Vṛścika e Meśa. Outros estudos apontam Kālī Mā como a
divindade indicada para adoração ao se ter, ao nascimento, Candra em signos
governados por Śani, além do requisito de se ter o nascimento em Kṛṣṇa Pakṣa. Budha graha ao estar
associado com Candra também indicará Durgā, isso porque Budha dará efeitos do
planeta com o qual está associado.
Harihara aconselha a adoração de
Durgā quando Candra está colocado em casas de ferimento contados do Āruḍha
Lagna da Carta Natal. Se o AL cai em Rāśi móvel (Meṣa, etc...), a Rāśi
de ferimento será a 11ª contada do AL; se em Rāśi Fixa (Vṛṣa, ...), a Rāśi
de ferimento será a 9ª contada dele; se em Rāśi Dual (Mithuna, ...), a Rāśi
de ferimento será a 7ª contada dele. Alguns são da opinião de que os Kendras
contados destes locais também são casas de ferimento.
Em BPHS, do Capítulo 52 ao 60, o
Sábio Parāśara aconselha a adoração de Durgā em diversos períodos caso os planetas, abaixo relacionados, estejam colocados desta forma ao nascimento. Então, nestes casos Durgā deve ser adorada:
1. Se Rāhu estiver em Dhana (2)
ou Yuvatī (7), ou se estiver associado com os Governantes destes Bhāvas;
2. Se Ketu obtiver governo sobre
Dhana ou Yuvatī, ou se estiver em qualquer destes Bhāvas, a recitação do Śrī
Caṇḍī Pāṭha é o recomendado;
3. Se Candra estiver em sua Rāśi
de debilidade (Vṛścika), ou se estiver em Rāśi inimiga, ou em Ari, Randhra ou
em Vyaya contado do Lagna, ou do Senhor da Daśā.
4. Se Candra for o Governante de
Yuvatī ou de Dhana Bhāvas;
5. Se Śukra estiver associado com
maléficos em Ari, Randhra ou Vyaya contados do Senhor da Daśā;
6. Se Śukra for Senhor de Dhana
ou de Yuvatī;
7. Se Candra for Senhor de Dhana
ou de Yuvatī, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada;
8. Śukra for Senhor de Dhana ou
de Yuvatī, a recitação de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada;
9. Rāhu em Dhana ou em Ari,
mantras da Deusa Durgā e de Lakṣmī são indicados.
10. Ketu relacionado ao Senhor de
Dhana ou de Yuvatī; ou depositado nestes Bhāvas, a recitação de Durgā Saptaśatī
Pāṭha e de Mṛtyuṅjaya Japa são indicados;
11. Se Rāhu associado com um
maléfico em Randhra ou em Vyaya; se estiver em Dhana ou em Yuvatī, a recitação
de Durgā Saptaśatī Pāṭha é indicada.
Indicações de Leituras:
1. Śrī Caṇḍī Pāṭha em Sânscrito (Capítulo 5)
2. Devī Māhātmyam – Durgā Saptaśatī Pāṭha em Sânscrito
3. Devī Mahātmyaṃ em Inglês
4. Devī Kavacam em Sânscrito
Indicações de Leituras:
1. Śrī Caṇḍī Pāṭha em Sânscrito (Capítulo 5)
2. Devī Māhātmyam – Durgā Saptaśatī Pāṭha em Sânscrito
3. Devī Mahātmyaṃ em Inglês
4. Devī Kavacam em Sânscrito


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Se Marte estiver associado com Sol, Lua, Vênus, Júpiter em Kendra ou Trikoṇa, essa combinação (yuti, parivartana, aspecto mútuo) forma um Yogakāraka;
Mesmo sendo o Lagneśa, Vênus não pode se tornar Yogakāraka porque governa uma Triṣadāya (6ª).
Marte é um poderoso yogakāraka para este Ascendente. Contudo, suas melhores posições são as casas 5 e 10.
Sol por si só é um yogakāraka natural desde que esteja posicionado em trinos ou quadrantes. Sua melhor posição é exaltado na casa 9 e em seguida no próprio Lagna, mas ele também continua sendo um yogakāraka se estiver posicionado nas casas 4, 5 ou 7, e terá pleno digbala se estiver em Touro na casa 10. A casa 7 é uma de suas piores posições, pois ele estará em signo inimigo e causando perturbações para a natividade.
Mercúrio é um yogakāraka Natural para esse ascendente. Porém, as melhores posições para este planeta estar colocado e formar este yoga é no Lagna, casa 10 ou casa 9. Se ele estiver posicionado nos signos de Júpiter, ele perde muito de seu poder de conferir bons resultados.
Para este ascendente, Vênus é um yogakāraka natural desde que esteja posicionado em quadrantes ou trinos a contar do lagna.
Este Lagna também é pobre na formação de Yogakāraka. Ele não possui nenhum yogakāraka natural e a formação de um necessita da combinação de planetas em kendras e trikoṇas. Marte Lagneśa não pode ser yogakāraka porque governa a triṣadāya casa 6. Saturno também passa pelo mesmo problema.
A regra do Kendradhipati doṣa para Mercúrio nos Lagnas de Sagitário e Peixes só deve ser aplicada no caso dele estar sozinho ou em conjunção com benéfico, caso em que se tornará totalmente benéfico, pois sua natureza é mista como já foi ensinado aqui. Em todos os casos, os antigos dizem que ele é neutro para esses lagnas por causa dessa mutabilidade, conferindo resultados do senhor com quem está associado.
Saturno sozinho é um yogakāraka natural. Vênus é outro yogakāraka Natural para Makara Lagna. Lua dependerá de associação com senhores de trikoṇas para formar um yogakāraka, ou com Vênus ou com Saturno. Marte e Mercúrio não podem se tornar yogakārakas porque são governantes de Triṣadāyas também. Júpiter é o pior maléfico para esse ascendente.
Saturno e Vênus são yogakārakas naturais desde que estejam posicionados em kendras ou trikoṇas. Marte perde seu status de yogakāraka porque governa uma triṣadāya também. Sol depende de associação quer com Mercúrio, Saturno ou Vênus em um Kendra ou Trikoṇa, mas se ele estiver no Ascendente, estará em signo inimigo e quem sustentará esse yogakāraka serão os outros planetas com quem ele se associa. Mercúrio também precisará estar associado quer com Vênus, Sol ou Saturno para receber o status de yogakāraka. Ketu também precisará de associação ou com Saturno, Mercúrio ou Vênus.
A mesma situação se aplica aqui para Mercúrio e Júpiter como no caso do Lagna de Sagitário. Alguns astrólogos opinam, contudo, que pelo fato de se tornar yogakāraka, Júpiter perde seu poder de assassino do Kendradhipati doṣa. Esse é um caso a ser estudado, pois existe divergência de opinião a respeito. E se essa regra pode ser aplicada aqui, deveria também ser aplicada para no caso do Lagna ser Sagitário.