© Todos os Direitos Reservados. Não é permitido compartilhar o conteúdo deste Blog em outros sites. Este Blog está protegido contra cópias de seu conteúdo inteiro ou em partes. Grata pela compreensão.

Candrāyaṇa Vrata

Não há realização de yogas se maldições não forem removidas do mapa. Como já dito por mim em diversas outras postagens, a remoção de maldições se dá por diversos meios, quer penitências espirituais, banhos em rios sagrados, peregrinações a locais sagrados etc.

Vejamos que quando uma pessoa remove uma maldição de seu mapa, isto é semelhante à remoção do estado de debilidade de um planeta. Por exemplo, quem tem Júpiter debilitado no mapa deveria ir, em peregrinação, à Tārā Pīṭha, pois planetas debilitados representam as Das Mahāvidyās. Quando isso ocorre, a debilidade do planeta é removida e a vida da pessoa dá uma guinada de 180º positivo. Uma completa transformação ocorre, pois os yogas relacionados ao planeta podem então frutificar, trazendo todos os assuntos auspiciosos. Isto é, se forem Raja Yogas, trazem prosperidade na vida, elevado status, mudanças favoráveis etc.

Frequentemente tenho observado que planetas depositados em certas casas, cujos signos naturais governantes sobre aquela representam o sinal de debilidade do planeta, ainda que o tal planeta não esteja debilitado, sentem-se atraídos pela Mahāvidyā correspondente a aquele planeta. A adoração dessa divindade produz toda proteção na vida.

Como não há frutificação de yoga sem remoção de maldição, hoje complemento a postagem sobre Guru no dia do Guru Pūrṇima, o qual abordei por alto sobre o Candrāyaṇa Vrata para a remoção de maldição de Júpiter no mapa. Essa maldição, por envolver Júpiter, traz problemas em tudo na vida. Se Sol é a alma do Kālapuruṣa, Júpiter (como bem ensina Bhṛgu) é como Jīva encarnado, e qualquer aflição sobre Júpiter no mapa afeta a experiência de Jīva no mundo.  



Candrāyaṇa Vrata (*) é um jejum que tem a duração de um mês, começa no Amavasya (jejum inteiro). Em seguida, no primeiro dia da quinzena clara (Shukla Pratipat), um pouco de comida pode ser ingerida à noite (o jejum prossegue). No segundo dia essa quantidade de alimento é aumentada e assim sucessivamente até o 14º dia desta quinzena em Shukla Chaturdashi. O Jejum prossegue, entra em Pūrṇimāsya e no dia seguinte, em Kṛṣṇa Pratipat, o mesmo procedimento é feito, ou seja, uma porção de alimento à noite, mas aqui diminuindo essa porção a cada dia lunar quando então, no Amāvāsya (novamente total jejum) e no dia seguinte o jejum é quebrado.

Está escrito no Śiva Purāṇa sobre esse jejum –

Oh Sábios! No 13º dia da metade escura do mês, somente uma refeição será tomada (pelo penitente). Mas no décimo quarto, completo jejum deve ser observado. O décimo quarto da metade escura é certo trazer propiciação do Senhor Śiva ”.

Esse Jejum (Vrata) remove as maldições dadas por Júpiter no Mapa.

_____________________________________
(*) Texto Corrigido sobre a sequência das Tithīs. Segue ilustração sobre as fases lunares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário