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67 - Kena Upanishad (Sama Veda)



67 - Kena Upanishad


Traduzido por:
Vidyavachaspati V. Panoli
Publicado por:
***
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahādeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Janeiro/2023
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Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library

Om! Que meus membros, fala, ar vital, olhos, ouvidos, força,
E todos os sentidos sejam plenamente desenvolvidos.
Tudo o que é revelado pelos Upanishads é Brahman.
Que eu nunca negue Brahman:
Que Brahman nunca me negue.
Que não haja repúdio (de Brahman);
Que não haja infidelidade da minha parte.
Que todos os Dharmas exaltados pelos Upanishads brilhem em mim
Que pretendo conhecer o Ser.
Que brilhem em mim!
Om! Paz! Paz! Paz!

I-1. Desejada por quem a mente é direcionada a cair (sobre seus objetos)? Dirigido por quem o principal ar vital se move? Por quem é desejado este discurso que o povo profere? Quem é o ser radiante que une o olho e o ouvido (com seus objetos)?

I-2. Porque Ele é o ouvido do ouvido, a mente da mente, a fala da fala, o ar vital do ar vital e o olho do olho, o sábio, libertando-se (da identidade com os sentidos) e renunciando o mundo, tornam-se imortais.

I-3. O olho não chega lá, nem a fala, nem a mente, nem sabemos (está maduro). Portanto, não sabemos como transmitir instrução (sobre isso). Realmente distinto é Aquilo do conhecido e distinto do desconhecido. Assim ouvimos dos antigos que o expuseram para nós.

I-4. Aquilo que não é proferido pela fala, aquilo pelo qual a palavra é expressa, saiba que apenas isso é Brahman, e não este (não-Brahman) que está sendo adorado.

I-5. Aquilo que não se pensa com a mente, aquilo pelo qual, dizem eles, a mente é pensada, saiba que somente isso é Brahman, e não este (não-Brahman) que está sendo adorado.

I-6. Aquilo que o homem não vê com o olho, aquilo pelo qual o homem vê as atividades do olho, saiba que somente isso é Brahman, e não este (não-Brahman) que está sendo adorado.

I-7. Aquilo que o homem não ouve com o ouvido, aquilo pelo qual o homem ouve a audição do ouvido, saiba que somente isso é Brahman, e não este (não-Brahman) que está sendo adorado.

I-8. Aquilo que o homem não cheira com o órgão do olfato, aquilo pelo qual o órgão do olfato é atraído para seus objetos, saiba que somente isso é Brahman, e não este (não-Brahman) que está sendo adorado.


II-1. Se você pensa, 'Eu conheço Brahman corretamente', você conhece muito pouco da (verdadeira) natureza de Brahman. O que você sabe sobre Sua forma e qual forma você conhece entre os deuses (também é pouco). Portanto, Brahman ainda deve ser investigado por você. Acho que Brahman é conhecido por mim.

II-2. Acho que não conheço Brahman corretamente, nem acho que é desconhecido. Eu sei (e também não sei). Aquele entre nós que sabe que sabe (Brahman); não que não seja conhecido nem que seja conhecido.

II-3. É conhecido por quem é desconhecido; aquele a quem é conhecido não o conhece. É desconhecido para aqueles que sabem e conhecido para aqueles que não sabem.

II-4. Quando Brahman é conhecido como o Eu interior (da cognição) em todo estado de consciência, Ele é conhecido na realidade, porque assim se alcança a imortalidade. Através do próprio Eu é alcançada a força e através do conhecimento é alcançada a imortalidade.

II-5. Aqui, se alguém percebeu, então há realização. Aqui, se alguém não percebeu, então há ruína total. Tendo percebido Brahman em todos os seres, e tendo se retirado deste mundo, o sábio se torna imortal.


III-1. É bem conhecido que Brahman realmente alcançou a vitória para os deuses. Mas naquela vitória que foi de Brahman os deuses se deleitaram em alegria.

III-2. Eles pensaram: "Só nossa é esta vitória, só nossa é esta glória". Brahman conhecia seu orgulho e apareceu diante deles, mas eles não sabiam quem era esse Yaksha (Ser venerável).

III-3. Eles disseram a Agni: "Ó Jataveda, saiba disso sobre quem é este Yaksha". (Ele disse:) "Assim seja."

III-4. Agni aproximou-se Dele. Perguntou-lhe: "Quem és tu?" Ele respondeu: "Eu sou Agni ou eu sou Jataveda".

III-5. (Ele disse:) "Qual é o poder em ti, tal como tu és?" (Agni disse:) "Eu posso queimar tudo isso que está sobre a terra."

III-6. Para ele (Ele) colocou ali uma folha de grama e disse: "Queime isso". (Agni) aproximou-se dele com toda a pressa, mas não conseguiu queimá-lo. Ele voltou de lá (e disse:) "

III-7. Então (os deuses) disseram a Vayu: "Ó Vayu, saiba disso sobre quem é este Yaksha". (Ele disse:) "Assim seja".

III-8. Vayu aproximou-se Dele. Disse-lhe: "Quem és tu?" Ele respondeu: "Eu sou Vayu ou sou Matarsiva".

III-9. (Ele disse:) "Qual é o poder em ti, tal como tu és?" (Vayu disse:) "Eu posso segurar tudo isso que está sobre a terra".

III-10. Para ele (Ele) colocou ali uma folha de grama e disse: "Pegue isso". (Vayu) aproximou-se dele com toda a pressa, mas não conseguiu pegá-lo. Ele voltou de lá (e disse:) "Não consigo entender quem é esse Yaksha".

III-11. Então (os deuses) disseram a Indra: "Ó Maghava, saiba disto quem é este Yaksha". (Ele disse:) "Assim seja". Ele se aproximou dela,

III-12. Naquele próprio espaço (onde o Yaksha havia desaparecido) Indra se aproximou de uma mulher extremamente encantadora. Para aquela Uma enfeitada com ouro (ou para a filha dos Himalaias), ele disse: "Quem é este Yaksha?"


IV-1. Ela disse: "Foi Brahman. Na vitória que foi de Brahman, você estava se divertindo com alegria". Só então Indra soube com certeza que era Brahman.

IV-2. Portanto, esses deuses viz. Agni, Vayu e Indra superaram outros deuses, pois tocaram Brahman, que estava muito próximo e de fato soube primeiro que era Brahman.

IV-3. Portanto, Indra é mais excelente do que os outros deuses, pois ele tocou Brahman que estava muito próximo e de fato soube primeiro que era Brahman.

IV-4. Sua instrução (com relação à meditação) é esta. É semelhante ao que é como um relâmpago ou como um piscar de olhos. Isto é (a analogia de Brahman) no aspecto divino.

IV-5. Então (segue) a instrução por analogia sobre o aspecto do eu individual. (É bem sabido que) a mente parece alcançá-lo, que é continuamente lembrado pela mente e que a mente possui o pensamento (a respeito dele).

IV-6. Esse Brahman é conhecido de fato como Tadvana (adorável ou adorável para todos os seres); Isso é para ser adorado como Tadvana. Para aquele que O conhece assim, verdadeiramente, todos os seres oram.

IV-7. (Discípulo:) "Reverenciado senhor, fale Upanishad para mim." (Mestre:) "Eu falei Upanishad para ti. De Brahman, em verdade, é o Upanishad que eu falei."

IV-8. Deste conhecimento, austeridade, autocontrole e ação são os pés, os Vedas são todos membros e a verdade é a morada.

IV-9. Aquele que conhece isso assim, com seus pecados destruídos, torna-se firmemente assentado no infinito, bem-aventurado e supremo Brahman. Ele fica firmemente sentado (em Brahman).

Om! Que meus membros, fala, ar vital, olhos, ouvidos, força,
E todos os sentidos sejam plenamente desenvolvidos.
Tudo o que é revelado pelos Upanishads é Brahman.
Que eu nunca negue Brahman:
Que Brahman nunca me negue.
Que não haja repúdio (de Brahman);
Que não haja infidelidade da minha parte.
Que todos os Dharmas exaltados pelos Upanishads brilhem em mim
Que pretendo conhecer o Ser.
Que brilhem em mim!
Om! Paz! Paz! Paz!

Aqui termina o Kenopanishad, conforme contido no Sama-Veda.

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