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30 - Akshi Upanishad (Kṛṣṇa Yajur Veda)




30
Akshi Upanishad


Traduzido por:
K. Narayanasvami Aiyar
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
***
Brasil – RJ
Outubro/2009
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Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library



Invocação


Om! Que Ele possa proteger-nos, a ambos, juntos;
que Ele possa nutrir-nos, a ambos, juntos;
Que nos possamos trabalhar conjuntamente com a grande energia,
Que nosso estudo seja vigoroso e efetivo;
Que nós não possamos disputar mutuamente
(ou não odiarmos ninguém).
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!




PARTE I

Então o Samkriti bendito reparando o mundo solar. Curva-se ao sol, ele glorifica o Sol por meio da ciência do Sábio:


OM, Saudação ao Senhor bendito, o glorioso Sol, com o Poder do olho.
OM, Saudação ao Céu Andarilho.
OM, Saudação ao Comandante do Exército (da luz).
OM, Saudação à escuridão (excesso de luz).
OM, Saudação à Energia.
OM, Saudação à Luz.


Leve-me do irreal para o Real; leve-me da escuridão para a Luz; leve-me da morte para a Imortalidade.


Da essência da Pureza, Aquele abençoado chamusca (o pecado do pecador). O Cisne bendito, da essência da Pureza, é o Protótipo (da alma limitada, o Jiva).


Aqui nasce o Sol, mil raios, existentes em inúmeras formas, a vida de todos os seres animados. (Eu medito sobre Aquele que é) de toda as formas, compassivo, onisciente, ambrosia, da essência da luz, o Devastador.


OM, Saudações ao Senhor bendito, o Sol, o Filho do Infinito, O Poder do olho. A inundação dos dias! A inundação! Todo Granizo!


Assim glorificado por meio da ciência do Sábio, o Senhor na forma de Sol ficou muito gratificado. Ele disse: Qualquer que seja o estudo Brâmane sem interrupção esta ciência do Sábio nunca contrai qualquer doença dos olhos. Ninguém nasce cego em sua família. Ensinando isto para oito Brâmanes, torna-se perfeito nesta ciência. Qualquer pessoa que conhece isto é ampliada.




PARTE II


1. Então, na verdade, Samkriti disse ao Sol: Abençoado, ensina-me o Brahma-vidya. O Sol disse-lhe: Samkriti, ouça. Eu estabelecerei o conhecimento da Realidade, tão difícil de encontrar; pelo que o conhecimento, por si só, libertará você enquanto vivendo no corpo.


2: Tudo é um, não-nascido, tranqüilo, sem fim, certo, imutável. Ver a Realidade como Espírito; ser tranqüilo e à vontade.


3: (Os adeptos) conhecem Yoga para ser o não-conhecimento (da pluralidade), o atrito espontâneo da (objeto-visto) mente. Enraizado no Yoga, realizar ações, ou, contrário (para todas as ações), realizar (então) de modo nenhum.


4: Aversão se sente todos os dias para as tendências inatas (de agir); no entanto, tende-se a mergulhar nas ações nobres com prazer.


5 – 6: Sempre hesita no que diz respeito às ações instintivas do degenerado; nunca se refere ao que pode comprometer outros, mas atende as suas ações virtuosas. Alguém gentil pratica nenhuma dor; sempre teme pecar e evita todas as formas de gratificação dos sentidos.


7: Assim um discurso dele é instruído pela afeição e amor; é lindo e adequado, tendo em conta tempo e lugar.


8: Com o pensamento apropriado, ato e discurso, espera-se no virtuoso. Obtendo-os de todas as fontes concebíveis, estudam-se os Shatras.


9 – 10(a): Em seguida, alcança-se o primeiro estágio do Yoga. Quem quer que se entretenha com tais pensamentos como lembranças a travessia da vida transmigratória é dito ter atingido o estado de Yoga. O resto é dito ser apenas "Nobre" (arya).


10(b) – 11: Indo para o próximo estágio do Yoga, chamado "Analise" (vichara), o sadhaka recorre ao local de estudo, bem conhecido por suas interpretações sérias de Sruti e Smriti, boa conduta, atenção fixa, contemplação e atividades.


12: Como um proprietário de casa (conhece) sua propriedade, (assim), tendo dominado tudo o que tem de ser aprendido, o sadhaka vem a conhecer a categorias e as doutrinas, vis-à-vis o que tem de ser feito e o que tem de ser evitado.


13: Como uma serpente muda de seu charco, assim ele igualmente muda uma leve fixação pelos objetos externos quando intensificado pelo orgulho, conceito, intolerância, cobiça e ilusão.


14: Com uma mente disciplinada através da devoção aos Shastras, instrutor e companhia de virtuosos, ele verdadeiramente domina o corpo inteiro de conhecimento incluindo as doutrinas secretas.


15: Assim como um amador conserta uma cama sem mancha de flores, do segundo, ele (o sadhaka) prossegue ao terceiro estado apurado como Não-apego.


16 – 17: Fixando sua permanência na mente na verdadeira importância dos Shastras e ocupado com a recitação dos textos espirituais próprios aos eremitas do ascetismo, ele gasta sua longa vida sentado em uma cama de pedra ou uma laje, divertindo-se com divagações na floresta, fazendo bonito por sua mente serena.


18: Como um resultado de suas ações meritórias, o justo (sadhaka) passa seu tempo nas delícias do desapego, repetidamente estudando os Shastras positivos.


19: A percepção dele da realidade torna-se limpa somente no tempo oportuno. O iluminado, alcançando o terceiro estágio, experiência este por si mesmo.


20: Não-apego é de dois tipos: ouça a distinção como está sendo mostrada. Este Não-apego é de dois tipos; um geral e o outro superior.


21: O Não-apego geral é o não envolvimento nos objetos (baseado na percepção) "Eu não sou nem autor nem desfrutador, nem o negar nem o negador".


22: "Tudo, seja ele prazer ou dor, é formado por ações anteriores; ou, tudo está sob o domínio do Senhor. Eu não faço nada em relação a ele".


23: "Prazeres e Não-prazeres são doenças temidas; posses são grandes catástrofes. Todos os contatos apenas promovem a separação. Sofrimentos são doenças do pensamento".


24: "O Tempo está incessantemente moldando todas as coisas" – de modo geral, o não-apego do (o sadhaka) que tenha captado a importância de (o texto principal) consistem em ser avesso a todas as coisas em não se deter sobre eles mentalmente.


25 – 26: Cultivando esta sequência (de estágios), o não-apego superior no caso dos magnânimos (sadhakas) sobrevém. Isto é dito ser o silêncio, repouso e tranqüilidade. Para o discurso e importância foram jogados fora na luz da verdade, "Eu não sou autor; o autor é Deus ou minhas próprias ações anteriores".


27: A primeira etapa que ocorre é doce tendo em conta a satisfação e alegria (que atendem a ele). O sadhaka (puman) apenas tem entrado na sequência de estados. O primeiro é um brotar ambrosial.


28: A primeira etapa é a interna, limpeza, local de nascimento de outros estágios. Daí alcança-se a segunda e a terceira fases.


29: Entre estes, o terceiro todo-penetrante (estágio) é superior. Aqui o sadhaka tem superado todas as propensões para imaginar (e obter ilusão).


30: Aqueles que alcançam o quarto (estágio) depois da diminuição da ignorância através dos exercícios dos três estágios, olha todas as coisas com o mesmo olhar.


31: Quando a não-dualidade é estabilizada e a dualidade é dissolvida, aqueles que alcançam o quarto estágio olham o mundo fenomenal como um sonho.


32: O primeiro dos três estágios é dito ser o estado de vigília; o quarto é chamado de estado de sonho. E a mente se dissolve como os fragmentos de uma nuvem de outono.


33: Quem alcança o quinto estágio sobrevive mas como sendo sem disfarces. Devido a dissolução da mente neste estágio a diversidade dos mundos não se apresenta em tudo.


34: Alcançando o quinto estágio chamado "sono profundo", o sadhaka continua puro sem ser dual, todos os elementos tendem a desaparecer completamente.


35: Tendo alcançado o quinto estádio, permanece-se consolidado no sono profundo, alegre, interiormente acordado, toda a dualidade aparente desaparecida.


36: Olhando para o interior, mesmo quando observando outras coisas no exterior, ele aparece sempre recolhido, sendo extremamente exausto.


37: Praticando nesta quinta etapa, livre de todos os impulsos inatos, alcança-se, como uma questão de progresso, o sexto estágio chamado "O Quarto".


38: Onde não existe nem o não-existente nem o existente, nem o "nem o Eu e o não-Eu. Como todo o pensamento analítico desaparecido, permanece-se sozinho, totalmente destemido, na não-dualidade.


39: Além de nós, como todas suas dúvidas vencidas, liberado da vida, desprovido de imaginações, embora ainda inextinto ainda que extinto, ele é como uma chama colorida.


40: Tendo habitado no sexto estágio, ele deve chegar ao sétimo. O estado de libertação desencarnada é chamado o sétimo estágio do Yoga.


41 – 42(a): Este é o ápice de todos os estágios, além dos mundos, quieto. Evitando conformidade com os caminhos do mundo, e as formas do corpo, evitando conformidade com os Shastras, livrando-se de todas as superimposições sobre o Eu.


42(b). Tudo o que é (aqui), o vishva, o prajna, etc., é nada mais do que OM.


43: Porque não há diferença entre significado e expressão, e porque, como distinto uns dos outros, nenhum desses dois é conhecido, o Vishva é apenas a letra "A" e o "U" é dito ser o Taijasa.


44: O Prajna é a letra "M". Assim conhece em ordem, discriminando com grande esforço, antes da Concentração (Samadhi) em conjunto.


45 – 46: Nesta ordem conveniente, o concreto e o sutil devem todos ser dissolvidos no Eu espiritual e o Eu espiritual (deve ser dissolvido) percebendo "Eu sou Vasudeva OM, sempre puro, desperto, livre, existente, não-dual concentrado e bem-aventurança suprema"; porque todos estes (mundo objetivo) é dor no início, no meio e no fim.


47 – 48: Portanto, não se peca, renunciando a tudo, sendo devotado a Verdade. Pensando: Eu sou Brahman, Inteligência sólida e Bem-aventurança, livre de impurezas, santo, erguido acima da mente e das palavras, além da escuridão da ignorância, além de todas as aparências. Esta é a doutrina secreta.




Invocação


Om! Que Ele possa proteger-nos, a ambos, juntos;
que Ele possa nutrir-nos, a ambos, juntos;
Que nos possamos trabalhar conjuntamente com a grande energia,
Que nosso estudo seja vigoroso e efetivo;
Que nós não possamos disputar mutuamente
(ou não odiarmos ninguém).
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!






Aqui termina o Akshy-Upanishad pertencente ao Krishna-Yajur-Veda.