MINHA FORMAÇÃO EM JYOTIṢA
Śrī Achyutānanda Dāsa teve doze discípulos, cujos centros de ensino (gaddis) espalharam-se do leste da Índia até o Nepal. Seus ensinamentos, imersos em bhakti, mesclam yantra, mantra, tantra, svara śāstra, yoga śāstra, jyotiṣa, sāmudrika śāstra, lagna, bhajan, chaupadī, purāṇa, upa-purāṇa e muito mais.
Mahāpuruṣa Achyutānanda viveu até os 121 anos. Ao deixar este plano, deixou para trás placas de cobre, prata e ouro (potti) para orientar seus alunos. Seus ensinamentos foram transmitidos até nós por meio da família Rath.
A FAMÍLIA RATH
Eu estudo astrologia védica com Paṇḍit Sanjay Rath, de Oḍiśā. A família Rath traça sua linhagem até o templo de Somanātha, em Gujarate, onde eram Atri Brāhmaṇas (portadores da 5ª Maṇḍala do Ṛgveda). Após a destruição muçulmana do templo em 1296, a família migrou para Mithilā. Com a destruição posterior das universidades por outras invasões, o Gajapati (rei) de Purī convidou a família a se estabelecer na vila de Bira Balabhadrapur Sasan (próxima a Purī), em 1600. Lá, um pequeno templo de Somanātha foi construído às margens do rio Bhārgavī, onde as tradições ancestrais continuam vivas. Ao se estabelecer em Purī, a família adotou a tradição espiritual de Mahāpuruṣa Achyutānanda, que estava promovendo um renascimento da cultura hindū naquele período.
O CURSO MINISTRADO POR SANJAY RATH
O curso Ciência da Luz, ministrado por Sanjay Rath-jī, evoluiu das aulas do círculo de estudos Vyāsa SJC, baseado nos ensinamentos de jyotiṣa vindos da linhagem de Śrī Achyutānanda Dāsa de Oḍiśā. Śrī Achyutānanda foi um poeta-vate (kavi) do século XVI e um santo Vaiṣṇava da região. Era conhecido por seu poder de ver o passado, o presente e o futuro. Como autor prolífico e um dos cinco pañcasakhā, liderou uma revolução espiritual em Oḍiśā ao traduzir textos em sânscrito para o Oriyā, tornando o conhecimento acessível ao povo.
JAGANNĀTH RATH E KĀŚINĀTH RATH
Jagannāth Rath (avô de Sanjay) nasceu numa época em que o jyotiṣa ainda recebia apoio dos Mahārājas de Oḍiśā. Foi astrólogo real (rāja jyotiṣi), tendo aprendido com seu próprio avô. Esse apoio às ciências védicas elevou o padrão do conhecimento astrológico, como também ocorreu com mestres como T. Kṛṣṇamācārya, apoiado pelo Mahārāja de Mysore. Oḍiśā, com seu grande templo solar de Koṇārka, sempre foi terra de astrólogos, apoiando com orgulho a ciência do jyotiṣa. Jagannāth Rath recebeu o título de Jyotiṣa Ratna.
Levava uma vida austera e tinha uma presença poderosa que impunha respeito. Embora generoso, também era conhecido por seu temperamento firme, comparado ao de Durvāsā. Um quarto era reservado no palácio do Mahārāja para suas leituras astrológicas, que podiam durar dias. Escreveu muitos livros em sua língua nativa para tornar o jyotiṣa mais acessível, abordando também temas como vegetarianismo e questões sociais. Astrólogos de diversas regiões da Índia viajavam para consultá-lo.
Jagannāth Rath assegurou que o Jyotiṣa Guru Sanjay Rath fosse treinado com os sādhanas apropriados para seguir o jyotiṣa desta paramparā. Sanjay seria chamado Shushanta, mas o avô, ao chegar, realizou cálculos com o svara cakra e outros métodos, dando-lhe o nome de Sanjay.
Nos últimos anos de vida, Jagannāth jejuava longamente e fazia peregrinações secretas. Manteve suas sādhanās em sigilo e, ao fim da vida, tornou-se um Śaiva sannyāsin.
Kāśināth Rath, tio de Sanjay e filho mais velho de Jagannāth, herdou a tradição do Horā Śāstra. O pai de Sanjay, U. K. Rath, estudou Gaṇita Śāstra (ciência astronômico-matemática) e tornou-se industrial.
Kāśināth manteve viva a tradição oral da família, ensinando de forma informal. Sanjay cresceu aprendendo com ele e destacou-se como um de seus melhores discípulos. Juntos, Kāśināth e Jagannāth garantiram a transmissão do jyotiṣa a Sanjay desde a infância.
SANJAY RATH E O ENSINO TRADICIONAL
Sanjay Rath nasceu nessa família tradicional de astrólogos na vila de Bira Balabhadrapur Sasan, em Purī, Oḍiśā. Estudou com seu tio, o falecido Paṇḍit Kāśināth Rath, e com seu avô, o falecido Paṇḍit Jagannāth Rath.
Utiliza como fundamentos os textos: Bṛhat Parāśara Horā Śāstra, Jaimini Upadeśa Sūtras, Bṛhat Jātaka e Sārāvalī. Também ensina outras escrituras jyotiṣa, textos nāḍī, e obras sagradas como a Bhagavad Gītā, Bhāgavata Purāṇa, Upaniṣads, Purāṇas, entre outras.
Sua abordagem é ampla e profunda, difícil de ser apreciada por iniciantes, mas extremamente valiosa para astrólogos experientes. Ele revela os princípios subjacentes à astrologia tradicional sem se prender a escolas ou criar novos sistemas: sua visão é holística e fiel às escrituras antigas do jyotiṣa.
Sanjay oferece aos seus discípulos a visão clara dos Vedas. Sua obra preenche o vazio deixado por ensinamentos avançados, elevando o padrão da astrologia no mundo. Para preservar sua paramparā, fundou o Centro Śrī Jagannātha, onde discípulos avançados ajudam a divulgar o jyotiṣa mantendo suas raízes espirituais.
Seus alunos aprendem não só jyotiṣa, mas também mantra śāstra, mudrā, prāṇāyāma, meditação e os fundamentos do Sanātana Dharma. Sanjay Rath é editor da revista trimestral Jyotish Digest. Ensina e viaja pelo mundo, com grupos do SJC na Índia, Cingapura, Sérvia, Europa e EUA. É autor de diversos livros e artigos avançados sobre jyotiṣa, muitos dos quais estão disponíveis gratuitamente online.
MEUS ESTUDOS
Estudo com Sanjay Rath desde 2013. Recebi o conhecimento do jyotiṣa e fui iniciada na paramparā de Sanjay Rath em 2016.
Abaixo, algumas imagens dos meus estudos, rituais, iniciação e formação no curso.
Em Bhimtal, na escola de Jyotiṣa:

Gaṇapati Pūjā


Śiva Pūjā, Abhiṣekam e
Ārati

Cerimônia de formatura


Foto de Formatura Turma 2016, Bhimtal, Índia
Pañcāṅga Tithī
Como identificar as Quinzenas Lunares (Pakṣas) e seus dias lunares (Tithīs) sem o uso de um Software. A única observação adicional que faço à ilustração abaixo é em relação ao 8º dia (Aṣṭamī) de cada uma das quinzenas lunares, o qual representa ¼ da Lua. Em Kṛṣṇa Pakṣa ela é ¼ de Crescente em direção a se tornar Lua Cheia, enquanto que em Śukla Pakṣa ela é ¼ de Minguante, em direção a se tornar Lua Nova. Essa imagem serve de referencial a todos que precisarem iniciar um Vrata ou penitência espiritual em determinada fase da Lua sem precisar do uso de um software.

Os festivais na Índia obedecem a dois calendários, o Calendário Solar e o Calendário Lunar. Festivais comemorados pelo Calendário Lunar precisam ser feitos durante a Tithī Lunar vigente determinada nos Śāstras. Se o nascimento de uma divindade é comemorado em uma Tithī específica, é necessário observar quando a Tithī ingressará em sua região para dar início à comemoração, isto é, ao Festival dedicado a ela, mesmo que na Índia o dia caia antes ou depois. Caso contrário, vira mero evento social e perde grande parte de seu aspecto espiritual. Uma vez em que se obtém o conhecimento adequado, nenhuma necessidade há em ignorar tais injunções.
Em relação aos nascimentos em determinadas Tithī, quando ela ocorre no dia da semana considerado auspicioso, então isso facilita a vida da natividade para ela colher os frutos do significado daquela junção lunar ao seu nascimento. Diz-se que Tithī está forte e isto fortalece a Lua na carta natal e produz toda sorte de bênçãos para aquele indivíduo. A Tithī governa sobre as emoções e o estado mental, por isso, mesmo o nascimento em uma quinzena escura, quando ela ocorre no dia da semana auspicioso para aquele dia lunar, é considerado uma Lua forte.

Kubera Deva
KUBERA DEVA
Originalmente descrito como o chefe dos espíritos malignos nos textos da era védica , Kubera adquiriu o status de deva (deus) apenas nos Puranas e nos épicos hindus . As escrituras descrevem que Kubera já governou Lanka , mas foi derrubado por seu meio-irmão Ravana , estabelecendo-se posteriormente na cidade de Alaka no Himalaia . Descrições da "glória" e "esplendor" da cidade de Kubera são encontradas em muitas escrituras.
Kubera também foi assimilado aos panteões budistas e jainista. No
budismo, ele é conhecido como Vaisravana ,
o patronímico usado no hindu Kubera e também é equiparado a Pañcika ,
enquanto no jainismo é conhecido como Sarvanubhuti.
Iconografia
História de origem de Kubera
Importância da Kubera Deeksha
Kubera e Parad Vigyana
Linhagem de Discípulos Guru
Literatura
Como Kubera se Tornou o "Maior" Devoto de Shiva
Sadhana
Horário: ao amanhecer
Yantra de Kubera
Japa Mālā de sementes de lótus (kamalgatta)
Faça suas oblações matinais no banho, vista roupas limpas e amarelas e sente-se sobre um tapete também amarelo.
Kubera Yantra é colocado sobre uma pilha de grão de arroz cru sobre um pano amarelo. Em um prato de madeira (não pode ser de metal) desenhe uma suástica hindu com kuṁkuṁ ou açafrão puro. Coloque uma pilha de arroz sobre essa suástica e por cima disto coloque o yantra de Kubera. A foto de Kubera fica diante de você.
Lamparina de ghee – acenda uma lamparina feita de óleo de ghee e coloque 4 pavios nessa lamparina.
Incenso – ofereça incenso.
Invoque Kubera e, em seguida, Lakṣmī Devī. Ore a Kubera com o seguinte dhyāna mantra:
manuj bāhya-vimānpariṣṭhitim garuda ratan nibham nidhi nāyakam | śiva sakhā mukutādi vibhūṣitam vargade daghatam bhaj tundilam.
Em seguida, pegue um pouco de água do pañca pātra e deixe esta água escorrer no chão depois de recitar o seguinte viniyoga mantra:
oṁ asya śrī kubera mantrasya | viśrava ṛṣiḥ | bṛhati cchandaḥ | kuberaḥ devatā | akṣya nidhi siddhaye jape viniyogaḥ ||
Em seguida, faça o ṛṣi nyāsa:
viśrava ṛṣaye namaḥ śirase (toque a cabeça) | bṛhati chhanda se namaḥ mukhe (toque a boca) | kubera devatāyai namaḥ hṛdi (toque o coração) | akśāya nidhi siddhaye jape viniyogāya namaḥ sarvaṅge (passe a mão pelo corpo da cabeça aos pés).
Em seguida, faça o kara nyāsa para a purificação das suas mãos:
Em seguida, instala o aṅga nyāsa para a purificação do seu corpo:
oṁ yakṣāya hṛdaye namaḥ | coraçãooṁ kuberāya śirase svāhā | cabeça
oṁ vaiśravannāya śikhāyai vaṣaṭ | tufo atrás
oṁ dhandhānyādhipataye kavacāya hūṁ | braços cruzados sobre o peito
oṁ akśāya nidhi samṛddhiṁ me netratrayāya vauṣaṭ | tocando os três olhos
oṁ dehi dāpaya karatala kāra astrāya phaṭ ||
Japa Mantra de 8 voltas do mantra:
oṁ yakṣāya kuberāya dhana dhānyādhipataye akṣaya nidhi samṛddhiṁ me dehi dāpaya svāhā |
Conclua com um Homa:
(MANUAL ENSINANDO A FAZER HOMA)
Ofereça 108 ahutis de ghee oferecendo com o mesmo mantra
acima e terminando com svāhā após o “svāhā” do mantra. O último oferecimento (o
108º) é oferecido com a terminação “vauṣat” ao invés de “svāhā”.
Upacāras de côco, flores amarelas, doces, incenso, sândalo, frutas secas etc., no fogo
Ao terminar, embrulhe o yantra e o seu japa mālā em um pano amarelo e o guarde em um local longe da vista dos outros.
Momento de realizar esse ritual:
1 – Dhanteras, Diwali.
2 – Amāvāsya.
3 – Lakṣmī Jayanti
4 – 13º dia da Lua Escura (Kṛṣṇa Trayodaśī) de qualquer
mês
5 – No seu tithī praveśa anual (o seu janma tithī)
Śrī Śarabha Avatāra
Śrī Śarabha Avatāra
Sharabha é um avatar do Senhor Shiva que não é comumente conhecido. Esta é considerada a aparência mais poderosa tomada por Shiva para proteger o universo. Sua manifestação como Sharabeshwara dominaria a feroz personificação do Senhor Vishnu como Narasimha, que era a combinação de meio humano e meio leão. O objetivo da encarnação de Vishnu era salvar seu devoto favorito, o príncipe Prahalada, do rei demônio Hiranyakashipu, que também era seu pai. Depois de matá-lo, Narasimha parecia estar muito furioso por natureza. Ele criou uma situação terrível no Universo rugindo terrível e continuamente. Ao prever o resultado negativo disso, outros deuses e subdeuses buscaram a ajuda de Mahadeva, que então decidiu assumir a forma de Sharaba para pacificar o furioso Narasimha e convertê-lo em Vishnu normal.
Como o Senhor Narasimha morreu?
SADHANA SHARABHA
प्राणग्रहसि-प्राणग्रहसि हुं फट् तर्जनीभ्यां नमः
सर्वशत्रुसंहारणाय मध्यमाभ्यां नमः |
शरभशालुवाय अनामिकाभ्यां नमः ।
पक्षिराजाय कनिष्ठिकाभ्यां नमः|
हुं फट् स्वाहा करतलकरपृष्ठाभ्यां नमः |
Hridaya Nyasa
प्राणग्रहसि-प्राणग्रहसि हुं फट् शिरसे स्वाहा ।
सर्वशत्रुसंहारणाय शिखायै वषट् |
शरभशालुवाय कवचाय हुम् ।
पक्षिराजाय नेत्रत्रयाय वौषट् ।
हुं फट् स्वाहा अस्त्राय फट् ।
चंद्रादित्याग्निदृष्टिः कुलिशवरनखश्चंचुरत्युग्रजिह्वः काली दुर्गा च पक्षौ हृदय जठरगौ भैरवो वाडवाग्निः |
ऊरुस्थौ व्याधिमृत्यु शरभवरखगश्चंडवातातिवेगः संहर्ता सर्वशत्रून्विजयतु शरभः सालुवः पक्षिराजः ।।
विमलनभमहोद्ययत्कृत्तिवासो वसानम् द्रुहिण सुरमुनीन्द्रैः स्तूयमानं गिरीशम् ।
स्फटिकमणि जपात्रक पुस्तकोद्यत्कराब्जम् शरभमहमुपासे सालुवेशं खगेशम् ।।
Sharabha Moola Mantra
om khem khaam kham phat praan grhasee praan- grahasee hum phat sarva shatrusanhaaranay sharabha shaaluvaay paksheeraajay hum phat svaaha.
'ॐ खें खां खं फट् प्राण ग्रहसि प्राण- ग्रहसि हुं फट् सर्वशत्रुसंहारणाय शरभशालुवाय पक्षिराजाय हुं फट् स्वाहा।'
Sharabaraj Gayatri Mantra:
ॐ पक्षिराजाय विद्महे शरभेश्वराय धीमहि तन्नो रुद्रः प्रचोदयात्।
Sharabh Mala Mantra
ॐ श्रीगणेशाय नमः ।
ॐ नमः पक्षिराजाय निशितकुलिशवरनखाय अनेककोटिब्रह्म ।
कपालमालालङ्कृताय सकलकुलमहानागभूषणाय सर्वभूतनिवारणाय
सकलरिपुरम्भाटवीमोटन महानिलाय शरभसालुवाय ह्रां ह्रीं
ह्रूं प्रवेशय प्रवेशय आवेशयावेशय भाषय भाषय मोहय
मोहय ह्रौं स्तम्भय स्तम्भय कम्पय कम्पय घातय घातय
बन्धय बन्धय (भूतग्रहं बन्धय बन्धय रोगग्रहं बधय
बन्धय उन्मत्तग्रहं बन्धय बन्धय वेतालग्रहं बन्धक बन्धय
आवेशग्रहं बन्धय बन्धय अनावेशग्रहं बन्धय बन्धय कां हां
बोटय (बोटय) रोगग्रहं बन्धय बन्धय चातुर्थिकग्रहं बन्धय
बन्धय भीमग्रहं बन्धय बन्धय अपस्मारग्रहं बन्धय बन्धय
उन्मत्ताहग्रहं बन्धय बन्धय ब्रह्मराक्षसग्रहं बन्धय बन्धय
भूचरग्रहं बन्धय बन्धय खेचरग्रहं बन्धय बन्धय
वेतालग्रहं बन्धय बन्धय कूष्माण्डग्रहं बन्धय बन्धय ।
स्त्रीज्ञं बन्धय बन्धय पापग्रहं बन्धय बन्धय विक्रमग्रहं
बन्धय बन्धय व्युत्क्रमग्रहं बन्धय बन्धय अनावेशग्रहं बन्धय
बन्धय कां हां त्रोटय त्रोदय प्रैं त्रैं हैं मारय मारय शीघ्रं
मारय मारय मुञ्च मुञ्च दह दह पच पच नाशय नाशय
(भञ्ज भञ्ज शासय शासय) सर्वदुष्टान् नाशय हुं फट् स्वाहा ॥
om shree ganeshaaya namah' .